AEW&C NAVAL

[FCarvalho]

Estou criando este tópico para centralizar as discussões sobre o futuro dessa função da aviação naval do Brasil, que mal ou bem, precisará de um substituto para os S-2AEW que deverão servir de escola e formação no Nae SP e ainda por um tempo no futuro A-13/A-14, se vierem a ser construídos.

Como não temos nenhum projeto específico de momento para o desenvolvimento de tal avião no Brasil, e tendo a Russia a intenção de lançar novamente ao mar sua própria frota de Nae's, que podem chegar a 6 unidades, e considerando-se que cada uma leve de 3 a 4 AEW&C em seu convés, presumo assim ser interessante a análise do projeto do YAK44 AEW&C que seria, em tese, a versão russa para a cita missão em seus porta-aviões, mas que não chegou a concretizar-se.

Entendo que em tempos e BRICS e cia, com cooperação tecnológica e tudo o mais, poderíamos verificar a utilidade e atualidade do projeto junto aos russos, caso estes resolvam, e creio é bem provável que sim, novamente retomar o projeto. Neste sentido evitaríamos mais uma coleira americana com os E-2's e também admitiríamos abrir mais um espaço de desenvolvimento/investimento tecnológico e industrial para a Embraer, já que uma eventual versão BR daquela aeronave poderá/deverá contar com as mais modernas soluções de aviônica e sistemas de missão empregados nos projetos mais recentes da empresa.




Se eventualmente dispusermos de dois novos Nae's, e considerando-se o embarque de 3/4 AEW para as missões, teremos então, em tese, uma demanda para, no mínimo, 8 a 12 exemplares, numa visão ótima da demanda. Aplicando-se o mesmo esquema aos russos, serão mais 24 a 36 undes. Um mercado potencial então para 32 a 48 exemplares. Nada mal para uma aeronave recauchutada.

A saber que este é apenas um exemplo, e que há ainda outras possibilidades em estudo, como o uso de helos e/ou VANT's na mesma função.

Vamos ver para que lado tenderá a iniciativa da MB quanto a esta sua necessidade, que precisa, entendo, começar a ter as suas alternativas estudadas e avaliadas desde agora, para implementação daqui a 15/20 anos.

Comentários por favor...

abs.

[henriquejr]

Esse YAK-44 é imenso, acho que é totalmente incompatível com o A-12!

[Andre Correa]

E muito provavelmente, para os novos NAe's, vamos de E-2X ou o que os EUA inventarem para por no lugar...

[FCarvalho]

Colegas, a idéia de fundo seria aproveitar o projeto da aeronave, e não ela em si. Acho muito difícil até mesmo os russos adotarem a mesma como ela está hoje. Mas nada nos diz que o aproveitamento das características tecnico-operacionais da mesma não possam gerar um descendente mais a par das necessidades atuais.

E em termos de dimensionamento, o mesmo é praticamente equivalente ao EMB-120 Brasília, sendo maior no caso da envergadura e tonelagem. Ademais vamos pensar aqui em um AEW naval para a próxima geração de Naes brasileiros, que mal ou bem, serão navios na casa das 5o mil toneladas ou mais. Então, podemos pensar em versões deste modelo que possam ser adaptáveis a nossa realidade. Ou pensar me outras soluções.

O que não gostaria mesmo é de ficarmos literalmente amarrados a espera de soluções americanas como sendo a única possível para esta questão. A pensarmos assim André, é como estarmos dizendo que os mais de 15 anos de projeto e produção de AEW como os E-99 no Brasil não nos valeram de nada, ou quem não interessam a aviação naval, posto que somos incapazes de gerar valor agregado mesmo que a um projeto exógeno que venha a atender às nossas necessidades.

Idéias e conceitos sobre AEW naval existem várias por aí mundo afora. Será que temos mesmo que ficar presos às soluções americanas?

abs.

[henriquejr]

Acho que um projeto baseado no EMB-120 ficaria legal.

[FCarvalho]

Eu várias vezes pensei comigo mesmo em algo assim henrique, mas o fato é que não temos e nem teremos demanda suficiente para gerar um projeto que vá produzir tão somente 8 a 12 aeronaves. Não compensa o investimento em uma linha de produção só para isso. Seria mais econômico a participação em um projeto exterior ou convencer alguém de que um projeto nosso seria viável econômica e comercialmente para diluir-se a contento os altíssimos valores de investimento necessários a tal empreitada. Mas quem entraria conosco hoje e a amanhã no médio/longo prazo?

Infelizmente não temos parceiros para isso fora Russia e China, considerando-se que esta última praticamente não disponibiliza de alternativas para esta questão. E mesmo que as tivesse, duvido que a compartilhariam conosco. Podem até nos vender depois de pronto.

Neste sentido que creio importante começarmos a pensar desde agora as soluções possíveis. Porque esta não sera uma questão fácil de ser resolvida.

abs.

[Carlos Lima]

Helis ou UAVs são caminhos para o AEW que são interessantes.

É claro que no nosso caso o uso do S-2 convertido também funcionaria

[]s
CB_Lima

[Paisano]

[Lord Nauta]

Helis ou UAVs são caminhos para o AEW que são interessantes.

É claro que no nosso caso o uso do S-2 convertido também funcionaria

[]s
CB_Lima

Acredito que nosso caso e semelhante ao da França que obteve junto ao USA aeronaves AEW para a sua AN. Uma solução nacional seria o emprego de Heli ( já demonstrado pela MB quanto as restrições de emprego nesta função. Entretanto e bom lembrar ingleses,russos e chineses.) ou UAV's.

Sds

Lord Nauta

[Andre Correa]

UAV para AEW de longo alcance, ainda vai ficar pro final da década de 20, início dos anos 30... mesmo porque a aeronave tem que ser grande, e ainda estamos a engatinhar (ou melhor, os EUA estão) no que toca a asas fixas embarcadas.

Já Helis, considero como última alternativa. Mas se vamos ter um NAe de 55k toneladas, um E-2X vai operar tranquilo.

[Carlos Lima]

UAV para AEW de longo alcance, ainda vai ficar pro final da década de 20, início dos anos 30... mesmo porque a aeronave tem que ser grande, e ainda estamos a engatinhar (ou melhor, os EUA estão) no que toca a asas fixas embarcadas.

Já Helis, considero como última alternativa. Mas se vamos ter um NAe de 55k toneladas, um E-2X vai operar tranquilo.

Realmente, para um navio de 55k Ton um E-2X caberia tranquilamente.

Vai que até lá os indianos aparecem com alguma novidade e nos chamam para fazer junto

[]s
CB_Lima

[Andre Correa]

Chamar podem até chamar... o duro é o nosso Governo aceitar...
Ou melhor, ter coragem de aceitar...

[FCarvalho]

Se prevalecer o conceito de operação de dois Nae's de 55ton ou mais pela MB, podemos presumir que todas as opções estão abertas, sejam opções "nacionais" ou em comunhão com parcerias externas. O fato aqui é que vamos precisar de um substituto para os S-2T AEW que virão em, no máximo, 15 anos. E aí temos que estar abertos para as opções possíveis que haverão até lá.

Lembrar que russos, indianos e chineses tem seus próprios projetos de Nae's, que à exceção dos indianos, todos disporão de belonaves acima das 50/55 mil toneladas planejadas para os nossos. E assim, é certo que as alternativas possíveis a serem estudadas com certeza serão bem mais prospectivas do que podemos antever no presente momento. Inclusive o fato de uma possível parceria entre estes países para um AEW naval.

abs.

[FCarvalho]

Uma das várias possibilidades em estudo, e que pode vir a ser uma opção para a aviação naval da MB.




abs.

[FCarvalho]

Alguma informação a quantas anda o processo de aquisição dos S-2 AEW para a MB, se as células já foram escolhidas e contratadas; o mesmo em relação ao tipo de antena/radar escolhido para os mesmos.

Uma questão, talvez já debatida aqui, mas insistindo um pouco mais. Os E-1, versão AEW dos S-2 ainda são uma perspectiva real para a função na MB ou já foram descartados definitivamente, com as células de S-2 ASW assumindo de vez o papel de alerta na aviação naval da MB?



abs