Guarda Costeira/Fluvial

[FCarvalho]

Olá @Viking

Tens disponível as informações desse RFQ para o navio de patrulha oceânico que possa nos dispor aqui para leitura

Prezado colega, saudações.

O RFQ - Request For Quotation indicou como principais características para os NaPaOc planejados os seguintes itens:

- Deslocamento de até 2.100 ton.
- comprimento de 100 metros.
- boca de 17 metros.
- calado de 6 metros.
- autonomia mínima superior a 25 dias.
- capacidade de operar canhão de médio calibre.
- capacidade de operar conjuntamente helicóptero e SARP.

Sds

[Vinícius Almeida]

Senador reeleito, Omar Aziz defende a criação de uma Polícia Hidroviária Federal para conter a criminalidade nos rios da Amazônia.

https://g1.globo.com/am/amazonas/eleico ... -rio.ghtml

[FCarvalho]

Senador reeleito, Omar Aziz defende a criação de uma Polícia Hidroviária Federal para conter a criminalidade nos rios da Amazônia.

https://g1.globo.com/am/amazonas/eleico ... -rio.ghtml

Esse aí nem se pode levar a sério.

[saullo]

Senador reeleito, Omar Aziz defende a criação de uma Polícia Hidroviária Federal para conter a criminalidade nos rios da Amazônia.

https://g1.globo.com/am/amazonas/eleico ... -rio.ghtml

Esse aí nem se pode levar a sério.

Verdade esse sujeito ser reeleito é de dar nos ovos.

Abraços

[FCarvalho]

Estava pensando aqui com os meus botões, que se conversarmos direitinho com os colombianos, o pessoal da COCTEMAR faz uma garibada legal nesse projeto deles e transforma em NaPaFlu sem maiores problemas.

Pode navegar na maioria dos rios da região norte e centro oeste, com o ajuste no calado, que não precisa de muita coisa para poder subir e descer as principais calhas do Solimões\Amazonas.

Para além destes é preciso tirar do papel o projeto conjunto com os colombianos e peruanos. Mas isso já é outro perrengue.



off topic: a MB tinha no papel requerimento para 6 novos NaPaFlu, e mantém 12 NaPaOc em tela. São 18 navios que poderiam ser negociados como off set em função dos Gripen E\F para a FAC. E não para por aí os interesses convergentes entre as BID de ambos os países.

[FCarvalho]

[FCarvalho]

Com licença do caro amigo da terrinha @cabeça de martelo

Este?

https://vardmarine.com/wp-content/uploa ... raphic.pdf

Para mim parece-me as Corvetas que a Fincantieri vendeu aos Xeques árabes, com bastantes modificações ao nível dos equipamentos e grupo propulsor.

https://www.fincantieri.com/en/products ... rah-class/

Dois projetos, um de NaPaOc com vocação para corveta, do estaleiro VARD, e outro de uma corveta com vocação para NaPaOc da Fincantieri, e que podem estar bem cotados na procura da marinha por um novo meio de patrulha oceânica.

Como disse no outro tópico da EPC, o navio do VARD até parece que foi tirado dele os requisitos do RFQ da marinha para o NaPaOc tal a similaridade dos números. Mas vamos ver como isso fica mais para frente.

O VARD já tem estaleiro aqui no Brasil, e a Fincantieri não tem problemas e associar-se ou simplesmente comprar, como os alemães, um estaleiro no Brasil para produzir estes meios, apesar de que a MB tem a intenção de que sejam construídos no AMRJ, tendo em vista a sua modernização.

Pelo número de navios a ser encomendado, apenas 12 até o momento, presumo que seria bem mais em conta arrumar quem queira fazer esta modernização via NAPA 500, que serão 23 navios, o que daria ao AMRJ um pouco mais de tempo, e simplicidade em termos de reestruturação. Depois se pensaria em outras coisas maiores, já que os NAPA 500 aparentemente terão 3 versões, segundo a MB, e quem sabe até poderão produzir os futuros NaPaFlu e meios auxiliares de que precisamos, também. Serviço não vai faltar.

Agora, a TKMS tem a faca e o queijo na mão com a sua Meko 100 Patrol Corvette, que além de compartilhar o mesmo casco e projeto com as CFT, tem a vantagem de oferecer ganhos de escala e maior comunalidade industrial, material e insumos entre ambos navios. Por outro lado, se colocar todas a nossa frota nas mãos de um estaleiro só convém, o tempo dirá.

E não se pode esquecer do projeto colombiano, que se bem negociado, poderá nos trazer muito mais benefícios em termos econômicos, políticos e comerciais, já que o navio deles também apresenta características de modularidade e adaptabilidade necessários a este tipo de navio, se encaixando dentro dos requisitos da MB para este tipo de navio, e com a possibilidade de também servir de base para um futuro NaPaFlu que tanto precisamos.

A ver.

[FCarvalho]

Uma pequena conta de padaria de final de noite.
O valor de um navio de patrulha oceânico pode variar, de acordo com os requisitos do comprador, entre 50 e 150 milhões de dólares.
Para o que o MB deseja, supondo que o navio contenha o mínimo do mínimo básico necessário, e dado os limites impostos pelo orçamento de custeio e investimento, o valor limite do NaPaOc BR deverá ficar de preferência abaixo dos 100 milhões de dólares, ou se muito, com muito boa vontade, uns 110 a 120 milhões de dólares.
Assim a título de exemplo, e parâmetro, temos o que segue:

US 80 x 12 = 960 milhões
US 90 x 12 = 1.08 bilhões
US 100 x 12 = 1.2 bilhões
US 110 x 12 = 1.32 bilhões
US 120 x 12 = 1.44 bilhões

Estes valores se referem aos preços dos navios em si, sem considerar off set, tot, pós venda, pacote logístico, treinamento de pessoal e por aí vai, que também tem seus custos em um contrato de compra. Isto pode variar entre 15% a 20% do valor do contrato para os navios, ou até mais, dependendo do que seja pedido. Na pior das hipóteses, a MB vai ter que tirar do bolso cerca de US 1,6 a US 2 bilhões se quiser comprar os 12 navios de uma vez, o que considero uma possibilidade basicamente descartável.

Me parece que a solução dada para o financiamento das FCT talvez seja uma opção, pois a capitalização da ENGEPRON serviu bem para o fim a que se propôs. O problema é que os burrocratas do ministério da economia já notaram a manobra da MB e, segundo comentado na imprensa e mídias de defesa, tentaram ou estão tentando obstaculizar novos financiamentos por este mecanismo tendo em vista seus próprios interesses. Se verdade ou não, não faço ideia, mas não duvido que tenha acontecido de fato.

Ainda existe a alternativa do Fundo de Marinha Mercante, que pelo jeito, navega em mar revolto à espera de tornar-se uma solução concreta, e não apenas um paliativo. Mas isto também faria o NaPaOc BR competir com o financiamento dos NAPA 500 BR que se diz seriam financiados por aquele fundo.

Muitas necessidades para pouca ou nenhuma alternativas.

[FCarvalho]

Um trabalho de 7 anos atrás, mas ainda atualíssimo.

A ESTRATÉGIA NACIONAL DE DEFESA E A REESTRUTURAÇÃO DA INDÚSTRIA NACIONAL DE DEFESA:
O desafio do segmento naval da base industrial de defesa para atender as encomendas de Navios Patrulha de 500 toneladas para a Marinha do Brasil.

Autor: CMG MARCELO RIBEIRO DE SOUSA

http://www.redebim.dphdm.mar.mil.br/vin ... 000a61.pdf

[FCarvalho]

A proposta da MB é que pelo menos 50% dos sistemas dos novos NaPa 500 BR sejam nacionais ou nacionalizados.
O valor de cada navio está previsto em US 35 milhões de dólares.
Planeja-se construir 12 navios até 2035, sendo metade da meta de 23 navios estipulados anteriormente. Que por sua vez eram 46...
Do ponto de vista de sistemas nacionais, olhando as duas imagens acima podemos antever o que segue como sendo passíveis de produção\projeto nacional ou nacionalizados:

Armamento:

Canhão Bofors 40\70 e munição;
Mtr .50 CORDED
Mtr 20mm*
VANT
Canhão Acústico*
Manpad* - RBS-70NG

*opcional
* segundo a ARES a REMAX\CORCED poderia ser adaptada para mtr 20\25mm

Sistemas ISR:

Radar de Busca Combinada - Albatros (MB)
Radar de Navegação - EDS\Embraer
Alça Optrônica - AEL
Comunicação Satélite
Recepção TV
CMS - ATECH
Sistema Gestão Combate - SISCONTA IV \ V (MB)
Sistema Gestão de Máquinas - MB
Sistema de Comunicações - Data Link BR2 e RDS (MD)

A parte de motorização, e sistemas correspondentes, conforme a escolha da MB, poderá também ter sua produção e\ou manutenção no Brasil, já que existem empresas especializadas neste tipo de motores, como a KMW do Brasil.

Pelo acima exposto, me parece inicialmente que a proposta de nacionalização de 50% destes navios pode ser superada com alguma facilidade tendo em vista as possibilidades oferecidas pelos projetos em andamento na BID em parceria com os centros tecnológicos das ffaa's e Ministério da Defesa.

Não é preciso dizer que mesmo sendo apenas 12 navios, uma vez garantida a sua compra e construção na íntegra, eles se tornam extremamente válidos no sentido de amparar o desenvolvimento contínuo de processos e produtos que hoje esperam simplesmente que a MB tenha a capacidade de dar termo ao seu desenvolvimento e abrir-lhes uma linha de produção.

O que está descrito acima pode ser em maior ou menor medida também utilizado nos futuros NaPaOc BR, seja qual for o modelo. Seria importante, na minha opinião, que os sistemas básicos de ambos modelos fossem definidos previamente a fim de garantir escala de produção para todos os sistemas que forem eleitos para compor o e produtivo destes navios, de forma a ampliar quantidades a serem encomendadas, diminuindo custos de aquisição, operação e manutenção no futuro. Se serve e pode ser usado em ambos navios com igual eficácia\eficiência, não tem porque não adotar soluções nacionais prioritariamente nestes projetos. Algo que dificilmente ocorrerá com as FCT.

Idem para os futuros NPa 200, NaPaFlu e demais navios auxiliares que venham a ser construídos.

[FCarvalho]

Para NaPa 500BR, NaPaFlu, NAPaOc BR dentre outros. Para uma marinha com poucos recursos até para fazer o básico, aproveitar toda e qualquer oportunidade para capacitar seus meios não é um luxo, mas necessidade.

[FCarvalho]

https://www.rafael.co.il/worlds/naval/s ... -missiles/

[FCarvalho]

Mais um projeto colombiano operacional e provado em combate, e que com as devidas adaptações poderia nos ser muito útil do nosso lado da fronteira.
Mas perdemos esse bonde também.
Espaço suficiente para operar drones, RIB, e outras coisas interessantes nos afluentes das principais calhas do Solimões e Amazonas.

[Vinícius Almeida]

O 2º Batalhão de Ações Especiais da Polícia Militar da Baixada Santista terá lancha blindada para patrulhamento no estuário

https://www.sopesp.com.br/2021/07/13/po ... -estuario/

[FCarvalho]

Que bom seria se todas as PM's do país tivessem a sua disposição os mecanismos legais e institucionais, além do material e humano, para organizar, qualificar e expandir suas áreas de operações fluviais e costeiras, assim como de certa forma a aviação já tem o seu espaço, ainda que restrito em vários Estados, por simples inépcia e irresponsabilidade do poder público estadual.
São mais meio milhão de homens e mulheres país afora que poderiam oferecer uma contribuição bem maior à segurança pública se dotados dos elementos materiais necessários. Mas até nisso a lei brasileira mais entrava do que resolve os problemas.
Aqui no Amazonas a PMAM também dispõe de seu grupamento fluvial, mas é hoje restrito a Manaus e cercanias.
Imagina agora se a polícia militar pudesse dispor de pessoal em quantidade e qualidade no interior, e na capital, para manter esse tipo de operação. 62 municípios na beira dos rios e basicamente nenhum investimento em helos e vetores fluviais.
Fazer o que.