Grupo de Combate - Presente e Futuro

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: Grupo de Combate - Presente e Futuro

#76 Mensagem por Ckrauslo » Sáb Abr 18, 2015 9:41 pm

ABULDOG74 escreveu:
Ckrauslo escreveu: Amigo se é o mesmo que vocês por que estranhou? não falei que medico vai a batalha, mas o socorrista nem os socorristas americanos são médicos médicos "Tem alguns casos raros de médicos médicos que vão a combate mas"
Medico foi um um misfortuno meu, mas queria dizer o socorrista é que o termo DOC e MEDIC do inglês que é atribuído aos socorristas que não são nada mais que EMT ficou na minha cabeça
Minha única estranheza é o SG do grupo ser o socorrista, só isso.
Abraço meu amigo.

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Por que no EB apenas praças graduados podem fazer cursos especializantes, como COMANDOS, SOCORRISTAS e CAÇADOR




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Re: Grupo de Combate - Presente e Futuro

#77 Mensagem por tatamovitch » Ter Abr 28, 2015 11:24 pm

Prezados,

Segue sugestao da composicao do GC (Grupo de Combate) tanto nas unidades de Inf. quanto Cav. As razoes apresentadas vao de encontro ao documento “The Infantry Rifle Squad: SizeIs Not the Only Problem” de autoria do Maj Inf Melody, Paul E. que apresenta de forma suscinta as razoes para o retorno ao GC, Squad em ingles, de 11 combatentes. De forma resumida a principal razao pela perda de eficiencia do GC de 9 combatentes eh a falta de capacidade de realizar “apoio de fogo” e “manobra” pelo GC assim que a taxa de atrito reduz o numero de combatentes no GC. Segundo o documento a taxa de atrito (baixa) desde a Segunda Grande Guerra ao Vietnam no exercito Norte-Americano foi em torno de 20% a 30%. Com esta taxa de baixas o GC fica restrito ao numero de 6 a 7 combatentes (Fzo). Como foi constatado que durante os conflitos existe a tendencia dos lideres do GC a manterem as armaa automaticas (FAP/BAR e/ou FN Minimi) em operacao a custas dos Fzo (fuzileiros) o GC perde a capacidade de realizar “fogo” e “manobra”. Logo, na pratica deixa de existir as duas fracoes (ou fire team). E no Pel Fzo um GC acaba executando “fogo” ou “manobra” em beneficio de outro GC, tambem restrito em numero de combatentes e/ou Fzo. Um GC com 11 combatentes com a taxe de 30% de atrito ainda assim mantem de 8 a 9 combatentes e retem a capacidade de realizar “fogo” e “manobra”.

Apenas para ilustrar, o USMC (Marines) , ou Fuzileiros Navais Norte Americanos adotam 3 fracoes ou fire teams de 4 combatentes cada. Exatamente para manter o GC capaz de realizar “fogo” e “manobra” diante das perdas imposta pelo combate. Porem, o documento citado adimite que na experiencia do exercito Norte-Americano um NCO ou 3º Sargento lider do GC tem muita dificuldade de comandar e controlar a acao de 12 homens em combate. E que o numero ente 8 e 10 seria o ideal.

http://oai.dtic.mil/oai/oai?verb=getRec ... =ADA225438

GC Padrao:
3° Sgt – Cmt GC (IA2 Rifle)
Cb – Cmt Esq A (IA2 Rifle)
Sd – AT1 (AT=Atirador, FN Minimi 5.56mm)
Sd – G1 (G=Ganadeiro, IA2 Rifle + M203)
Sd – E1/AC (E=Esclarecedor/AC=Anti-Carro, IA2 Carbine + ALAC/AT4)
Sd – E2 (IA2 Rifle)
Cb – Cmt Esq B (IA2 Rifle)
Sd – AT2 (FN Minimi 5.56mm)
Sd – G2 (IA2 Rifle + M203)
Sd – E3/AC (IA2 Carbine + ALAC/AT4)
Sd –DM (DM=Designated Marksman, IA2 7.62mm Sniper Rifle)

GC Inf Selva:
3° Sgt – Cmt GC (IA2 Rifle)
Cb – Cmt Esq A (IA2 Rifle)
Sd – AT1 (AT=Atirador, FN Minimi 5.56mm)
Sd – G1 (G=Ganadeiro, Benelli M-4 Calibre 12 Semi Automatica + GL6)
Sd – E1/AC (E=Esclarecedor/AC=Anti-Carro, IA2 Carbine + ALAC/AT4)
Sd – E2 (IA2 Rifle+ Besta)
Cb – Cmt Esq B (IA2 Rifle)
Sd – AT2 (FN Minimi 5.56mm)
Sd – G2 (Benelli M-4 Calibre 12 Semi Automatica + GL6)
Sd – E3/AC (IA2 Carbine + ALAC/AT4)
Sd –DM (DM=Designated Marksman, IA2 7.62mm Sniper Rifle)

No ambiente de selva a tendencia eh os GCs operarem isolados e mais dispersos e portanto sem apoio das armas dos escaloes superiores. Desta forma estes GCs dependem muito mais do poder de fogo de suas fracoes/esquadras e consequentemente do armamento individual de cada infante de selva. Por isso os Granadeiros dos GCs de selva seriam dotados do lancador de granadas GL6 com seis granadas 40mm aumentanto em muito o poder de fogo do GC. Porem, muitas vezes o ambiente de selva, com reduzido campo de observacao pode propiciar encontros entre forcas inimigas a curtas distancias. As granadas de 40mm do lançador de granada só armam seu detonador a uma distância de 10-20m. Por isso para curta distancias estes combatentes seriam dotados da Benelli M-4 Calibre 12 Semi Automatica, arma adotada pelo US Special Operations. Notar que a adocao do Cal 12 junto a um lancador de granadas GL6 para os Granadeiros da Inf Selva eh uma sugestao de um colega deste mesmo forum, e que para mim fazem todo o sentido. Com a adocao do GC de 11 combatentes o numero de fuzis de assalto do GC de selva segueria inalterado, 9 ao total, havendo o acrescimo de duas Cal. 12.

Creio que o maior impacto seria nas tropas embarcadas, ou seja GC dos C/Inf Mec e C/Inf Bld alem eh claro dos B Inf Lev (Aeromovel). Onde existe limitacoes para o embarque em um mesmo transporte do GC na sua integra. A adocao do Sikorsky UH-60 Black Hawk como aeronave padrao de manobra do EB eliminaria qualquer problema deste tipo na Inf Lev (Aeromovel). Fica portanto a limitacao imposta pela VBTP. Neste caso creio que uma VBTP e/ou VCI (rodas e/ou esteira) com capacidade para o transporte de 6 combatentes mais o de sua guarnicao de 3 combatentes seria suficiente. Pois, cada Pel eh normamalmente formado por 4 VBTP e 3GCs. Sendo cada Cia/Esqd formado por 3 Pel, o que resulta num total de 9 GCs por Cia/Esqd. A adocao de cada fracao e/ou fire team embarcado em um VBTP supera este problema. Desta forma cada Pel mantem o mesmo numero de VBTP, 4 para um total de 2 GCs, cada GC embarcando em duas VBTP mais o grupo de comando. Para que se mantenha um numero proximo ao anterior de GCs por Cia/Esqd eh soh elevar o numero de Pel por Cia/Esqd a 4 Pel. Desta forma o total de GCs seria de 8 (4 Pel x 2 GC). Haveria, no entanto, o incremento de 4 VBTP por Cia/Esqd. Razoavel em minha opiniao.

Outra possibilidade seria com a introducao da LMG (Light Machine Gun) FN Minimi 5,56mm reestruturar o GC, nao em duas fracoes identicas com a missao de realizar “fogo” e “manobra”. Mas em duas fracoes com tarefas distintas, ou seja, uma fracao de “apoio de fogo” e outra de “manobra”. Assim uma unica LMG (FN Minimi 5,56mm) seria empregada por GC, ao inves de duas como no caso anterior. O documento supra citado menciona que a eficiencia de uma unica LMG por GC na funcao de apoio de fogo eh praticamente a mesma da eficiencia de fogo resultante do emprego de duas LMGs por GC. Pois, apesar da reducao da densidade de fogo provido o lider do GC consegue direcionar e controlar melhor o emprego de uma unica LMG, quando comparado a duas LMGs no mesmo GC. Neste caso o total de combatentes por GC seria de 10 homens, incluindo seu lider.

GC Atualizado para emprego LMG (FN Minimi 5.56mm):
3° Sgt – Cmt GC (IA2 Carbine)
Cb – Cmt Esq “Apoio de Fogo” (IA2 Rifle)
Sd – AT1 (AT=Atirador, FN Minimi 5.56mm)
Sd – G1 (G=Ganadeiro, IA2 Carbine + GL6)
Sd –DM (DM=Designated Marksman, IA2 7.62mm Sniper Rifle)
Cb – Cmt Esq “Manobra” (IA2 Rifle)
Sd – E1/AC (IA2 Carbine + ALAC/AT4)
Sd – E2 (IA2 Rifle)
Sd – E3/AC (IA2 Carbine + ALAC/AT4)
Sd – E4 (IA2 Rifle)




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Re: Grupo de Combate - Presente e Futuro

#78 Mensagem por FCarvalho » Qua Abr 29, 2015 12:35 pm

Gostei dessa formação. Mais efetiva, e capaz, em termos de recursos, do que a atual formação do GC que se pensa dar.
A ver.

abs




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: Grupo de Combate - Presente e Futuro

#79 Mensagem por Ckrauslo » Qua Abr 29, 2015 3:06 pm

tatamovitch escreveu:Prezados,

Segue sugestao da composicao do GC (Grupo de Combate) tanto nas unidades de Inf. quanto Cav. As razoes apresentadas vao de encontro ao documento “The Infantry Rifle Squad: SizeIs Not the Only Problem” de autoria do Maj Inf Melody, Paul E. que apresenta de forma suscinta as razoes para o retorno ao GC, Squad em ingles, de 11 combatentes. De forma resumida a principal razao pela perda de eficiencia do GC de 9 combatentes eh a falta de capacidade de realizar “apoio de fogo” e “manobra” pelo GC assim que a taxa de atrito reduz o numero de combatentes no GC. Segundo o documento a taxa de atrito (baixa) desde a Segunda Grande Guerra ao Vietnam no exercito Norte-Americano foi em torno de 20% a 30%. Com esta taxa de baixas o GC fica restrito ao numero de 6 a 7 combatentes (Fzo). Como foi constatado que durante os conflitos existe a tendencia dos lideres do GC a manterem as armaa automaticas (FAP/BAR e/ou FN Minimi) em operacao a custas dos Fzo (fuzileiros) o GC perde a capacidade de realizar “fogo” e “manobra”. Logo, na pratica deixa de existir as duas fracoes (ou fire team). E no Pel Fzo um GC acaba executando “fogo” ou “manobra” em beneficio de outro GC, tambem restrito em numero de combatentes e/ou Fzo. Um GC com 11 combatentes com a taxe de 30% de atrito ainda assim mantem de 8 a 9 combatentes e retem a capacidade de realizar “fogo” e “manobra”.

Apenas para ilustrar, o USMC (Marines) , ou Fuzileiros Navais Norte Americanos adotam 3 fracoes ou fire teams de 4 combatentes cada. Exatamente para manter o GC capaz de realizar “fogo” e “manobra” diante das perdas imposta pelo combate. Porem, o documento citado adimite que na experiencia do exercito Norte-Americano um NCO ou 3º Sargento lider do GC tem muita dificuldade de comandar e controlar a acao de 12 homens em combate. E que o numero ente 8 e 10 seria o ideal.

http://oai.dtic.mil/oai/oai?verb=getRec ... =ADA225438

GC Padrao:
3° Sgt – Cmt GC (IA2 Rifle)
Cb – Cmt Esq A (IA2 Rifle)
Sd – AT1 (AT=Atirador, FN Minimi 5.56mm)
Sd – G1 (G=Ganadeiro, IA2 Rifle + M203)
Sd – E1/AC (E=Esclarecedor/AC=Anti-Carro, IA2 Carbine + ALAC/AT4)
Sd – E2 (IA2 Rifle)
Cb – Cmt Esq B (IA2 Rifle)
Sd – AT2 (FN Minimi 5.56mm)
Sd – G2 (IA2 Rifle + M203)
Sd – E3/AC (IA2 Carbine + ALAC/AT4)
Sd –DM (DM=Designated Marksman, IA2 7.62mm Sniper Rifle)

GC Inf Selva:
3° Sgt – Cmt GC (IA2 Rifle)
Cb – Cmt Esq A (IA2 Rifle)
Sd – AT1 (AT=Atirador, FN Minimi 5.56mm)
Sd – G1 (G=Ganadeiro, Benelli M-4 Calibre 12 Semi Automatica + GL6)
Sd – E1/AC (E=Esclarecedor/AC=Anti-Carro, IA2 Carbine + ALAC/AT4)
Sd – E2 (IA2 Rifle+ Besta)
Cb – Cmt Esq B (IA2 Rifle)
Sd – AT2 (FN Minimi 5.56mm)
Sd – G2 (Benelli M-4 Calibre 12 Semi Automatica + GL6)
Sd – E3/AC (IA2 Carbine + ALAC/AT4)
Sd –DM (DM=Designated Marksman, IA2 7.62mm Sniper Rifle)

No ambiente de selva a tendencia eh os GCs operarem isolados e mais dispersos e portanto sem apoio das armas dos escaloes superiores. Desta forma estes GCs dependem muito mais do poder de fogo de suas fracoes/esquadras e consequentemente do armamento individual de cada infante de selva. Por isso os Granadeiros dos GCs de selva seriam dotados do lancador de granadas GL6 com seis granadas 40mm aumentanto em muito o poder de fogo do GC. Porem, muitas vezes o ambiente de selva, com reduzido campo de observacao pode propiciar encontros entre forcas inimigas a curtas distancias. As granadas de 40mm do lançador de granada só armam seu detonador a uma distância de 10-20m. Por isso para curta distancias estes combatentes seriam dotados da Benelli M-4 Calibre 12 Semi Automatica, arma adotada pelo US Special Operations. Notar que a adocao do Cal 12 junto a um lancador de granadas GL6 para os Granadeiros da Inf Selva eh uma sugestao de um colega deste mesmo forum, e que para mim fazem todo o sentido. Com a adocao do GC de 11 combatentes o numero de fuzis de assalto do GC de selva segueria inalterado, 9 ao total, havendo o acrescimo de duas Cal. 12.

Creio que o maior impacto seria nas tropas embarcadas, ou seja GC dos C/Inf Mec e C/Inf Bld alem eh claro dos B Inf Lev (Aeromovel). Onde existe limitacoes para o embarque em um mesmo transporte do GC na sua integra. A adocao do Sikorsky UH-60 Black Hawk como aeronave padrao de manobra do EB eliminaria qualquer problema deste tipo na Inf Lev (Aeromovel). Fica portanto a limitacao imposta pela VBTP. Neste caso creio que uma VBTP e/ou VCI (rodas e/ou esteira) com capacidade para o transporte de 6 combatentes mais o de sua guarnicao de 3 combatentes seria suficiente. Pois, cada Pel eh normamalmente formado por 4 VBTP e 3GCs. Sendo cada Cia/Esqd formado por 3 Pel, o que resulta num total de 9 GCs por Cia/Esqd. A adocao de cada fracao e/ou fire team embarcado em um VBTP supera este problema. Desta forma cada Pel mantem o mesmo numero de VBTP, 4 para um total de 2 GCs, cada GC embarcando em duas VBTP mais o grupo de comando. Para que se mantenha um numero proximo ao anterior de GCs por Cia/Esqd eh soh elevar o numero de Pel por Cia/Esqd a 4 Pel. Desta forma o total de GCs seria de 8 (4 Pel x 2 GC). Haveria, no entanto, o incremento de 4 VBTP por Cia/Esqd. Razoavel em minha opiniao.

Outra possibilidade seria com a introducao da LMG (Light Machine Gun) FN Minimi 5,56mm reestruturar o GC, nao em duas fracoes identicas com a missao de realizar “fogo” e “manobra”. Mas em duas fracoes com tarefas distintas, ou seja, uma fracao de “apoio de fogo” e outra de “manobra”. Assim uma unica LMG (FN Minimi 5,56mm) seria empregada por GC, ao inves de duas como no caso anterior. O documento supra citado menciona que a eficiencia de uma unica LMG por GC na funcao de apoio de fogo eh praticamente a mesma da eficiencia de fogo resultante do emprego de duas LMGs por GC. Pois, apesar da reducao da densidade de fogo provido o lider do GC consegue direcionar e controlar melhor o emprego de uma unica LMG, quando comparado a duas LMGs no mesmo GC. Neste caso o total de combatentes por GC seria de 10 homens, incluindo seu lider.

GC Atualizado para emprego LMG (FN Minimi 5.56mm):
3° Sgt – Cmt GC (IA2 Carbine)
Cb – Cmt Esq “Apoio de Fogo” (IA2 Rifle)
Sd – AT1 (AT=Atirador, FN Minimi 5.56mm)
Sd – G1 (G=Ganadeiro, IA2 Carbine + GL6)
Sd –DM (DM=Designated Marksman, IA2 7.62mm Sniper Rifle)
Cb – Cmt Esq “Manobra” (IA2 Rifle)
Sd – E1/AC (IA2 Carbine + ALAC/AT4)
Sd – E2 (IA2 Rifle)
Sd – E3/AC (IA2 Carbine + ALAC/AT4)
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Você fala de um SD sem formação para usar as Armas de sniper, como DM, pois até no Brasil os DM passam pelo mesmo treinamento dos caçadores, mas são empregados em grupos de combate...




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Re: Grupo de Combate - Presente e Futuro

#80 Mensagem por tatamovitch » Qui Abr 30, 2015 2:20 pm

Caros,

Ate recentemente, senão ainda hoje todo Sd Ev eh instruido para atirar com o FN FAL 7.62mm. Sendo assim, não vejo problemas em selecionar os melhores atiradores identificados durante o Período Básico de Formação do Sd Ev, e prover instrução especifica sobre tiro a média distancia aos mesmos. O intuito é fornecendo a estes atiradores a mesma arma que era utilizada ate recentemente por todos os combatentes do EB, com algumas melhorias para um tiro eficiente a média distancia. Este Sd DM por GC não possui a ambição e/ou missão de substituir o caçador/sniper em tiros a longa distancias. Visa apenas prover a fração GC de uma arma eficaz para engajamento a média ditancia. Na verdade o GC dotado de armas em calibre 5.56mm fica restrito aos sitemas ALAC/AT4 como arma para engajamento a média distancia, 400m a 500m.

Utilizando como referencia o artigo “O Grupo de Combate do Pelotão de Infantaria Mecanizadado”, link abaixo, podemos notar que existe a preocupação do EB em dotar o GC da Inf Mec de uma arma capaz e eficiente a engajamentos a média distancia, ou seja a mais de 300m (mas certamente inferior a 600m).

http://www.defesanet.com.br/doutrina/no ... ecanizada/

Referencia original do artigo:
http://www.cibld.ensino.eb.br/phocadown ... nf_Mec.pdf

Fica evidente a preocupaçãp do EB (se não necessidade) de se dispor de um meio eficiente de fogo a media distancia, 400m – 500m, sobretudo em campo aberto. Recomendo a leitura do documento “Increasing Small Arms Lethality in Afghanistan: Taking Back the Infantry Half-Kilometer” de autoria do Major Major Thomas P. Ehrhart do exercito Norte-Americano.

Creio que todos concordamos que o treinamento e adestramento para tiros a media distancia são o componente primordial para um sistema de armas eficiente a média distancias (400m – 500). Porem, jah que dipomos de grande quantidade de um bom armamento para engajamentos a 400m - 500m, a saber o FN FAL 7.62mm, por que não reforma-lo na forma do fuzil IMBEL IA2 7.62mm Sniper Rifle com cano de 20" de comprimento, e desta forma prover o GC de um sistemas eficaz de engajamento a 400m – 500m?

Do documento citado:
“...The current 5.56-mm cartridge has limited application in open or mountainous terrain and should be improved, augmented, or replaced. A move to an intermediate caliber weapon or replacement upper receiver will increase the organic capability of the infantry squad and not substantially increase the soldiers load. By adopting an arms room concept, commanders will be able to choose the right equipment for the type of mission and terrain they face. Finally, doctrine should be reviewed and re-written to incorporate the capability to engage targets out to 500 meters. This doctrine should also include an updated qualification course, which more accurately simulates combat conditions and rewards shot placement.…”

Abs,




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Re: Grupo de Combate - Presente e Futuro

#81 Mensagem por gabriel219 » Qui Abr 30, 2015 5:53 pm

Uma vez ouvi uma sugestão de um Coronel reservista, amigo da família, sobre GC de 9 homens com 2 melhores atiradores utilizando IA2 7.62 ou IA2 5.56 com cano maior, sendo uma classe entre um DM e um soldado comum, deixando DM's em um grupo separado, como um Grupo com 9 homens. Seria:
Inf Mec
3º Sgt (IA2 5.56)
2xCabo (IA2 5.56 + Alac)
Sd Mtr (FN Minimi 5.56)
Sd Atr (IA2 5.56 16" ou IA2 7.62)
Sd Grn (IA2 5.56 + granadeira 40 mm).

Grupo de Atiradores: teriam, como opção de transporte, um LMV com 6+1 lugares.
3º Sgt (FN Minimi 7.62 ou IA2 FAP 5.56)
3x Cabo Obsr (IA2 5.56)
Sd atr (Fz de Prs IA2 7.62 20" )

Tanto no USMC quanto no US Army, estão levando um elemento com uma metralhadora leve ou média, como FN M240E, junto com os Atiradores, fazendo a segurança. Isso se vê em alguns vídeos.

Este grupo de atiradores aumentaria o seu armamento e calibre (apenas para os fuzis de precisão) de acordo com o nível, exemplo:
Nível de Pelotão (Gp de Atr): IA2 7.62 20".
Nível de Companhia (Gp de Atr): FN Ballista .338 (exemplo).
Nível de Batalhão (Gp de Atr): DSR-50/Barret M82A3 (exemplos).

Seriam um pelotão inteiro, pertencente ao Batalhão, sendo separado dos Pelotões, podendo ser empregado de acordo com a situação.

Um Grupo de Infantaria Leve com 13 homens:
3º Sgt (IA2 5.56)
Cabo (IA2 5.56 + ALAC)
Sd Mtr (FN Minimi 5.56)
Sd Grn (IA2 5.56 + MGL)

2x Cabo (IA2 5.56 + ALAC)
Sd Fz (IA2 5.56)
Sd Mtr (IA2 FAP 5.56)
Sd Grn (IA2+M203)

Os Sd Atr com FAP teriam instruçãk para tiros mais precisos, já que teriam um fuzil com cano de 18", tento volume de fogo e precisão

No caso dos pelotões especiais de fronteira, tendo a mesma composição da Bda Inf Lv, apenas colocando um Operador de rádio no lugar do Cabo da Esq de comando e um Cabo médico no lugar do Sd Grn da mesma Esq. O Opr de Rádio também estaria ápto a operar vant leve, como Carcará e controla-lo por um tipo de tablet (já estão desenvolvendo essa capacidade mundo á fora). Teriam opção entre ALAC e RPO (essa sugestão é minha).

Teriam como opção de transporte LMV com 3+1 lugar.

Abs.




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Re: Grupo de Combate - Presente e Futuro

#82 Mensagem por Ckrauslo » Qui Abr 30, 2015 6:45 pm

tatamovitch escreveu:Caros,

Ate recentemente, senão ainda hoje todo Sd Ev eh instruido para atirar com o FN FAL 7.62mm. Sendo assim, não vejo problemas em selecionar os melhores atiradores identificados durante o Período Básico de Formação do Sd Ev, e prover instrução especifica sobre tiro a média distancia aos mesmos. O intuito é fornecendo a estes atiradores a mesma arma que era utilizada ate recentemente por todos os combatentes do EB, com algumas melhorias para um tiro eficiente a média distancia. Este Sd DM por GC não possui a ambição e/ou missão de substituir o caçador/sniper em tiros a longa distancias. Visa apenas prover a fração GC de uma arma eficaz para engajamento a média ditancia. Na verdade o GC dotado de armas em calibre 5.56mm fica restrito aos sitemas ALAC/AT4 como arma para engajamento a média distancia, 400m a 500m.

Utilizando como referencia o artigo “O Grupo de Combate do Pelotão de Infantaria Mecanizadado”, link abaixo, podemos notar que existe a preocupação do EB em dotar o GC da Inf Mec de uma arma capaz e eficiente a engajamentos a média distancia, ou seja a mais de 300m (mas certamente inferior a 600m).

http://www.defesanet.com.br/doutrina/no ... ecanizada/

Referencia original do artigo:
http://www.cibld.ensino.eb.br/phocadown ... nf_Mec.pdf

Fica evidente a preocupaçãp do EB (se não necessidade) de se dispor de um meio eficiente de fogo a media distancia, 400m – 500m, sobretudo em campo aberto. Recomendo a leitura do documento “Increasing Small Arms Lethality in Afghanistan: Taking Back the Infantry Half-Kilometer” de autoria do Major Major Thomas P. Ehrhart do exercito Norte-Americano.

Creio que todos concordamos que o treinamento e adestramento para tiros a media distancia são o componente primordial para um sistema de armas eficiente a média distancias (400m – 500). Porem, jah que dipomos de grande quantidade de um bom armamento para engajamentos a 400m - 500m, a saber o FN FAL 7.62mm, por que não reforma-lo na forma do fuzil IMBEL IA2 7.62mm Sniper Rifle com cano de 20" de comprimento, e desta forma prover o GC de um sistemas eficaz de engajamento a 400m – 500m?

Do documento citado:
“...The current 5.56-mm cartridge has limited application in open or mountainous terrain and should be improved, augmented, or replaced. A move to an intermediate caliber weapon or replacement upper receiver will increase the organic capability of the infantry squad and not substantially increase the soldiers load. By adopting an arms room concept, commanders will be able to choose the right equipment for the type of mission and terrain they face. Finally, doctrine should be reviewed and re-written to incorporate the capability to engage targets out to 500 meters. This doctrine should also include an updated qualification course, which more accurately simulates combat conditions and rewards shot placement.…”

Abs,
Olá, durante o curso de formação de soldado os Candidatos, ja recebem o treinamento de engajamento a distancias medias, sendo os primeiros disparos a 50 metors, seguindo em evoluções ate o disparo qualificatorio no rancho a 300 ou 400 metros de distancia,
No exercito Brasileiro assim como em muitos outros exércitos ou Braços das FFAA, o Atirador designado recebe parte da mesma instrução dos atiradores de elite, tendo em vista que disparos em distancia superiores a 400 metros, entra muita coisa em jogo: Pressão barométrica, Velocidade do vento, gravidade, temperatura.
Vamos dizer que um vento de quarto de valor de 2 milhas por hora " bem suave" a 50 metros nao é muita coisa para um projetil de fuzil viajando a 2800 pés por segundo, porém a 500 metros pode se ter um desvio de 2 polegadas para baixo e lado do alvo, sendo suficiente para um erro, se as devidas correções nao forem tomadas.
Sem contar que para quem nunca viu um Reticulo MIL DOT, é algo um tanto complicado de usar.
Isso requer um treinamento especializado.
A diferença do caçador para o atirador designado "atirador de pelotão" é que o caçador opera em pares e o atirador designado no grupo de combate.




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Re: Grupo de Combate - Presente e Futuro

#83 Mensagem por FCarvalho » Sáb Jul 27, 2019 9:07 pm

Para quem se interessa pelo assunto, eis uma boa oportunidade de leitura. Monografia sobre o atirador designado nos grupos de combate.
Segue o link e boa leitura a todos.

http://bdex.eb.mil.br/jspui/handle/1/1059




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: Grupo de Combate - Presente e Futuro

#84 Mensagem por RobsonBCruz » Sex Ago 30, 2019 3:50 pm

Na apresentação intitulada "Experimentação Doutrinária de GC", no evento Reunião de Coordenação Doutrinária realizado nesta semana, tem informações interessantes, especialmente em relação a adoção conjunta de armas 5,56 e 7,62.

http://www.ebeventos.eb.mil.br/index.ph ... sentations




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Re: Grupo de Combate - Presente e Futuro

#85 Mensagem por FCarvalho » Seg Jan 24, 2022 7:36 pm

Evolução dos Grupos de Combate do Exército Brasileiro

https://www.forte.jor.br/2022/01/03/evo ... rasileiro/




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: Grupo de Combate - Presente e Futuro

#86 Mensagem por FCarvalho » Seg Jan 24, 2022 7:46 pm

O PELOTÃO DE FUZILEIROS NO COMBATE EM ÁREA EDIFICADA

http://www.doutrina.decex.eb.mil.br/ima ... _7_5_2.pdf




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: Grupo de Combate - Presente e Futuro

#87 Mensagem por FCarvalho » Qua Mar 16, 2022 1:04 pm



Pensando aqui com os meu botões e vendo os muitos vídeos de combates que chegam da Ucrânia, fico imaginando o quanto podemos, e devemos, avançar na modernização não apenas dos GC, mas de todas as unidades e subunidades que existem em termos de infantaria no EB, E não somente no que diz respeito a material, mas sobretudo a qualificação humana para o melhor aproveitamento dos recursos que nos cheguem as mãos.
Atualmente como podemos ver pelas ilustrações que o colega AlfaBR gentilmente nos dispõe que as diversas formações da infantaria brasileira também influi na composição e na distribuição dos equipamentos.
De alguma forma o que vemos hoje na Ucrânia, ao menos em termos de reflexão, está nos dando bons exemplos de que por mais fiel que sejamos à doutrina e a organização dos manuais, a guerra acaba meio que jogar tudo isso por terra e deixa explícito que a realidade se impõe de qualquer forma a todo treinamento e formação que se possa dar aos soldados.
Espero e desejo que as formações dos nossos GC sejam elevadas a níveis de proficiência necessária diante de tudo o que estamos vendo hoje no leste europeu.




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: Grupo de Combate - Presente e Futuro

#88 Mensagem por FCarvalho » Qui Mar 24, 2022 8:59 pm



Por que não...




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: Grupo de Combate - Presente e Futuro

#89 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Dez 28, 2022 2:16 pm

SECÇÃO DE ATIRADORES MECANIZADA DE RODAS – PÓS 2020

A constituição de uma SecAt equipada com os SCS é a seguinte: Cmdt de Secção, 02 Cmdt de Esq, 01 Apontador de MP, 01 Atirador Especial, 02 Atiradores Granadeiros, 02 Apontador de ML e 01 Condutor, dependendo da tipologia de ameaça e missão a executar a unidade escalão Secção pode equipar com material diferente.

Imagem

Fonte : https://assets.exercito.pt/SiteAssets/G ... 20full.pdf




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

Portugal está morto e enterrado!!!

https://i.postimg.cc/QdsVdRtD/exwqs.jpg
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Re: Grupo de Combate - Presente e Futuro

#90 Mensagem por cabeça de martelo » Qui Dez 29, 2022 7:58 am

AS VIATURAS BLINDADAS LIGEIRAS TÁTICAS (VAMTAC) (VIATURA DE ALTA MOBILIDADE TÁTICA) NA ESTRUTURA ORGÂNICA DE MATERIAL (EOM) DOS BATALHÕES DE INFANTARIA PARAQUEDISTAS (BIPARA). O IMPACTO AO NÍVEL TÁTICO E AS NECESSÁRIAS ALTERAÇÕES DAS TÁTICAS, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS (TTP)

Tenente Coronel de Infantaria Paraquedista João Francisco da Costa Bernardino

A DOUTRINA

O paradigma da rentabilização e projeção das Forças Ligeiras, bem como o seu emprego alterou-se significativamente com a nova tipologia de viaturas blindadas ligeiras adquiridas. A experiência ao nível tático das PANDUR versus VAMTAC na RCA são prova disso mesmo: movimento e manobra passam a ter outro significado onde a rentabilização das potencialidades das viaturas ligeiras vem disponibilizar capacidades antes não existentes, onde se tem provado que o recurso a este tipo de forças tem sido muito mais efetivo, tendo em consideração as características do atual ambiente operacional, pela sua capacidade de atingir o Centro de Gravidade (CoG) das forças opositoras.

A TIPOLOGIA DE UNIDADE

A Secção é, para as forças de combate dos Paraquedistas, a unidade base e mínima de emprego de forma isolada4. Na atual EOP aprovada as Unidades de Escalão Secção (UES) dos BIPara são constituídas por oito (08) elementos, fazendo com que cada Secção tenha à sua disposição duas (02) viaturas VAMTAC, com capacidade de transportar cinco (05) militares cada. Face a isto, o lugar vago permite o transporte de militares com outras valências de acordo com a tipificação da tarefa a executar ou reforçando a Secção com mais dois (02) elementos. Estando em revisão os quadros Orgânicos dos BIPara, existem algumas propostas de alteração da estrutura da UES face às capacidades das novas viaturas.

Imagem

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DESAFIOS

Dada a recente integração das VAMTAC no Exército e a sua imediata entrada em TO, persistem algumas tarefas que urge finalizar:
• Atualização de TTP derivadas da experiência de missões anteriores;
• Elaboração de novas TTP que potenciem a utilização deste novo meio;
• Definição e elaboração dos planos de carregamento exequíveis;
• Incutir nas Secções/Guarnições uma mentalidade de homem/viatura (contudo, não em exclusivo, pois os BIPara têm de ser capazes de atuar como força apeada, mormente quando projetados por paraquedas);
• Aquisição de um sistema de comunicações sem fio para o elemento que se encontra na torre da viatura.

PROPOSTAS

Aquisição de um simulador de condução, à semelhança do existente para as PANDUR, apresentando as seguintes vantagens:
• Proficiência do pessoal;
• Poupança do material/equipamento;
• Diminuição de gastos;
• Capacidade de manutenção dos BIPara, com o levantamento de Módulo de Manutenção, quando projetado com viaturas para operações;
• Aquisição de nova tipologia de armas para equipar as torres das viaturas, nomeadamente a capacidade anticarro (ACar).
• Aquisição de capacidade e efetuar tiro do interior da viatura (sistemas de tiro remoto (Remote Weapon Station (RWS));
• Operar o sistema ROSY com lançamento de cartuchos reais durante o período de formação;
• Aquisição de projetores de iluminação LED para torres;
• Aquisição de sistemas de Segurança/ Retenção para apontadores da torre;
• Aquisição de proteções para meios-rádio e outros equipamentos eletrónicos presentes no compartimento de transporte;
• Aquisição de capas de proteção para apontadores das Torres.

AMBIÇÕES

Sendo os BIPara um tipo de força que se caracteriza por um alto estado de prontidão, com um nível de treino superior, capazes de se adaptar a qualquer tipo de ameaça, seja convencional ou assimétrica, agindo de forma decisiva para alcançar os objetivos estabelecidos5, considera-se que um dos desafios futuros para estas unidades, nomeadamente na conduta de Operações Aerotransportadas, será a capacidade de se fazerem acompanhar por estes novos sistemas de armas, de forma a manter o máximo de potencial de combate. Para o efeito, é importante que se adquiram plataformas adequadas para a projeção aérea das VAMTAC, permitindo que as viaturas acompanhem a força quando esta fizer uso da terceira dimensão.

CONCLUSÃO

Por se tratar de uma viatura nova, ainda existe muita matéria por explorar e até algumas indefinições quanto ao seu uso e de algumas ferramentas/valências. Considera-se, contudo, que a sua exposição no TO da RCA servirá para aprofundar o conhecimento deste sistema de armas, nomeadamente no entender e acompanhar das suas performances, dos seus comportamentos aquando do seu emprego em situações reais de emprego tático, de forma a retirar o máximo rendimento do mesmo. Como com qualquer sistema de armas, a adaptação do homem à viatura é certamente o ponto fulcral para a proficiente utilização e rentabilização das capacidades da mesma. A execução de TTP realistas e testadas, executadas por tripulações proficientes, será uma mais-valia na execução das tarefas exponenciado as capacidades dos BIPara. Concomitantemente, a definição do armamento a ser utilizado na torre é um aspeto determinante, pois irá alterar consideravelmente o potencial de combate das unidades, permitindo que se mantenha uma base de fogos em apoio à força apeada sem que esta perca a sua capacidade de tiro automático de supressão no seu seio. As tecnologias, por si só, não substituem o Homem. Este, enquanto líder, decisor e ser racional, será sempre o elemento central da Arma de Infantaria e de qualquer Exército. As tecnologias, porém, ampliam as capacidades humanas e, por conseguinte, diferenciam os homens e as suas possibilidades.

Fonte : https://assets.exercito.pt/SiteAssets/G ... 20full.pdf




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

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