Veículos Aéreos Não Tripulados - Marinha do Brasil

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Re: Veículos Aéreos Não Tripulados - Marinha do Brasil

#31 Mensagem por FCarvalho » Qua Out 12, 2022 10:29 pm





Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: Veículos Aéreos Não Tripulados - Marinha do Brasil

#32 Mensagem por FCarvalho » Qua Out 12, 2022 11:03 pm

Alguém pode dizer que não, mas se houvesse vontade e interesse de parte do MD em mudar radicalmente o status quo na área de VANT na qual estamos no Brasil, poderíamos começar, no caso da MB, equipando todos os DN com um esquadrão de VANT a partir dos projetos de uma única empresa, que em minha opinião pessoal poderia ser a Stella Tecnologia, que já vem trabalhando inclusive em propostas para modelos de pouso convencional no NAM Atlântico.

A empresa possui 3 modelos, que são o Albatroz na categoria 100-250kg, o Atobá na categoria de 500kg e o Condor na faixa de peso dos 1400 kg.

O Atobá inclusive a empresa afirma pode mesmo dispor de um modelo de 250kg como o que foi construído para servir de base operacional de teste para o desenvolvimento do modelo final. Podemos dizer que a empresa dispõe na prática de 4 modelos de VANT com várias capacidades.

A depender da organização que se proveja a esses esquadrões de VANT para cada distrito naval, é possível antever não só os benefícios operacionais que sua adoção oferecerá, como o devido e necessário incentivo ao desenvolvimento e manutenção da PDI e da indústria nacional, já que não é todo dia que temos aqui pessoas arriscando tirar do próprio bolso para inovar em tecnologia, mais ainda dentro de uma arena como a Defesa, reconhecidamente sem importância no país.

Para ilustrar, a AJB brasileira é dividida em 4 zonas de 12mn, 24mn, 200mn e 350mn. Isto pode ser um referencial para organizar as capacidades de um esquadrão de VANT em cada distrito naval, de forma a cobrir estes espaços com os vetores mais adequados daquela empresa, de forma a contemplar na íntegra as necessidades de missões ISR e SAR sob nossa responsabilidade no Atlântico Sul. Isto se aplica da mesma forma aos distrito navais que operam em águas interiores no caso na região norte e centro oeste, e em ambas, como é o caso do 4o DN em Belém, com atribuições de vigilância naval e fluvial. Podemos supor, neste aspecto, uma esquadrilha de VANT (4 a 6 undes) para cada zona de cobertura enquanto referencial básico para dotação destes esquadrões. Este indicativo oferece um esquadrão com no mínimo 16 a 24 VANT em três categorias diferentes em cada OM a ser constituída.

Obviamente que a constituição de um esquadrão irá demandar mais do que apenas a distribuição dos drones por aquela divisão acima, mas é possível antever pelo exemplo dado o tamanho da demanda que a MB possui para poder fazer funcionar na íntegra as capacidades do SISGAAZ no que tange a área de VANT. Neste aspecto, eu entendo que comprar uma ou duas centenas de VANT da Stella Tecnologia não seria uma panaceia orçamentária, e muito menos proibitiva do ponto de vista financeiro, e muito menos de custos, vistas as qualidades e possibilidades que sua operação oferece. E ainda brindaria o país com mais uma empresa exportadora, trazendo dividendos de seu trabalho ao país na forma de mais empregos especializados, rendimentos á altura de seu portfólio, assegurando pesquisa e desenvolvimento, e muito mais.

Por fim, é preciso dizer que a adoção do VANT desta ou de qualquer outra empresa genuinamente nacional não impede a obtenção de outros tipos de drones de origens diferentes, desde que nacionais, visto que como demonstrei em post anterior, as necessidades nesta área da MB são muito maiores do que a capacidade dela em dispor-se a atendê-las. E para isso, contar com insumos da indústria nacional é não apenas a melhor solução, mas a mais óbvia e simples, embora talvez não a mais barata.

Mas quem disse que defesa é um negócio barato.




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Re: Veículos Aéreos Não Tripulados - Marinha do Brasil

#33 Mensagem por FCarvalho » Dom Out 30, 2022 7:55 pm





Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: Veículos Aéreos Não Tripulados - Marinha do Brasil

#34 Mensagem por FCarvalho » Dom Out 30, 2022 7:57 pm





Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: Veículos Aéreos Não Tripulados - Marinha do Brasil

#35 Mensagem por FIGHTERCOM » Ter Mar 28, 2023 4:12 pm

Primeras imágenes del Bayraktar TB3: el nuevo dron de combate embarcado para portaaviones de Turquía

https://www.zona-militar.com/wp-content/uploads/2023/03/FsNbUyyWAAAnssz-1536x1022.jpg

El desarrollo y fabricación de un nuevo UCAV de la familia Bayraktar busca responder a uno de los requisitos operativos y planes de la Armada de Turquía, como explorar futuros potenciales clientes. Más precisamente, la creación de un dron de combate con capacidad de ser embarcado, hangarado y desplegado desde buqué tipo portaaviones y de asalto anfibio (LHD). Siendo este el caso del futuro TCG Anadolu (L-400), actualmente sometido a pruebas de mar.

https://www.zona-militar.com/2023/03/28 ... e-turquia/




"A medida que a complexidade aumenta, as declarações precisas perdem relevância e as declarações relevantes perdem precisão." Lofti Zadeh
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Re: Veículos Aéreos Não Tripulados - Marinha do Brasil

#36 Mensagem por FCarvalho » Ter Mar 28, 2023 6:57 pm

Soluções até temos aqui propostas. O que não há até agora é interesse e encaminhamento da questão aos mais altos níveis decisórios da MB e MD.
E se não se sabe que tem, não existe. Compra lá fora.




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Re: Veículos Aéreos Não Tripulados - Marinha do Brasil

#37 Mensagem por FIGHTERCOM » Ter Mar 28, 2023 7:36 pm

FCarvalho escreveu: Ter Mar 28, 2023 6:57 pm Soluções até temos aqui propostas. O que não há até agora é interesse e encaminhamento da questão aos mais altos níveis decisórios da MB e MD.
E se não se sabe que tem, não existe. Compra lá fora.
A questão não é comprar lá fora, mas sim um ponto que venho batendo na tecla faz tempo: abandonar os Skyhawks e adotar algo similar para operar a partir do NAM Atlântico.

Aquele projeto da Embraer tem um put@ potencial, mas a MB resolveu queimar dinheiro Skyhawk e Trader.


Abraços,

Wesley




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Re: Veículos Aéreos Não Tripulados - Marinha do Brasil

#38 Mensagem por Suetham » Dom Abr 16, 2023 1:01 pm

FCarvalho escreveu: Sáb Abr 15, 2023 5:48 pm A ver agora quanto barulho efetivo este navio será capaz de fazer no mediterrâneo.
Os gregos devem estar muito felizes com essa notícia
Falando nisso(VANTs embarcados), o nosso também está avançando:

https://www.airway.com.br/e-do-brasil-s ... ta-avioes/
É do Brasil: Stella Tecnologia apresenta novo drone Albatroz para operações em porta-aviões
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Re: Veículos Aéreos Não Tripulados - Marinha do Brasil

#39 Mensagem por FCarvalho » Dom Abr 16, 2023 1:50 pm

FIGHTERCOM escreveu: Ter Mar 28, 2023 7:36 pm
FCarvalho escreveu: Ter Mar 28, 2023 6:57 pm Soluções até temos aqui propostas. O que não há até agora é interesse e encaminhamento da questão aos mais altos níveis decisórios da MB e MD.
E se não se sabe que tem, não existe. Compra lá fora.
A questão não é comprar lá fora, mas sim um ponto que venho batendo na tecla faz tempo: abandonar os Skyhawks e adotar algo similar para operar a partir do NAM Atlântico.
Aquele projeto da Embraer tem um put@ potencial, mas a MB resolveu queimar dinheiro Skyhawk e Trader.
Abraços,
Wesley
Como tenho dito aqui e em outros tópicos, a asa fixa na marinha é questão de doutrina, e não de gostos pessoais desse ou daquele almirante. E doutrina leva anos, senão décadas para se conseguir evoluir ao ponto ideal. Isto não se resolve simplesmente cancelando o VF-1 ou Traders, que já foram cancelados, inclusive. O buraco é mais embaixo.
Até porque nada disso mudaria uma virgula do orçamento para VANT ou coisa que o valha. O máximo que aconteceria seria a verba ser repassada a outras áreas existentes tão ou mais demandantes na própria aviação naval. E para por aí.

Os VANT tem seu espaço garantido no SISGAAZ, que por sua vez ainda não tem espaço suficiente, e nem prioridade, no orçamento da MB para sair do papel. Viva-se com isso.

No mais, antes de querer sair por aí operando drones embarcados tipo caça stealh, precisamos aprender a fazer o básico, que é operar drones a partir dos Distritos Navais, delegacias e outras OM's embarcados ou não, em diversas categorias, e só depois começar a falar em operar drones em navios como o A-140. Não temos doutrina, expertise e muito menos condições de operar drones a bordo deste navio no curto prazo, já que isto traria uma enorme transformação para todo ele, e não somente no convés de voo. A ideia da Stella com o novo modelo embarcado é excelente e precisa ser mantida e apoiada, mas antes precisa fazer isso a partir de terra, a fim de fazermos uma transição segura e factível com os recursos disponíveis.




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Re: Veículos Aéreos Não Tripulados - Marinha do Brasil

#40 Mensagem por FCarvalho » Dom Abr 16, 2023 1:53 pm

Suetham escreveu: Dom Abr 16, 2023 1:01 pm
FCarvalho escreveu: Sáb Abr 15, 2023 5:48 pm A ver agora quanto barulho efetivo este navio será capaz de fazer no mediterrâneo.
Os gregos devem estar muito felizes com essa notícia
Falando nisso(VANTs embarcados), o nosso também está avançando:
https://www.airway.com.br/e-do-brasil-s ... ta-avioes/
É do Brasil: Stella Tecnologia apresenta novo drone Albatroz para operações em porta-aviões
Eu me lembro de cabeça de ao menos uns 3 a 4 modelos de UAV nacionais de diversos tipos que poderiam ser operados a partir do NAM Atlântico sem maiores intempéries.
Mas isso parece ser uma panaceia hoje para a marinha.
E não me lembro das demais forças estarem em melhor situação.




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Re: Veículos Aéreos Não Tripulados - Marinha do Brasil

#41 Mensagem por Suetham » Seg Abr 17, 2023 10:30 pm

FCarvalho escreveu: Dom Abr 16, 2023 1:53 pm
Suetham escreveu: Dom Abr 16, 2023 1:01 pm
Falando nisso(VANTs embarcados), o nosso também está avançando:
https://www.airway.com.br/e-do-brasil-s ... ta-avioes/
É do Brasil: Stella Tecnologia apresenta novo drone Albatroz para operações em porta-aviões
Eu me lembro de cabeça de ao menos uns 3 a 4 modelos de UAV nacionais de diversos tipos que poderiam ser operados a partir do NAM Atlântico sem maiores intempéries.
Mas isso parece ser uma panaceia hoje para a marinha.
E não me lembro das demais forças estarem em melhor situação.
Só depende da vontade da MB essa encomenda e é planejamento da própria força querer um drone embarcado no A-140, a MB até alterou o tipo de navio do A-140 de PHM para NAM e vai se tornar um navio capaz de operar drones, o Albatroz é muito capacitado para a função de reconhecimento e segmentação. Se o desenvolvimento evoluir para um teste de validação/operação no NAM Atlântico, saberemos que a vontade da MB estaria se concretizando.




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Re: Veículos Aéreos Não Tripulados - Marinha do Brasil

#42 Mensagem por Suetham » Ter Abr 18, 2023 8:15 pm

https://tecnodefesa.com.br/sarp-nauru-5 ... a-marinha/
SARP Nauru 500C faz demonstração na Marinha




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Re: Veículos Aéreos Não Tripulados - Marinha do Brasil

#43 Mensagem por FCarvalho » Qua Abr 19, 2023 12:36 pm

Como eu disse, há pelo menos uns 3 ou 4 modelos de projeto nacional que cabem sem problema no Atlântico.
E não precisa mudar o mundo pra isso. Só a mentalidade tacanha e atrasada que reina por aqui.
Havendo interesse, vontade e recursos, todos eles podem ser implantados no curto prazo no navio.
E nem custa tão caro assim.




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Re: Veículos Aéreos Não Tripulados - Marinha do Brasil

#44 Mensagem por FIGHTERCOM » Sex Abr 21, 2023 10:31 am

FCarvalho escreveu: Dom Abr 16, 2023 1:50 pm
FIGHTERCOM escreveu: Ter Mar 28, 2023 7:36 pm
A questão não é comprar lá fora, mas sim um ponto que venho batendo na tecla faz tempo: abandonar os Skyhawks e adotar algo similar para operar a partir do NAM Atlântico.
Aquele projeto da Embraer tem um put@ potencial, mas a MB resolveu queimar dinheiro Skyhawk e Trader.
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Até porque nada disso mudaria uma virgula do orçamento para VANT ou coisa que o valha. O máximo que aconteceria seria a verba ser repassada a outras áreas existentes tão ou mais demandantes na própria aviação naval. E para por aí.

Os VANT tem seu espaço garantido no SISGAAZ, que por sua vez ainda não tem espaço suficiente, e nem prioridade, no orçamento da MB para sair do papel. Viva-se com isso.

No mais, antes de querer sair por aí operando drones embarcados tipo caça stealh, precisamos aprender a fazer o básico, que é operar drones a partir dos Distritos Navais, delegacias e outras OM's embarcados ou não, em diversas categorias, e só depois começar a falar em operar drones em navios como o A-140. Não temos doutrina, expertise e muito menos condições de operar drones a bordo deste navio no curto prazo, já que isto traria uma enorme transformação para todo ele, e não somente no convés de voo. A ideia da Stella com o novo modelo embarcado é excelente e precisa ser mantida e apoiada, mas antes precisa fazer isso a partir de terra, a fim de fazermos uma transição segura e factível com os recursos disponíveis.
Doutrina sem os meios para criar a doutrina?! Tá explicada a incompetência da MB.


Abraços,

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Re: Veículos Aéreos Não Tripulados - Marinha do Brasil

#45 Mensagem por FCarvalho » Sex Abr 21, 2023 11:22 am

FIGHTERCOM escreveu: Sex Abr 21, 2023 10:31 am Doutrina sem os meios para criar a doutrina?! Tá explicada a incompetência da MB.
Abraços,
Wesley
Wesley, a marinha comprou 23 Skyhawk em 1997. Já se passaram 26 anos. Eles deveriam ser um começo, um ponto de inflexão na retomada da aviação de asa fixa da MB. Não foram comprados para durar 30 ou 40 anos no VF-1 como estamos vendo agora. Idem os C-2 Traders, que deu nessa merda toda. Todos eles deveriam estar no Museu da Aviação Naval e no MUSAL e\ou espetados em diversas OM Brasil afora. Desgraçadamente Defesa sempre foi e continua sendo um assunto de 5a categoria no país, e não será tratado além disso. Todos os governos( e respectivos políticos) deste país desde 1822 já deram mais que provas disso. Duas guerras mundiais não resolveram. Todas as centenas de outras mundo afora não deram jeito. Então, senta e embala na rede porque você, eu, e todo mundo aqui vai continuar vendo esse desdém até a morte.

Isso significa que nenhum planejamento institucional será respeitado, nenhum cronograma será realizado dentro dos prazos, contratos serão cancelados, revistos e até suspensos porque alguém em Brasília simplesmente resolveu em um belo dia dar um f...-se nos recursos do MD, e está cagando e andando para quem não gostar. Militares incluso.

Queres drones e outras coisas na marinha? Legal, eu também quero. Mas sem recursos até para o básico, enfiar VANT em navio, ou mesmo a partir de terra, por mais incrível que possa parecer, é um puta de um desafio para uma força pouco acostumada à tecnologia, inovação, e principalmente, a dispor de recursos sem medo de ser feliz, para mudar suas doutrinas, operacionalidade, vetores e por aí vamos.

Enfim, os A-4 ainda estão aí não porque a MB quer, mas porque o poder político do país simplesmente caga a anda para todos os projetos de modernização das forças armadas desde sempre. Por mais planos mirabolantes que inventem a tiracolo de puxar o saco dos militares em troca de algum apoio político-eleitoral ou simplesmente do seu silêncio e afasia. Sério. Isso não é de hoje. Como digo aqui, é mais fácil mudar doutrina do que mentalidade nas ffaa's. Mas sem dinheiro fluindo regularmente e com previsibilidade, não vamos ter porra nenhuma de nenhum dos dois. Muito menos vetores novos para começar a pensar em mudar a doutrina.

A última LAAD esteve repleta de novidades, e muita coisa se afirmou em termos de memorando de entendimento entre a MB e várias empresas, para desenvolvimento de produtos e soluções a si. Mas, acreditas mesmo que alguma coisa irá sair do papel sem que os fdp de gravata em Brasília permitam? Ou seja, ofereçam juntamente os todos os recursos financeiros necessários a fim de que sejam implantados? Honestamente, eu não acredito em milagres em administração pública há séculos. Por que simplesmente não existe isso para nós aqui. E segue a nossa lida de pedintes e mendicância pelos corredores de Brasília até que um dia, quem sabe....




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