Epidemia de Ebola

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Epidemia de Ebola

#1 Mensagem por LeandroGCard » Ter Ago 05, 2014 11:34 pm

Criei este tópico para podermos acompanhar e discutir esta epidemia, que pode em breve se tornar uma ameaça mundial (queira Deus que não).
OMS pode declarar Ebola ameaça sanitária mundial

Jamil Chade – Correspondente estadão - 05 Agosto 2014

Só epidemia de pólio e gripe A receberam o mesmo tratamento; grupo de especialistas se reúne para tentar conter a proliferação.

GENEBRA - A Organização Mundial da Saúde (OMS) pode declarar o surto do vírus Ebola “ameaça sanitária internacional”, o que implicaria medidas de controle e restrições de viagem, além de verificações em aeroportos. A partir desta quarta-feira, 6, 15 especialistas de todo o mundo se reúnem em caráter de emergência para determinar até que ponto a proliferação no Oeste da África é um risco para a comunidade internacional e vão estudar medidas para freá-la.

Se o grupo de cientistas considerar que existe esse risco, as medidas serão anunciadas nesta sexta-feira, 8. Mas os governos no Oeste da África já se organizam para tentar impedir que haja uma declaração de restrição de viagens. Para países já fragilizados poderia representar colapso econômico. A OMS indica que 1,6 mil pessoas já foram afetadas pelo maior surto da doença, com 887 mortos.

Até hoje, apenas a epidemia de pólio e a gripe A foram alvo de uma declaração de emergência sanitária mundial. No ano passado, a OMS reuniu os especialistas em quatro ocasiões para avaliar a situação do coronavírus no Oriente Médio. Mas em nenhum momento chegou à conclusão de que seria uma emergência mundial.

Mesmo sem as medidas da OMS, o impacto já é real. Para a Guiné, país mais atingido, o Ebola deve reduzir a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,5% para 3,5% em 2014. Isso se a doença for freada. O comércio entre os países da região despencou e, no campo, agricultores estão abandonando as regiões mais afetadas pelo vírus.

Nesta terça-feira, 5, a British Airways anunciou que estava interrompendo voos para a Libéria e Serra Leoa pelo menos até o dia 31. O motivo seria “a situação de saúde pública”. “A segurança de nossos clientes, pilotos e funcionários é sempre nossa prioridade”, declarou. No domingo, a Emirates havia cancelado os voos para a região. Mineradoras como a London Mining e a African Minerals já retiraram da região parte dos funcionários e impuseram restrições de movimentos aos que ficaram. O valor das ações das duas empresas caiu em 60% desde janeiro.

Esperança. Diante de um cenário considerado como de “alto risco”, a esperança é o tratamento que está sendo dado a dois americanos infectados pelo vírus do Ebola. Ele receberam remédios experimentais que nem haviam sido aprovados para a aplicação em seres humanos. Mas os resultados são “positivos”. O ebola não tem cura e mata entre 50% e 70% dos infectados. Mas um produto desenvolvido com base na planta de tabaco poderia ser a solução.

A empresa Mapp Biopharmaceutical Inc. de um pequeno laboratório em San Diego com nove funcionários, havia testado o remédio ZMapp apenas em macacos. Mas, em uma tentativa de salvar dois americanos, o uso do produto foi autorizado. O primeiro paciente foi o médico Kent Brantly, contaminado na Libéria e transferido para os Estados Unidos. Nancy Writebol, uma enfermeira, também viveu a mesma situação.

Não existe uma comprovação ainda de que seja o tratamento que tenha salvo os dois americanos. Mas a esperança é de que o remédio possa pelo menos retardar o avanço do vírus que, em alguns casos, pode matar em questão de horas.

O caso, porém, tem levantado um debate sobre a ética de se utilizar um remédio sem aprovação das agências de regulação. Entre a comunidade científica, muitos ainda questionam também se não seria o caso de usar justamente em populações na África, as mais afetadas pela doença.

Uma vacina começará a ser testada em setembro. Mas só estaria à disposição no mercado no fim de 2015.
Me parece extremamente arriscada a possibilidade de que a OMS realmente declare este surto de Ebola como ameaça mundial e imponha aos países afetados da África restrições que afetem a sua já frágil economia. Tudo o que não se precisa agora é de países inteiros sofrendo com um surto descontrolado de uma doença terrível como esta por absoluta falta de condições econômicas para combatê-la. Duvido muitíssimo que no caso da epidemia se espalhar descontroladamente nestas nações, com dezenas ou centenas de milhares de doentes, ela possa ser contida dentro de suas fronteiras por qualquer método além da cauterização dos territórios afetados com bombas nucleares :shock: .

E isso sem falar na possibilidade do surgimento de variedades mutantes do vírus, com características que facilitem sua transmissão caso a população de vírus existente dentro de organismos humanos fique muito grande. Imagine uma ebola transmitida como a gripe ou a dengue :? .


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Re: Epidemia de Ebola

#2 Mensagem por Túlio » Qua Ago 06, 2014 3:29 pm

Como tudo começou...

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Ebola: Vírus que mata 90% dos doentes chegou à Europa em garrafa térmica em 1976



Rob Brown
Da BBC em Londres

Há cerca de 40 anos, um jovem cientista belga viajou para um parte remota da floresta do Congo com a tarefa de descobrir por que tantas pessoas estavam morrendo de uma doença misteriosa e aterrorizante.


Em setembro de 1976, um pacote com uma garrafa térmica azul havia chegado ao Instituto de Medicina Tropical em Antuérpia, na Bélgica.

Peter Piot tinha 27 anos e, com formação em medicina, atuava como microbiologista clínico. "Era um frasco normal, como os que usamos para manter o café quente", lembra Piot, hoje diretor da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres. Mas essa garrafa não continha café. Em meio a cubos de gelo derretidos estavam frascos de sangue, com um bilhete.

Vinham de um médico belga que estava no então Zaire, hoje República Popular do Congo. Sua mensagem explicava que o sangue era de uma freira, também belga, contaminada por uma doença misteriosa.

A encomenda incomum tinha viajado da capital do Zaire, Kinshasa, em um voo comercial, na bagagem de mão de um dos passageiros.
"Quando abrimos a garrafa térmica, vimos que um dos frascos havia quebrado e o sangue havia se misturado com a água do gelo derretido", disse Piot.

Ele e seus colegas não sabiam o quão perigoso aquilo era - à medida em que o sangue vazava na água gelada, um vírus mortal e desconhecido também escapava.

Os cientistas colocaram algumas das células sob um microscópio eletrônico e se surpreenderam. Era uma estrutura que lembrava a de um "verme gigantesco para os padrões virais", diz Piot, semelhante a apenas um outro vírus, o Marburg.

O Marburg havia sido descoberto em 1967, quando 31 pessoas tiveram febre hemorrágica na Alemanha e na Iugoslávia. O surto ocorrera entre pessoas que trabalhavam em laboratórios com macacos infectados de Uganda. Sete pessoas haviam morrido.

Piot entendia a gravidade do Marburg mas, depois de consultar especialistas, concluiu que o que estava vendo não era Marburg - era algo diferente, algo nunca visto.

"É difícil de descrever, mas eu senti uma empolgação incrível", diz Piot. "Me senti privilegiado, era um momento de descoberta."


''Adeus''

Os pesquisadores foram informados de que a freira no Zaire havia morrido. A equipe também soube que muitos estavam doentes em uma área remota no norte do país. Os sintomas incluíam febre, diarreia, vômito seguido de sangramento e, por fim, morte.

Duas semanas depois, Piot, que nunca tinha ido à África, pegou um voo para Kinshasa. A equipe viajou para o centro do surto, uma aldeia na floresta equatorial.

Quando o avião pousou em um porto fluvial no rio Congo, o medo da doença misteriosa era visível. Nem os pilotos queriam ficar por muito tempo - eles deixaram os motores do avião ligados enquanto a equipe descarregava seus equipamentos. "Ao saírem eles gritaram 'Adeus'", conta Piot. "Em francês, as pessoas dizem 'au revoir' para 'até logo', mas quando eles dizem 'adieu' é como dizer 'nunca vamos nos ver novamente'."

"Mas eu não estava com medo. A excitação da descoberta e de querer parar a epidemia guiava tudo."

O destino final da equipe era a aldeia de Yambuku, sede de uma antiga missão católica. Nela, havia um hospital e uma escola dirigida por um padre e freiras, todos da Bélgica.

As freiras e o padre haviam estabelecido eles próprios um cordão sanitário para prevenir a propagação da doença. Um aviso no idioma local, lingala, dizia: "Por favor, pare. Qualquer um que ultrapassar pode morrer".

"Eles já tinham perdido quatro colegas. Estavam rezando e esperando a morte."

A prioridade era conter a epidemia, mas primeiro a equipe precisava descobrir como esse vírus se propagava - pelo ar, nos alimentos, por contato direto ou transmitida por insetos. "Era uma história de detetive", diz Piot.


Contaminação

A equipe descobriu que o surto estava ligado a áreas atendidas pelo hospital local e que muitos dos doentes eram mulheres grávidas na faixa de 18 a 30 anos. Em seguida, perceberam que as mulheres que passavam por consulta pré-natal recebiam uma injeção de rotina.

Todas as manhãs, apenas cinco seringas eram distribuídas e as agulhas eram reutilizadas. Assim, o vírus se espalhava entre os pacientes.

A equipe também notou que os pacientes ficavam enfermos depois de ir a funerais. Quando alguém morre de ebola, o corpo está cheio de vírus - qualquer contato direto, como lavagem ou preparação do corpo sem proteção, apresenta um risco grave.

O passo seguinte foi interromper a transmissão do vírus. As pessoas foram colocadas em quarentena e os pesquisadores ensinaram como enterrar corretamente aqueles que faleciam por causa do vírus.


Vírus foi batizado com nome de rio para evitar estigma na comunidade

O fechamento do hospital, a quarentena e as informações para a comunidade levaram ao fim da epidemia. Mas cerca de 300 pessoas já tinham morrido.

Piot e seus colegas decidiram dar ao vírus o nome de um rio, o Ebola.

"Nós não queríamos batizá-lo com o nome da aldeia, Yambuku, porque é tão estigmatizante. Ninguém quer ser associado a isso", diz Piot.

Em fevereiro de 2014, o pesquisador foi a Yambuku pela segunda vez desde 1976, por ocasião de seu 65º aniversário. Ele encontrou Sukato Mandzomba, um dos poucos que pegou o vírus em 1976 e sobreviveu. "Foi fantástico, muito emocionante", contou.
Naquela época, Mandzomba era enfermeiro no hospital local. "Ele agora está coordenando o laboratório lá, e é impecável. Fiquei impressionado", disse Piot.


''Doença da pobreza''

Passaram-se 38 anos desde o surto inicial e o mundo está vivendo a pior epidemia de ebola que já ocorreu. Mais de 600 pessoas morreram nos países africanos da Guiné, Libéria e Serra Leoa.

Na ausência de vacina ou tratamento, o conselho para este surto é quase o mesmo da década de 1970. "Sabão, luvas, isolar pacientes, não reutilizar agulhas e deixar em quarentena os que tiveram contato com as pessoas que estão doentes. Em teoria, deveria ser muito fácil para conter o ebola", avalia Piot.

Na prática, porém, outros fatores dificultam a luta contra um surto. Pessoas que ficam doentes e suas famílias podem ser estigmatizados pela comunidade, resultando em uma relutância para ajudar. As crenças levam alguns a confundir a doença com bruxaria. Pode haver ainda hostilidade para com os trabalhadores de saúde.

"Não devemos esquecer que esta é uma doença da pobreza, dos sistemas de saúde deficientes -e de desconfiança", diz Piot.

Por isso, informação, comunicação e envolvimento de líderes comunitários são tão importantes quanto a abordagem médica clássica, argumenta.

O ebola mudou a vida de Piot: após a descoberta do vírus, ele passou a pesquisar a epidemia de Aids na África e se tornou diretor-executivo fundador da organização Unaids.

"O ebola me levou a fazer coisas que eu pensava que só aconteciam nos livros. Isso me deu uma missão na vida para trabalhar nos países em desenvolvimento", diz. "Não foi só a descoberta de um vírus, mas também de mim mesmo."


http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... _lab.shtml




"Na guerra, o psicológico está para o físico como o número três está para o um."

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Re: Epidemia de Ebola

#3 Mensagem por suntsé » Qua Ago 06, 2014 6:02 pm

Para enriquecer o debate veio colocar neste forum um post de um grande forista nosso:
Marino escreveu:Ou seja, ELES TEM O ANTÍDOTO e podem usar o Ebola como agente de guerra.
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Suposto "soro secreto" contra ebola melhora saúde de americano



04/08/201415h56
Washington, 4 ago (EFE).- Pelo menos um dos dois americanos que contraíram o ebola na Libéria recebeu um "soro secreto" enviado para salvamento, informou nesta segunda-feira a imprensa dos Estados Unidos.

O médico Kent Brantly e a enfermeira Nancy Writebol desenvolveram os sintomas do ebola - febre, vômitos e diarreia - e exames de sangue confirmaram que ambos estavam infectados no final de julho. Brantley, de 33 anos, deixou a Libéria no último sábado a bordo de um avião privado equipado com um compartimento isolado. Ele chegou à base Dobbins da Reserva da Força Aérea em Atlanta, na Geórgia, e foi internado no Hospital da Universidade Emory. De acordo com a rede de televisão "NBC", Nancy chegará a Atlanta amanhã e será internada no mesmo hospital.

A organização de beneficência Samaritan's Purse, com sede na Carolina do Norte, informou que foi enviado à Libéria "um soro experimental, em dose suficiente para uma pessoa", para o tratamento da doença viral. Segundo essa organização, Brantly, que tinha notado os sintomas uma semana antes e se colocou em quarentena, ofereceu a dose à missionária Nancy.



A rede de televisão "CNN" e outros meios veículos de comunicação têm uma versão diferente: depois de o soro congelado chegar à Libéria em ampolas, Brantly sugeriu que a primeira dose fosse administrada em Nancy já que ele, sendo mais jovem, tinha maior probabilidade de resistir à doença.

Quando a condição de Brantly - cuja dose continuava congelada - piorou, os médicos optaram por administrar, primeiro, o tratamento nele e a melhora foi percebida com rapidez. Nancy recebeu outra dose e sua reação não foi tão promissora quanto a de Brantly e, por isso, os médicos deram uma dose adicional.

O surto de ebola é o maior registrado até agora, com mais de 1.300 casos confirmados e, mais de 800 mortes em Serra Leoa, Guiné e Libéria.

Embora ainda não tenha ocorrido uma explicação oficial sobre o soro usado, William Schaffner, professor de medicina preventiva e doenças infecciosas no Centro Médico da Universidade Vanderbilt, no Tennessee, disse que os métodos para combater o ebola que são estudados contêm anticorpos do vírus.

"Há uma longa tradição de uso do soro de imunidade como tratamento. Administram anticorpos ao paciente e espera-se que eles ataquem o vírus e interfiram na multiplicação", afirmou Schaffner em declarações para o site "Live Science".

Em comunicado, o hospital informou que está bem equipado para manter o isolamento dos pacientes com ebola e "a unidade foi montada em parceria com os Centros para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC) para o tratamento de pacientes expostos a doenças infecciosas graves".

Segundo a imprensa americana, os Institutos Nacionais de Saúde entraram em contato com o grupo Samaritan's Purse e ofereceram o tratamento experimental conhecido como ZMapp.

O composto é desenvolvido pela empresa de biotecnologia Mapp Biopharmaceutical, e os pacientes foram informados que o tratamento ainda não tinha sido experimentado em humanos e que testes promissores foram feitos em macacos.

Segundo a companhia, quatro macacos infectados com ebola sobreviveram após o tratamento, antes que completar 24h de infecção. Dois outros, que começaram a receber o tratamento nas 48h horas depois da infecção, também sobreviveram. Um macaco que não recebeu o tratamento morreu cinco dias depois de ter sido exposto ao vírus.

A Mapp informou que o composto é um anticorpo monoclonal obtido de ratos expostos a fragmentos do vírus de ebola. Os anticorpos gerados no sangue dos ratos foram colhidos para criar o remédio que, supostamente, funciona impedindo que o vírus entre e infecte novas células.




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Re: Epidemia de Ebola

#4 Mensagem por suntsé » Qua Ago 06, 2014 6:03 pm

Marino escreveu:ELES TEM O ANTÍDOTO
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ESPERANÇA NOS EUA
De acordo com informações da TV americana CNN, três frascos de uma droga experimental secreta, armazenados em temperaturas abaixo de zero, foram levados à Libéria na semana passada em um último esforço para salvar dois missionários americanos que tinham contraído ebola, o médico Kent Brantly e a enfermeira Nancy Writebol. O anúncio da transferência dos dois, da organização Samaritan’s Purse, para tratamento nos EUA causou pânico sexta passada. No entanto, eles teriam apresentado melhoras significativas depois da aplicação do medicamento secreto, antes de viajar. O tratamento, conhecido como ZMapp, foi desenvolvido pela empresa de biotecnologia Mapp Biopharmaceutical. Segundo a CNN, os pacientes foram informados de que se tratava de um tratamento nunca tentado antes em humanos, mas testado com sucesso em macacos. Segundo a TV americana, Brantly havia pedido que a primeira dose fosse dada a Nancy, por ser mais jovem que ela. No entanto, o médico teria passado muito mal e, por isso, recebeu o medicamento primeiro. Uma hora depois, o quadro teria se revertido. Por conta dos resultados, o ZMapp pode cair em exceção na regulação do FDA, agência que regulamenta medicamentos e alimentos nos EUA, o que significa que seu uso pode ser permitido ainda na fase de investigação.
O vírus ebola provoca febre hemorrágica. Os sintomas incluem febre alta, fraqueza, dor muscular, dor de cabeça e garganta seca. Em seguida, começam os vômitos, diarreia, comprometimento da função dos rins e fígado — às vezes com sangramento interno e externo. Outro caso de estrangeiro com suspeita de infecção é o do sacerdote espanhol Miguel Pajares, superior do Hospital Católico Saint Joseph, em Monróvia, na Libéria. O religioso de 75 anos apresentou sintomas do vírus e disse ao jornal “El País” estar muito “mal, muito deprimido”. O hospital onde ele se encontra está fechado e haveria outras cinco pessoas em isolamento. O padre espanhol participou do tratamento do camaronês Patrick Nshamdze, diretor da unidade morto no último sábado. Na Guiné, equipes médicas que lutam para conter a doença desencorajaram o consumo de carne de animais selvagens, que se acredita ser uma das causas do surto. Porém, algumas comunidades rurais que dependem da carne estão determinadas a continuar suas práticas tradicionais de caça. Apesar de a carne de animais silvestres — como morcegos e roedores — ter praticamente desaparecido do mercado, ela ainda está sendo consumida em aldeias remotas, com os riscos ignorados.




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Re: Epidemia de Ebola

#5 Mensagem por Wingate » Qua Ago 06, 2014 6:37 pm

Aparição da doença na Arábia Saudita:

Notar que esse país recebe milhões de peregrinos anualmente que visitam as cidades de Meca e Medina:

http://noticias.uol.com.br/saude/ultima ... audita.htm

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Re: Epidemia de Ebola

#6 Mensagem por Viktor Reznov » Qua Ago 06, 2014 8:48 pm

Wingate escreveu:Aparição da doença na Arábia Saudita:

Notar que esse país recebe milhões de peregrinos anualmente que visitam as cidades de Meca e Medina:

http://noticias.uol.com.br/saude/ultima ... audita.htm

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Meu Deus.... :shock: Se isso for parar em Mecca, vai ser o fim do mundo. :x Tomara que os americanos consigam efetivar a vacina que ainda está em fase de teste.




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Re: Epidemia de Ebola

#7 Mensagem por Penguin » Qua Ago 06, 2014 10:41 pm

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6 August 2014 Last updated at 22:20 GMT Share this pagePrint
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Suspected Ebola victim dies in Saudi Arabia





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Re: Epidemia de Ebola

#8 Mensagem por LeandroGCard » Qua Ago 06, 2014 11:15 pm

Wingate escreveu:Aparição da doença na Arábia Saudita:

Notar que esse país recebe milhões de peregrinos anualmente que visitam as cidades de Meca e Medina:

http://noticias.uol.com.br/saude/ultima ... audita.htm

Wingate
E logo em seguida eles VOLTAM PARA CASA :shock: !


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Re: Epidemia de Ebola

#9 Mensagem por Wingate » Qua Ago 06, 2014 11:44 pm

LeandroGCard escreveu:
Wingate escreveu:Aparição da doença na Arábia Saudita:

Notar que esse país recebe milhões de peregrinos anualmente que visitam as cidades de Meca e Medina:

http://noticias.uol.com.br/saude/ultima ... audita.htm

Wingate
E logo em seguida eles VOLTAM PARA CASA :shock: !


Leandro G. Card
Sim, e são peregrinos provenientes dos CINCO CONTINENTES! :(

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Re: Epidemia de Ebola

#10 Mensagem por akivrx78 » Qui Ago 07, 2014 2:27 am

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O mais estranho é que países que não precisam comer animais exóticos mas consomem não tem casos do vírus, mas na África onde falta opção de consumo o vírus é transmitido pelos animais.




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Re: Epidemia de Ebola

#11 Mensagem por Túlio » Qui Ago 07, 2014 7:48 am

César (Planeta dos Macacos) e Conde Drácula não curtiram. 8-]




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Re: Epidemia de Ebola

#12 Mensagem por delmar » Qui Ago 07, 2014 8:47 am

Com atenção acompanhei o depoimento de médico sanitaristas sobre o Ebola. Como as fotos do companheiro Akivrx78 estão a mostrar, todos eles colocam as faltas de condições sanitárias, a pobreza da população e os costumes tribais, como fatores essenciais para que o ebola prospere e espalhe-se na região. A transferência do vírus só é possível pelo contato direto de uma pessoa com os fluídos corporais (sangue, suor, fezes, vomito, etc..) de um paciente já infectado e com a doença manifestada. Os médico sanitarista concordam que uma epidemia em países com melhor estrutura seria improvável. Ao contrário de uma gripe, em que antes do paciente apresentar sintomas ele já é vetor do vírus, no Ebola o paciente primeiro precisa ficar doente e passar a expelir os fluídos para então transmitir a doença. Todos concordam que é uma doença de países miseráveis.




Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
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Re: Epidemia de Ebola

#13 Mensagem por LeandroGCard » Qui Ago 07, 2014 10:16 am

delmar escreveu:Com atenção acompanhei o depoimento de médico sanitaristas sobre o Ebola. Como as fotos do companheiro Akivrx78 estão a mostrar, todos eles colocam as faltas de condições sanitárias, a pobreza da população e os costumes tribais, como fatores essenciais para que o ebola prospere e espalhe-se na região. A transferência do vírus só é possível pelo contato direto de uma pessoa com os fluídos corporais (sangue, suor, fezes, vomito, etc..) de um paciente já infectado e com a doença manifestada. Os médico sanitarista concordam que uma epidemia em países com melhor estrutura seria improvável. Ao contrário de uma gripe, em que antes do paciente apresentar sintomas ele já é vetor do vírus, no Ebola o paciente primeiro precisa ficar doente e passar a expelir os fluídos para então transmitir a doença. Todos concordam que é uma doença de países miseráveis.
Isto por enquanto, mas será que se o vírus se espalhar por uma grande população humana nestas áreas de extrema pobreza ele não vai ficar sujeito a mutações com o potencial de criar uma nova variedade cuja transmissão seja mais fácil? Ou encontrar um novo vetor, como alguma variedade de inseto que não exista em sua região de origem, em que ele possa sobreviver e ser transmitido?

Foi devido a coisas assim que surgiram a gripe aviária e a espanhola. O fato deste surto estar contaminando mais pessoas que os anteriores já pode indicar algo neste sentido:
Quem sobrevive ao Ebola vira excluído’, diz médico brasileiro

Jamil Chade - Correspondente/O Estado de S. Paulo - 07 Agosto 2014


Profissional que esteve no epicentro da crise, em Serra Leoa, relata que doentes pedem ‘certificado de cura’ para voltar para casa.

GENEBRA - Sobreviventes do vírus Ebola, mas excluídos. Os que foram tratados e sobreviveram estão sendo rejeitados por famílias e vizinhos, diante do temor de que possam disseminar uma doença sem cura. Quem conta isso é o médico brasileiro Maurício Ferri, que acaba de deixar Serra Leoa, depois de dez dias em um dos epicentros do surto. “Quem sobrevivia pedia um certificado para mostrar que estava curado”, contou ao Estado, em Genebra.

Paranaense de Maringá, Ferri mora em New Jersey e decidiu ajudar a Organização Mundial da Saúde (OMS) em Serra Leoa. Depois de passar pelo Hospital Albert Einstein, em São Paulo, e pelo Canadá, o médico fazia a primeira viagem para a África e justamente para o “centro de um furacão”. Antes, teve de convencer a mulher a deixar que fosse em missão.

O temor da família não ocorria por acaso. Das 932 mortes até ontem pelo vírus, pelo menos 80 são de médicos e enfermeiras que estavam tratando das pessoas infectadas.

Ferri foi enviado para Kenema, no interior de Serra Leoa, e por dez dias tratou de pacientes infectados pelo Ebola. O surto é o maior já registrado e, até esta sexta-feira, 8, a OMS definirá se decreta emergência sanitária mundial. Para o brasileiro, o impacto da doença não é apenas individual, mas coletivo. “Uma sociedade inteira está abalada”, contou.

“O problema é muito sério”, disse. O drama, segundo ele, vai bem além dos cerca de 50% dos pacientes que acabam morrendo. “Os que sobrevivem se sentem diferentes. Eles sentem que estão sendo olhados de uma forma diferente”, disse. “Nós dizíamos aos que se curavam: ‘podem ir para casa’. Mas eles tinham medo e nos pediam até um certificado de que estavam curados, para mostrar às comunidades”, relatou.

O problema da estigmatização se somava ao desconhecimento sobre como tratar casos suspeitos. “O retorno dessas pessoas às casas era muito difícil. Muitos passaram a ter medo deles”, disse Ferri. O impacto também era sentido nas famílias. “Entrávamos na enfermaria e encontrávamos três ou quatro crianças chorando. Os pais tinham morrido e outros doentes tentavam confortá-las.

Proteção. Depois da morte do principal médico da cidade e de diversas enfermeiras, todo cuidado era pouco. “A rotina era sempre a mesma. Eu acordava e vestia uma verdadeira roupa de astronauta”, contou o brasileiro. O macacão branco era acompanhado por máscara, proteção facial e luvas. “Entre os três médicos que atendiam, cada um se monitorava para garantir que, antes de entrar em uma zona de contágio, todos estavam protegidos”, explicou.

Em sua enfermaria, eram pelo menos 45 pacientes sendo atendidos por ele e por dois britânicos. “Éramos muito poucos. Tínhamos de fazer tudo. Pegar a veia dos pacientes, preparar a medicação, dar água.

Em um calor de 30°C e com alta taxa de umidade, Ferri trabalhava por cerca de três horas pela manhã e três horas à tarde. A comunicação era ainda outro desafio. Blindado em sua roupa, tinha diante dele pessoas que apenas falavam dialetos tribais e raramente inglês.

O desconhecimento também marcava o grau de tensão. Em um dos dias, ele e os demais funcionários do centro de atendimento tiveram de ser evacuados. Um tumulto havia sido formado na porta, com moradores que acusavam os médicos estrangeiros de inventar uma doença. “Diziam que o Ebola não existia”, lembra Ferri. “Mas aqueles que estavam sendo tratados sabiam que estávamos salvando suas vidas.

Propagação. Ferrari alerta que “ninguém sabe o que vai acontecer”, mas a doença pode se espalhar por outros locais. “O número de casos neste surto é maior do que nos precedentes. É uma situação imprevisível. Mas suspeito que vamos ouvir falar bastante do Ebola ainda.
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Re: Epidemia de Ebola

#14 Mensagem por Túlio » Qui Ago 07, 2014 10:50 am

Foi citada uma palavra-chave sobre vírus: eles tendem a ser mutagênicos. Pode ser (provavelmente é) o caso do Ebola que, até a presente época, atuava em áreas reduzidas por ser extremamente sensível a alterações ambientais. Mesmo agora (e ao menos ainda) é considerado que ele não sobrevive mais do alguns poucos segundos (e no máximo) fora de um hospedeiro. As mutações, no entanto, subvertem estes conceitos mais genéricos: por exemplo, a mutação Ebola–Reston foi descoberta em 89 em macacos Filipinos levados para os EUA, que infectaram alguns tratadores pelas vias respiratórias. Outra cepa identificada em pesquisas revela a capacidade de transmissão aérea entre porcos e destes para humanos.

Estaremos nas proximidades de outra Gripe Espanhola? A citada pandemia, ao chegar aqui, matou mais de 300 mil Brasileiros, incluindo o Presidente Rodrigues Alves...




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Re: Epidemia de Ebola

#15 Mensagem por Wingate » Qui Ago 07, 2014 11:14 am

Túlio escreveu:Foi citada uma palavra-chave sobre vírus: eles tendem a ser mutagênicos. Pode ser (provavelmente é) o caso do Ebola que, até a presente época, atuava em áreas reduzidas por ser extremamente sensível a alterações ambientais. Mesmo agora (e ao menos ainda) é considerado que ele não sobrevive mais do alguns poucos segundos (e no máximo) fora de um hospedeiro. As mutações, no entanto, subvertem estes conceitos mais genéricos: por exemplo, a mutação Ebola–Reston foi descoberta em 89 em macacos Filipinos levados para os EUA, que infectaram alguns tratadores pelas vias respiratórias. Outra cepa identificada em pesquisas revela a capacidade de transmissão aérea entre porcos e destes para humanos.

Estaremos nas proximidades de outra Gripe Espanhola? A citada pandemia, ao chegar aqui, matou mais de 300 mil Brasileiros, incluindo o Presidente Rodrigues Alves...




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