Creio que a questão não é desenvolver capacidades, mas, expandir, consolidar e saber administrar bem as que já temos.
Nada impede que novas iniciativas sejam realizadas no setor privado que tragam um plus a mais para a indústria e o mercado aeronáutico civil e militar do país. É dever do Estado zelar para que estas iniciativas encontrem caminho aberto, e azeitado, de preferência, para suas atividades. Até aí tudo bem.
Conquanto o Estado brasileiro nunca foi, e não é reconhecido por ser um facilitador do mercado e da iniciativa privada, pelo contrário, onde pode atrapalhar e tornar a vida mais difícil de quem empreende...
Na seara da defesa é mister que o Estado assuma suas responsabilidades e exerça o papel de mediador e integrador das soluções, contando com o apoio e a iniciativa do setor privado onde, como e quando oportuno e necessário for. Mas estamos longe disso também.
A Desaer deu azar de querer nascer em um país assim, onde inciativas diferentes do que estamos acostumados são sempre vistas e recebidas com desconfiança, medo e\ou são motivo de chacota e escárnio público de todo lado.
Enfim, não é o caso de reinventar a roda. É aproveitar, ou não, o que tem aí e investir mais ainda nas competência nacional instalada, com todos os riscos inerentes ao negócio. Para isso o Estado possui MD, ffaa's, técnicos e burocratas aos montes para avaliar e apontar as melhores alternativas.
Países desenvolvidos aceitam bem este dilema. Mas no Brasil, inovação e risco tanto para a administração pública quanto para grande parte da iniciativa privada são anátema ou palavrão.
Viva-se com isso.