Indústria aeroespacial Portuguesa

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Re: Indústria aeroespacial Portuguesa

#16 Mensagem por cabeça de martelo » Qui Fev 22, 2018 12:35 pm

Projeto "Space Rider" da Agência Espacial Europeia vai aterrar nos Açores

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Situação vai "gerar emprego qualificado, quer ao nível dos serviços, quer ao nível dos recursos afetos", disse o presidente do Governo Regional açoriano

A Agência Espacial Europeia (ESA) escolheu os Açores para acolher um local de aterragem do projeto "Space Rider', declarou esta quarta-feira o presidente do Governo Regional açoriano, Vasco Cordeiro.

Falando no plenário Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA), na Horta, Vasco Cordeiro valorizou a escolha da ESA, garantindo que vai "gerar emprego qualificado, quer ao nível dos serviços, quer ao nível dos recursos afetos" ao projeto.

O projeto da agência "tem como objetivo proporcionar à Europa um sistema de transporte espacial integrado, acessível, independente e reutilizável para acesso e retorno do Espaço", indica nota do Governo Regional dos Açores.

Os Açores, através do coordenador da estrutura de missão para o Espaço, estão representados neste grupo de trabalho da ESA, sendo que responsáveis deste grupo irão visitar o arquipélago português em abril com o objetivo de analisar os potenciais locais que possam servir para este projeto.

As atividades a desenvolver no local de aterragem que vier a ser escolhido nos Açores "irão envolver a telemetria e telecomando do veículo, a gravação e arquivo de dados, tratamento e distribuição de dados pós-voo, gestão e controle de emergência, controlo na reentrada da atmosfera e aterragem do veículo", indica ainda o executivo açoriano.

https://www.dn.pt/portugal/interior/pro ... 34914.html




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

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Re: Indústria aeroespacial Portuguesa

#17 Mensagem por cabeça de martelo » Qui Fev 22, 2018 12:40 pm

Space Rider

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Space Rider aims to provide Europe with an affordable, independent, reusable end-to-end integrated space transportation system for routine access and return from low orbit. It will be used to transport payloads for an array of applications, orbit altitudes and inclinations.

Launched atop Vega-C, Space Rider follows ESA’s Intermediate eXperimental Vehicle (IXV) which on 11 February 2015 performed a flawless suborbital flight with atmospheric reentry and sea landing.

Europe has solid knowhow in getting to space and operating in space – but not returning from space. IXV was designed to help fill that gap in knowledge by demonstrating critical technologies in hypersonic flight conditions, fully representative of an atmospheric reentry from low orbit.

Several additional technology developments and flight demonstrations have since taken place in Europe, adding valuable information.

Space Rider will have the potential to allow:

experiments in microgravity;
in-orbit validation of technologies required for several application missions;
educational missions;
enhancement of European industry competitiveness in paving the way to a commercial service.
The operational missions for Space Rider include a wide spectrum of orbital altitudes and inclinations in low orbit, compatible with the performance of the Vega-C launch system and its future evolutions.

The spacecraft will be launched from Europe’s Spaceport in Kourou, French Guiana, stay in orbit as required by its payloads, and then perform a ground landing. Afterwards, it will be refurbished and equipped with new payloads for the next flight.

The operational mission is based on the following elements:

A small reusable orbital system designed to minimise refurbishment and turn-around life-cycle cost. It builds on the system and technological knowhow acquired through IXV and the European launchers technology and flight experience, implementing design innovations such as a multipurpose cargo bay, and maximising the use of off-the-shelf components.
A small launch system to minimise launch service cost. The reference launch system is the Vega-C. The AVUM+ fourth stage of Vega-C constitutes the service module of the reusable orbital system, providing manoeuvrability for the payloads as well as the reentry braking.
A ground segment to support the in-orbit operations as well as the reentry and landing, and the early processing of the payloads after landing.

Space Rider way forward
The System Requirements Review is planned for 2017. The Preliminary Design Review, to be completed in 2018, will lead to the Detailed Design phase, with the Critical Design Review in 2019.

Current activities include:

Final trade-off and down-selection of the payloads involving the end-users.
Finalisation of mission and system design, benefiting from the IXV development and commonalities with Vega-C.




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Re: Indústria aeroespacial Portuguesa

#18 Mensagem por cabeça de martelo » Sex Mar 23, 2018 3:22 pm

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Re: Indústria aeroespacial Portuguesa

#19 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Abr 03, 2018 6:32 am

Empresas portuguesas desenvolvem sonda de cortiça para explorar Marte

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Este projeto para a ESA - Agência Espacial Europeia é coordenado pela Corticeira Amorim e integra o ISQ - Instituto de Soldadura e Qualidade, PIEP - Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros e a Critical Materials.

Um grupo de empresas portuguesas está a desenvolver um projeto para a Agência Espacial Europeia (ESA) com o objetivo de explorar Marte.

O projeto é coordenado pela Corticeira Amorim e integra o ISQ – Instituto de Soldadura e Qualidade, PIEP – Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros e a Critical Materials.

A ESA está a desenvolver duas missões que envolvem o envio de sondas para Marte, a Mars Sample Return (em associação com a NASA) e a Phootprint – Phobos Sample Return, que implica o envio de sondas para Marte, com o objetivo de recolher amostras de solo marciano, transportando-as de seguida para o planeta Terra.

“O projeto desenvolvido por este conjunto de entidades portuguesa teve como objetivo o desenvolvimento de um sistema de escudo de proteção técnica e amortecimento de choques na aterragem”, destaca um comunicado do ISQ.

A Corticeira Amorim, líder do projeto, construiu o demonstrador, enquanto a Critical Materials procedeu ao desenvolvimento da engenharia.

O ISQ e o PIEP ficaram encarregues dos testes de desenvolvimento, sendo que o ISQ ficou também responsável pelos testes de validação final do demonstrador, executados nas suas instalações de Castelo Branco.

“Durante a fase de desenvolvimento tecnológico do sistema foram realizados ensaios mecânicos, ensaios de condutividade térmica, de calor específico, de impacto e de caracterização de materiais”, explica o referido comunicado do ISQ.

Segundo esse documento, “este sistema será colocado num veículo que trará amostras de Marte para a Terra”, tendo como propósito “conseguir que essas amostras oriundas de Marte cheguem intactas à Terra”.

O ISQ acrescenta ainda que, na fase de validação final, foi realizado um ensaio de impacto, onde foi simulada a aterragem da sonda.

“O projeto atingiu os objetivos planeados, embora seja um projeto a longo prazo. Estamos perante uma solução de engenharia portuguesa, que exigiu mais de dois anos de trabalho e um investimento de 400 mil euros, com a mais-valia de ser uma solução mais leva, mais simples, 25% abaixo do peso máximo exigido”, conclui a mesma nota.


>>>>>>>>> http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noti ... rte-287981




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Re: Indústria aeroespacial Portuguesa

#20 Mensagem por cabeça de martelo » Qui Mai 03, 2018 10:20 am

Space Rider em Santa Maria já em 2021
Data foi anunciada pelo secretário regional do Mar, Ciência e Tecnologia dos Açores, Gui Menezes.

ANA MARIA HENRIQUES

Ainda o auditório da Biblioteca Municipal da Vila do Porto ansiava pela deliberação do júri da competição CanSat, sem prestar muita atenção aos discursos dos convidados – entre os quais o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor –, e já o secretário regional do Mar, Ciência e Tecnologia dos Açores, Gui Menezes, fazia um anúncio: “No segundo semestre de 2021 podemos vir a ter a primeira aterragem de um vaivém espacial nos Açores.” O governante falava do projecto Space Rider, o pequeno veículo da Agência Espacial Europeia (ESA) que tem como objectivo “proporcionar à Europa um sistema de transporte espacial integrado, acessível, independente e reutilizável para acesso e retorno do espaço”, como descreveu o Governo Regional dos Açores em Fevereiro deste ano, na altura das primeiras notícias sobre a escolha do arquipélago como localização de aterragem do vaivém espacial europeu. “Há duas semanas estiveram aqui técnicos da ESA a percorrer a ilha e a reunir-se com entidades locais, como elementos da Protecção Civil e bombeiros”, adiantou. “As coisas estão bem alinhadas.”

https://www.publico.pt/2018/04/30/cienc ... 12-1815841




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Re: Indústria aeroespacial Portuguesa

#21 Mensagem por cabeça de martelo » Qui Jun 14, 2018 11:58 am

Instituto Superior Técnico prepara-se para lançar o primeiro satélite português feito por alunos
Sara Sá

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Apanhando boleia da Agência Espacial Europeia, o minissatélite ISTsat-1 deverá ser lançado dentro de dois anos e irá servir para transmitir a posição de aviões comerciais - para que não se repita o que aconteceu com o avião da Malaysia Airlines que desapareceu no Índico

Quando se entra na sala, imediatamente nos vem à cabeça as imagens made in Hollywood, em que se contam as aventuras espaciais da NASA. Uma das paredes é toda de vidro, a outra está forrada de computadores, ecrãs, recetores de sinais de rádio. Só falta ouvir "Houston, we have a problem", para o cenário ser ainda mais hollywoodesco.

Para já, está tudo calmo no polo do Taguspark, em Oeiras, do Instituto Superior Técnico. Mas lá para a primeira metade de 2020 haverá stresse, ansiedade, e duas dezenas de engenheiros estarão à procura de um primeiro sinal de vida vindo do espaço. Um bip que significará que o pequeno satélite ISTsat-1 chegou ao seu destino - uma órbita a 400 km da Terra - com saúde.

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Se tudo correr como previsto, este será o primeiro satélite português construído integralmente por alunos, orientados por professores, a chegar ao espaço.

Em forma de cubo, com 10 centímetros de lado, o satélite terá como principal função enviar para a Terra sinais ADS-b (a partir de 2020, todos os aviões comerciais serão obrigados a transmitir um sinal deste tipo, que permite que se conheça, a cada instante, a posição e a velocidade da aeronave, uma medida que surgiu após o desaparecimento de aviões como o da Air France ou o da Malaysia Airlines).


O projeto começou há seis anos e o caminho até agora obrigou os alunos - sobretudo de engenharia aeroespacial, mas também de outras áreas como a mecânica ou a eletrotecnia - a uma aprendizagem de aspetos mais práticos da engenharia, como a técnica de soldadura de circuitos integrados. "O principal objetivo deste projeto é a formação", nota Rui Rocha, professor e responsável pela missão, que será integrada no concurso FlyYour Satellite, da Agência Espacial Europeia. "São alunos muito bons, mas que precisam de ter contacto com a parte prática", sublinha João Paulo Monteiro, estudante de doutoramento, também responsável pelo minissatélite.

Outro dos desafios tem sido encontrar financiamento. No setor do espaço, cada pequeno componente tem um valor centenas de vezes superior. Algo que custa uns cêntimos pode facilmente custar dezenas de euros. "Para ir para o espaço, o material precisa de estar revestido com uma película de safira, que protege da radiação solar", explica Rui Rocha. Só os painéis solares custam quinze mil euros.

Além do apoio do IST e da associação de radioamadores de Portugal (AMRAD), a equipa encontrou ainda uma forma engenhosa de conseguir fundos: dar cursos sobre espaço, (a Semana do Espaço) que culminam com o lançamento de um satélite num balão estratosférico, a crianças e jovens entre os 13 e os 18 anos. O valor pago pelos cursos - que acontecem sobretudo durante as férias escolares - vai todo para o satélite.

Até agora, a equipa já passou várias, e exigentes, etapas de seleção impostas pela Agência Espacial Europeia, que irá assumir os custos com o lançamento do satélite. De qualquer forma, o caminho ainda é longo, até que o minissatélite em forma de cubo possa entrar num lançador rumo à Estação Espacial Internacional. Mas, comenta Rui Rocha, já valeu a pena, nem que seja pelo caminho: "Mesmo que não consigamos chegar ao espaço e enviar sinais lá de cima, já terá valido pela aprendizagem."

http://visao.sapo.pt/actualidade/futuro ... por-alunos




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Re: Indústria aeroespacial Portuguesa

#22 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Jul 25, 2018 12:19 pm

Ilha de Santa Maria confirmada como bom local para lançar foguetões na Europa


Relatório elaborado para a Agência Espacial Europeia conclui que uma base de lançamento de pequenos satélites nos Açores é viável do ponto de vista técnico e económico. Do meio do Atlântico poderão vir a fazer-se cerca de 12 lançamentos por ano, estimam os especialistas, que esperam por apoio institucional que coloque Portugal no clube exclusivo das oito nações mundiais com acesso ao espaço.

É já o segundo relatório que aponta para a ilha de Santa Maria, nos Açores, como um local privilegiado para lançar pequenos foguetões que levem para o espaço (também pequenos) satélites. Se o primeiro estudo tinha sido encomendado pelo Ministério da Ciência português à Universidade do Texas, em Austin (EUA), o novo relatório resultou de um concurso lançado pela Agência Espacial Europeia (ESA) para análise da viabilidade técnico-económica de pequenos foguetões na Europa. Elaborado pela empresa portuguesa Deimos Engenharia, em parceria com a Orbex, empresa com sede no Reino Unido que está a desenvolver um pequeno foguetão, o novo relatório confirma a ilha de Santa Maria como um sítio favorável para este tipo de operações na Europa. E até já propõe que descole dos Açores o foguetão que a Orbex está a desenvolver – o Prime.

Mais exactamente, o novo relatório, tal como o anterior, propõe o sítio de Malbusca como local para um centro de descolagens espaciais nos Açores.

“Este local é viável do ponto de vista técnico e económico”, começa por dizer ao PÚBLICO Nuno Ávila, director-geral da Deimos Engenharia. “Apresenta condições climáticas muito favoráveis face a outras alternativas na Europa – na Noruega, Suécia e na Escócia. Do ponto de vista da segurança, também tem condições excepcionais: os lançamentos seriam para sul, onde só temos oceano. Na Noruega e Suécia tem de se sobrevoar território onde há população. E na Escócia tem de haver manobras para se evitarem as ilhas Faroé”, acrescenta Nuno Ávila. “Do ponto de vista logístico, a ilha de Santa Maria é muito boa, tem acessibilidades por mar e pelo ar. Tem uma pista com três quilómetros e tal, tem um porto de mar gigantesco. Têm de transportar partes dos foguetões, para serem montados localmente, e os satélites e os combustíveis também têm de chegar aí.”

Estas conclusões resumidas por Nuno Ávila constam de um sumário-executivo do relatório, que se pode consultar agora em papel nos escritórios em Lisboa da Deimos Engenharia – mas o próprio relatório, de mais de mil páginas, é confidencial e foi entregue esta semana à ESA. Foi um dos cinco estudos que decorreram em paralelo no concurso lançado pela ESA para analisar a viabilidade técnica e económica de levar a cabo lançamentos de pequenos foguetões na Europa. E, no seu caso, olhou em detalhe para a ilha de Santa Maria e o sítio de Malbusca. “Este local oferece condições muito atractivas a nível europeu. Na Europa não há muitos sítios para se fazerem lançamentos”, nota ainda Nuno Ávila, dizendo que a sua empresa já estuda a ilha de Santa Maria há alguns anos.

Estamos a falar do lançamento de foguetões (ou lançadores, na gíria aeroespacial) que transportam satélites até 200 quilos, para órbitas baixas, abaixo dos 500 quilómetros da Terra. “Estes pequenos lançadores são de baixo custo, os próprios satélites são de baixo custo. É a grande tendência do mercado”, diz Nuno Ávila. Um mercado que, segundo o sumário-executivo, em 2017 atingiu um número recorde de 328 pequenos satélites lançados.

Neste estudo, a Deimos Engenharia e a Orbex olharam para a procura mundial dos serviços de pequenos foguetões, para lançar pequenos satélites, a concorrência existente e as condições logísticas e de segurança, entre outras. Partindo daí, e traçando cenários para a evolução deste mercado, uns mais optimistas, outros mais pessimistas, chegaram a uma estimativa de quantos lançamentos poderão vir a fazer-se por ano dos Açores – cerca de 12. “Fez-se uma avaliação ao mercado global e um filtro para o que é realista lançar-se dos Açores (do ponto de vista técnico, político, etc.). Em seguida, avaliou-se a concorrência (…) e conclui-se que existem boas possibilidades de negócio.”

Neste momento, o processo mais avançado para fazer lançamentos de pequenos foguetões do continente europeu é o da Escócia, na península de A'Mhoine. A Orbex acaba de vencer um prémio (tal como a Lockeed Martin) para desenvolver um foguetão, neste caso o Prime, no contexto da criação de um porto espacial na Escócia, refere um comunicado da empresa portuguesa. E a Deimos, acrescenta Nuno Ávila, já é também um dos investidores da Orbex.

Para fazer os lançamentos espaciais da Europa, o sítio mais perto fica actualmente em Kourou, na Guiana Francesa, na América do Sul. O foguetão mais pequeno da Europa em operação hoje é o Vega, que transporta 1500 quilos, enquanto o Ariane 5, também da Europa, já é um grande foguetão, capaz de levar lá para cima 15.000 quilos. Além disso, os satélites pequenos têm de ficar à espera de “boleia” em foguetões grandes de agências espaciais, como a NASA e a ESA e das suas congéneres russas, chinesas, indianas ou japonesas.

“Os satélites tornaram-se mais pequenos, mas os veículos de lançamento não. Por isso, os operadores de pequenos satélites têm de esperar por uma vaga conveniente num veículo grande ou arranjar um lançamento partilhado com muitos outros satélites pequenos”, lê-se no sumário do relatório. “São lançados quando é possível, nas órbitas possíveis e por preços por vezes demasiado altos – nada disto é compatível com as necessidades destes pequenos satélites. Isto abre um novo mercado, em que os satélites pequenos são lançados em lançadores pequenos, quando querem, na órbita pretendida e por um preço adequado a este mercado”, sublinha-se por sua vez no comunicado.

Deimos chega-se à frente

“Um dos objectivos da Deimos é criar condições para a operação de lançadores que queiram tirar partido da região, propondo para os Açores um ‘porto espacial’ pequeno, limpo e seguro. A combinação do lugar da Malbusca com lançadores de dimensões e tecnologias de propulsão limpas, como é o caso do Prime, e outros da mesma natureza, é ideal”, refere ainda o comunicado. “Este porto espacial colocará Portugal no clube exclusivo das oito nações mundiais com acesso ao espaço, e será o único porto espacial da União Europeia a menos de 1500 quilómetros da Europa continental (Kourou, o actual centro de lançamentos da ESA, está a mais de 7000 quilómetros de Paris).”

No entanto, o estudo aponta que Malbusca como local candidato a lançamentos espaciais tem “dimensões limitadas”. Anda assim, é considerado claramente suficiente para ter uma rampa de lançamento. “Mas uma rampa pode comportar mais do que um foguetão. É possível operar dois ou mais lançadores em sequência, desde que a calendarização seja bem gerida”, responde Nuno Ávila.

E como o espaço é limitado, a segurança, frisa o sumário do relatório, é da máxima importância. “Foi realizada uma avaliação minuciosa com um painel externo independente para o caso do lançador da Orbex. Concluiu-se que no pior cenário credível não haveria qualquer impacto na população local, que está concentrada a 1,3 quilómetros do local candidato a lançamentos”, lê-se.

A segurança já era um dos aspectos tidos em conta no relatório da Universidade do Texas, divulgado em Fevereiro deste ano. Entre os quatro locais com melhor pontuação para receber um centro espacial – Fajã Lopo Vaz (na ilha das Flores), sítio de Ponta Delgada (na ilha das Flores), Estação Loran da NATO (na ilha de Santa Maria) e lugar da Malbusca –, ganhou Malbusca. Além das condições de segurança, destacava-se a amplitude e orientação do seu “corredor de lançamento”, considerando que Malbusca era “tecnicamente viável”, ainda que se ressalvasse a necessidade de mais estudos centrados em questões específicas como a viabilidade financeira do projecto, a própria segurança ou o impacto ambiental.

Para Nuno Ávila, a Europa irá ter rapidamente pequenos foguetões, para se manter competitiva em relação aos Estados Unidos e à China. “Esses lançadores requerem uma base de lançamento na Europa, que todos os países querem ter, porque lhe confere soberania de acesso ao espaço”, considera, citado no comunicado, o responsável da Deimos Engenharia. “Portugal tem uma rara geografia que reúne condições para este tipo de actividade – há mais um ou dois locais na Europa que podem ser considerados. É uma corrida.”

E, em seguida, Nuno Ávila deixa a propósito desta corrida alguns avisos à navegação política em Portugal sobre o espaço. “É de todo interesse agir já, com passos consistentes e coordenados entre a indústria e as instituições, e estabelecer rapidamente a posição nacional através dos primeiros interessados, se queremos estar a voar em três anos.”

Também Chris Larmour, director-executivo da Orbex, deixa claro as intenções para os Açores e nota que, antes de mais, é uma questão política. “Os Açores são o complemento ideal ao Reino Unido, onde o estabelecimento do porto espacial está mais avançado. Não só haverá clientes com preferência pelos Açores, como permitirá gerir os lançamentos que a empresa conta fazer à medida que a procura aumenta”, refere este responsável. “É importante que, tal como no Reino Unido, os apoios institucionais surjam atempadamente e que a regulamentação espacial portuguesa seja competitiva, como apontado no estudo para a ESA. A Orbex sempre considerou operar a partir de dois locais. A razão por que Escócia acontece primeiro é muito devido à rapidez dos apoios institucionais.”

Ainda está a ser desenvolvido, mas o Prime terá cerca de 17 metros de altura, com dois andares, transportará cargas de até 200 quilos e, como dizem a Deimos Engenharia e a Orbex, poderia descolar tanto da Escócia como dos Açores. Está a considerar-se, segundo Nuno Ávila, fazer o primeiro voo deste foguetão daqui a três ou quatro anos – ou seja, lá para 2021 ou 2022. “Usa combustível líquido, fácil de transportar e compatível com o ambiente pristino dos Açores”, assinala ainda o sumário, acrescentando que neste estudo considerou-se uma variedade de aspectos ambientais, como as espécies protegidas, a contaminação, a água ou áreas geológicas protegidas, “e todas as conclusões foram positivas”.

Em suma, começam a aparecer os estudos sobre um centro espacial nos Açores, há foguetões a serem desenvolvidos, o que terá de se seguir é uma decisão política, seja ela qual for, e claro o dinheiro.


:arrow: https://www.publico.pt/2018/07/21/cienc ... pa-1838678




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Re: Indústria aeroespacial Portuguesa

#23 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Ago 21, 2018 12:20 pm

Eólo. Satélite ‘guardião dos ventos’ vai levar tecnologia portuguesa ao espaço

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Chama-se Eólo, tem data de lançamento marcada para esta terça-feira e permitirá criar vários perfis de ventos, com o objetivo de dar quase em tempo real dados sobre as mudanças meteorológicas. E vai levar a bordo tecnologia desenvolvida por empresas portuguesas.
Foi batizado de Eólo justamente pela ligação à mitologia grega, onde Eólo era o deus e guardião dos ventos. O satélite da Agência Espacial Europeia (ESA) é lançado esta terça-feira, a partir da base espacial de Kourou, na Guiana Francesa, às 22 horas (hora de Lisboa).

A ideia deste satélite, que será lançado a partir de um foguetão Vega, é a de utilizar tecnologia de laser para conseguir medir os ventos ao redor do globo. Assim que atingir os 320 quilómetros de altura, altitude em que estará em órbita, o satélite separar-se-á do foguetão Vega.

A ideia desta missão é a de que a informação que vai recolhendo possa ser utilizada para acompanhar, quase em tempo real, todos as variações nos ventos e perceber de que forma influenciam as mudanças meteorológicas. Além disso, também dará aos cientistas uma forma de perceber melhor como se formam fenómenos extremos, como furacões, por exemplo.

Segundo a ESA, este satélite será “revolucionário” na forma como são acompanhados os ventos. Hoje em dia, este acompanhamento é feito com recurso a balões meteorológicos, aeronaves e outros satélites, que fazem medições dos ventos com localizações aproximadas dos mares.

Mas antes de rumar ao espaço foi preciso desenvolver vários trabalhos ainda em Terra. A preparação de um satélite do género pode demorar vários anos, com muita investigação e várias entidades envolvidas no processo. Neste caso, duas das empresas são portuguesas: a LusoSpace e a Omnidea.

A lisboeta LusoSpace já não é uma estreante no trabalho com a ESA. Conforme conta à Insider Ivo Vieira, o CEO da empresa, “a LusoSpace já forneceu cerca de 20 magnetómetros, utilizados em dez missões diferentes”.

Ainda que o Eólo só entre em órbita esta semana, o magnetómetro já foi entregue à ESA em 2006, explica a empresa. “É um instrumento que permite ajudar o satélite a saber qual é a sua orientação”, explica Ivo Vieira, referindo que se trata de “um instrumento crítico” na missão. “Tem uma espécie de bússola eletrónica e é o primeiro equipamento usado a seguir ao lançamento”.

Ao dar ao satélite informação sobre a sua orientação, permite “apontar os painéis solares para o sol”, daí a sua importância neste lançamento. A LusoSpace colabora “quase exclusivamente com a ESA”, também no desenvolvimento para outras áreas.

Já a Omnidea desenvolveu o seu contributo para esta missão a partir da subsidiária alemã. Segundo Nuno Fernandes, general manager da Omnidea-RTG, situada em Berlim, a empresa produziu e testou “cinco válvulas de isolamento do sistema de purga do ALADIN, o componente mais importante do Aeolus (designação inglesa do Éolo)”.

O ALADIN é o elemento onde se encontra um telescópio e um ‘laser doppler’. “A válvula faz parte do sistema de limpeza ‘in-situ’ que assegura o isolamento dos diferentes componentes do sistema de purga do ALADIN, alternadamente isolando o tanque do sistema de alimentação (posição 1), ligando o sistema alimentação aos elementos de limpeza (posição 2) ou sendo colocada na sua posição final em que permite a comunicação do tanque com o sistema de alimentação”, explica Nuno Fernandes.

Também não é a primeira vez que a Omnidea colabora com a ESA. “O grupo Omnidea trabalha com a Agência Espacial Europeia há mais de 12 anos”, indica Nuno Fernandes, referindo ainda que o “projeto decorreu entre março de 2011 e maio de 2013”, com o contributo de “um engenheiro de projeto e um técnico”.

Esta válvula foi desenvolvida a “pedido da ESA e da Airbus UK”, para realizar “um rápido desenvolvimento e qualificação de deste tipo de equipamentos, algo do qual possuímos significativa experiência e ‘know-how'”.

O lançamento deste novo satélite poderá ser acompanhado em direto, através de um live-streaming da Agência Espacial Europeia.

http://insider.dn.pt/noticias/satelite- ... ao-espaco/




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Re: Indústria aeroespacial Portuguesa

#24 Mensagem por Tutankhamon » Ter Ago 21, 2018 9:52 pm

Olá
Vendo os posts me chamou a atenção como Portugal possui várias empresas e iniciativas no campo espacial, mas não me ficou claro se há um órgão centralizador ou controlador da atividade. Vi que está sendo criada a Agência Espacial Portuguesa, mas quem coordenava as atividades antes?
Entendo que o ambiente de negócios na área é livre mas algum órgão ditava as políticas especificas do setor?
Abraços




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Re: Indústria aeroespacial Portuguesa

#25 Mensagem por tgcastilho » Qua Ago 22, 2018 6:34 am

Tutankhamon escreveu: Ter Ago 21, 2018 9:52 pm Olá
Vendo os posts me chamou a atenção como Portugal possui várias empresas e iniciativas no campo espacial, mas não me ficou claro se há um órgão centralizador ou controlador da atividade. Vi que está sendo criada a Agência Espacial Portuguesa, mas quem coordenava as atividades antes?
Entendo que o ambiente de negócios na área é livre mas algum órgão ditava as políticas especificas do setor?
Abraços

Não existe tal coisa cá. Poderão haver alguns fundos nacionais que orientem a actividade, mas o seu valor será reduzido e de utilidade duvidosa. No entanto, existem fundos da ESA já com dimensão e que acabam sempre por orientar a actividade.




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Re: Indústria aeroespacial Portuguesa

#26 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Ago 22, 2018 7:52 am

Tutankhamon escreveu: Ter Ago 21, 2018 9:52 pm Olá
Vendo os posts me chamou a atenção como Portugal possui várias empresas e iniciativas no campo espacial, mas não me ficou claro se há um órgão centralizador ou controlador da atividade. Vi que está sendo criada a Agência Espacial Portuguesa, mas quem coordenava as atividades antes?
Entendo que o ambiente de negócios na área é livre mas algum órgão ditava as políticas especificas do setor?
Abraços
Penso que quem coordena o sector é a Fundação para a Ciência e Tecnologia. A Agência Espacial Portuguesa só ficará operacional para o próximo ano e se tudo correr bem.

Já agora:

:arrow: https://www.fct.pt/apoios/cooptrans/esp ... alogue.pdf




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Re: Indústria aeroespacial Portuguesa

#27 Mensagem por Tutankhamon » Qua Ago 22, 2018 10:24 am

Na verdade fiquei impressionado com o space catalogue , muitas empresas e instituições voltadas ara o setor com serviços e produtos em vários projetos da ESA e outros.
Espero que haja alguma colaboração com programas no Brasil, embora, fora o KC-390 nao vi muito a este respeito. Seja como for a culpa deve ser nosso atraso na área.
Abraços.




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Re: Indústria aeroespacial Portuguesa

#28 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Set 25, 2018 7:58 am

Lançado concurso para apresentação de projetos para porto espacial nos Açores


O Governo de Portugal e o Governo dos Açores apresentaram esta segunda-feira um concurso aberto a organizações de "todo o mundo" para a criação de um porto espacial na ilha de Santa Maria que permita o lançamento de microssatélites. O anúncio foi hoje feito em Ponta Delgada pelo secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia do Governo dos Açores, Gui Menezes, que destacou o objetivo de criar nos Açores "uma infraestrutura para o lançamento de microssatélites".

A consulta internacional, que decorre até 31 de outubro, pretende "analisar o interesse deste projeto junto de parceiros internacionais, no sentido de ser instalado na ilha de Santa Maria um porto espacial atlântico", concretizou o governante.

Os Açores, vincou Gui Menezes, têm "alguma vantagem competitiva" face a outros territórios para a instalação de um porto espacial.

"Estamos mais a sul, no meio do Atlântico, temos a possibilidade de a direção dos lançamentos serem muito mais abertas, sem obstáculos, e isso não é replicável em outros sítios da Europa", assinalou.

O concurso é lançado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e tem o apoio técnico da Agência Espacial Europeia (ESA).

Em Ponta Delgada, maior cidade açoriana, reúnem-se esta semana 400 pessoas para o simpósio internacional "25 anos de progresso na Altimetria de Radar", organizado pela Agência Espacial Europeia e pela Agência Espacial Francesa.


:arrow: https://sicnoticias.sapo.pt/pais/2018-0 ... nos-Acores




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Re: Indústria aeroespacial Portuguesa

#29 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Set 26, 2018 6:14 am

Imagem

Comparativo do tamanho do foguetão Orbex que será um dos foguetões propostos para serem lançados desde a futura Base de Lançamentos dos Açores.




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Re: Indústria aeroespacial Portuguesa

#30 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Set 29, 2018 10:27 am

Impressora 3D portuguesa criada para imprimir no Espaço ganha prémio internacional

Imagem
O projeto MELT da Beeverycreative ganhou o prémio para melhor aplicação aerospacial nos TCT Awards 2018

A Beeverycreative fechou com “chave de ouro” a presença no TCT Show, considerado o maior evento do mundo sobre impressão 3D. A marca portuguesa foi distinguida com o prémio TCT Aerospace Application Award para o projeto MELT (Manufacturing of Experimental Layer Technology). Trata-se de uma impressora 3D criada para a Agência Espacial Europeia desenvolvida para funcioar no espaço em ambiente de microgravidade. Tecnologia que permitirá, por exemplo, criar ferramentas e até peças para serem usadas nas estações espaciais. O que pode mudar por completo a forma como os astronautas trabalham, já que, obviamente, não é fácil enviar ferramentas e peças da Terra para o Espaço.

O protótipo foi desenvolvido após o consórcio internacional, constituído pela SONACA Space, Beeverycreative, OHB-System e Active Space Technologies, ter vencido o concurso da ESA. Coube à portuguesa Beeverycreative, empresa que fabrica impressoras 3D, desenvolver a máquina e o software. Esta máquina foi criada para imprimir usando polímeros de alta performance, o que resulta em peças com características mecânicas compatíveis com a utilização real em ambientes exigentes.

Em declarações à Exame Informática, Sérgio Sousa Moreira, Chief Marketing Officer da Beeverycreative, não esconde a satisfação por este prémio «É um reconhecimento de nossa capacidade de desenvolvimento tecnológico e uma recompensa por mais de 2 anos de investimento neste projeto em conjunto com os nossos parceiros do consórcio internacional, a SONACA Space, a OHB Systems e a Active Space Tecnologies. Aprendemos imenso com o projeto, com os parceiros e com a Agência Espacial Europeia. A impressão 3D pode ter um papel significativo na exploração espacial e esperamos que este projeto tenha dado o seu contributo para isso.»

http://exameinformatica.sapo.pt/noticia ... ernacional




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