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Syriza alcança vitória histórica na Grécia e na Europa
Rafael Barbosa, em Atenas
| Hoje às 17:07, atualizado às 17:16
As projeções divulgadas pelas televisões gregas apontam para uma vitória do partido esquerdista Syriza nas eleições deste domingo, com uma votação que oscilará entre os 35,5% e os 39,5%, elegendo entre 146 a 158 deputados. Para alcançar a maioria absoluta são necessários 151 deputados.


Em segundo lugar deverão ficar os conservadores da Nova Democracia, a quem as sondagens à boca das urnas atribuem um resultado entre 23 a 27% dos votos. Com este resultado, o partido do atual primeiro-ministro Samaras elege 65 a 75 deputados.

Em terceiro lugar nestas eleições, mas já a uma grande distância dos dois primeiros, estão dois partidos: o nacionalista Aurora Doura e o centrista To Patami, com um resultado entre 6,4 e 8% dos votos.

Segue-se o KKE (Partido Comunista) com 4,7 a 5,7, o PASOK (socialista) com 4,2 a 5,2, o ANEL (gregos independentes) com 3,5 a 4,5 e o Kinima (socialista) com 2,2 a 3,2 % dos votos.

Nas primeiras declarações aos jornalistas estrangeiros, os responsáveis do Syriza deram conta de uma "uma vitória histórica. Os gregos votaram pela esperança e contra as políticas de austeridade".

Este é "o primeiro passo para um movimento progressista na Europa. O novo Governo implementará de imediato medidas para combater a crise humanitária na Grécia e iniciará negociações com os seus parceiros europeus".

As urnas de voto fecharam às 19 horas (17 horas em Portugal) e quase de imediato foram anunciadas as primeiras projecções. Está previsto que o Ministério do Interior, que controla o processo eleitoral, avance com uma previsão oficial, esta já elaborada partir dos resultados das primeiras contagens, por volta da 21.30 horas (19.30 horas em Portugal).

No caso de não conseguir uma maioria absoluta, Alexis Tsipras terá três dias para formar um Governo de coligação. Se falhar, essa tarefa será entregue ao segundo partido mais votado.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/In ... 889&page=2

Los neonazis griegos se convierten en la tercera fuerza pese a que la mayor parte de su cúpula está encarcelada acusada de presuntas actividades criminales.

Leer más: Sigue en directo las elecciones en Grecia: Syriza acaricia la mayoría absoluta - Directo informativo de Mundo http://bit.ly/1EkYuhI

Será se vai ter uma revolução para a liberdade do povo grego?

Temo pelo povo grego que terá que trabalhar em fazendas coletivas, haverá uma policia para fiscalizar a vida de todo mundo além de terem de cortar o cabelo como o "nobre líder".

Espero que os EUA e Otan já estejam se movimentado para montar uma coalizão para propagar a democracia e liberdade nesse país que parece que está desgarrado.

Uma junta militar provisória será bem aceita para governar o país por algumas décadas de forma correta.

mmatuso escreveu:Temo pelo povo grego que terá que trabalhar em fazendas coletivas, haverá uma policia para fiscalizar a vida de todo mundo além de terem de cortar o cabelo como o "nobre líder".

Espero que os EUA e Otan já estejam se movimentado para montar uma coalizão para propagar a democracia e liberdade nesse país que parece que está desgarrado.

Uma junta militar provisória será bem aceita para governar o país por algumas décadas de forma correta.

mete mais tabaco nisso...

Alexis Tsipras prepara-se para negociações duras com a UE

Maria João Guimarães , Miguel Manso e Vera Moutinho (em Atenas)

26/01/2015 - 18:48

Novo primeiro-ministro grego toma posse com rapidez relâmpago e quebrando com várias tradições.

Nada foi como costuma ser na Grécia. Na manhã seguinte às eleições, houve um acordo de coligação, uma tomada de posse, um juramento civil, e uma transferência de poder em que o chefe do Governo cessante não apertou a mão ao novo primeiro-ministro.

Mas o mais importante foi a escolha de Alexis Tsipras para parceiro de coligação: o partido conservador e nacionalista Gregos Independentes, com o qual o Syriza (Coligação de Esquerda Radical) tem uma coisa em comum: a posição anti-troika e anti-austeridade. Com os 149 deputados do Syriza (que venceu com 36,34% dos votos, distante da segunda força mais votada, Nova Democracia com 27,81%) e os 13 dos Gregos Independentes (que foram o sexto mais votado com 4,75% dos votos), o novo Governo tem maioria parlamentar.

Tsipras surpreendeu os analistas que esperavam uma aliança com o mais moderado O Rio (To Potami), que ficou em quarto lugar com 6,08% dos votos, e que lhe permitiria compromissos com Bruxelas que a ala radical do Syriza não o deixaria fazer sozinho. O líder do Syriza fez o caminho exactamente inverso e pondo o destino nas mãos de uma coligação que arrisca desintegrar-se se não forem conseguidos compromissos substanciais com os credores, que continuam a dar sinais de que apenas pequenas mudanças serão possíveis. “Ele amarrou-se ao mastro com esta escolha”, comentou um diplomata europeu. Se o navio for abaixo, ele irá também. E, como lembra a imprensa grega, Tsipras é o sexto chefe de Estado que toma posse durante o mandato de Karos Papoulias na presidência (desde 2005).

À espreita, se tudo falhar, está o partido de extrema-direita Aurora Dourada, que embora tenha obtido um resultado ligeiramente mais baixo do que em 2012 (com 6,28%, terá 17 deputados no novo Parlamento), conseguiu o terceiro lugar entre os mais votados em circunstâncias excepcionais – a liderança e metade dos deputados na prisão. A jogada do novo primeiro-ministro grego teve isto em conta.

O dia começou cedo com a reunião entre Alexis Tsipras e o líder dos Gregos Independentes, Panos Kammenos, depois do encontro com o Partido Comunista (5,57% dos votos e 15 deputados) que rejeita integrar qualquer executivo e defende uma mudança de sistema. A correspondente do Guardian em Atenas, Helena Smith, notou que o entusiasmo era tal que Kammenos chegou dez minutos mais cedo do que o marcado.

Quando saiu, Kammenos anunciou que havia um acordo. “O objectivo para todos os gregos é começar um novo dia, com total soberania", declarou.

E a agenda seguiu em ritmo de corrida a partir daí: o líder do Syriza encontrou-se com o chefe da Igreja Ortodoxa da Grécia, o arcebispo Ieronimos, para lhe dar conta da decisão de fazer uma tomada de posse civil, algo que nunca tinha acontecido na Grécia. Tsipras, que vive em união de facto, algo digno de nota num país conservador, tem ainda assim boas relações com Ieronimos, até por causa do apoio social da igreja durante a crise.

Foi assim que Tsipras, o mais jovem primeiro-ministro da Grécia, os seus 40 anos a contrastar com os 75 anos do Presidente Papoulias, tomou posse, deixando de lado a parto do juramento que dizia respeito à igreja. Muitos notavam ainda a ausência de gravata num país de políticos em que esta é uniforme obrigatório.

O primeiro acto oficial de Tsipras como chefe de Governo foi também simbólico: uma visita ao local onde, a 1 de Maio de 1944, cerca de 200 gregos foram executados pelos nazis.

Seguiu-se outra excepção no protocolo quando o chefe de Governo cessante, Antonis Samaras, não cumpriu a tradição de passar pessoalmente o gabinete de primeiro-ministro. Samaras enviou um assessor próximo. Tsipras, em resposta, fez o mesmo.



A apresentação do Governo e das pastas de cada ministro deverá ser feita esta terça-feira, e seguir-se-á a aprovação no Parlamento. “Quero esperar e acreditar que a maioria absoluta de 162 deputados [149 do Syriza e 13 do parceiro de coligação] que conseguimos vá aumentar durante o voto de confiança” ao novo Governo, disse Tsipras antes da nomeação ao Presidente. “Temos de acelerar procedimentos porque temos uma batalha complicada à nossa espera", sublinhou.

O jornalista Nick Malkoutzis, do Kathimerini e do site MacroPolis, comentava que a aliança com os Gregos Independentes era a “opção nuclear”.

É uma aliança estranha, já que os dois partidos discordam em quase tudo tirando a oposição à troika, desde a imigração à política externa passando por questões sociais. Os Gregos Independentes surgiram antes das eleições de 2012, quando Kammenos saiu da Nova Democracia por se opor ao acordo com a troika e formou um novo partido.

http://www.publico.pt/mundo/noticia/tsi ... ue-1683451

vale sempre a pena relembrar:



Entrevista
Ajudas a Portugal e Grécia foram resgates aos bancos alemães

Isabel Arriaga e Cunha (Bruxelas)

11/05/2014 - 08:10

É incorrecta a narrativa que os alemães contaram a si próprios de que a crise do euro teve a ver com o Sul a querer levar o dinheiro deles, diz ex-conselheiro de Durão Barroso.

http://www.publico.pt/economia/noticia/ ... 05?page=-1

Não sei qual a margem de manobra, para uma politica econômica independente, que o novo governo grego terá. Ele não terá controle sobre a moeda e as taxas de juro. Quer aumentar o salário, mas o dinheiro virá de onde? Vale a pena acompanhar as medidas que o novo governo grego vai adotar e quais serão os resultados. Se der certo outros países irão seguir o exemplo, agora se der errado é um caminha a evitar. O futuro dirá.

Farão de tudo para dar errado, não os gregos é claro.

delmar escreveu:Não sei qual a margem de manobra, para uma politica econômica independente, que o novo governo grego terá. Ele não terá controle sobre a moeda e as taxas de juro. Quer aumentar o salário, mas o dinheiro virá de onde? Vale a pena acompanhar as medidas que o novo governo grego vai adotar e quais serão os resultados. Se der certo outros países irão seguir o exemplo, agora se der errado é um caminha a evitar. O futuro dirá.

Essa é um grande incógnita da opção garganteada de jogar tudo para alto e cumprir a ameaça de dar as contas para UE. O caminho serie imprimir dinheiro para pagar os gastos, mas tem o problema não ter reservas em moeda estrangeiras e nem como viabilizar importações básicas. É claro que aí tem a opção de vender a alma para alguém em troca de ajuda. Pelo tamanho da Grécia é possível.

A opção mais provável é negociar condições mais amenas com a UE. Depois gargantear que fez um grande avanço e, a UE e Alemães, que a estrutura institucional e funcionamento da UE é um sucesso. No fim todos felizes.

prp escreveu:Será se vai ter uma revolução para a liberdade do povo grego?

Da mesma forma que o Khmer Vermelho libertou o Camboja.

Viktor Reznov escreveu:

prp escreveu:Será se vai ter uma revolução para a liberdade do povo grego?

Da mesma forma que o Khmer Vermelho libertou o Camboja.

x 2.

(Que falta faz o "joinha"...)

Nas últimas 48 horas os radicais gregos:

Alexis Tsipras afirma e reafirma que quer renegociar as condições do acordo para mais realistas

Colocou um especialista em crise e UE para ministro das finanças que não tem como principal preocupação mostrar que não irá ocorrer loucuras e que os gregos desejam uma renegociação boa para todos

Todos os nomes do governo defendendo que se manter na UE é importante e é impensável ser ver a Grécia fora do euro.

Eles são a versão grega do Khmer Vermelho.

O mais próximo de radical grego que observei foram esses.