Wingate escreveu:Só que os ingleses são aquele tipo de amigo que te ajuda mas leva tua carteira...delmar escreveu: A relação existe desde 1385, quando os ingleses auxiliaram os portugueses a derrotarem os pérfidos castelhanos na lendária e sempre lembrada batalha de Aljubarrota.
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Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia
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Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia
E o turismo no Algarve? As hordas de bárbaros ingleses que invadem a costa portuguesa vão sumir? Os paneleiros britânicos continuarão a vir ou irão em busca de outras paragens? O que será dos hotéis e restaurantes de Faro, Olhão, Albufeira, Tavira e tantos outros locais sem as velhas bixas inglesas?
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
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Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia
Se a libra não descambar ainda mais esses vão vir em ainda maior numero uma vez que os outros locais alternativos de veraneio andam um bocado tensos nestes diasdelmar escreveu:E o turismo no Algarve? As hordas de bárbaros ingleses que invadem a costa portuguesa vão sumir? Os paneleiros britânicos continuarão a vir ou irão em busca de outras paragens? O que será dos hotéis e restaurantes de Faro, Olhão, Albufeira, Tavira e tantos outros locais sem as velhas bixas inglesas?
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Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia
Vamos responder com base na visão vendida por aídelmar escreveu:E o turismo no Algarve? As hordas de bárbaros ingleses que invadem a costa portuguesa vão sumir? Os paneleiros britânicos continuarão a vir ou irão em busca de outras paragens? O que será dos hotéis e restaurantes de Faro, Olhão, Albufeira, Tavira e tantos outros locais sem as velhas bixas inglesas?
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SIM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
A UE, a Merkel e a imprensa séria disse que se houvesse Brexit, a Grã-Bretanha seria transformada em uma ilha deserta pior do que a Grécia.
Por que a UE é perfeita e m bem em si mesmo. Portanto, os países que não aceitarem migração livre, redução de salários, benefícios e gastos em seguridade social, e a austeridade devem se retirar.
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Na realidade existe muita gente descontente. O establishment político dos membros fundadores da UE ainda não perceberam isso e nem por que tanta gente está descontente com esse projeto maravilhoso.
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Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia
Se for pela comida e o clima, não se perdeu nada...
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Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia
Cidadãos europeus segundo os tratados não são imigrantes, no entanto o UK não fazia parte do espaço Schengen e até deste reclamava e quer lá a Merkel saber dos gastos do UK, até pode entrar em default, não faz mesmo parte do Euro...Bourne escreveu:Portanto, os países que não aceitarem migração livre, redução de salários, benefícios e gastos em seguridade social, e a austeridade devem se retirar.
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A validade do projeto mantem-se terá é que ser sujeito a um MLUBourne escreveu:Na realidade existe muita gente descontente. O establishment político dos membros fundadores da UE ainda não perceberam isso e nem por que tanta gente está descontente com esse projeto maravilhoso.
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Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia
O pior turista que temos cá em Portugal são os britânicos... de longe! Os que fazem diferença no Algarve já lá têm casa e não vão a lado nenhum, os restantes não são muito importantes porque compram os pacotes de viagem e uma vez cá pouco gastam excepto na cerveja (e muito). Os turistas Russos, Franceses, Holandeses, Alemães, etc, gastam mais e dão-nos menos problemas.delmar escreveu:E o turismo no Algarve? As hordas de bárbaros ingleses que invadem a costa portuguesa vão sumir? Os paneleiros britânicos continuarão a vir ou irão em busca de outras paragens? O que será dos hotéis e restaurantes de Faro, Olhão, Albufeira, Tavira e tantos outros locais sem as velhas bixas inglesas?
Até há pouco tempo atrás os turistas que deixavam cá mais dinheiro eram os Russos e... os Brasileiros.
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Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia
cabeça de martelo escreveu:
Eles estão espicaçados e isto vai dar "#$!
Pelo menos o Nigel Farage foi eleito pelo povo, ao contrário deste fdp, dos burrosos e outros montes de mrd que ali "mandam"
O meu sonho era ver o parlamento europeu consumido por Wildfire.
Triste sina ter nascido português
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Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia
Brexit. Guerra pelo trono da nova capital financeira já começou
A pilhagem pelos despojos do Brexit já começou, na luta pela próxima capital financeira que irá substituir a City londrina
Veja mais em: https://www.dinheirovivo.pt/economia/br ... NfAA6.dpuf
A pilhagem pelos despojos do Brexit já começou, na luta pela próxima capital financeira que irá substituir a City londrina
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Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia
França e a Alemanha estão a colocar-se a jeito para receber a banca que vai fugir do RU, só isso representa milhares de empregos muito bem remunerados.
O governo Britânico já disse que vai aumentar os impostos para fazer face à crise que vem aí, isso é o oposto que o UKIP disse antes do referendo.
A UE não vai permitir o RU ter um acordo que pretende, já que no essencial a livre circulação de pessoas e bens é essencial para a Europa e é exactamente isso que os Britânicos não querem.
Depois de ler o que alguns Russos escreveram no "mess", é óbvio que eles querem a desintegração da UE, é óbvio que o Putin e o governo Russo quer isso. É óbvio que Bruxelas vai tentar evitar isso ao máximo!
Eis o resumo da Reuters da dita reunião dos "fundadores":
1. A European Security Compact, under which:
- The EU should establish agreed strategic EU priorities for foreign and security policy and promote an integrated EU policy in these areas.
- Those EU member states willing to establish permanent structured cooperation in the field of defense should be able to do so in a flexible manner.
- If needed, EU member states should consider establishing standing maritime forces or acquiring EU-owned capabilities in other key areas.
2. A common European asylum and migration policy. The ministers said:
- We are determined that the EU should establish the world's first multinational border and coast guard.
- The EU must find a common answer to the rising number of migrants seeking to enter the EU for economic reasons.
- We will work to reduce push factors for irregular migration.
3. Fostering growth and completing the Economic and Monetary Union (EMU). The ministers said:
- To unlock growth and to increase the productivity of the European economy, a renewed effort for more investment, both private and public, is necessary.
- A deepening of EMU will not come as a big bang but as the result of a pragmatic and gradual evolution.
- An EMU fiscal capacity should start by 2018 at the latest to support investment in the member states most severely hit by the crisis.
(Reporting by Andreas Rinke; Writing by Paul Carrel; Editing by Janet Lawrence)
[/quote]
O governo Britânico já disse que vai aumentar os impostos para fazer face à crise que vem aí, isso é o oposto que o UKIP disse antes do referendo.
A UE não vai permitir o RU ter um acordo que pretende, já que no essencial a livre circulação de pessoas e bens é essencial para a Europa e é exactamente isso que os Britânicos não querem.
Depois de ler o que alguns Russos escreveram no "mess", é óbvio que eles querem a desintegração da UE, é óbvio que o Putin e o governo Russo quer isso. É óbvio que Bruxelas vai tentar evitar isso ao máximo!
Eis o resumo da Reuters da dita reunião dos "fundadores":
1. A European Security Compact, under which:
- The EU should establish agreed strategic EU priorities for foreign and security policy and promote an integrated EU policy in these areas.
- Those EU member states willing to establish permanent structured cooperation in the field of defense should be able to do so in a flexible manner.
- If needed, EU member states should consider establishing standing maritime forces or acquiring EU-owned capabilities in other key areas.
2. A common European asylum and migration policy. The ministers said:
- We are determined that the EU should establish the world's first multinational border and coast guard.
- The EU must find a common answer to the rising number of migrants seeking to enter the EU for economic reasons.
- We will work to reduce push factors for irregular migration.
3. Fostering growth and completing the Economic and Monetary Union (EMU). The ministers said:
- To unlock growth and to increase the productivity of the European economy, a renewed effort for more investment, both private and public, is necessary.
- A deepening of EMU will not come as a big bang but as the result of a pragmatic and gradual evolution.
- An EMU fiscal capacity should start by 2018 at the latest to support investment in the member states most severely hit by the crisis.
(Reporting by Andreas Rinke; Writing by Paul Carrel; Editing by Janet Lawrence)
[/quote]
Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia
Wingate escreveu:"A Escócia não deixará a União Europeia". Palavra da primeira-ministraWingate escreveu:Take it easy, mates!
Os astutos ingleses vão sempre encontrar uma saída.
Vão acabar deixando a Escócia continuar dentro da UE (eles não disputam a Copa do Mundo separados, cada um com sua seleção nacional?), acalmam todo mundo e a Inglaterra, Gales e Ulster vão colocar parte de seus investimentos em terras escocesas para continuarem a desfrutar das vantagens da UE sem partilhar as possíveis desvantagens.
E ainda vão passar como magnânimos e tolerantes (os piratas são sempre os outros...).
Não subestimem a Pérfida Albion.
Wingate
https://www.noticiasaominuto.com/mundo/ ... ign=613322
A primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, afirmou esta terça-feira que não permitirá que o país saia da União Europeia como o restante Reino Undido, avança o Daily Star.
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Wingate
Spanish Prime Minister warns Scotland has no right to negotiate with the EU
His intervention came as Nicola Sturgeon prepares for talks with European Commission President Jean-Claude Juncker in Brussels in an historic diplomatic breakthrough.
4 hrs ago / David Leask, Chief Reporter
http://www.heraldscotland.com/news/1458 ... nts-anchor
Spanish Prime Minister Mariano Rajoy has warned Scotland has no right to negotiate with the EU.
The ultra-unionist Conservative declared: "If the the United Kingdom leaves, then Scotland leaves too."
Read more: Nicola Sturgeon holds Brussels talks to set out Scotland's EU position
His intervention came as Nicola Sturgeon prepares for talks with European Commission President Jean-Claude Juncker in Brussels in an historic diplomatic breakthrough.
The First Minister has failed to secure a meeting with Donald Tusk, the Polish president of the European Council, while other states, including Germany, signaled they would not commit to talks.
Mr Rajoy added: "Scotland has no powers to negotiate with the European Union."
Brussels watchers have long expected Spain to "huff and puff" - as once source said - over Scottish membership of the European Union.
The president of Catalonia - which has been barred from holding its own independence referendum by Mr Rajoy and his government - on Wednesday declared that the EU's attitude had changed.
Carles Puigdemont said: "The EU will radically change its idea about the independence of Scotland and Catalonia" because of Brexit.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
Carlo M. Cipolla
Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia
David Cameron culpa a Europa pela derrota no referendo britânico
UE pressiona Londres para que esclareça as condições do Brexit
David Cameron, na terça-feira, em Bruxelas. O. HOSLET (EFE) | REUTERS-QUALITY
Bruxelas 29 JUN 2016 - 17:34 CEST
Dezessete milhões de bofetadas depois, o demissionário David Cameron encerrou nesta terça-feira a sua última cúpula europeia, em Bruxelas, dizendo ser “uma noite triste”. Londres espera um divórcio amistoso e gostaria de manter laços estreitos com a União Europeia “em assuntos comerciais, de cooperação e segurança”.
Mas o primeiro-ministro britânico se deparou com a reunião de cúpula mais tensa dos últimos tempos, num momento em que Berlim, Paris e Bruxelas endurecem seu discurso.
A UE quer que Londres esclareça as condições para a sua saída, para que o novo status do Reino Unido comece a ser negociado.
Mas Cameron deixará essa tarefa ao seu sucessor, e culpa a Europa e sua gestão da crise migratória pela derrota no referendo do Brexit.
Todas as famílias felizes se parecem, mas a Europa está se transformando numa daquelas famílias infelizes de Tolstói, onde cada um é um pouco do seu jeito, e os divórcios já não são mais impensáveis.
Os 27 países remanescentes ofereceram uma fria acolhida a Cameron nesta terça-feira, na sua última noite europeia, deixando entrever inclusive alguns gestos de hostilidade.
Os mercados ensaiaram sua primeira recuperação desde que 17 milhões de britânicos voltaram por deixar a UE. A pressão política, por outro lado, é crescente: o Parlamento Europeu manifestou enorme irritação com o Brexit, e os dirigentes continentais expuseram uma cenografia marcada pela tensão desta cúpula.
Ficou claro que os 27 desejam clareza, um calendário e menos ambiguidades para tentar minimizar as incertezas que afetam o Reino Unido, a UE e os mercados globais. Ficou claro, também, que Londres se negará a oferecer isso enquanto Cameron não tiver um sucessor definido.
E ficou claro, finalmente, que nem sequer os aliados mais tradicionais de Londres estão dispostos a facilitar as coisas. A chanceler (primeira-ministra) alemã, Angela Merkel, que antes defendia dar tempo ao Reino Unido para lidar com a crise autoinfligida, agora endureceu o discurso: “Quem quiser sair desta família não pode esperar se livrar de todas as obrigações e manter todos os privilégios”, disse ela no Parlamento do seu país.
Cameron devolveu o golpe ao final da jornada, quando declarou solenemente que sua última cúpula europeia foi basicamente “uma noite triste”. Se por acaso havia alguma dúvida, anunciou que a sorte está lançada. “Sou um democrata, o resultado do referendo não é o que queríamos, mas é preciso respeitar a democracia.” Em outras palavras: não haverá recuo.
O que ele pediu foi um divórcio amistoso. Disse que a UE e o Reino Unido “são vizinhos, amigos, aliados” e precisam estreitar seus futuros laços em assuntos “comerciais, de cooperação e de segurança”.
Tanto o premiê britânico como os demais líderes europeus destacaram “o ambiente positivo” da reunião. Mas as diferenças existem, e não são simples matizes: Cameron culpou a Europa por não ter respondido adequadamente à ameaça da imigração e argumentou que esse foi o fator decisivo para o Brexit.
Em suma, culpou a Europa pelo divórcio, pois Londres se queixa de que a UE impediu a criação de um freio de emergência que interrompesse os fluxos migratórios. Mas isso é falso. Os 28 países da UE chegaram em fevereiro a um acordo sobre esse freio de emergência, mas com uma condição: o Reino Unido não poderia ativá-lo unilateralmente.
A relação entre Londres e Bruxelas está infestada de equívocos desse tipo, que se cristalizaram numa campanha suja, cheia de mentiras pelo lado do Brexit e de ameaças de apocalipse pelo flanco europeísta. Isso, porém, já é história.
Cameron pediu um acordo ambicioso para as futuras relações Reino Unido-UE, mas ao mesmo tempo não cedeu às pressões dos 27 e não ativará imediatamente a solicitação de saída. “Essa é uma tarefa que fica para o próximo primeiro-ministro”, disse ele, desafiador, quando já era quase meia-noite em Bruxelas.
A UE já é história para Downing Street. Mas tanto os britânicos como os demais europeus estão conscientes de que o divórcio será longo. Londres começa a perseguir um acordo similar ao da Noruega, com acesso ao mercado único e livre circulação de pessoas, mas com alguma limitação em matéria migratória.
Aí tropeçará nos limites impostos por Paris, Bruxelas e aparentemente também Berlim: “Só obtém acesso ao mercado comum quem aceita as quatro liberdades europeias fundamentais: de pessoas, bens, serviços e capital”, cutucou Merkel, cujas palavras costumam acabar inscritas em bronze nos destinos da Europa.
François Hollande, presidente da França, foi além: “Por não querer a livre circulação de pessoas, os britânicos perderão seu acesso ao mercado interno”, arriscou. “A partir de agora, os populistas saberão a que se expõem quando propuserem sair da UE.” Menos afiado, o presidente do Governo (primeiro-ministro) espanhol, Mariano Rajoy, pediu que o novo status de Londres seja definido “sem vinganças nem prêmios”.
Dureza em Bruxelas
O mais duro da noite foi Jean-Claude Juncker, chefe da Comissão Europeia (Poder Executivo da UE), que atribuiu a derrota no referendo às várias décadas de euroceticismo no outro lado do canal da Mancha. “Se alguém passa anos dizendo aos seus cidadãos como a UE é má, não deveria ser uma surpresa que as pessoas acabem acreditando.”
Bruxelas há dias tenta emplacar a ideia de que haja alguma punição ao Reino Unido, para evitar outros referendos em países onde o populismo antieuropeu se espalha.
A Alemanha parece imbuída dessa tarefa, e Merkel, a mulher mais poderosa da Europa, elevou o tom para mostrar algumas fronteiras que ela não quer que sejam ultrapassadas.
Nada de “retalhar” o bolo europeu para que cada um escolha os pedaços que considera mais apetitosos, avisou.
Em meio à mais profunda convulsão desde o início do projeto europeu, por volta de 1958, as feridas estão abertas. “Talvez seja algo muito pessoal, mas no dia seguinte ao Brexit senti como se alguém próximo a mim tivesse ido embora de casa, e nesse mesmo momento senti como essa casa era querida e apreciada por mim.”
Parece ser outra frase de Anna Kariênina, mas se trata de uma declaração do presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk. “Com Londres ficará a amizade, mas só isso”, afirmou Juncker, com aspereza.
Tusk anunciou que o formato de reunião informal entre os 27 – a Europa dos 28 já é passado – terá continuidade em setembro. Uma cúpula sem Londres, uma reunião para pactuar o primeiro divórcio da desventurada família europeia em seis décadas.
BCE ALERTA PARA O IMPACTO ECONÔMICO
O Banco Central Europeu (BCE) começa a usar a calculadora para avaliar as consequências econômicas do Brexit.
O presidente do BCE, Mario Draghi, alertou na noite da terça-feira aos chefes de Estado e de Governo sobre um “longo período de volatilidade”. Mesmo assim, os números que ele citou soam moderados, com uma estimativa de impacto econômico na zona euro de 0,3% a 0,5% do PIB acumulado nos três próximos anos.
Outros participantes na cúpula apontaram riscos maiores. O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, avisou que o medo da incerteza pode causar retiradas maciças dos bancos.
Cifras à parte, já há em Bruxelas movimentos para levar a Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla em inglês), hoje com sede em Londres, para outra cidade da UE, como Paris ou Frankfurt.
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/06 ... 94578.html
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Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia
O Hitler também foi eleito pelo povo...P44 escreveu:
Pelo menos o Nigel Farage foi eleito pelo povo, ao contrário deste fdp, dos burrosos e outros montes de mrd que ali "mandam"
O meu sonho era ver o parlamento europeu consumido por Wildfire.