Caças na América do Sul - Atual e Futuro

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Re: Caças na América do Sul - Atual e Futuro

#106 Mensagem por FCarvalho » Ter Nov 14, 2017 10:24 pm

Espalhar caças por bases secundárias e rodopistas pode até ser uma grande sacada para operações contra oponentes muito mais fortes, mas, e quando o oponente é do mesmo nível ou até mesmo inferior?

E como se faz em tempos de paz quando a defesa aérea é praticamente um serviço de policiamento aéreo que deve estar presente onde se faz necessário?

Nossa realidade aqui é bem diferente da sueca. Óbvio que do ponto de vista operacional podermos aprender e fazer adaptações, contudo, é preciso pensar em um modelo que possa estar antes de tudo coerente com as nossas necessidades aqui. E as nossas necessidades começam pelo fato de que a FAB "nunca antes na história desse país.." e até hoje, dispôs de condições reais e críveis de fazer defesa aérea tal como manda a constituição.

E pior, continua acreditando que pode fazer defesa aérea saindo do centro-sul se lançando ao resto do país.... depois que Inês é morta, claro. :?

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Re: Caças na América do Sul - Atual e Futuro

#107 Mensagem por knigh7 » Ter Nov 14, 2017 10:42 pm

Carvalho, o Pacau está em Manaus com os F-5 e não tem previsão de saírem de lá com esse plano de enxugamento na FAB.

Tá reclamando de que??Quer que tenha mais bases de caça de alta performance? Vamos tirar de onde??




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Re: Caças na América do Sul - Atual e Futuro

#108 Mensagem por Túlio » Ter Nov 14, 2017 10:44 pm

knigh7 escreveu:
Deixa eu te falar uma coisa interessante que eu ouvi há alguns meses atrás de um oficial da FAB que está relacionado ao Gripen no Brasil: a FAB está estudando a filosofia de logística e operações do Gripen na Flygvpnet.

Lá as aeronaves não pertencem a um esquadrão. Elas ficam subordinadas a unidades logísticas que as liberam de acordo com as necessidades anuais determinadas previamente ou necessidades extraordinárias.

O mais importante é que não se raciocina só com esquadrão. E nisso dos suecos espalharem caças todos ligados em rede, inclusive entre os abrigos e alterarem de lugar. Isso faz com que o inimigo dificulte a noção de quantos caças suecos ele está lidando naquela área.
São táticas que os suecos desenvolveram ao longo do tempo. Lembrar que o vovô do Gripen, o Draken, já tinha data-link, terem desenvolvido um navegador preciso sem ser satelital, o TerNav , o trem de pouso mais reforçado que o necessário para aguentar estradar ordinárias, etc, para lutar contra uma força aérea mais forte que era a URSS, e essas táticas podem ajudar,e muito ao Brasil.
Precisamente. Isso salta aos olhos, só não vê quem não quer ou, alternativamente, quem ainda está atrelado a um modelo tipo "Velha FAB" ou "Velha Guerra Aérea". É por isso que nem me meto naquelas charlas do Luís Henrique e FCarvalho, que ficam botando enormes Esquadrões aqui mas não pode ali, lá mas não acolá, tudo organizadinho e guardadinho na sua base, só falta AAAe e se está no melhor dos mundos...desde que nos anos 80.

Aparentemente poucos estão prestando atenção ao FATO de que a FAB não está se reinventando apenas no que tange a cortes de pessoal, a meu ver é a única de nossas FFAA que realmente já entrou no século XXI, as demais continuam com a cabeça no anterior...




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Re: Caças na América do Sul - Atual e Futuro

#109 Mensagem por Penguin » Ter Nov 14, 2017 10:52 pm

FCarvalho escreveu:Espalhar caças por bases secundárias e rodopistas pode até ser uma grande sacada para operações contra oponentes muito mais fortes, mas, e quando o oponente é do mesmo nível ou até mesmo inferior?

E como se faz em tempos de paz quando a defesa aérea é praticamente um serviço de policiamento aéreo que deve estar presente onde se faz necessário?

Nossa realidade aqui é bem diferente da sueca. Óbvio que do ponto de vista operacional podermos aprender e fazer adaptações, contudo, é preciso pensar em um modelo que possa estar antes de tudo coerente com as nossas necessidades aqui. E as nossas necessidades começam pelo fato de que a FAB "nunca antes na história desse país.." e até hoje, dispôs de condições reais e críveis de fazer defesa aérea tal como manda a constituição.

E pior, continua acreditando que pode fazer defesa aérea saindo do centro-sul se lançando ao resto do país.... depois que Inês é morta, claro. :?

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Qual a hipótese de emprego que vc está considerando Carvalho? Um conflito simultâneo contra todos os países da AS?

Entendo que em caso de conflito (não como o descrito acima), haveria uma concentração de meios (das 3 forças) no TO quando as coisas começarem a ficar estranhas do ponto de vista diplomático.

Em tempos de paz, me parece que os ST e os helicópteros sejam acionados mais frequentemente do que os caças rápidos.

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Re: Caças na América do Sul - Atual e Futuro

#110 Mensagem por FCarvalho » Ter Nov 14, 2017 10:59 pm

knigh7 escreveu:Carvalho, o Pacau está em Manaus com os F-5 e não tem previsão de saírem de lá com esse plano de enxugamento na FAB.
Tá reclamando de que??Quer que tenha mais bases de caça de alta performance? Vamos tirar de onde??
Manuel, o CINDACTA IV possui 3 centros de controle. Em MAO, BLM e PV. Supondo que a FAB pudesse escolher, qual destas cidades ela colocaria seus caças para poder defender estes centos? Parece que escolheram MAO por que é a mais central, e fica "a meio caminho" entre as demais.

No planejamento da FAB a base aérea de Belém basicamente deixa de existir como OM operacional. Os F-5 daqui estão a 1300 kms de lá, e a quase 900 de PV. Você acredita mesmo que é possível fazer defesa aérea saindo daqui para qualquer direção sem antes percorrer, no mínimo, uns mil kms até chegar a algum lugar?

Se isso é defesa aérea, me parece que continuamos na mesma de sempre, como aliás foi nos últimos 70 anos.

Não estou reclamando e nem achando ruim o 1p/4o Gav aqui, mas do meu ponto de vista, dispor apenas de um único esquadrão em MAO para dar conta de 5,2 milhões de mk2 é no minimo contraditório, enquanto se tem 5 esquadrões para menos de 1 milhão. :roll:

Se a FAB enviar o Adelphi para Belém, até fico calado, pois pelo menos já ajudaria a dividir 'metade' do tamanho da área, que mesmo assim ainda seria muito grande para um único esquadrão. Mas já é melhor do que nada, para quem até outro dia praticamente nem sabia o que era um caça por aqui.

E para não dizer que não falei de flores contigo, dois esquadrões, ou grupos, na minha opinião, aqui seriam bem mais adequados a tática de dispersão que a FAB tanto tem interesse. Agora isso só funciona se tiver quantidade, porque não dá para fazer isso com apenas 12, 16 ou 18 caças.

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Re: Caças na América do Sul - Atual e Futuro

#111 Mensagem por Penguin » Ter Nov 14, 2017 11:19 pm

Belém é uma cidade geograficamente distante de qualquer possível ameaça externa.
Está a quase 2.000km da Venezuela em linha reta.
Ou seja, está fora do alcance de caças baseados naquele país.

Imagem

A menos que entremos em conflito com a nossa "parceira estratégica" França (via Guiana Francesa) que está nos transferindo tecnologias de SSK e SSN.
Ou com os EUA ou Russia (podem alcançar Belém com seus bombardeiros estratégicos). A Russia teria que baseá-los na Venezuela ou em Cuba.

Resumo: a geografia é nossa aliada.

Já Manaus é o centro geográfico e econômico (ZFM) da região. Pode em caso de necessidade desdobrar seus ativos para Boa Vista ou Porto Velho rapidamente.




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Re: Caças na América do Sul - Atual e Futuro

#112 Mensagem por FCarvalho » Ter Nov 14, 2017 11:19 pm

Penguin escreveu:
FCarvalho escreveu:Espalhar caças por bases secundárias e rodopistas pode até ser uma grande sacada para operações contra oponentes muito mais fortes, mas, e quando o oponente é do mesmo nível ou até mesmo inferior?
Qual a hipótese de emprego que vc está considerando Carvalho? Um conflito simultâneo contra todos os países da AS?
Entendo que em caso de conflito (não como o descrito acima), haveria uma concentração de meios (das 3 forças) no TO quando as coisas começarem a ficar estranhas do ponto de vista diplomático.
Em tempos de paz, me parece que os ST e os helicópteros sejam acionados mais frequentemente do que os caças rápidos.
Penguin, por aqui há várias HE que podemos dar, mas vou me deter em apenas uma: qual a capacidade da FAB hoje de defender o espaço aéreo da região norte de forma a impedir que uma aeronave qualquer - civil ou militar, pouco importa - entre por ela e atinja qualquer ponto do território nacional sem ser incomodada durante a maior parte do seu voo? Ou mesmo atravesse o território nacional de um lado a outro sem ser igualmente molestada? Até prova em contrário, eu posso afirmar tranquilamente: nenhuma.

No mais, não estou defendendo qualquer coisa mirabolante, apenas que dois esquadrões/grupos de caça por aqui é o mínimo básico necessário para a FAB fazer o seu trabalho, pu parte dele, qual seja, a defender e vigiar o espaço aéreo nacional. Isso ajudaria até na questão da dispersão comentada pelo Knigt7 e Túlio. Não vejo contradição nisso. E não creio que também vá contra a atual organização que a FAB pretenda dispor no futuro. Dei o exemplo do Adelphi, que cedo ou tarde será recriado em AN e será enviado para outra base aérea.

No mais, em tempos de paz, a FAB também é obrigada a vigiar, defender e integrar o espaço aéreo nacional, como ela mesma se impôs enquanto missões primárias. Claro, isso pode ser feito com os ST, Mi-35, principalmente, mas não descarta em hipótese nenhuma a presença e a ação dos caças a reação. São elementos complementares e não antagônicos.

Aliás, é preciso dizer aqui, os esquadrões do 3o Gav, além de terem de dar conta de uma vastidão enorme de espaço aéreo não estão em condições de manter a integridade do território amazônico pelo simples fato de que são poucos, estão muito longe um do outro e se tratam essencialmente de caças lentos, capazes apenas de interceptar aeronaves do tráfico de drogas e/ou tráfego aéreo ilegal ou não identificado. Por aqui é o que mais tem. Seriam necessários mais dois ou 3 esquadrões de ST por aqui para "fechar" com alguma eficiência as fronteiras ao tráfego ilegal. Mas isso já é uma outra história.

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Re: Caças na América do Sul - Atual e Futuro

#113 Mensagem por FCarvalho » Ter Nov 14, 2017 11:27 pm

Penguin escreveu:Belém é uma cidade geograficamente distante de qualquer possível ameaça externa.
Está a quase 2.000km da Venezuela em linha reta.
Ou seja, está fora do alcance de caças baseados naquele país.
A menos que entremos em conflito com a nossa "parceira estratégica" França (via Guiana Francesa) que está nos transferindo tecnologias de SSK e SSN.
Ou com os EUA ou Russia (podem alcançar Belém com seus bombardeiros estratégicos). A Russia teria que baseá-los na Venezuela ou em Cuba.
Resumo: a geografia é nossa aliada.
Já Manaus é o centro geográfico e econômico (ZFM) da região. Pode em caso de necessidade desdobrar seus ativos para Boa Vista ou Porto Velho rapidamente.
Penguin, isso aqui é o que a FAB tem, de acordo com ela mesma, para vigiar e defender.

Imagem

Agora, eu te pergunto: dá uma boa olhada no mapa da região norte, e me diz se é possível os caças baseados em Manaus fazerem isso com apenas 18 undes?

Como você acha que se sentiria um piloto de F-5, ou F-39, chamado pelo alerta da base as 4:57hs da manhã para fazer a "interceptação" de um contato em plena ZEE a 300 kms do litoral do Pará?

Isso de geografia é importantíssimo para a nossa defesa. Mas ela definitivamente não é a nossa melhor desculpa para não cobrir a metade do país com apenas dois míseros esquadrões.

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Re: Caças na América do Sul - Atual e Futuro

#114 Mensagem por knigh7 » Qua Nov 15, 2017 1:19 am

Túlio escreveu:
knigh7 escreveu:
Deixa eu te falar uma coisa interessante que eu ouvi há alguns meses atrás de um oficial da FAB que está relacionado ao Gripen no Brasil: a FAB está estudando a filosofia de logística e operações do Gripen na Flygvpnet.

Lá as aeronaves não pertencem a um esquadrão. Elas ficam subordinadas a unidades logísticas que as liberam de acordo com as necessidades anuais determinadas previamente ou necessidades extraordinárias.

O mais importante é que não se raciocina só com esquadrão. E nisso dos suecos espalharem caças todos ligados em rede, inclusive entre os abrigos e alterarem de lugar. Isso faz com que o inimigo dificulte a noção de quantos caças suecos ele está lidando naquela área.
São táticas que os suecos desenvolveram ao longo do tempo. Lembrar que o vovô do Gripen, o Draken, já tinha data-link, terem desenvolvido um navegador preciso sem ser satelital, o TerNav , o trem de pouso mais reforçado que o necessário para aguentar estradar ordinárias, etc, para lutar contra uma força aérea mais forte que era a URSS, e essas táticas podem ajudar,e muito ao Brasil.
Precisamente. Isso salta aos olhos, só não vê quem não quer ou, alternativamente, quem ainda está atrelado a um modelo tipo "Velha FAB" ou "Velha Guerra Aérea". É por isso que nem me meto naquelas charlas do Luís Henrique e FCarvalho, que ficam botando enormes Esquadrões aqui mas não pode ali, lá mas não acolá, tudo organizadinho e guardadinho na sua base, só falta AAAe e se está no melhor dos mundos...desde que nos anos 80.

Aparentemente poucos estão prestando atenção ao FATO de que a FAB não está se reinventando apenas no que tange a cortes de pessoal, a meu ver é a única de nossas FFAA que realmente já entrou no século XXI, as demais continuam com a cabeça no anterior...
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Re: Caças na América do Sul - Atual e Futuro

#115 Mensagem por pmicchi » Qua Nov 15, 2017 9:55 am

Não consigo imaginar algum pais vizinho atacando alvos civis, portanto é prudente manter os meios principais suficientemente longe (Anapolis, por exemplo) de um ataque surpresa pois eles seriam os alvos principais . O ponto critico é a proteção das fronteiras e a hipotese de uma ocupação por forças terrestres apoiadas por meios aéreos. Nesse caso, como será sempre em resposta a um ataque, o rápido deslocamento de meios é possível, cabendo inclusive a destruição dos meios aéreos inimigos nos seus aeroportos de origem.

Novamente, a capacidade dos Gripen e ALX em operarem de pistas curtas e com pouco suporte em terra torna-se uma vantagem. A FAB deveria exercitar isso intensamente.




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Re: Caças na América do Sul - Atual e Futuro

#116 Mensagem por FCarvalho » Qua Nov 15, 2017 11:22 am

Túlio escreveu:
knigh7 escreveu: Deixa eu te falar uma coisa interessante que eu ouvi há alguns meses atrás de um oficial da FAB que está relacionado ao Gripen no Brasil: a FAB está estudando a filosofia de logística e operações do Gripen na Flygvpnet.
Lá as aeronaves não pertencem a um esquadrão. Elas ficam subordinadas a unidades logísticas que as liberam de acordo com as necessidades anuais determinadas previamente ou necessidades extraordinárias.
O mais importante é que não se raciocina só com esquadrão. E nisso dos suecos espalharem caças todos ligados em rede, inclusive entre os abrigos e alterarem de lugar. Isso faz com que o inimigo dificulte a noção de quantos caças suecos ele está lidando naquela área.
São táticas que os suecos desenvolveram ao longo do tempo. Lembrar que o vovô do Gripen, o Draken, já tinha data-link, terem desenvolvido um navegador preciso sem ser satelital, o TerNav , o trem de pouso mais reforçado que o necessário para aguentar estradar ordinárias, etc, para lutar contra uma força aérea mais forte que era a URSS, e essas táticas podem ajudar,e muito ao Brasil.
Precisamente. Isso salta aos olhos, só não vê quem não quer ou, alternativamente, quem ainda está atrelado a um modelo tipo "Velha FAB" ou "Velha Guerra Aérea". É por isso que nem me meto naquelas charlas do Luís Henrique e FCarvalho, que ficam botando enormes Esquadrões aqui mas não pode ali, lá mas não acolá, tudo organizadinho e guardadinho na sua base, só falta AAAe e se está no melhor dos mundos...desde que nos anos 80.
Aparentemente poucos estão prestando atenção ao FATO de que a FAB não está se reinventando apenas no que tange a cortes de pessoal, a meu ver é a única de nossas FFAA que realmente já entrou no século XXI, as demais continuam com a cabeça no anterior...
Há aqui um equívoco de interpretação. Vocês dois estão pensando a questão unicamente a partir do pressuposto de uma guerra e/ou ataques as bases aéreas da FAB, e eu estou pensando no dia-a-dia dela. São coisas diferentes, mas não exclusivas.

Notar que a FAB em tempos de paz tem a tarefa de policiamento aéreo, o que quer dizer que ela tem de ter capacidade de vigiar e controlar o espaço aéreo nacional nos seus 12 milhões de km2 como no mapa acima exposto. Isso se faz com F-39, ST, Mi-35 e o que mais tiver.

Já dei o exemplo de um caça ter de sair de Manaus e interceptar um alvo a 300kms do litoral do Pará. É apenas um exemplo hipotético, mas nem um pouco longe da realidade da minha região, que vocês não por acaso desconhecem quase que completamente. Pior, ajuízam as suas opiniões a partir da realidade de vocês aí no sul, como se valesses categoricamente para a minha. Horas, uma coisa é a realidade do centro-sul do país, bem outra é a do norte. É fácil falar em defesa aérea, concentração de meios, espalhamento de caças por bases de desdobramento quando sempre se teve caças historicamente bem do lado de casa. Nós nunca tivemos isso aqui. E a imensa maioria da região norte continua e continuará a não ter.

Vigiar e controlar o espaço aéreo requer a presença física de meios e recursos presentes na área onde são necessários. Nada disso existe por aqui, até pelo contrário, a FAB está retirando meios daqui para outras regiões e deixando Manaus como a única referencia concreta da sua capacidade de exercer controle e vigilância do espaço aéreo na região norte. Bem, sorte para ela. E para nós também.

Ademais, é preciso chamar a atenção para um simples fato: dos nossos vizinhos amazônicos, todos eles, indiferentemente, possuem suas bases aéreas - e seus caças - do outro lado da cordilheira, ou seja, não tem qualquer condição de, vindo na nossa direção, não serem detectados e identificados pelo CINDACTA IV, que não por acaso possui capacidade de varredura bem dentro do território de todos eles. Uma espécie de AEW em terra. E para não dizer que eles podem simplesmente voar baixo e adentrar nosso território, bem, é preciso dizer também que a distância entre a cordilheira e a fronteira brasileira é tal que os caças deles não teriam como fazer isso antes de cair por pane seca. Se usarem revo serão detectados, se não, caem secos. No mais, no futuro, se tudo der certo, o uso de radares do tipo M-60 ao longo dos pel fronteira do EB nas fronteiras. Isso faz parte dos planos, então, um ataque surpresa é algo simplesmente pouco provável contra nós, para não dizer inexequível. Isso de dispersar caças é até uma boa ideia, mas na nossa realidade é uma coisa que mais parece aquelas teorias da conspiração anti-yankee de invasão da amazõnia. E convenhamos meus caros amigos, quando e se um dia o tio Sam resolver vir aqui bater com o pé na nossa porta, f...-se se vamos ter Gripen ou o X-Wings do guerra nas estrelas. O negócio vai ser simplesmente negociar as condições da rendição antes de arrebentarem tudo, o que para eles, dadas a nossa falta de consciência com a defesa, será meio que mamão com açúcar.

Por fim, vou repetir o que já disse, dois esquadrões, ou grupos, como gostaria, em Belém e Manaus, não vai deixar o centro-sul do país menos protegido e nem a região norte super-protegida. Vai, no máximo, e se muito, nos dar a capacidade de não permitir cotidianamente, as dezenas de voos sem qualquer identificação/registro simplesmente passarem por nosso espaço aéreo incólumes e despreocupados como acontece desde que a FAB foi criada. Os esquadrões do 3o Gav tem um tipo de serviço muito importante para nós aqui, e indispensável, tanto que são necessários mais esquadrões de A-29 por aqui. Mas isso é apenas parte do trabalho da FAB. A outra parte, cabe, ou caberá, aos F-39 fazerem, pois sem isso, vamos continuar a brincar de defesa aérea neste país.

Nem só de HE's de guerras vive o planejamento de uma força aérea. Deve ser por isso que a FAB também pensa em colocar KC-390 por aqui, e até helos de ataque para perseguir teco-teco de traficantes na falta de polícia para isso... :roll:

abs.




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Re: Caças na América do Sul - Atual e Futuro

#117 Mensagem por FCarvalho » Qua Nov 15, 2017 11:31 am

pmicchi escreveu:Não consigo imaginar algum pais vizinho atacando alvos civis, portanto é prudente manter os meios principais suficientemente longe (Anapolis, por exemplo) de um ataque surpresa pois eles seriam os alvos principais . O ponto critico é a proteção das fronteiras e a hipotese de uma ocupação por forças terrestres apoiadas por meios aéreos. Nesse caso, como será sempre em resposta a um ataque, o rápido deslocamento de meios é possível, cabendo inclusive a destruição dos meios aéreos inimigos nos seus aeroportos de origem.
Novamente, a capacidade dos Gripen e ALX em operarem de pistas curtas e com pouco suporte em terra torna-se uma vantagem. A FAB deveria exercitar isso intensamente.
Não tem como nossos vizinhos fazer um ataque surpresa contra nossas bases aéreas sem antes serem detectados pelos Cindacta. As bases aéreas deles estão longe demais de nossas fronteiras, e mesmo com Revo seriam dectectados antes de chegarem perto de qualquer base da FAB.

Invasão de território só via desembarque no litoral ou pelo Centro-oeste e sul. Nada mais longe do inimaginável. A única outra via seriam as Guianas. Mas estas sequer tem ligação terrestre conosco capaz de fornecer vias de acesso ao nosso território. Os demais países é simplesmente mata fechada.

A base aérea mais próxima da fronteira dista pouco mais de 100mn da mesma. Isso significa, mesmo que em um hipotético ataque surpresa, mais do que tempo suficiente para uma reação.

Isso de dispersão é algo genérico que na nossa realidade só valeria contra um inimigo do tipo USA ou coisa parecida. Nada também mais longe da realidade. E se um dia acontecer, bem, é melhor ir abaixando as calças antes da gente sujar elas. Poupa água e lavanderia.

abs




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Re: Caças na América do Sul - Atual e Futuro

#118 Mensagem por Penguin » Qua Nov 15, 2017 12:52 pm

Carvalho, que tipo de aeronave estaria a 300km no Atlântico de Belém?
Basicamente:
- Aeronave de carreira
- Aeronave de pequeno porte legal ou ilegal

Seriam basicamente aeronaves não-militares.

SE alguém começasse a enviar aeronaves militares, provavelmente de patrulha, e isso não fosse resolvido diplomaticamemente, a FAB poderia deslocar um grupamento de caças para Belém (F-5BR ou Gripen) para dissuadir maiores aproximações.

Não dá para ter caças e outros ativos militares permanentemente em todas as capitais. O factível é ter alta mobilidade e sim, monitoramento (radares, sensores etc).

[]s




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Re: Caças na América do Sul - Atual e Futuro

#119 Mensagem por SUT » Qua Nov 15, 2017 1:12 pm

SUT - Primeiro, se tem uma coisa que eu nunca vou entender é essa mania que tens, amigo SUT, de torcer dados.
Es grave acusar a alguien de mentir...en este foro parece ser frecuente. Es una lastima
Para não me estender muito e sobretudo para evitar transtornos, fico num exemplo só: teimas em mencionar os F-16 MLU como block 20, quando a própria FACh os declara como block 15. Dúvidas? Revista Fuerza Aérea (publicação oficial da FACh), edição nº 257, capa e páginas 8 até 11.
Ehmmmm...si en vez de perder el control hubieras preguntado, te podria haber dicho que Block 20 es la forma comun y generica de referirse a los Block 15 MLU. Es mas corto y rapido y alude basicamente a la instalacion del nuevo computador de mision y de la version V2 del radar APG66. Se suele usar, y en Chile, en que es comun hablar de los F16C/D como "Block50", es mas facil hablar de "Block20" para referirse a los MLU y a su vez diferenciarlos de los Block 15 sin radar V2 de otros paises, como venezuela, que tiene Block 15 OCU

Posteriormente, mucho despues, se denomino tambien extraoficialmente a los F16 taiwaneses como "Block20" pese a llamarlos A/B

mira F16.net
Block 20

The 150 F-16A/B Block 15OCU's for Taiwan are built to MLU standards and are designated Block 20. The Block 20 designation was reserved in the 1980's. It was later assigned to the Taiwanese aircraft and to the MLU program initiated to bring the European F-16s to an enhanced level, comparable with the block 50 F-16s of the USAF.
Si no conoces algo, pregunta y no pierdas el control y agredas de inmediato

El F16 es un mundo complejo, y hay que estudiarlo un poco antes de perder el control
A matéria foi redigida por Maria José Pizarro, membro do Departamento Comunicacional da FACh, ou seja, só se sabes mais sobre os F-16 do que a tua própria Força Aérea (notar que a matéria apresenta outros exemplos disto, como a verdadeira Geração que a FACh considera ser a do F-16 MLU, e que não é 4+)... :roll: :roll: :roll: :roll:
perdon, pero ¿una lesera asi amerita llegar a eso?

realmente tienes MUCHO tiempo libre

Por lo demas, que quieres que te diga...mas alla de lo que te refiera la Sra o Srta en cuestion desde su Oficina en Stgo, tiendo a preferir la forma en que los pilotos del G7 y G8 se refieren a sus monturas en Antofagasta..
Em segundo lugar, te desafio a mostrar no meu post que quotaste uma única menção à palavra "embargo".
Con todo respeto, no acepto desafios.

no me interesan
Creio que ficou bem claro que quando falei em independência, deixei evidente que me referia a alterações de software e agregação de novos hardwares; também ficou fácil de ver que eu me referia à integração de armamentos, coisa bem complicada se for com o F-16 (que o digam os EAU, os quais, após pagarem pelo desenvolvimento do F-16C/D-60, também conhecidos como F-16E/F, compraram à França centenas de mísseis de cruzeiro Storm Shadow, lá denominados como Black Shaheen, mas na hora de obter a integração dos mísseis aos F-16 - cujo desenvolvimento, repito, havia sido pago por eles - ouviram um sonoro "não" de Washington), o que não é o caso do Gripen E/F para nós, e isso por causa de garantias contratuais que já foram postadas várias vezes por Foristas como o Santiago e o Knigh7.
pero Tulio, seamos razonables. F16 ya tiene integrado casi todo el armamento aereo del mundo occidental, y en multiples versiones. ¿¿QUE armamento queda por integrar al F16?? ¿¿Meteor?? espera y ya alguien lo hara

Tienes razon que al Gripen NG no se le han integrado demasiados sistemas debido a su juventud y los numeros relativamente reducidos en que se ha producido la familia en general y para Uds puede ser interesante y hasta necesario. Mal que mal, los europeos export lo usan basicamente como caza de defensa/policia aerea, sudafrica no ha podido comprar los paquetes de armas completos y solo Thailandia, que yo recuerde, adquirio export los RBS 15

Pero en el Viper, entre EEUU, la EPAF y los israelies han integrado centenares de sistemas

Podemos elegir ¿Sidewinder X o Python 4/5? ¿ Maverick o Skysniper? ¿ Derby o AIM 120?

Ese es uno de los motivos por los que la Fach eligio el modelo...la libertad que entrega su enorme sistema de soporte y proveedores

para el F16 integrar sistemas no tiene mayor relevancia pues la enorme mayoria YA ESTAN integrados
De la misma forma, parece que tu problema son las prohibiciones de EEUU
No se, pero por aca se instalan las cosas sin mayor drama y los americanos no han sido mayor obstaculo. Tanto instalando como removiendo....

Las Fragatas M de la Armada reemplazaron Harpoon II por MM40-IIIC, sin problemas de nadie...

La verdad, los americanos dan bastante poca atencion al tema y un F16 esta lejos de ser algo que los estrese. Ellos estan en F35, F18E/F y F35...
Apenas isso, não estou interessado naqueles longos e xaroposos Super Trunfos de Brasil vs Chile, eis que nunca tivemos qualquer contencioso que fosse ligeiramente complicado, até por não compartilharmos fronteiras e ainda por cima termos os Andes entre nós.
para serte sincero, me extraña que cada vez que uno viene a este foro, sale alguien enfurecido tratando de destruir el material chileno...

es como que si les molestase que en Chile haya equipo eficiente y bien usado.

Cuando Chile adopta un sistema que es diferente de Uds, a algunos les parece necesario reforzar que el sistema chileno es basura

Me es incomprensible, por el mismo motivo que aludes....

No entiendo tu reaccion...realmente




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SUT
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Re: Caças na América do Sul - Atual e Futuro

#120 Mensagem por SUT » Qua Nov 15, 2017 1:33 pm

Luis Henrique
Os U$ 10 mi a que me refiro é para CADA F-16 MLU.
OU seja, foram U$ 180 mi a aquisição dos 18 f-16 MLU iniciais.
ese es el costo basico de compra; lo que el Gbno chileno transfirio al Gbno holandes.

Ademas de eso hay una serie de otros gastos ( cursos, infraestructura, licencias, armamento, stock de spares, overhauls, modificaciones a los aviones, etc). por ej, la integracion de Litening II obviamente no corrio por cuenta de la compra inicial
O segundo lote saiu por U$ 18 mi o valor UNITÁRIO.
si, por que tenian realizado el Pacer Amstel y venian en configuracion Tape 4.3.1
Minha dúvida é a seguinte: Além dos U$ 180 mi pela aquisição de 18 F-16 MLU do 1º lote, a FACH PAGOU MAIS PARA MODERNIZÁ-LOS?
Ou, pelo preço acertado JÁ CONTEMPLAVA a modernização na Enaer?
El programa contemplaba el upgrade, pero eso NO es por el Gbno holandes y NO estaba incluido el el precio de venta. Eso fue realizado entre la Fach y un consorcio industrial liderado por daedalus. De los 16 F16MLU Tape 2 que NO tenian Pacer Amstel del primer paquete, 3 fueron modificados por daedalus directamente, 2 entre Daedalus y ENAER y 11 por ENAER sola con kits de Daedalus.

Piezas, partes, componentes, licencias, horas de trabajo, etc, fueron pagados a Daedaelus y Enaer....no al Gbno de Holanda




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