ARMAS ANTICARRO

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: ARMAS ANTICARRO

#1006 Mensagem por FCarvalho » Seg Fev 05, 2024 1:32 pm

Outros dois sistemas anti carro suecos que já deviam estar aqui há muito tempo. Quem sabe agora o pessoal se anima como a sua compra.

https://i.ytimg.com/vi/Q8SwZ_FOrQc/maxresdefault.jpg
AT-4CS

https://cdn-defesaaereanaval.nuneshost.com/wp-content/uploads/2019/02/Ilustra%C3%A7%C3%A3o-Carl-Gustaf-M4.jpg
CARL Gustav M4




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: ARMAS ANTICARRO

#1007 Mensagem por gabriel219 » Dom Mar 03, 2024 11:17 pm

Esse seja talvez o principal motivo para o Javelin não ser nem de longe um dos melhores de sua categoria (F&F Top-Attack): o sistema de guiagem.

O Javelin usa um sistema IR, onde seguirá a fonte de calor, diferente do Spike e do Akeron, este último com recente aplicação de sistema de imagem, o que proporciona essa bizarrice abaixo:




O Javelin apenas segue o calor, não possui um sistema de imagem para travar no alvo e muito menos Man-in-the-loop, o que coloca o Spike LR2 muito à frente. Se os Russos utilizarem algum sistema de detecção, como um APS que utilize flares lançáveis, é capaz de deter um Javelin sem que seja utilizado um sistema hard-kill.

Já tinha lido isso sobre a operação do Javelin contra infantaria durante dias muito quentes no Afeganistão, mas eu achava que se devia a alvo não tão bem definido.

E ainda assim um Javelin consegue custar 2,5-3x o custo de um Spike LR2...




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Re: ARMAS ANTICARRO

#1008 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Abr 09, 2024 9:52 am





"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

Portugal está morto e enterrado!!!

https://i.postimg.cc/QdsVdRtD/exwqs.jpg
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Re: ARMAS ANTICARRO

#1009 Mensagem por RobsonBCruz » Seg Abr 15, 2024 8:56 am

Exército inicia a criação de sua primeira companhia anticarro mecanizada

https://tecnodefesa.com.br/exercito-ini ... ecanizada/




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Re: ARMAS ANTICARRO

#1010 Mensagem por RobsonBCruz » Seg Abr 15, 2024 8:58 am





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Re: ARMAS ANTICARRO

#1011 Mensagem por FCarvalho » Seg Abr 15, 2024 2:12 pm

RobsonBCruz escreveu: Seg Abr 15, 2024 8:56 am Exército inicia a criação de sua primeira companhia anticarro mecanizada

https://tecnodefesa.com.br/exercito-ini ... ecanizada/
Primeiro inventam uma Bia AAe Mec a nível brigada para experimentação doutrinárias, e que sequer saiu do papel, e agora inventam esta SU para, também, experimentação doutrinária.
Mas são incapazes de adquirir sistemas em quantidade e qualidade necessários ao equipamentos de todas as SU a nível batalhão\RCM para baixo e que já contam, no papel, com SU AC para si.
Esse povo gosta mesmo é e reinventar a roda. E ainda por cima com mísseis de curto alcance, quando a nível bda é mandatório o uso de sistemas pesados e de longo alcance.
Para não falar nos drones, que mais dia, menos dia, acabam substituindo ou mesmo anulando a ideia de OM AC equipadas com mísseis.




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Re: ARMAS ANTICARRO

#1012 Mensagem por BRAZIL7.62 » Seg Abr 15, 2024 3:05 pm

Vide a guerra da Ucrânia, os mísseis AC assim como os Drones mudaram a dinâmica do teatro de uma guerra
Me da até nervoso ver que só agora estamos no papel estruturar grupos com mísseis AC. Pra ontem temos que ter mísseis com essa finalidade.




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Re: ARMAS ANTICARRO

#1013 Mensagem por EduClau » Seg Abr 15, 2024 3:32 pm

Falando em drone, sei que é meio OT aqui, mas as FARC já estão usando drones contra o exército colombiano.

Imagem

https://www.infodefensa.com/texto-diari ... colombiano

Sds.




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Re: ARMAS ANTICARRO

#1014 Mensagem por FCarvalho » Ter Abr 16, 2024 11:48 am

BRAZIL7.62 escreveu: Seg Abr 15, 2024 3:05 pm Vide a guerra da Ucrânia, os mísseis AC assim como os Drones mudaram a dinâmica do teatro de uma guerra
Me da até nervoso ver que só agora estamos no papel estruturar grupos com mísseis AC. Pra ontem temos que ter mísseis com essa finalidade.
O EB está tentando se modernizar em termos organizacionais das suas OM com pelo menos uns 40 anos de atraso.
Como disse, temos SU AC de nível batalhão\RCM para baixo no papel e nunca fomos capazes de pelo menos comprar algum sistema que se prestasse a estas unidades a fim de dotá-las de capacidade efetiva e real.
Ficaram décadas sustentando o MSS 1.2 sem ao menos colocar alguma coisa no lugar para termos este tipo de capacidade. E agora, com toda solenidade do mundo, inventam uma nova OM para fazer o que outros já fazem desde os anos 1980. Para ficar no lado ocidental do mundo. E mesmo assim é apenas um estudo... :roll:
Como ninguém por aqui acredita em guerra como fim e objetivo último de uma força armada, nem os militares, inclusive, estamos sendo correndo atrás do próprio rabo tentando resolver, diria, quebrar o galho, das OM com soluções que, ou não são condizentes com as reais necessidades, ou são apenas para dizer que tem e "formar doutrina".
Difícil explicar para alguém lá fora que o fuderoso exército brasileiro não saiba sequer usar um simples sistema AC dos mais simples que se encontra a rodo no mercado.




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: ARMAS ANTICARRO

#1015 Mensagem por FCarvalho » Ter Abr 16, 2024 1:51 pm

Tentando ilustrar o que penso, e o que há, sobre a disposição de sistemas AC e a torre UT30BR

Pelotão Cavalaria Mecanizada

1. Seção Comando - 2 LMV
1a Sç LMV Cmte equipado com Remax 4 (.50)
2a Sç LMV Adjunto equipado com Remax 4 (Manpad)

2. Seções Reconhecimento - 4 LMV
1a Sç LMV equipados com Remax (AGL 40mm)
2a Seç LMV equipados com Remax (.50)

3. Seção VBC CAV - Centauro II
1a Sç VBC CAV

4. Seção VBTP Guarani UT30BR
1a Sç VBTP UT30BR 2 equipada com Spike LR2 (lançador duplo - padrão mínimo)

TOTAL VEÍCULOS

3 LMV Remax 4 com .50
1 LMV Remax 4 com Manpad
2 LMV Remax 4 com AGL 40mm
2 VBC Centauro II
2 VBTP Guarani

* existem modelos de torres remotas que podem dispor e operar mais de um tipo de armamento fixo ao mesmo tempo, de maneira que, penso, o projeto da Remax em algum momento deve buscar tal capacidade em uma proposta para a Remax 5.

Esquadrão Comando e Apoio Cavalaria Mecanizada da BdaCavMec

1. Pel Comando
VBE Posto Comando
VBE Comunicações
VBE Orientação Tiro
VBE Ambulância

2 Pel Exploradores - 4 LMV
1a Sç - 2 LMV Remax (AGL 40mm)
2a Sç - 2 LMV Remax (.50)

3. Pel AAe - 4 VBC AAe (?)
4.1 VBC AAe Guarani (2)
4.2 VBC AAe Guarani (2)

*aqui estou em dúvida ainda se seria o caso dispor da UT30BR 2 com capacidade anti-drone, tal como proposto, ou veículo equipado com sistemas de mísseis AAe, fossem Manpad, Shorad ou outro que coubesse no Guarani. Como ambas questões estamos totalmente defasados, fica um certo impasse, pois estamos sempre naquela situação de ter de cobrir os pés ou a cabeça; como propus acima um LMV AAe na seção comando do PelCavMec, isto já daria aos RCM alguma capacidade crível de defesa AAe de ponto, diminuindo sua dependência do comando da brigada; por outro lado, não há ainda informações sobre se a UT30BR 2 poderia dispor, também, de capacidade anti-drone e AC ao mesmo tempo, o que seria o mais recomendável; existe também a possibilidade de se adotar uma plaforma diferente do Guarani para equipar esta SU AAe a nível bda, o que a meu ver é uma opção que deve ser tratada com bastante atenção, vide os muitos sistemas existentes no mercado hoje.

4. Pel AC - 4 VBC AC
1a Sç AC - LMV equipado com novo MSS 1.2 (Remax 4 ?)
2a Sç AC - LMV equipado com novo MSS 1.2

* a Remax 4 pode\poderia ser adaptada para versão AC e levar ao menos 4 tubos de lançamento do míssil nacional ou outro sistema a ser escolhido;

4.2 Pel Porta Moreiro 120mm
1a Sç VBTP Guarani equipado Morteiro 120mm (2)
2a Sç VBTP Guarani equipado Morteiro 120mm (2)

Com a organização acima é possível dispor de vários sistemas AC que podem cobrir diferentes alcances e capacidades de penetração na proteção blindada de vários tipos de veículos. A saber:

Regimentos Cavalaria Mecanizada (3)

LMV equipado com Remax 4 e Mtr.50 - 20
LMV equipado com Remax 4 e Manpad - 9
LMV equipado com Remax 4 e AGL 40mm - 20
VBC Centauro II - 54
VBTP Guarani equipado com UT30BR - 54

*mísseis AC nos VBTP\UT30BR > 36 mísseis prontos para disparo + reserva nos bldos

Bda Cav Mec (1)

VBE Posto Comando - 1
VBE Comunicações - 1
VBE Orientação Tiro -1
VBE Ambulância - 5\6
VBC Porta Morteiro 120mm - 4
VBC AAe Guarani - 4
VBC AC - 4

*mísseis AC nos VBC AC (Remax com 4 tubos lança mísseis totalizando 16 mísseis prontos para disparo + reserva nos bldos)

O armamento AC destas OM pode ser complementado pela infantaria que leva consigo através dos AT-4 CS e\ou CG Mod 4 suecos, além de morteiros 60mm, se for o caso.

Existe a previsão no EB de adotar nos RCM veículos equipados com os kit de morteiro 81mm desenvolvidos pelo AGRJ, mas não consigo saber onde eles se encaixariam na organização atual dos RCM, tendo em vista o disposto acima.

A não ser que se tenha um Esq C Ap nos RCM que me passou despercebido. Não saberia dizer como seria organizado, mas, como se trata de uma SU de comando, possa ser que seja destacado com, pelo menos, veículos PC e Com (Guarani ou LMV), tal como o manual requer à Cia C Ap da brigada. Além destes, neste nível de unidade, não sei mais o que entraria.




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Re: ARMAS ANTICARRO

#1016 Mensagem por FCarvalho » Qua Abr 17, 2024 3:12 pm

RCM e Bda Cav Mec, uma opinião.

A organização proposta para a bda atual é esta:

Cmdo
Estado Maior
Esq C Ap
RCM (3)
RCB (1)
GAC
Btl Log
Cia Eng Mec
Cia Com Mec
Cia AC Mec*
Pel PE

O RCM a meu ver deve ser equipado de preferência com uma versão IFV Guarani 8x8 com torre UT30BR 2 (canhão + mísseis AC) ou IFV 8x8 equipado com a torre UT30 Mk II, tendo o SuperAV italiano até sido oferecido o EB, com aquela mesma capacidade, e que é montada pela Ares para exportação em favor do exército da Malásia ou indonésia, salvo engano. Os israelenses não são bobos nem nada. A TORC30 poderia ser revisitada em função desta possibilidade. Isto geraria maior capacidade e flexibilidade de manobra a estes unidades junto com os Centauro II.

A adoção de um vetor 8x8 na cavalaria mecanizada pode gerar um sem número de possiblidades no sentido de ampliar as escolhas e os tipos de vetores a serem usados nas SU e Unidades de combate, tendo em visto o seu emprego primário, além de gerar mais um produto para exportação. As dimensões reduzidas e o baixo peso do Guarani 6x6 limitam bastante as opções em termos de equipamentos e sistemas que podem ser utilizados nas suas diferentes versões propostas até agora. Para a infantaria mecanizada na minha opinião ele se presta bem, mas, no caso da cavalaria seria o caso de ampliar os horizontes.

Ainda a meu ver, os PelCavMec poderiam ser dispostos com 4 VBTP, e não apenas 2, de forma que sejam capazes de levar um pelotão de infantaria completo, oferecendo maior apoio e cobertura aos veículos bldos, incrementando assim sua independência operacional, sendo capaz de lidar com uma maior quantidade de alvos e missões. A mesma coisa os VBC CAV, com 4 unidades por PelCavMec. Esta formação teria assim, 6 LMV, 4 Centauro II e 4 VBTP Guarani. Se este último for um 8x8, melhor. A introdução de mais dois bldos também implica na ampliação, com os meios atuais, leia-se UT30BR, de sistemas de defesa anti-drone, proposto na modernização daquelas torres, ao menos em dois blindados Guarani.

Notar que a organização acima hora proposta pelo EB, com a introdução da Cia AC Mec, a título de estudo e experimentação, tem em vista os exemplos e experiências vistas nos últimos anos em guerras mundo afora, mas principalmente na Ucrânia, que é o TO mais atraente, vamos dizer assim, para os oficiais do exército em termos de doutrina, já que o alto comando sempre se espelha em quase tudo nos padrões OTAN de fazer, e pensar, a guerra.

Na 15a Bda Inf Mec também está sendo feita neste momento uma experimentação doutrinária com a criação de uma Bia AAe Mec, e que até o momento não foi realizado ou proposto nada nestes termos para a cavalaria mecanizada, de forma que esta unidade é a responsável, a nível da brigada, por cobrir suas operações. Uma brigada pode cobrir um TO muito grande, salvo engano, com 5 a 10 km de largura, pelo menos, com suas diversas OM se movimentando dentro dele. Uma Bia AAe Mec então terá de cobrir este espaço com seus sistemas, a priori, tendo como vetor as VBE AAe Guarani 6x6, e suas 16 ton de peso carregado. Quantos sistemas se poderia apor neste veículo que fossem eficientes para dar cabo de tal proteção no nível desejado? No momento, a única proposta que veio à público foi a sueca com o RBS 70NG em lançador triplo e radar Girafe 1X.

A mesma pergunta acima vale também para a Cia AC Mec das bdas mec, tendo em vista que a proposta do EB é usar os Guaicurus e\ou Marruá AM-21 para emprego de mísseis, quiçá os Spike LR2 e\ou MSS 1.2, ambos de categoria leve\médio. Se a ideia é que tal unidade cubra todos os setores da bda quando em operação no TO, como visto acima, é possível notar que tanto os vetores de transporte, quanto os sistemas que se quer apor, são inadequados à missão, e permitem, se muito, os estudos que se quer fazer. Para este tipo de OM, o emprego de veículos maiores e mais pesados, com sistemas AC iguais ao seus transportes, é necessário, diria indispensável. Mas fato é que o EB não tem no momento, nem interesse, e muito menos recursos para aludir a vetores e sistemas maiores que os atuais propostos. Os resultados me parecem serem previsíveis. Idem para a Bia AAe Mec, muito provavelmente equipada apenas com mísseis do tipo Manpad e, talvez, com canhões 20 a 30mm complementares.

Uma opção talvez plausível e a ser estudada seria a adaptação da UT30BR como vetor AAe, de forma a saber até onde suas características atuais possibilitam o emprego de mísseis AAe de curto e\ou médio alcance, com a troca do canhão por um modelo adequado à função AAe - ou sua eliminação - e o emprego de um radar para orientação\ busca. Me parece que neste aspecto, a torres da ARES é bem adaptável a outras funções, deste que se mantenham suas características originais, principalmente a não intrusiva. Uma outra opção seguindo com os sistemas israelenses seria a UT30 Mk 2, estudando-se as mesmas questões acima. Como ambas já são montadas aqui, facilitando logística e apoio pós venda, fica a questão em aberto. O problema, insisto, é que o Guarani 6x6 é muito pequeno e leve para se apor sistemas capazes de fazer a defesa AAe de área a nível brigada em meu entendimento. E isto vale para tanto para as OM de infantaria mecanizada como de cavalaria mecanizada.

continua...




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Re: ARMAS ANTICARRO

#1017 Mensagem por FCarvalho » Qui Abr 18, 2024 5:09 pm

Continuação.

Grosso modo, a introdução de uma Cia AC Mec nas bda cav mec pode trazer, em tese, maior capacidade anti carro para GU, mas, como disse anteriormente, desde que tal unidade esteja equipada com sistemas adequados à sua atuação no nível demandado.

Pelo que se sabe até o momento, o EB abriu mão de utilizar o VBC AC a partir da VBTP Guarani, o que denota a meu ver certo grau de reticência em relação a este veículo, dado seus custos, que adicionados a um sistema avançado de mísseis AC talvez o tornem proibitivo de obter, e operar, para o orçamento do exército. A solução encontrada foi adotar os Iveco LMV 4x4, eleitos como veículos de reconhecimento para as OM cav e inf mec, dentre outras. Esta solução trás consigo a possibilidade de, talvez, poder obter-se as quantidades necessárias à completa integração daquela nova Cia, apesar de que, também se vinculou usar ao mesmo tempo os Agrale AM-21 como vetor de tais sistemas anti carro.

O sistema adotado, serão o Spike LR2 comprados dos israelenses e\ou a nova versão do MSS 1.2, hora em estágio inicial de desenvolvimento pela ARES\EDGE Group. Ambos sistemas podem ser classificados com leve\médio, com aquele tendo um alcance em torno dos 10 km, enquanto o míssil nacional limita-se a no máximo 2.500\3.000 mil metros. É de se notar que o míssil israelense tem franca vantagem sobre o nacional em termos de custos e operação, já sendo usados em muitos países, está pronto, e foi provado em vários conflitos.

Por outro lado, em minha opinião, um sistema AC para operar em nível brigada, para ser efetivo tem de oferecer capacidades além do que as versões escolhidas pelo EB oferecem. Neste sentido, lançar mão do Spike ER e\ou Spike NLOS seria uma ideia muito bem vinda, tendo em conta o desempenho de tais vetores. Sua adoção pode ser feita tanto no LMV como no AM-21, com este último tendo maiores restrições de peso e espaço. De fato, o LMV se mostraria bem mais adequado ao seu emprego, assim como se poderia pensar, também, na versão VBC AC do Guarani, principalmente com aquele segundo míssil. Na verdade o NLOS traria muito mais capacidades e justificaria uma Cia AC adicional na bda cav mec, assim como na infantaria mecanizada.

É preciso, conquanto, notar que já existe uma SU na bda que tem função semelhante de apoio de fogo para a mesma, tratando-se do Esquadrão Comando e Apoio da Bda Cav Mec. Esta unidade é composta genericamente pelas seguintes subunidades:

1. Comando
2. Estado Maior
3. Pelotão Cmdo
4. Pelotão Anti Carro
5. Pelotão Anti Aéreo
6. Pelotão Morteiro
7. Pelotão Esclarecedores

Como se pode observar, há pelo menos 1 Pelotão Cav Mec AC dedicado a esta missão naquela unidade, e que serve, via de regra, à mesma função da recém criada Cia AC. No manual, aquele Pel AC é formado por duas seções, no mínimo, com 2 veículos cada, equipados com sistemas mísseis AC, ou canhões sem recuo, como é feito hoje, na falta daqueles sistemas, com as equipes utilizando os AM-10\AM-21 Marruá da Agrale. Esta formação, com apenas 4 veículos, me parece ser insuficiente para dar cabo do apoio AC necessário a nível brigada, tendo em vista as dimensões do TO em que esta GU pode vir a se desdobrar. Mas, é preciso dizer também que, se fosse equipada com sistemas mais modernos, como os Spike NLOS citados anteriormente, este pelotão talvez fosse mais adequado à missão que se presta, dispensando, talvez, a necessidade de mais uma unidade a nível brigada apenas para esta missão.

É preciso lembrar também que todas unidades e subunidades da bda cav mec precisam dispor de seus próprios sistemas AC, com os RCM contando com seção ou pelotão para esta função. Uma forma já comentada anteriormente de se fortalecer as capacidades anti carro dos RCM, para além dos canhões 120mm dos Centauro 2, é equipar todas as VBTP Guarani com a torre UT30BR e sistemas de lançamento míssil AC acoplados. Como dito, estas torres israelenses mesmo hoje já vem com capacidade de receber vários mísseis AC de origem israelense ou outro a escolha. Não é preciso dizer que os Spike LR2 seriam a escolha lógica, ou quem sabe até uma versão dedicada do MSS 1.2, que a meu ver também serviria muito bem, se feitas as modernizações necessárias, e ajudaria ainda nas exportações do mesmo. Idem para a UT30 Mk 2, também montada pela ARES no país. Mas aqui a questão trata-se de uma torre intrusiva, o que pode gerar perda de capacidade de transporte de pessoal, que no Guarani é de 9 infantes. Mesmo assim, para uma unidade de cavalaria mecanizada, levar 8 ou 7 infantes ainda é um número razoável a fim de apoiar os blindados.

Algo que deve-se pensar, também, em termos de capacitação das OM para funções anti carro é a adoção de munição vagante e\ou algum tipo de drone Kamikase que possa ser lançados a partir das plataformas adotadas pelo EB, seja o LMV, os indefectíveis Agrale Marruá ou uma VBE Guarani. Penso ser interessante que em algum momento o EB terá de fazer suas escolhas no sentido de obter e capacitar-se para operar tais vetores, que tem se mostrados vantajosos em diversas missões. Penso que as munições vagantes sejam mais apropriadas ao uso AC do que drones, mais afetos a alvos de maior tamanho e mais importantes do ponto de vista tático e estratégico. Equipar, também, o Pel AC do EsqCAp da bda cav mec com tais recursos é um tema que deve pleitear, cedo ou tarde, as cabeças pensantes do alto comando do exército e dos cavalarianos. Uma conjunção equilibrada de mísseis AC, drones e munições vagantes é deveras uma capacidade que não pode ser ignorada por muito mais tempo por nós.

Como se pode ver, em termos de capacidades, e missões, a criação da Cia AC nas bdas cav mec pode nos trazer inúmeras questões quanto a procedimentos, táticas e técnicas. E é muito importante que o EB consiga fazer logo suas escolhas, pois na medida em que o tempo vai passando, novos vetores vão surgindo e sendo introduzidos no campo de batalha sem que o exército consiga absorver completamente a todos, bem como suas técnicas e procedimentos. Não vale a pena esperar para ver o que acontece, para só então mirar no que podemos comprar e usar. É preciso urgência na transformação das OM de cav mec a fim de que possam acolher com celeridade as inovações que se vê há tempos nos principais campos de batalha de interesse do exército. E não será com eternas experimentações doutrinas e estudos teóricos que vamos sair da letargia de sempre em que nos encontramos. O tempo urge.




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Re: ARMAS ANTICARRO

#1018 Mensagem por FCarvalho » Qui Abr 18, 2024 5:49 pm

Uma proposta para equipar OM de cavalaria mecanizada com sistemas anti carro, sem obrigar necessariamente modificações na organização atual daquelas GU.

Esquadrão Comando e Apoio da Bda
1. Pelotão AC Mec
2. Equipamento: LMV
3. Sistema AC: Spike NLOS
4. Quantidade: 4 viaturas

Pelotão Comando e Apoio do RCM*
1. Seção AC Mec
2. Equipamento: LMV
3. Sistema AC: Spike ER
4. Quantidade: 2 viaturas

*supondo que esta SU, se existir, tenha a mesma estrutura do EsqCAp da bda.

Pelotão Cavalaria Mecanizado do RCM
1. Seção VBTP MSR
2. Equipamento: Guarani 6X6
3. Sistema AC: mísseis AC tipo Spike LR2 + UT30BR
4. Quantidade: 2 viaturas

Companhia Anti Carro Mec da Bda
1. Pelotão AC Mec - 2
2. Equipamento: LMV
3. Sistema AC: drones kamikase e\ou munição vagante
4. Quantidade: 8 viaturas

De acordo com a proposição acima, a bda cav mec teria a sua disposição uma variedade e multiplicidade de sistemas AC em todos os níveis, desde a menor SU até a brigada. Visto por este ângulo, tal disposição se torna mais abrangente e objetiva, sendo o suficiente para manter e durar a bda no TO em que for aplicada sem precisar necessariamente de apoio de outras GU ou apoio aéreo específico, ainda que estes não sejam dispensáveis.

Quantidades:

Nível Brigada Cav Mecanizada
1. Sistema AC: Spike NLOS \ drones \ munição vagante
2. Quantidade: 4 viaturas - 32 a 64~
3. Quantidade: 8 viaturas - 40 a 60~

Pelotão Comando e Apoio do RCM
1. Sistema AC: Spike ER
2. Quantidade: 6 viaturas - 36~

Pelotão Cavalaria Mecanizado do RCM
1. Sistema AC: Spike LR2 + UT30BR
2. Quantidade: 54 viaturas - 216 (mínimo, carga e recarga)

É possível vislumbrar que o sistema TA-2 Armadillo da MacJee poderá ser usado no futuro como vetor de lançamento para drones e munição vagantes, desde que o EB queira.
Neste aspecto, nada impede o desenvolvimento e adaptação nos LMV ou em qualquer outra viatura que se possa apor para as OM da cav e inf mec.
A proposta acima não é impossível, embora vá exigir do exército, talvez, investimentos que a instituição tenha tenha, ou não esteja disposta a fazer.




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
A. Sapkowski
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