CUIDADOS DE EMERGÊNCIA MÉDICA EM AMBIENTE TÁCTICO
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CUIDADOS DE EMERGÊNCIA MÉDICA EM AMBIENTE TÁCTICO
Quando tudo o resto falha e o menos desejável acontece – um militar ou polícia é ferido – é preciso continuar a responder, a missão não pode parar!
A acção dos camaradas nos primeiros minutos após o ferimento, significa em muitos casos a diferença entre a vida e a morte
É aqui que os Cuidados de Emergência Médica em Ambiente Táctico, conhecidos pela sigla CEMAT, entram em acção. Em território nacional em missões de carácter policial como nas missões exteriores em combate, é aqui, perante o camarada ferido, que o treino recebido e o material adequado fazem a diferença entre a vida e a morte.
O CEMAT é hoje um curso desenhado para militares, agentes de autoridade e profissionais de saúde que operem em ambiente táctico-policial e de guerra.
Este curso foi desenvolvido para que estes elementos, no decorrer das suas tarefas e na execução das suas operações, sobretudo quando estão isolados, possam garantir uma resposta eficiente de procedimentos de emergência, contribuindo assim para reduzir o número de mortes evitáveis em combate.
Esta modalidade de "acções CEMAT" que aqui se abordam, foram pela primeira vez postas em prática, de modo informal, numa missão anterior da GNR em Timor-Leste.
O CEMAT baseia-se no que de mais recente existe neste campo de actuação, seguindo as guidelines (linhas de orientação) internacionais de abordagem de feridos em combate. É orientado por profissionais altamente treinados da área da emergência pré-hospitalar e da área táctico-militar e policial.
O Departamento da Marinha dos EUA criou para as equipas dos Navy SEALs orientações de abordagem de feridos em combate no ano de 1996 (Trauma Combat Casualty Care) e, desde então, tem sido melhorado e adaptado às diferentes realidades militares e policiais das forças americanas.
Neste momento, a maioria das forças militares dos EUA que operam no estrangeiro, nomeadamente no Iraque e Afeganistão, possuem este tipo de treino. Esta formação permitiu reduzir a taxa de mortalidade das forças americanas em números verdadeiramente espantosos. No Vietnam a taxa de mortalidade de um militar ferido em combate era de 15,8% no Afeganistão essa taxa baixou para 9,4%!
Uma redução espantosa graças a utilização de técnicas, equipamentos e específica no âmbito da emergência médica!
A firma "Milícia" ministrou recentemente instrução aos militares da GNR que vão partir para o Afeganistão em Abril 2012
O kit individual é composto por material que se destina exclusivamente a procedimentos de emergência tipo life saving, incluindo torniquetes tácticos para controlo de grandes hemorragias, compressas hemostáticas, tubos nasais, entre outros.
Esta formação tem vindo a ser ministrada nos últimos dois anos aos militares da Guarda Nacional Republicana – Grupo de Intervenção e Operações Especiais. Foi também ministrada ao contingente da GNR que irá operar já a partir do inicio de Abril no Afeganistão e o mesmo acontecerá aos militares que partirem no próximo contingente para Timor-Leste.
Pretende-se que aliada a bons equipamentos, seja ministrada a melhor formação!
Os militares e polícias que são empenhados regularmente em missões nas quais a probabilidade de serem feridos é uma realidade sempre presente, têm aqui – nestes cursos – uma ferramenta que lhes permite abordar esses intensos períodos da sua vida com uma confiança acrescida.
Militares da GNR que vão integrar no Afeganistão o Contingente Nacional como Formadores da Polícia local. A sua acção vai decorrer numa zona de guerra. Boa viagem, boa missão e que regressem todos bem a Portugal, são os desejos do "Operacional".
http://www.operacional.pt/cuidados-de-e ... e-tactico/
A acção dos camaradas nos primeiros minutos após o ferimento, significa em muitos casos a diferença entre a vida e a morte
É aqui que os Cuidados de Emergência Médica em Ambiente Táctico, conhecidos pela sigla CEMAT, entram em acção. Em território nacional em missões de carácter policial como nas missões exteriores em combate, é aqui, perante o camarada ferido, que o treino recebido e o material adequado fazem a diferença entre a vida e a morte.
O CEMAT é hoje um curso desenhado para militares, agentes de autoridade e profissionais de saúde que operem em ambiente táctico-policial e de guerra.
Este curso foi desenvolvido para que estes elementos, no decorrer das suas tarefas e na execução das suas operações, sobretudo quando estão isolados, possam garantir uma resposta eficiente de procedimentos de emergência, contribuindo assim para reduzir o número de mortes evitáveis em combate.
Esta modalidade de "acções CEMAT" que aqui se abordam, foram pela primeira vez postas em prática, de modo informal, numa missão anterior da GNR em Timor-Leste.
O CEMAT baseia-se no que de mais recente existe neste campo de actuação, seguindo as guidelines (linhas de orientação) internacionais de abordagem de feridos em combate. É orientado por profissionais altamente treinados da área da emergência pré-hospitalar e da área táctico-militar e policial.
O Departamento da Marinha dos EUA criou para as equipas dos Navy SEALs orientações de abordagem de feridos em combate no ano de 1996 (Trauma Combat Casualty Care) e, desde então, tem sido melhorado e adaptado às diferentes realidades militares e policiais das forças americanas.
Neste momento, a maioria das forças militares dos EUA que operam no estrangeiro, nomeadamente no Iraque e Afeganistão, possuem este tipo de treino. Esta formação permitiu reduzir a taxa de mortalidade das forças americanas em números verdadeiramente espantosos. No Vietnam a taxa de mortalidade de um militar ferido em combate era de 15,8% no Afeganistão essa taxa baixou para 9,4%!
Uma redução espantosa graças a utilização de técnicas, equipamentos e específica no âmbito da emergência médica!
A firma "Milícia" ministrou recentemente instrução aos militares da GNR que vão partir para o Afeganistão em Abril 2012
O kit individual é composto por material que se destina exclusivamente a procedimentos de emergência tipo life saving, incluindo torniquetes tácticos para controlo de grandes hemorragias, compressas hemostáticas, tubos nasais, entre outros.
Esta formação tem vindo a ser ministrada nos últimos dois anos aos militares da Guarda Nacional Republicana – Grupo de Intervenção e Operações Especiais. Foi também ministrada ao contingente da GNR que irá operar já a partir do inicio de Abril no Afeganistão e o mesmo acontecerá aos militares que partirem no próximo contingente para Timor-Leste.
Pretende-se que aliada a bons equipamentos, seja ministrada a melhor formação!
Os militares e polícias que são empenhados regularmente em missões nas quais a probabilidade de serem feridos é uma realidade sempre presente, têm aqui – nestes cursos – uma ferramenta que lhes permite abordar esses intensos períodos da sua vida com uma confiança acrescida.
Militares da GNR que vão integrar no Afeganistão o Contingente Nacional como Formadores da Polícia local. A sua acção vai decorrer numa zona de guerra. Boa viagem, boa missão e que regressem todos bem a Portugal, são os desejos do "Operacional".
http://www.operacional.pt/cuidados-de-e ... e-tactico/
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Re: CUIDADOS DE EMERGÊNCIA MÉDICA EM AMBIENTE TÁCTICO
Bah se tratando de avaria, a primeira coisa a se fazer é avaliar o local do ferimento, se o ferido se encontra em um dos 2 estados "Pré choque, e estado de choque" dependendo da gravidade do ferimento, devera ser feita a escolha do uso de Bandagens elásticas ou torniquetes, após isso devera ser feito o uso da morfina, e mover a vítima para um local seguro para o tratamento intensivo em um hospital de campanha, em alguns casos pode ser necessário o uso da epinefrina, ou as vezes usar a pinça medica para segurar alguma veia ou artéria partida, para ser aplicada em seguida a faixa torniquete... logo após ser avaliado devera ser escrito na testa do combatente, siglas que indiquem a gravidade da lesão para o plantonista que ira recebe-lo no hospital de campanha saber como lhe dar com tal situação.
Assim como muitas outras medidas que deveram ser feitas para garantir uma maior chance de sobrevivência do combatente
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Kept you waiting, huh?
- prp
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Re: CUIDADOS DE EMERGÊNCIA MÉDICA EM AMBIENTE TÁCTICO
Mas isso tudo aí quem faz é o oficial médico né?Ckrauslo escreveu:Bah se tratando de avaria, a primeira coisa a se fazer é avaliar o local do ferimento, se o ferido se encontra em um dos 2 estados "Pré choque, e estado de choque" dependendo da gravidade do ferimento, devera ser feita a escolha do uso de Bandagens elásticas ou torniquetes, após isso devera ser feito o uso da morfina, e mover a vítima para um local seguro para o tratamento intensivo em um hospital de campanha, em alguns casos pode ser necessário o uso da epinefrina, ou as vezes usar a pinça medica para segurar alguma veia ou artéria partida, para ser aplicada em seguida a faixa torniquete... logo após ser avaliado devera ser escrito na testa do combatente, siglas que indiquem a gravidade da lesão para o plantonista que ira recebe-lo no hospital de campanha saber como lhe dar com tal situação.
Assim como muitas outras medidas que deveram ser feitas para garantir uma maior chance de sobrevivência do combatente
Pelo que eu me lembro, o Kit de primeiros socorros do EB individual não passa de uma bandana.
Re: CUIDADOS DE EMERGÊNCIA MÉDICA EM AMBIENTE TÁCTICO
https://www.youtube.com/watch?v=-mQjROmJsr8
O que aham do trabalho de primeiros socorros feito do vídeo?
O que aham do trabalho de primeiros socorros feito do vídeo?
- henriquejr
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Re: CUIDADOS DE EMERGÊNCIA MÉDICA EM AMBIENTE TÁCTICO
Essa técnica de fazer a evacuação levando um colega ferido sobre os ombros me renderam duas hérnias de disco. Este foi o legado que a Copa2014 me deixou!
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Re: CUIDADOS DE EMERGÊNCIA MÉDICA EM AMBIENTE TÁCTICO
Você pode entrar com um pedido e montar seu próprio kit medico....prp escreveu:Mas isso tudo aí quem faz é o oficial médico né?Ckrauslo escreveu:Bah se tratando de avaria, a primeira coisa a se fazer é avaliar o local do ferimento, se o ferido se encontra em um dos 2 estados "Pré choque, e estado de choque" dependendo da gravidade do ferimento, devera ser feita a escolha do uso de Bandagens elásticas ou torniquetes, após isso devera ser feito o uso da morfina, e mover a vítima para um local seguro para o tratamento intensivo em um hospital de campanha, em alguns casos pode ser necessário o uso da epinefrina, ou as vezes usar a pinça medica para segurar alguma veia ou artéria partida, para ser aplicada em seguida a faixa torniquete... logo após ser avaliado devera ser escrito na testa do combatente, siglas que indiquem a gravidade da lesão para o plantonista que ira recebe-lo no hospital de campanha saber como lhe dar com tal situação.
Assim como muitas outras medidas que deveram ser feitas para garantir uma maior chance de sobrevivência do combatente
Pelo que eu me lembro, o Kit de primeiros socorros do EB individual não passa de uma bandana.
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Re: CUIDADOS DE EMERGÊNCIA MÉDICA EM AMBIENTE TÁCTICO
Henrique...leve isso de alguém que faz este tipo de treinamento constantemente, costas retas, bunda empinada e use as pernas para levantar, assim como você levanta peso livre na academiahenriquejr escreveu:Essa técnica de fazer a evacuação levando um colega ferido sobre os ombros me renderam duas hérnias de disco. Este foi o legado que a Copa2014 me deixou!
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Re: CUIDADOS DE EMERGÊNCIA MÉDICA EM AMBIENTE TÁCTICO
Foi feito da forma que deveria ser feito, apesar de eu crer que aquele soldado não tenha sobrevivido, o lado esquerdo da face dele estava faltandoakivrx78 escreveu:https://www.youtube.com/watch?v=-mQjROmJsr8
O que aham do trabalho de primeiros socorros feito do vídeo?
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Re: CUIDADOS DE EMERGÊNCIA MÉDICA EM AMBIENTE TÁCTICO
Torniquetes foram descontinuados há anos. O custo beneficio é positivo apenas em caso de amputações.Ckrauslo escreveu:Bah se tratando de avaria, a primeira coisa a se fazer é avaliar o local do ferimento, se o ferido se encontra em um dos 2 estados "Pré choque, e estado de choque" dependendo da gravidade do ferimento, devera ser feita a escolha do uso de Bandagens elásticas ou torniquetes, após isso devera ser feito o uso da morfina, e mover a vítima para um local seguro para o tratamento intensivo em um hospital de campanha, em alguns casos pode ser necessário o uso da epinefrina, ou as vezes usar a pinça medica para segurar alguma veia ou artéria partida, para ser aplicada em seguida a faixa torniquete... logo após ser avaliado devera ser escrito na testa do combatente, siglas que indiquem a gravidade da lesão para o plantonista que ira recebe-lo no hospital de campanha saber como lhe dar com tal situação.
Assim como muitas outras medidas que deveram ser feitas para garantir uma maior chance de sobrevivência do combatente
O ideal é apenas comprimir o ferimento com compressa ,e realizar curativo oclusivo e compressivo. Não é possível realizar o suporte avançado de vida no campo de batalha. Mas caso tenha drogas vaso ativas e expansores de volume , devem ser administradas desde que seja por profissional qualificado.
Com relação a morfina, deve -se ter muita atenção com a avaliação neurológica do ferido , atentando para o rebaixamento do nível de consciência.
[centralizar]Mazel Tov![/centralizar]
- cabeça de martelo
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Re: CUIDADOS DE EMERGÊNCIA MÉDICA EM AMBIENTE TÁCTICO
No meu TAT o que ensinaram-me era que os torniquetes eram a última opção e já não há outra opção. Pelo que eu tenho visto, nos EUA em situações de combate eles continuam a usar como medida corrente para controlar hemorragias, mas posso estar errado.
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Re: CUIDADOS DE EMERGÊNCIA MÉDICA EM AMBIENTE TÁCTICO
Eles normalmente fazem uso do Celox. Um produto químico que estimula a coagulação. É excelente para controlar grandes hemorragias e cessar as pequenas.cabeça de martelo escreveu:No meu TAT o que ensinaram-me era que os torniquetes eram a última opção e já não há outra opção. Pelo que eu tenho visto, nos EUA em situações de combate eles continuam a usar como medida corrente para controlar hemorragias, mas posso estar errado.
Já postei o manual do fabricante no fórum um par de vezes.
[centralizar]Mazel Tov![/centralizar]
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Re: CUIDADOS DE EMERGÊNCIA MÉDICA EM AMBIENTE TÁCTICO
Doc Felipe, em 2002, em um treinamento sobre o melhor uso de coletes táticos, me foi dito que apenas DUAS coisas eram imprescindíveis nos bolsos: um alicate de pressão capaz de cortar arame farpado e pelo menos TRÊS bisnaguinhas de cola tipo Super Bonder, além de pelo menos um par de pacotinhos de gaze. No caso de um corte feio, era tacar SB em cima e logo a seguir a gaze, para estancar o sangramento.
PERGUNTO: me ensinaram errado? Bem sabes o valor que dou às tuas opiniões, Doc véio...
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"Na guerra, o psicológico está para o físico como o número três está para o um."
Napoleão Bonaparte
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