EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

Moderadores: Glauber Prestes, Conselho de Moderação

EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?

PARCERIA tecnológica e de mercado, mas cada uma permanece independente
61
36%
ASSOCIAÇÃO, onde há interpolações mas continuam independentes
53
31%
FUSÃO, onde ambas se tornam uma só
8
5%
COMPRA, onde a Boeing absorve a EMBRAER e todos os seus produtos
10
6%
NÃO para tudo, as coisas devem permanecer como estão
38
22%
 
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?

#196 Mensagem por Carlos Lima » Seg Jan 15, 2018 6:51 pm

FIGHTERCOM escreveu:Futuro da Embraer é assunto de reunião de emergência entre FAB e fabricante sueco de caças

http://epoca.globo.com/amp/politica/exp ... cacas.html
Todo mundo quer garantir o seu Jabá!! :lol:

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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?

#197 Mensagem por FCarvalho » Seg Jan 15, 2018 10:14 pm

Se a Boeing chegar a comprar a Embraer, pode escrever aí : o caça padrão da FAB vai ser o F-18E/F.

Adios, Gripen en latino america. :roll:

Mas tem problema não. Vai tá tudo em casa. Como sempre foi. :?

Abs
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?

#198 Mensagem por FIGHTERCOM » Qua Jan 17, 2018 8:58 pm

Boeing deve se tornar sócia da Embraer

http://www.blogdokennedy.com.br/boeing- ... a-embraer/
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?

#199 Mensagem por FCarvalho » Qua Jan 17, 2018 9:33 pm

Vamos ver qual será o tamanho da sociedade.

Abs
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?

#200 Mensagem por FIGHTERCOM » Qui Jan 18, 2018 11:41 am

Por que o risco para Embraer é ficar só no mercado

Há pelo menos quatro modelos em estudo para a Embraer se unir à Boeing sem descontentar o governo. O que não dá é para a empresa brasileira virar as costas
https://exame.abril.com.br/revista-exam ... -ficar-so/
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?

#201 Mensagem por FCarvalho » Qui Jan 18, 2018 4:49 pm

Interessante. É desde quando a Embraer trabalha só em seus projetos?
Ou será que a própria Boeing já não é parceira de longa data em vários setores?
O fato da empresa não estar coligada ou associada à outra de sua seara comercial não significa que ela não seja capaz de manter-se por si só.
Como já disse aqui é repito insistentemente, quem precisa da Embraer são os americanos, e não o contrário.
Pelos próximos 15/20 anos vamos estar muito bem obrigado em termos de vendas e projetos.
Quem tem que correr atrás é a concorrência. É ainda vão ter que comer muita poeira para chegar onde estamos hoje.
Parcerias e/ou associações só se for a nosso favor. E com o absoluto controle da caneta.

Abs
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?

#202 Mensagem por Bolovo » Qui Jan 18, 2018 11:38 pm

Um pouco de luz. Olha a "parceria" que a Boeing queria:
EXCLUSIVO-Boeing tem interesse que Brasil mantenha golden share em acordo com Embraer
Por Brad Haynes e Anthony Boadle

BRASÍLIA (Reuters) - A Boeing está trabalhando para superar as objeções de militares brasileiros a uma aliança da empresa norte-americana com a Embraer, com alternativas para preservar os direitos de veto do governo a decisões estratégicas e salvaguardas para seus programas de defesa, afirmaram quatro fontes com conhecimento do assunto nesta terça-feira.

A fabricante norte-americana de aviões foi forçada a refazer os planos envolvendo a Embraer depois que autoridades brasileiras na semana passada se posicionaram contra a ideia de tornar a Embraer uma subsidiária como as que a Boeing opera na Austrália e na Inglaterra, afirmaram as fontes.

“A Boeing veio para comprar a Embraer, não para fazer uma parceria ou uma joint-venture às quais estamos abertos, mas para tomar o controle da companhia. Isso foi rejeitado”, disse uma das fontes, uma autoridade do governo. “Cabe à Boeing voltar com uma nova proposta.”

A proposta de aliança da Boeing com a Embraer daria ao grupo uma participação de liderança no mercado de aeronaves de 70 a 130 assentos e criaria um competidor mais duro ao CSeries desenvolvido pela canadense Bombardier e conduzido pela europeia Airbus desde o ano passado.

A oferta da Boeing avalia a companhia em 5 bilhões a 6 bilhões de dólares, :lol: :lol: :lol: :evil: :evil: :evil: disse uma fonte com conhecimento das discussões. Desde que a notícia de proposta da Boeing foi divulgada no mês passado, as ações da Embraer acumulam valorização de 22 por cento em Nova York, levando o valor de mercado da companhia para 4,6 bilhões de dólares.

Representantes da Embraer afirmaram que a empresa não comenta o assunto e a Boeing e o Ministério da Defesa não responderam de imediado a pedidos de comentários.

RESISTÊNCIA DA FORÇA AÉREA

Autoridades no Ministério da Fazenda e no BNDES, que detém 5 por cento da Embraer, têm apoiado um acordo entre as empresas, mas representantes da área de Defesa são mais céticos, afirmaram as fontes. O BNDES não comentou o assunto e o ministério não se manifestou.

“A Força Aérea é a principal fonte de resistência, afirmou um assessor do presidente Michel Temer. Os militares se opõem a qualquer divisão da Embraer”, disse o assessor comentando que o ministro da Defesa, Raul Jungman, ainda precisa fazer uma recomendação sobre a operação proposta pela Boeing ao presidente.

O Comando da Aeronáutica afirmou em comunicado que “considera a Embraer uma empresa estratégica e fundamental para a soberania nacional, portanto, uma possível parceria entre as empresas Embraer e Boeing deverá ser analisada também sob esses enfoques”.

O comandante da Força Aérea, o tenente-brigadeiro Nivaldo Rossato, participou na semana passada de reunião com Jungman em Brasília com executivos de alto escalão da Boeing, incluindo o vice-presidente financeiro Greg Smith, que não conseguiu convencer as autoridades brasileiras.

Nem o governo, nem as companhias, querem uma divisão completa das operações comerciais e de defesa da Embraer, dada a integração de tecnologia e recursos de engenharia, disseram as fontes.

“Acreditamos que a Boeing vai acabar concordando com uma parceria ou uma joint-venture porque eles foram enfraquecidos pelo acordo Airbus-Bombardier”, disse uma das fontes. “Eles não têm outro possível parceiro e precisam de uma solução rápida.”

http://epocanegocios.globo.com/Mercado/ ... braer.html
Uma oferta tão ridícula dessas nem merece atenção. Só a carteira de entregas da Embraer é de uns 20 bilhões.

Eu, como contraproposta, daria um lance para comprar 100% da Boeing, essa decadente empresa que não consegue fazer nada sem falir os concorrentes.
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?

#203 Mensagem por GIL » Sex Jan 19, 2018 5:42 am

Bolovo escreveu:Um pouco de luz. Olha a "parceria" que a Boeing queria:
EXCLUSIVO-Boeing tem interesse que Brasil mantenha golden share em acordo com Embraer
Por Brad Haynes e Anthony Boadle

BRASÍLIA (Reuters) - A Boeing está trabalhando para superar as objeções de militares brasileiros a uma aliança da empresa norte-americana com a Embraer, com alternativas para preservar os direitos de veto do governo a decisões estratégicas e salvaguardas para seus programas de defesa, afirmaram quatro fontes com conhecimento do assunto nesta terça-feira.

A fabricante norte-americana de aviões foi forçada a refazer os planos envolvendo a Embraer depois que autoridades brasileiras na semana passada se posicionaram contra a ideia de tornar a Embraer uma subsidiária como as que a Boeing opera na Austrália e na Inglaterra, afirmaram as fontes.

“A Boeing veio para comprar a Embraer, não para fazer uma parceria ou uma joint-venture às quais estamos abertos, mas para tomar o controle da companhia. Isso foi rejeitado”, disse uma das fontes, uma autoridade do governo. “Cabe à Boeing voltar com uma nova proposta.”

A proposta de aliança da Boeing com a Embraer daria ao grupo uma participação de liderança no mercado de aeronaves de 70 a 130 assentos e criaria um competidor mais duro ao CSeries desenvolvido pela canadense Bombardier e conduzido pela europeia Airbus desde o ano passado.

A oferta da Boeing avalia a companhia em 5 bilhões a 6 bilhões de dólares, :lol: :lol: :lol: :evil: :evil: :evil: disse uma fonte com conhecimento das discussões. Desde que a notícia de proposta da Boeing foi divulgada no mês passado, as ações da Embraer acumulam valorização de 22 por cento em Nova York, levando o valor de mercado da companhia para 4,6 bilhões de dólares.

Representantes da Embraer afirmaram que a empresa não comenta o assunto e a Boeing e o Ministério da Defesa não responderam de imediado a pedidos de comentários.

RESISTÊNCIA DA FORÇA AÉREA

Autoridades no Ministério da Fazenda e no BNDES, que detém 5 por cento da Embraer, têm apoiado um acordo entre as empresas, mas representantes da área de Defesa são mais céticos, afirmaram as fontes. O BNDES não comentou o assunto e o ministério não se manifestou.

“A Força Aérea é a principal fonte de resistência, afirmou um assessor do presidente Michel Temer. Os militares se opõem a qualquer divisão da Embraer”, disse o assessor comentando que o ministro da Defesa, Raul Jungman, ainda precisa fazer uma recomendação sobre a operação proposta pela Boeing ao presidente.

O Comando da Aeronáutica afirmou em comunicado que “considera a Embraer uma empresa estratégica e fundamental para a soberania nacional, portanto, uma possível parceria entre as empresas Embraer e Boeing deverá ser analisada também sob esses enfoques”.

O comandante da Força Aérea, o tenente-brigadeiro Nivaldo Rossato, participou na semana passada de reunião com Jungman em Brasília com executivos de alto escalão da Boeing, incluindo o vice-presidente financeiro Greg Smith, que não conseguiu convencer as autoridades brasileiras.

Nem o governo, nem as companhias, querem uma divisão completa das operações comerciais e de defesa da Embraer, dada a integração de tecnologia e recursos de engenharia, disseram as fontes.

“Acreditamos que a Boeing vai acabar concordando com uma parceria ou uma joint-venture porque eles foram enfraquecidos pelo acordo Airbus-Bombardier”, disse uma das fontes. “Eles não têm outro possível parceiro e precisam de uma solução rápida.”

http://epocanegocios.globo.com/Mercado/ ... braer.html
Uma oferta tão ridícula dessas nem merece atenção. Só a carteira de entregas da Embraer é de uns 20 bilhões.

Eu, como contraproposta, daria um lance para comprar 100% da Boeing, essa decadente empresa que não consegue fazer nada sem falir os concorrentes.
5bi é irrisorio para o conjunto do que essa empresa representa, ja seja de valor patrimonial, pedidos em carteira, projetos consumados na area civil e militar, futuro mercado de drones com a uber, ser a empresa ancora do nosso polo industrial aeronautico e a receptora de todos nossos ToT tecnologicos que tambem tem custo de bilhoes.

O valor em bolsa dela é muito baixo, me estranha que fundos brasileiros ou mesmo pessoas normais acomodadas não comprem ações dessa empresa, o mesmo governo poderia recomprar algumas, ainda que com a GS isso não se faz necessario seguramente, mais antes estatizada que entregada.

Porem já não se trata se ele de verdade vale 5, 10 ou mais que isso (sempre em bilhoes de dolares) se trata de que aqui falamos de algo mais que dinheiro, falamos de empregos, tecnologia, defesa e em ultima instancia soberania.

A perda de controle dessa empresa seria motivo de fuzilamento sumario ou de um golpe de estado se a presidencia e o congresso permitirám isso e faço esse comentario desde a mais pura serenidade.
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?

#204 Mensagem por FCarvalho » Sex Jan 19, 2018 10:08 am

Não vão vender nem f...do. A FAB já bateu o martelo quanto a isso. Esse ano tem eleição. Alguém aqui acha mesmo que até essa quadrilha do Planalto faria algo tão absurdo? E ainda mais peitando os militares em ano eleitoral com Bolsonaro e tudo mais aí?
Não rola. Políticos podem ser muitas coisas, mas com certeza burros eles não são.

Abs
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?

#205 Mensagem por FIGHTERCOM » Sex Jan 19, 2018 1:43 pm

Embraer (EMBR3)-Boeing

Segundo o Valor Econômico, a Boeing e a Embraer avaliam criar uma terceira empresa entre as opções para o acordo entre as duas. Mesmo que a Boeing tenha participação majoritária na eventual nova empresa, a Embraer manteria sua independência, por isso ideia não teria resistência do governo brasileiro. A opção é apenas sugestão levantada nos bastidores e não movimento em andamento pelas partes envolvidas, diz o Valor.

Ontem, a Reuters informou que a Boeing está estudando como superar as condições dos militares brasileiros para conseguir chegar a um acordo com a Embraer. Diante disso, a empresa americana estaria disposta a manter a "golden share" do governo brasileiro e ainda garantiria salvaguardas aos programas de defesa do Brasil, disseram quatro fontes.

companhia foi obrigada a voltar a fazer um novo planejamento depois que as autoridades brasileiras recusaram na semana passada a ideia de transformar a Embraer em uma subsidiária, como a Boeing opera na Austrália e Reino Unido, segundo a Reuters.

"A Boeing veio para comprar a Embraer, não para uma parceria ou uma joint venture que estaríamos dispostos, mas para assumir o controle da empresa. Isso foi rejeitado", disse uma das fontes, que é funcionário do governo. "A Boeing que volte com uma nova proposta", completou.

Ainda segundo uma fonte da agência de notícias, a proposta da Boeing precificaria a Embraer em algo entre US$ 5 bilhões e US$ 6 bilhões. Atualmente, a companhia brasileira tem um valor de mercado de cerca de US$ 4,7 bilhões, o que coloca o "prêmio" sobre o preço atual entre 6,5% e 28%, considerando o piso e o teto proposto pela americana. Por outro lado, há preocupações em Brasília de que, no fim, Washington tenha poder de decisão sobre os programas brasileiros de defesa. A empresa norte-americana estaria disposta a preservar a "golden share" do governo brasileiro na Embraer, disseram as pessoas familiarizadas com o assunto, mas isso pode não ser suficiente para ganhar apoio para a prosposta.

http://www.infomoney.com.br/mercados/ac ... ia/7217633
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?

#206 Mensagem por Bolovo » Sex Jan 19, 2018 3:09 pm

Mais uma:
Boeing e Embraer discutem um novo modelo de negócio

Fabio Graner Publicada Em 19/01 - 05h00


Nas discussões envolvendo as negociações das fabricantes de aviões Boeing e Embraer, uma das hipóteses recentemente levantada nos bastidores seria a criação de uma terceira empresa, com as duas sendo acionistas. A ideia, segundo apurou o Valor, não teria resistências no governo brasileiro, mesmo que essa eventual nova companhia tivesse participação majoritária da Boeing. Isso porque a fabricante de aviões nacional, nesse cenário, manteria sua independência, sem qualquer subordinação ao capital da americana.

É importante ressaltar, contudo, que ainda se trata apenas de uma sugestão levantada nos bastidores e não um movimento estruturado e em andamento pelas partes envolvidas. A alternativa é vista como uma das possíveis modalidades de parcerias entre a fabricante americana e a Embraer, dado que o governo brasileiro deixou claro à Boeing que não permitirá qualquer forma de controle sobre a companhia nacional, devido ao caráter estratégico e de segurança nacional.

A Boeing tinha intenção de comprar a empresa brasileira como movimento de mercado para fazer frente à concorrência da francesa Airbus, que tem conquistado terreno sobre a Boeing e ainda ficou mais forte após assinar parceria com a canadense Bombardier. Mas esbarrou no poder de veto do governo brasileiro conferido pela "golden share" (ação de classe especial que dá poderes maiores ao detentor) que detêm da companhia.

Diante da recusa inicial, o movimento seguinte da americana foi propor comprar apenas a parte de aviação comercial da Embraer, aceitando que o governo brasileiro mantivesse sua golden share no braço militar da Embraer, que ficaria separado. A alternativa proposta visava driblar a forte preocupação do governo brasileiro com questões de segurança nacional.

Mas a iniciativa também não prosperou. A visão do governo brasileiro é que tanto o braço comercial quanto o braço militar da companhia operam em uma espécie de "simbiose", com efeitos não só na geração de valor para a Embraer, mas também para a produção de tecnologia nacional importante para o desenvolvimento econômico do Brasil.

Ainda que seja considerado que o lado militar, que hoje representa cerca de 20% da Embraer, conseguiria sobreviver autonomamente pelo menos nos próximos cinco anos, a leitura no governo é que em prazos mais longos haveria dificuldade de que essa operação se sustentasse sozinha, com efeitos muito danosos não só para a Embraer como para o país.

É que não é apenas na aviação que a empresa está presente. A Embraer tem gerado tecnologia também usada na Marinha, por exemplo no submarino nuclear e em outros produtos navais, além das aplicações civis.

Nas discussões sobre o assunto, o governo brasileiro sempre considera que zelar pelo controle da empresa não significa um nacionalismo sem fundamento e sim uma postura que ocorre em todo o setor de aviação. Há quem lembre que se a Embraer tentasse comprar o controle da Boeing não teria a menor possibilidade de concretizar o intento. Isso porque o governo americano, mesmo sem golden share da companhia, tem direito de vetar movimentos de estrangeiros que possam colocar em risco questões consideradas de segurança nacional ou estratégicas.

A ideia de fazer parcerias, inclusive com outras possibilidades, como "marketing agreement", é bem vista pelo governo, dado o contexto do mercado internacional. Há um reconhecimento de que o setor vive um processo de concentração e acirramento da disputa entre as grandes empresas. Nesse ambiente, juntar-se à Boeing poderia ser positivo para a Embraer, ainda que a avaliação no governo é que a brasileira teria condições de seguir sozinha, caso não se chegue a um entendimento comum entre as partes.

Na verdade, o entendimento, pelo menos em parte do governo, é que o interesse maior de se juntar é da Boeing, que hoje sofre com custos mais elevados de produção, não tem penetração no segmento regional em que a Embraer opera e está perdendo a liderança para a Airbus. Além disso, a qualidade do departamento de engenharia da Embraer é considerado outro diferencial que a Boeing poderia agregar.

Um fator que pode dificultar um acerto entre as partes é a questão sobre como a Suécia e a Saab, empresa fabricante do caça Gripen, irão reagir a um entendimento entre a fabricante brasileira e a americana. Afinal, o acordo prevê transferência de tecnologia para fabricação desse tipo de produto no Brasil, mas vale lembrar que a Boeing é uma concorrente direta dos suecos. Basta recordar que o caça F-18 dos americanos disputou e perdeu para o produto sueco na licitação finalizada em 2013. O risco de um acordo é que os segredos tecnológicos dos suecos acabem nas mãos de um de seus principais concorrentes.

http://www.valor.com.br/empresas/526717 ... de-negocio
A Boeing é uma empresa decadente que necessita da espólios para sobreviver, será o fim da Embraer se juntar ou fazer qualquer negócio com ela.
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?

#207 Mensagem por FCarvalho » Sex Jan 19, 2018 7:25 pm

Há diversas áreas em que ambas as empresas possuem sinergia. Não existe fundamento em temer parcerias. Aí está o KC-390 que não me deixa mentir.

Abs
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?

#208 Mensagem por Carlos Lima » Sáb Jan 20, 2018 3:35 am

:lol: :lol:

Sinergia semelhante a que existe entre a raposa e a galinha.

[]s
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?

#209 Mensagem por FIGHTERCOM » Sáb Jan 20, 2018 8:33 am

FCarvalho escreveu:Há diversas áreas em que ambas as empresas possuem sinergia. Não existe fundamento em temer parcerias. Aí está o KC-390 que não me deixa mentir.

Abs
Bem, supondo que a opção seja pela criação de uma terceira empresa com maior participação societária da Boeing, essa tal sinergia pode acabar escoando pelo ralo. A Boeing irá definir os novos rumos de desenvolvimento e isso pode acabar por se tonar um limitador para o crescimento da Embraer.

Abraços,


Wesley
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?

#210 Mensagem por Viktor Reznov » Sáb Jan 20, 2018 6:22 pm

Sou contra qualquer tipo de presença da Boeing na Embraer, mesmo uma parceria pra desenvolvimento conjunto de tecnologias significaria que o governo americano teria a autoridade pra ditar que tipo de tecnologia a Embraer poderia ou não vender pra FAB e isso é um absurdo indescritível.
I know the weakness, I know the pain. I know the fear you do not name. And the one who comes to find me when my time is through. I know you, yeah I know you.
Trancado