Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Re: Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)

#796 Mensagem por knigh7 » Seg Mar 27, 2023 5:37 pm

FCarvalho escreveu: Seg Mar 27, 2023 3:12 pm
knigh7 escreveu: Seg Mar 27, 2023 12:34 am Um dos responsáveis pelo atraso da iniciação da construção do nosso SSN é a falta de orçamento. Se nós decidirmos produzir mais um Classe Riachuelo, ele vai competir com os recursos e vai atrasar mais ainda a contrução do Álvaro Alverto.
Uma vez que o GT inimigo tem um grande espaço de manobra no Oceano Atlantico na nossa frente bem como alvos estratégicos que vão desde o Rio Grande do Sul até o Pará nós precisamos de um submarino nuclear pois ele sai da restrição que um SSK tem que é a patrulha em pequenas áreas.
Espero que logo após o início de testes de mar do Álvaro Alberto já se inicie a contrução de um 2º SSN mesmo que seja em prejuízo da contrução de mais SSK. O Àlvaro Alberto precisa de pelo menos um irmão, pois quem tem apenas 1 não tem nenhum.
Manter Itaguaí dependente apenas da construção do subnuc terá como consequência no longo prazo o mesmo destino do AMRJ. Por mais complexo e amplo que seja a produção daquele navio. E na falta de mais navios para argumentar-se pela manutenção do orçamento, a lógica corrupta e leniente de Brasília, e na esplanada, irá entender que a necessidade de recursos para a construção de um único navio, por óbvio, será menor, apesar de quaisquer explicações técnicas que a MB proveja.

E como tenho dito aqui, a esquadra está em estado de insolvência na prática. Temos que resolver isso no curto prazo, ou simplesmente abrimos mão de uma esquadra de verdade. Esquadras não se improvisam, já dizia Rui Barbosa. Mesmo que historicamente o Brasil teime em fazer isso desde sempre.

No caso dos sub convencionais, ter 4 unidades significa na prática que só teremos 2 ou 3 operacionais. Em adendo, quem garante que a verba necessária para a sua plena operação e manutenção será melhor, ou mesmo diferente, da classe Tupi?

Uma coisa é ter. Outra, bem diferente, é conseguir operar. E se for para "manter doutrina", melhor seria ter comprado direto esses navios e ponto. Problema resolvido.
O Tikuna foi comissionado em 2006. Se esqueceu?

Tua lógica é: na falta de orçamento para construção de 1 submarino vamos construir mais ao mesmo tempo (convencionais) porque assim vão ter. Não faz sentido.




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Re: Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)

#797 Mensagem por FCarvalho » Ter Mar 28, 2023 7:14 pm

knigh7 escreveu: Seg Mar 27, 2023 5:37 pm O Tikuna foi comissionado em 2006. Se esqueceu?
Tua lógica é: na falta de orçamento para construção de 1 submarino vamos construir mais ao mesmo tempo (convencionais) porque assim vão ter. Não faz sentido.
Não, a lógica é mudar a lógica com que Defesa é tratada no Brasil, e a maneira como os militares vêm a si mesmo e suas missões primárias. Não adianta insistir em subnuc se mais para frente vamos ficar apenas nele, ou no máximo em duas unidades, que é a mesma coisa que ter apenas um. Isso não faz sentido nenhum se a ideia é ter capacidade real, e não apenas burocrática e de markerting para dizer que temos um subnuc.

O plano original previa 15 subs convencionais e 6 subnuc. Qual o problema de manter tais quantidades e tratar este projeto como de Estado, e não de governos? Com certeza não se deve apenas à nossa incompetência na gestão financeira e orçamentária da defesa e do país.

Começar e não terminar tem sido uma característica própria de quase todos os projetos públicos no Brasil. Idem os militares. E ninguém se importa com isso. A começar por eles. Até porque, no final do mês o dinheiro tá na conta, e fim de papo. Idem para políticos e sociedade.

Como eu disse, se era para parar no meio do caminho só porque o dinheiro não dá para tudo, e ficarmos com uma solução meia boca, seria muito mais simples comprar os 4 submarinos prontos e deixar o Prosub como um programa exclusivo para o subnuc, e seja o que Deus quiser.

O que não é aceitável é investir bilhões em um estaleiro e base naval novinhos em folha, mais a construção de submarinos, para ficar pelo meio do caminho, de novo.




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)

#798 Mensagem por Viking » Qua Mar 29, 2023 10:52 pm

FCarvalho escreveu: Ter Mar 28, 2023 7:14 pm
knigh7 escreveu: Seg Mar 27, 2023 5:37 pm O Tikuna foi comissionado em 2006. Se esqueceu?
Tua lógica é: na falta de orçamento para construção de 1 submarino vamos construir mais ao mesmo tempo (convencionais) porque assim vão ter. Não faz sentido.
Não, a lógica é mudar a lógica com que Defesa é tratada no Brasil, e a maneira como os militares vêm a si mesmo e suas missões primárias. Não adianta insistir em subnuc se mais para frente vamos ficar apenas nele, ou no máximo em duas unidades, que é a mesma coisa que ter apenas um. Isso não faz sentido nenhum se a ideia é ter capacidade real, e não apenas burocrática e de markerting para dizer que temos um subnuc.

O plano original previa 15 subs convencionais e 6 subnuc. Qual o problema de manter tais quantidades e tratar este projeto como de Estado, e não de governos? Com certeza não se deve apenas à nossa incompetência na gestão financeira e orçamentária da defesa e do país.

Começar e não terminar tem sido uma característica própria de quase todos os projetos públicos no Brasil. Idem os militares. E ninguém se importa com isso. A começar por eles. Até porque, no final do mês o dinheiro tá na conta, e fim de papo. Idem para políticos e sociedade.

Como eu disse, se era para parar no meio do caminho só porque o dinheiro não dá para tudo, e ficarmos com uma solução meia boca, seria muito mais simples comprar os 4 submarinos prontos e deixar o Prosub como um programa exclusivo para o subnuc, e seja o que Deus quiser.

O que não é aceitável é investir bilhões em um estaleiro e base naval novinhos em folha, mais a construção de submarinos, para ficar pelo meio do caminho, de novo.

Prezado Colega, saudações.

Estive buscando novas informações e resgatando as antigas e reestudando o PROSUB e destas novas analises cheguei a novas conclusões sobre a construção de submarinos no Brasil. Estas conclusões resumidamente são as seguintes:

1. A MB considerando a sua própria historia no ultimo século quanto as questões orçamentarias e a sua importância junto a população e os políticos estabeleceu que a sua principal missão em um conflito ou crise será a de negar o uso do mar ao inimigo.

2. O principal vetor bélico para negação do uso do mar e o submarino, que também e fundamental como elemento de dissuasão. Desta forma a Projeção de Poder sobre Terra
( hoje restrita aos grandes players militares) e o Controle de Área Marítima são missões que devido a impossibilidade financeira passaram a ser de menor importância, em especial a primeira.

3. Sendo os submarinos os principais vetores para a realização de duas das quatro tarefas do Poder Naval e os de propulsão nuclear serem o ápice destas capacidades o PROSUB deveria ter novas metas.
Estas novas metas seria a expansão da classe Riachuelo com a construção de mais um ou dois navios. Estes navios adicionais deveriam ser os últimos SSK, desta forma não haveria uma nova classe de submarinos diesel elétricos.
Juntamente com o SN 10 todos os novos submarinos construídos a partir da década de 2030 seriam de propulsão nuclear, mesmo que isto represente que no lugar de 2 SSK e possível somente obter um SNA. As dimensões do AS e as capacidades táticas e estratégicas destes SNA's compensam amplamente o abandono dos SSK's após os Riachuelo.

Sds




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Re: Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)

#799 Mensagem por knigh7 » Qui Mar 30, 2023 3:26 am

FIGHTERCOM escreveu: Seg Mar 27, 2023 11:38 am Na impossibilidade de construção de SSK adicionais, para não concorrer com a construção SNA, não seria interessante modernizar e manter um sub da classe Tupi e o Tikuna? Já que isso pode ser feito no AMRJ.

Abraços,

Wesley
O Tapajó, que foi comissionado em 1.999, bem como o Tikuna, sem dúvida que seriam uma boa opção de modernização e extensão da vida útil deles. Já o Tupi, que foi comissionado 10 anos antes (1989), e o Tamoio,que já vai para 30 anos de serviço operativo, na minha opinião seria antieconômico.




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Re: Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)

#800 Mensagem por FIGHTERCOM » Qui Mar 30, 2023 8:42 am

Viking escreveu: Qua Mar 29, 2023 10:52 pm
FCarvalho escreveu: Ter Mar 28, 2023 7:14 pm

Não, a lógica é mudar a lógica com que Defesa é tratada no Brasil, e a maneira como os militares vêm a si mesmo e suas missões primárias. Não adianta insistir em subnuc se mais para frente vamos ficar apenas nele, ou no máximo em duas unidades, que é a mesma coisa que ter apenas um. Isso não faz sentido nenhum se a ideia é ter capacidade real, e não apenas burocrática e de markerting para dizer que temos um subnuc.

O plano original previa 15 subs convencionais e 6 subnuc. Qual o problema de manter tais quantidades e tratar este projeto como de Estado, e não de governos? Com certeza não se deve apenas à nossa incompetência na gestão financeira e orçamentária da defesa e do país.

Começar e não terminar tem sido uma característica própria de quase todos os projetos públicos no Brasil. Idem os militares. E ninguém se importa com isso. A começar por eles. Até porque, no final do mês o dinheiro tá na conta, e fim de papo. Idem para políticos e sociedade.

Como eu disse, se era para parar no meio do caminho só porque o dinheiro não dá para tudo, e ficarmos com uma solução meia boca, seria muito mais simples comprar os 4 submarinos prontos e deixar o Prosub como um programa exclusivo para o subnuc, e seja o que Deus quiser.

O que não é aceitável é investir bilhões em um estaleiro e base naval novinhos em folha, mais a construção de submarinos, para ficar pelo meio do caminho, de novo.

Prezado Colega, saudações.

Estive buscando novas informações e resgatando as antigas e reestudando o PROSUB e destas novas analises cheguei a novas conclusões sobre a construção de submarinos no Brasil. Estas conclusões resumidamente são as seguintes:

1. A MB considerando a sua própria historia no ultimo século quanto as questões orçamentarias e a sua importância junto a população e os políticos estabeleceu que a sua principal missão em um conflito ou crise será a de negar o uso do mar ao inimigo.

2. O principal vetor bélico para negação do uso do mar e o submarino, que também e fundamental como elemento de dissuasão. Desta forma a Projeção de Poder sobre Terra
( hoje restrita aos grandes players militares) e o Controle de Área Marítima são missões que devido a impossibilidade financeira passaram a ser de menor importância, em especial a primeira.

3. Sendo os submarinos os principais vetores para a realização de duas das quatro tarefas do Poder Naval e os de propulsão nuclear serem o ápice destas capacidades o PROSUB deveria ter novas metas.
Estas novas metas seria a expansão da classe Riachuelo com a construção de mais um ou dois navios. Estes navios adicionais deveriam ser os últimos SSK, desta forma não haveria uma nova classe de submarinos diesel elétricos.
Juntamente com o SN 10 todos os novos submarinos construídos a partir da década de 2030 seriam de propulsão nuclear, mesmo que isto represente que no lugar de 2 SSK e possível somente obter um SNA. As dimensões do AS e as capacidades táticas e estratégicas destes SNA's compensam amplamente o abandono dos SSK's após os Riachuelo.

Sds
Esta seria a decisão mais lúcida a ser tomada 10-15 atrás. No entanto, a MB resolveu se aventurar com NAe e aviação de asa-fixa, sem mencionar aquele PEAMB fantasioso.

Abraços,

Wesley




"A medida que a complexidade aumenta, as declarações precisas perdem relevância e as declarações relevantes perdem precisão." Lofti Zadeh
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Re: Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)

#801 Mensagem por Viking » Qui Mar 30, 2023 1:59 pm

FIGHTERCOM escreveu: Qui Mar 30, 2023 8:42 am
Viking escreveu: Qua Mar 29, 2023 10:52 pm


Prezado Colega, saudações.

Estive buscando novas informações e resgatando as antigas e reestudando o PROSUB e destas novas analises cheguei a novas conclusões sobre a construção de submarinos no Brasil. Estas conclusões resumidamente são as seguintes:

1. A MB considerando a sua própria historia no ultimo século quanto as questões orçamentarias e a sua importância junto a população e os políticos estabeleceu que a sua principal missão em um conflito ou crise será a de negar o uso do mar ao inimigo.

2. O principal vetor bélico para negação do uso do mar e o submarino, que também e fundamental como elemento de dissuasão. Desta forma a Projeção de Poder sobre Terra
( hoje restrita aos grandes players militares) e o Controle de Área Marítima são missões que devido a impossibilidade financeira passaram a ser de menor importância, em especial a primeira.

3. Sendo os submarinos os principais vetores para a realização de duas das quatro tarefas do Poder Naval e os de propulsão nuclear serem o ápice destas capacidades o PROSUB deveria ter novas metas.
Estas novas metas seria a expansão da classe Riachuelo com a construção de mais um ou dois navios. Estes navios adicionais deveriam ser os últimos SSK, desta forma não haveria uma nova classe de submarinos diesel elétricos.
Juntamente com o SN 10 todos os novos submarinos construídos a partir da década de 2030 seriam de propulsão nuclear, mesmo que isto represente que no lugar de 2 SSK e possível somente obter um SNA. As dimensões do AS e as capacidades táticas e estratégicas destes SNA's compensam amplamente o abandono dos SSK's após os Riachuelo.

Sds
Esta seria a decisão mais lúcida a ser tomada 10-15 atrás. No entanto, a MB resolveu se aventurar com NAe e aviação de asa-fixa, sem mencionar aquele PEAMB fantasioso.

Abraços,

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Re: Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)

#802 Mensagem por knigh7 » Qui Mar 30, 2023 11:59 pm

Viking escreveu: Qua Mar 29, 2023 10:52 pm Prezado Colega, saudações.

Estive buscando novas informações e resgatando as antigas e reestudando o PROSUB e destas novas analises cheguei a novas conclusões sobre a construção de submarinos no Brasil. Estas conclusões resumidamente são as seguintes:

1. A MB considerando a sua própria historia no ultimo século quanto as questões orçamentarias e a sua importância junto a população e os políticos estabeleceu que a sua principal missão em um conflito ou crise será a de negar o uso do mar ao inimigo.

2. O principal vetor bélico para negação do uso do mar e o submarino, que também e fundamental como elemento de dissuasão. Desta forma a Projeção de Poder sobre Terra
( hoje restrita aos grandes players militares) e o Controle de Área Marítima são missões que devido a impossibilidade financeira passaram a ser de menor importância, em especial a primeira.

3. Sendo os submarinos os principais vetores para a realização de duas das quatro tarefas do Poder Naval e os de propulsão nuclear serem o ápice destas capacidades o PROSUB deveria ter novas metas.
Estas novas metas seria a expansão da classe Riachuelo com a construção de mais um ou dois navios. Estes navios adicionais deveriam ser os últimos SSK, desta forma não haveria uma nova classe de submarinos diesel elétricos.
Juntamente com o SN 10 todos os novos submarinos construídos a partir da década de 2030 seriam de propulsão nuclear, mesmo que isto represente que no lugar de 2 SSK e possível somente obter um SNA. As dimensões do AS e as capacidades táticas e estratégicas destes SNA's compensam amplamente o abandono dos SSK's após os Riachuelo.
Sds
O Chefe do EME (2000-2002), o General de Ex. Marcello Ruffino dos Santos (que aliás, faleceu no cargo em fins de 2002) havia concedido uma entrevista bem lúcida para a revista T&D, que aliás guardei-a por anos, até eu me mudar para um apartamento. Talvez vc tenha a edição da revista ainda guardada...

Na entrevista, ao responder sobre as necessidades militares para nos defender, primeiro levantou a questão sobre de onde vinham as principais ameaças. Então ele próprio respondeu que vinham de fora da América do Sul por nações militarmente fortes. Embora ele fosse do EB não puxou a sardinha para a Força: segundo ele, tínhamos de evitar ou dificultar que eles chegassem até a América do Sul para uma invasão. Tarefa a ser realizada com submarino de propulsão nuclear.

O General Ruffino, como chefe do EME, deu em outras oportunidades declarçãoes no mesmo sentido.




Editado pela última vez por knigh7 em Sáb Abr 01, 2023 12:06 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)

#803 Mensagem por FIGHTERCOM » Sex Mar 31, 2023 11:19 am

knigh7 escreveu: Qui Mar 30, 2023 11:59 pm
Viking escreveu: Qua Mar 29, 2023 10:52 pm Prezado Colega, saudações.

Estive buscando novas informações e resgatando as antigas e reestudando o PROSUB e destas novas analises cheguei a novas conclusões sobre a construção de submarinos no Brasil. Estas conclusões resumidamente são as seguintes:

1. A MB considerando a sua própria historia no ultimo século quanto as questões orçamentarias e a sua importância junto a população e os políticos estabeleceu que a sua principal missão em um conflito ou crise será a de negar o uso do mar ao inimigo.

2. O principal vetor bélico para negação do uso do mar e o submarino, que também e fundamental como elemento de dissuasão. Desta forma a Projeção de Poder sobre Terra
( hoje restrita aos grandes players militares) e o Controle de Área Marítima são missões que devido a impossibilidade financeira passaram a ser de menor importância, em especial a primeira.

3. Sendo os submarinos os principais vetores para a realização de duas das quatro tarefas do Poder Naval e os de propulsão nuclear serem o ápice destas capacidades o PROSUB deveria ter novas metas.
Estas novas metas seria a expansão da classe Riachuelo com a construção de mais um ou dois navios. Estes navios adicionais deveriam ser os últimos SSK, desta forma não haveria uma nova classe de submarinos diesel elétricos.
Juntamente com o SN 10 todos os novos submarinos construídos a partir da década de 2030 seriam de propulsão nuclear, mesmo que isto represente que no lugar de 2 SSK e possível somente obter um SNA. As dimensões do AS e as capacidades táticas e estratégicas destes SNA's compensam amplamente o abandono dos SSK's após os Riachuelo.
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O Chefe do EME (2000-2002), o General de Ex. Marcello Ruffino dos Santos (que aliás, faleceu no cargo em fins de 2002) havia conedido uma entrevista bem lúcida à entrevista à T&D, que aliás guardei-a por anos (até eu me mudar para um apartamento). Talvez até vc tenha a edição revista ainda guardada naquele período..

Na entrevista à T&Dao responder sobre as necessidades militares para nos defender, primeiro levantou a questão sobre de onde vinham as principais ameaças. Então ele próprio respondeu que vinham de fora da América do Sul por nações militarmente fortes. Embora ele fosse do EB não puxou a sardinha para a Força: segundo ele, tínhamos de evitar ou dificultar que eles chegassem até a América do Sul para uma invasão. E essa tarefa a ser realizada seria com um submarino de propulsão nuclear.

O General Ruffino, como chefe do EME, deu em outras oportunidades declarçãoes no mesmo sentido.
Interessante é que até o EB sacou isso, só a MB que não, querendo projetar poder com aquela bomba do NAe SP. :roll: :roll: :roll:

Abraços,

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Re: Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)

#804 Mensagem por Viking » Sáb Abr 01, 2023 12:13 am

FIGHTERCOM escreveu: Sex Mar 31, 2023 11:19 am
knigh7 escreveu: Qui Mar 30, 2023 11:59 pm

O Chefe do EME (2000-2002), o General de Ex. Marcello Ruffino dos Santos (que aliás, faleceu no cargo em fins de 2002) havia conedido uma entrevista bem lúcida à entrevista à T&D, que aliás guardei-a por anos (até eu me mudar para um apartamento). Talvez até vc tenha a edição revista ainda guardada naquele período..

Na entrevista à T&Dao responder sobre as necessidades militares para nos defender, primeiro levantou a questão sobre de onde vinham as principais ameaças. Então ele próprio respondeu que vinham de fora da América do Sul por nações militarmente fortes. Embora ele fosse do EB não puxou a sardinha para a Força: segundo ele, tínhamos de evitar ou dificultar que eles chegassem até a América do Sul para uma invasão. E essa tarefa a ser realizada seria com um submarino de propulsão nuclear.

O General Ruffino, como chefe do EME, deu em outras oportunidades declarçãoes no mesmo sentido.
Interessante é que até o EB sacou isso, só a MB que não, querendo projetar poder com aquela bomba do NAe SP. :roll: :roll: :roll:

Abraços,

Wesley
Prezados colegas,

Agradeço a atenção e comentários que demonstram que convergimos em relação a reflexão que apresentei anteriormente.

Sds




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Re: Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)

#805 Mensagem por FCarvalho » Dom Abr 02, 2023 2:45 pm

A pergunta que deixo é simples. Quantos subnuc o Estado brasileiro está disposto a bancar a fim de dotar a MB das capacidades dissuasórias no AS de modo a evitar ou atrapalhar uma suposta invasão, ameaça, ou pressão, sobre o país?

O PROSUB deu os números mínimos: 6 navios. Desde o seu lançamento em 2008, quantos navios lançamos de fato ao mar?

Até onde posso saber, o Alte Álvaro Alberto só estará operacional em mais 10 a 15 anos. E não se tem certeza que mais este cronograma será obedecido.

Podemos abrir mão de construir mais undes da classe Riachuelo sim. Mas enquanto isso, 4 navios tem que capacidade real e efetiva para gerar a dissuasão proposta pelo gen do exército :?:

Quanto tempo vamos levar para construir um subnuc depois do navio inicial? Mais importante. Haverá recursos perenes e regulares, além de interesse e compromisso com o Prosub a fim de dar continuidade a construção de mais unidades até se chegar a um número realmente crível para atingir os níveis de dissuasão necessários?

Para nós pensarmos.




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)

#806 Mensagem por Viking » Dom Abr 02, 2023 6:29 pm

FCarvalho escreveu: Dom Abr 02, 2023 2:45 pm A pergunta que deixo é simples. Quantos subnuc o Estado brasileiro está disposto a bancar a fim de dotar a MB das capacidades dissuasórias no AS de modo a evitar ou atrapalhar uma suposta invasão, ameaça, ou pressão, sobre o país?

O PROSUB deu os números mínimos: 6 navios. Desde o seu lançamento em 2008, quantos navios lançamos de fato ao mar?

Até onde posso saber, o Alte Álvaro Alberto só estará operacional em mais 10 a 15 anos. E não se tem certeza que mais este cronograma será obedecido.

Podemos abrir mão de construir mais undes da classe Riachuelo sim. Mas enquanto isso, 4 navios tem que capacidade real e efetiva para gerar a dissuasão proposta pelo gen do exército :?:

Quanto tempo vamos levar para construir um subnuc depois do navio inicial? Mais importante. Haverá recursos perenes e regulares, além de interesse e compromisso com o Prosub a fim de dar continuidade a construção de mais unidades até se chegar a um número realmente crível para atingir os níveis de dissuasão necessários?

Para nós pensarmos.
Prezado F Carvalho, saudações.

Excelentes as suas questões.
Em minha opinião considerando a construção do SN 10, que terá sua seção de qualificação construída no decorrer do ano e que tem como data de lançamento 2031, faço algumas considerações.
Havendo recursos e possível que cada SNA BR possam ser a partir do SN 10 ser construídos em até 6 anos. Os SNA da classe Trafalgar da RN, com dimensões semelhantes, foram construídos em torno deste tempo.
Na ICN e possível serem construídos 2 navios desta classe simultaneamente, entretanto e fundamental a tal '''vontade politica''.
Considerando o TOM imediato da MB e a necessidade de em caso de crise ou conflito de levar a guerra ao adversário seria em minha opinião pelo menos 10 SNA, com uma programação de PMG que mantivesse sempre 8 submarinos em operação uma vez que estes seriam o principal vetor estratégico do Estado brasileiro.

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Re: Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)

#807 Mensagem por arcanjo » Qua Mai 10, 2023 5:02 pm

Estaleiro de Manutenção de Submarinos é entregue ao Setor do Material da Marinha
Funcionamento das instalações representa significativo aumento da capacidade de manutenção de meios navais pela Marinha do Brasil e avanço industrial do PROSUB

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdOarZzml7YVsLkBiOZE6HGNbf_kkMwHweofDKW9t5tNJpX55b4eWI-THstpIJ6auY2k5lDzkuQr1rBVto4yUJyQ0qUyoNibhhkfbx-u578nTgNYlq8kl8QDshR19wX8EQMBNzNFvNPdG-AbCy4mOU7zEaWyMlFFdTlxdxWIc0F3o-8byAbZDUQtmQ5Q/s1170/mat2-10052023-1_0.jpg

Por Capitão-Tenente (T) Gisele Costa e Primeiro-Tenente (RM2-T) Cecília Paes - Rio de Janeiro, RJ

Na última segunda-feira (08), foi realizada, no Complexo Naval de Itaguaí, a cerimônia de entrega do Estaleiro de Manutenção (ESM) à Diretoria Industrial (DIM). O ESM, entregue pela Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM), representa uma instalação de grande importância para o ciclo de vida dos novos submarinos da classe “Riachuelo” e marca mais um avanço industrial no âmbito do Programa de Submarinos (PROSUB). Foram entregues, também, um Pátio de Manobras, destinado à docagem de até dois submarinos em área coberta e descoberta, e o Cais de número 11, com capacidade para atracação de submarinos e navios em manutenção.

A infraestrutura entregue ao setor do material conta com oficinas de mecânica, usinagem, tubulações, eletromecânica, pintura, hidráulica e sala de testes. A instalação tem capacidade para inspecionar, testar, reparar e realizar a manutenção dos equipamentos e sistemas dos submarinos convencionais diesel-elétricos, assim como dos componentes e conjuntos de equipamentos não irradiados do Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear. O projeto garantirá não apenas o suporte aos novos submarinos, mas também permitirá o apoio logístico a meios de superfície da Marinha que venham a ser manutenidos em Itaguaí (RJ).

A prontificação do Estaleiro de Manutenção, localizado na cidade de Itaguaí, representa um marco para a Força Naval e para o país como um todo – sendo um passo importante para o fortalecimento da indústria naval brasileira. Além de fortalecer a capacidade de defesa nacional, a entrega representa uma oportunidade de geração de negócios e desenvolvimento tecnológico, que pode impulsionar o crescimento econômico da região. A construção do ESM teve expressiva participação na geração de empregos no setor da construção civil e na indústria metalmecânica, resultando na geração de 2 mil empregos diretos e 10 mil indiretos, contribuindo para o fomento da economia, o desenvolvimento de novas tecnologias e o incremento industrial.

Estaleiro de Manutenção

A infraestrutura industrial do ESM conta com uma Oficina de Apoio à Manutenção de Submarinos, com área total de aproximadamente 9.291 m², sendo composta pelas oficinas, salas de testes e almoxarifado. O Pátio de Manobras entregue possui 8.360 m² destinados à docagem. Desta forma, as instalações representam significativo aumento da capacidade de manutenção de meios navais no Brasil.

A estrutura conta, ainda, com ferramentas específicas, como centros de usinagem com comando numérico de última geração, bancada de teste de válvulas, equipamentos para manutenção e teste de motores elétricos e compressores de ar de alta pressão, bem como instalações com proteção radiológica para a realização de ensaios não destrutivos por gamagrafia e raios-X. Estão previstas, ainda para este ano, as entregas de uma bancada de teste de bombas hidráulicas e duas salas limpas, com atmosfera controlada, destinadas à manutenção de componentes hidráulicos, sem que haja risco de contaminação.

PROSUB

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiV-9yrwIOdR_sFfgde7-jUGPXBRiLA8vEoqp00RUEl1fIldIXAZWD9PPbBGDU4ESrL3-tzHu4fNYtzhXPiH5ogOLihbnBK-Za5g2Kt0Kc8-JIuTME3AcH9fu4Ym3rSFUeCXqhJKnFivmbZobq4FKf46NCIPzMKo-Wd8lz6ZcfSvQIuPHi52ecYPQdrPg/s1024/mat2-10052023-1.jpg
“Riachuelo”, primeiro submarino convencional brasileiro, foi entregue em 2022

O Programa de Submarinos (PROSUB) faz parte de um amplo programa estratégico de Estado, concebido em 2008, por meio da parceria estabelecida entre Brasil e França. O PROSUB contempla a construção de uma infraestrutura industrial e de apoio à operação e manutenção de meios, a construção de quatro submarinos convencionais de propulsão diesel-elétrica e o projeto e a construção do primeiro Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear brasileiro.

O primeiro dos quatro submarinos convencionais, o “Riachuelo”, já está em operação, entregue à Marinha em setembro de 2022. Os testes operacionais no mar do “Humaitá”, segundo submarino nacional, já foram iniciados, com previsão de entrega até o final de 2023, bem como o lançamento ao mar do terceiro, o “Tonelero”. Recentemente, a Marinha realizou a transferência de seções do quarto submarino, o “Angostura”, da Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas para o Estaleiro de Construção, com previsão de entrega até o final de 2025.

FONTE: Agência Marinha de Notícias

https://www.defesabrasilnoticias.com/20 ... nos-e.html

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Re: Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)

#808 Mensagem por Viking » Sáb Mai 13, 2023 7:03 pm

arcanjo escreveu: Qua Mai 10, 2023 5:02 pm Estaleiro de Manutenção de Submarinos é entregue ao Setor do Material da Marinha
Funcionamento das instalações representa significativo aumento da capacidade de manutenção de meios navais pela Marinha do Brasil e avanço industrial do PROSUB

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Por Capitão-Tenente (T) Gisele Costa e Primeiro-Tenente (RM2-T) Cecília Paes - Rio de Janeiro, RJ

Na última segunda-feira (08), foi realizada, no Complexo Naval de Itaguaí, a cerimônia de entrega do Estaleiro de Manutenção (ESM) à Diretoria Industrial (DIM). O ESM, entregue pela Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM), representa uma instalação de grande importância para o ciclo de vida dos novos submarinos da classe “Riachuelo” e marca mais um avanço industrial no âmbito do Programa de Submarinos (PROSUB). Foram entregues, também, um Pátio de Manobras, destinado à docagem de até dois submarinos em área coberta e descoberta, e o Cais de número 11, com capacidade para atracação de submarinos e navios em manutenção.

A infraestrutura entregue ao setor do material conta com oficinas de mecânica, usinagem, tubulações, eletromecânica, pintura, hidráulica e sala de testes. A instalação tem capacidade para inspecionar, testar, reparar e realizar a manutenção dos equipamentos e sistemas dos submarinos convencionais diesel-elétricos, assim como dos componentes e conjuntos de equipamentos não irradiados do Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear. O projeto garantirá não apenas o suporte aos novos submarinos, mas também permitirá o apoio logístico a meios de superfície da Marinha que venham a ser manutenidos em Itaguaí (RJ).

A prontificação do Estaleiro de Manutenção, localizado na cidade de Itaguaí, representa um marco para a Força Naval e para o país como um todo – sendo um passo importante para o fortalecimento da indústria naval brasileira. Além de fortalecer a capacidade de defesa nacional, a entrega representa uma oportunidade de geração de negócios e desenvolvimento tecnológico, que pode impulsionar o crescimento econômico da região. A construção do ESM teve expressiva participação na geração de empregos no setor da construção civil e na indústria metalmecânica, resultando na geração de 2 mil empregos diretos e 10 mil indiretos, contribuindo para o fomento da economia, o desenvolvimento de novas tecnologias e o incremento industrial.

Estaleiro de Manutenção

A infraestrutura industrial do ESM conta com uma Oficina de Apoio à Manutenção de Submarinos, com área total de aproximadamente 9.291 m², sendo composta pelas oficinas, salas de testes e almoxarifado. O Pátio de Manobras entregue possui 8.360 m² destinados à docagem. Desta forma, as instalações representam significativo aumento da capacidade de manutenção de meios navais no Brasil.

A estrutura conta, ainda, com ferramentas específicas, como centros de usinagem com comando numérico de última geração, bancada de teste de válvulas, equipamentos para manutenção e teste de motores elétricos e compressores de ar de alta pressão, bem como instalações com proteção radiológica para a realização de ensaios não destrutivos por gamagrafia e raios-X. Estão previstas, ainda para este ano, as entregas de uma bancada de teste de bombas hidráulicas e duas salas limpas, com atmosfera controlada, destinadas à manutenção de componentes hidráulicos, sem que haja risco de contaminação.

PROSUB

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiV-9yrwIOdR_sFfgde7-jUGPXBRiLA8vEoqp00RUEl1fIldIXAZWD9PPbBGDU4ESrL3-tzHu4fNYtzhXPiH5ogOLihbnBK-Za5g2Kt0Kc8-JIuTME3AcH9fu4Ym3rSFUeCXqhJKnFivmbZobq4FKf46NCIPzMKo-Wd8lz6ZcfSvQIuPHi52ecYPQdrPg/s1024/mat2-10052023-1.jpg
“Riachuelo”, primeiro submarino convencional brasileiro, foi entregue em 2022

O Programa de Submarinos (PROSUB) faz parte de um amplo programa estratégico de Estado, concebido em 2008, por meio da parceria estabelecida entre Brasil e França. O PROSUB contempla a construção de uma infraestrutura industrial e de apoio à operação e manutenção de meios, a construção de quatro submarinos convencionais de propulsão diesel-elétrica e o projeto e a construção do primeiro Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear brasileiro.

O primeiro dos quatro submarinos convencionais, o “Riachuelo”, já está em operação, entregue à Marinha em setembro de 2022. Os testes operacionais no mar do “Humaitá”, segundo submarino nacional, já foram iniciados, com previsão de entrega até o final de 2023, bem como o lançamento ao mar do terceiro, o “Tonelero”. Recentemente, a Marinha realizou a transferência de seções do quarto submarino, o “Angostura”, da Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas para o Estaleiro de Construção, com previsão de entrega até o final de 2025.

FONTE: Agência Marinha de Notícias

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arcanjo

Eu tinha a expectativa que haveria a noticia pelo menos de negociações para ampliação do escopo de construções da atual fase do PROSUB, considerando que o almirante Iques já tinha mencionado a possibilidade de um quinto classe Riachuelo. A moderna infraestrutura existente e a ser construída e monumental diante do total de submarinos propostos.


Sds




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Re: Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)

#810 Mensagem por FCarvalho » Qui Jul 27, 2023 4:07 pm

Viking escreveu: Dom Abr 02, 2023 6:29 pm Prezado F Carvalho, saudações.
Excelentes as suas questões.
Em minha opinião considerando a construção do SN 10, que terá sua seção de qualificação construída no decorrer do ano e que tem como data de lançamento 2031, faço algumas considerações.
Havendo recursos e possível que cada SNA BR possam ser a partir do SN 10 ser construídos em até 6 anos. Os SNA da classe Trafalgar da RN, com dimensões semelhantes, foram construídos em torno deste tempo.
Na ICN e possível serem construídos 2 navios desta classe simultaneamente, entretanto e fundamental a tal '''vontade politica''.
Considerando o TOM imediato da MB e a necessidade de em caso de crise ou conflito de levar a guerra ao adversário seria em minha opinião pelo menos 10 SNA, com uma programação de PMG que mantivesse sempre 8 submarinos em operação uma vez que estes seriam o principal vetor estratégico do Estado brasileiro.
Sds
Olá Lord.

A possibilidade de se construir apenas subnuc me parece está na medida em que ao menos mais um lote da classe Riachuelo possa ser construída e entregue até 2035, uma vez que o Álvaro Alberto só deve ser entregue em 2031 e entrar em operação por volta de 2032 ou 2033.
Se houver uma nova encomenda no curtíssimo prazo, um cronograma pode ser ajustado ao atual processo de construção de forma a não deixar hiatos em Itajaí, e não perdemos todo o investimento feito. Uma vez entregues os navios convencionais, parte-se para a construção exclusiva de subnuc a fim de dotar no longo prazo (2040-2060) a esquadra com estes navios, de forma a complementar inicialmente os modelos convencionais e posteriormente os substituir.
Mas é preciso tomar decisões desde já. Protelar, seria no mínimo arriscar perder tudo o que conquistamos a duras penas no Prosub até agora.




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
A. Sapkowski
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