Corveta K 130 no Brasil - Uma alternativa para o Prosuper???

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Corveta K 130 no Brasil - Uma alternativa para o Prosuper???

#1 Mensagem por MasterCaiafa » Sáb Fev 23, 2013 5:01 pm

http://www.tecnodefesa.com.br/materia.php?materia=804
Thyssenkrupp Marine oferece cooperação industrial
Corveta K 130 no Brasil
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A corveta "Ludwigshafen am Rhein" (Braunschweig Class), uma plataforma nova e moderna da Marinha alemã, esteve em visita a Recife, capital do Estado de Pernambuco (nordeste brasileiro), entre os dias 8 a 23 de fevereiro, para a realização de extensos testes em águas quentes. O comandante do navio é o capitão-de-fragata Lars Hirland. A F234 é uma das cinco corvetas da classe K 130 do 1º Esquadrão de Corvetas da Marinha alemã. Com uma tripulação de apenas 53 militares (resultado da extensa automatização a bordo), o navio partiu do seu porto de origem em Warnemünde no Mar Báltico em 16 de janeiro, e passou durante o trânsito até o Brasil nos portos de Cherbourg (França), e Praia (Cabo Verde) para, finalmente, atracar no cais N° 7 em Recife, no dia 8 de fevereiro. A corveta é caracterizada por sua alta estabilidade e sua grande capacidade de se impor em combate naval de superfície. O alto grau de automação permite que as corvetas da classe K 130 apresentem uma enorme agilidade nos canais de informação e de processos decisórios, o que possibilita uma rápida resposta quando em combate.

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Graças ao seu moderno sistema de comando e controle e a suas possibilidades de comunicação, a corveta é particularmente adequada para conduzir operações litorâneas (a autonomia de mar de sete dias é uma característica do projeto original alemão, pois o navio não necessita deslocar-se por grandes extensões naquele litoral, especialmente no Mar Báltico) e também é capaz de participar de operações conjuntas, podendo prestar apoio de fogo na área de operação conjunta em terra. Com a possibilidade de embarque de um veículo aéreo não tripulado (VANT), cresce sua capacidade de ação, particularmente na área de inteligência e reconhecimento. A corveta "Ludwigshafen am Rhein" é resultado do emprego de alta tecnologia marítima alemã. Aproveitando a visita ao Brasil, representantes do consórcio dos estaleiros alemães ThyssenKrupp Marine, responsáveis pela construção do navio, apresentaram diversas informações aos representantes convidados da indústria e da Marinha brasileira sobre o desempenho e a capacidade da indústria alemã, também com vista a futuras possibilidades de cooperação com as Forças Armadas brasileiras. Na apresentação realizada a bordo, foram mostradas suas tecnologias e principalmente, a sua modularidade de concepção, o que permite mudanças significativas de projeto para integrar novas capacidades como maior alcance (e maior tempo de persistência no mar), novos sensores e armamentos de diferentes procedências, tudo dentro de um ambiente controlado de custos de desenvolvimento, fabricação e entrega.

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As corvetas da classe K 130 estão equipadas com pesado armamento, em que pese a falta da capacidade anti-submarino (missão cumprida na Marinha Alemã pelas fragatas multimissão). Um canhão de fogo rápido de 76 mm Oto Melara e um lançador de mísseis antiaéreos RAM (rolling airframe missile) guarnece a proa do navio, e outro lançador RAM está montado na popa, imediatamente antes do convoo capaz de receber helicópteros de até 12 toneladas, porém, sem oferecer facilidades de hangaragem. Duas estações remotas de canhões de 27 mm Mauser MLG (marineleichgeschütz) estão dispostas a meia nau, onde também estão dois reparos duplos de lançamento de mísseis antinavio RBS 15 MK.3, um dos diferencias da corveta, pois este sistema de armas de origem sueca pode navegar de forma complexa em longo alcance, sendo capaz inclusive de realizar um novo ataque, caso perca seu alvo na primeira corrida (dentro de um limite de 200 km). As K 130 também podem lançar até 40 toneladas de minas, mas a montagem do aparato de lançamento deve ser feita antes de seu emprego utilizando o convoo, o que o indisponibiliza para a operação de helicóptero. A ampla suíte de sensores do navio engloba um radar TRS/3D 16 ES (radar tridimensional fabricado pela EADS), IFF (identificação amigo inimigo) MSSR 2000, duas alças optrônicas EO Mirador, sistema de guerra eletrônica (ECM) UL 5000K e lançadores de despistadores de mísseis TKWA Mass (Multi Ammunition Softkill System), radar de navegação Pathifinder NSC 34, tudo integrado ao sistema de gestão de dados de combate Thales Nederland SEWACO Mk.VII.

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No quesito motorização, as K 130 estão dotadas com motores diesel (2 x MTU 20V 1163 TB93 - 14.8KW) capazes de levar a corveta a uma velocidade máxima de 26 nós, e dispõem de 4 geradores MTU de 800 HP para o fornecimento de energia a bordo. Os motores principais e suas caixas de redução estão montados de forma assimétrica, visando aumentar as chances de sobreviverem a avarias em combate, possuindo também sistema de aumento de estabilidade para os dois hélices e lemes. O deslocamento completamente carregado é de 1840 toneladas para um navio de 89 metros de comprimento e 13 de largura (calado de 4,3 metros). A furtividade é uma característica importante da K130, e entre as medidas adotadas está o uso de cortinas rígidas, feitas em aço, para esconder os botes infláveis e os lançadores de mísseis localizados a meia-nau. O casco foi projetado incorporando o chamado X-Form, que privilegia as formas limpas, aumentando consideravelmente a furtividade, e recebeu na proa um “bulbo” dotado de bow thruster com 300 HP de potência (utilizado para manobras em áreas restritas), o que melhora consideravelmente as características marinheiras do navio quando operando em mar aberto com grandes ondas.

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Nos testes que o navio realizou em águas tropicais, foi avaliado o funcionamento de um novo sistema de resfriamento que utiliza água salgada. As K 130 realizam a exaustão dos gases dos motores imediatamente acima da sua linha dágua, dispensando o uso de complexas e pesadas chaminés (bônus para o quesito furtividade). O novo recurso consegue reduzir de forma drástica a assinatura térmica da corveta, um adendo valioso considerando-se a ameaça representada pelos mísseis antinavio equipados com sensores de busca de alvos por calor. Visando uma maior proteção balística em operações de combate a ameaças assimétricas, o passadiço do navio recebeu placas de blindagem capazes de resistir a disparos de armamento de calibre até 7, 62 mm.
A modularidade de concepção do projeto, segundo fontes da ThyssenKrupp Marine ouvidas por T&D em Recife, permite que um novo operador estabeleça suas especificações de sensores, armamento e alcance. As K 130 podem navegar por até 4.000 milhas náuticas a 15 nós de velocidade, e caso se deseje maior endurance (persistência no mar), isso pode ser obtido com o acréscimo de mais módulos ao casco (com o consequente aumento de peso e deslocamento). A Marinha Alemã adquiriu enorme experiência de reparo destes navios após os problemas verificados nas transmissões e engrenagens da primeira unidade da classe (F 260 Braunschweig). Estes foram resolvidos após extensos reparos que envolveram inclusive, o corte do casco para a remoção, correção e reinstalação dos motores, fato que atrasou em alguns anos a entrada em serviço das corvetas, pois uma nova série de testes de requalificação foi necessária.

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Na atualidade, as cinco unidades K 130 encontram-se em serviço (F260 Braunschweig, F261 Magdeburg, F262 Erfurt, F263 Oldenburg e a F264 Ludwigshaffen am Rhein), tendo-se comprovado o valor destas embarcações durante a Operação Atalanta, nome dado a missão anti-pirataria da União Européia na costa da Somália, que tem por objetivo defender os navios que atravessam aquelas águas. Trata-se de uma tarefa de envergadura, tendo em conta a dimensão da área de patrulha, equivalente à distância entre Bruxelas e Moscou. A Operação Atalanta conta com navios belgas, britânicos, franceses, alemães, italianos, gregos, holandeses, espanhóis e suecos operando em conjunto, e neste ambiente a corveta K 130 se provou um elemento insubstituível pela sua inegável qualidade combatente e sua habilidade de operar integrada a uma força tarefa multinacional, já que os navios da classe contam com modernas comunicações providas pelos links 11 e 16 de comunicações táticas, tudo integrado ao sistema de gestão de dados de combate Thales Nederland SEWACO Mk.VII.




Editado pela última vez por MasterCaiafa em Dom Fev 24, 2013 12:47 pm, em um total de 5 vezes.
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Re: Corveta K 130 no Brasil - Uma alternativa para o Prosupe

#2 Mensagem por FCarvalho » Sáb Fev 23, 2013 5:58 pm

Em primeiro lugar, seja bem vindo Caiafa. É bom sempre ter mais um colaborador aqui para fomentar as discussões com qualidade.

Quanto ao texto da reportagem, me faz pensar que se a marinha alemã entende como procedente e útil as suas necessidades o investimentos neste tipo de navios, que a grosso modo são navios do mesmo deslocamento de nossos novos NaPaOc, e investiu nos mesmos uma séria de sistemas de armas e eletrõnicos, penso que a MB, mais uma vez, acertadamente, resolveu investir na reformulação da Barroso, que é um navio pouco maior, e que para nós aqui é também classificado como corveta.

Ademais, nos interessa saber também, que apesar da atenção em navios cada vez maiores do porte de fragatas, inúmeros países, com marinhas bastante destacadas, parecem não cogitar de abrir mão de navios como de menor deslocamento para suas esquadras, como no caso das corvetas.

Em sendo assim, presumo que o bom equilíbrio da nossa esquadra passará certamente por esta visão, onde dos 30 escoltas desejados, com certeza deverá haver espaço para navios na faixa das 2000 a 3000 toneladas, como as novas corvetas, abaixo das escoltas de 6000 tns pretendidas no PROSUPER, ou me atrevo a pensar até quem sabe para navios de 7000 tns ou mais, de forma a dar-nos a flexibilidade necessária a esquadra atuar não só eficaz, mas eficientemente, nas mais diversas missões navais, desde as de patrulhamento oceânico até as de projeção de força.

abs. [009]




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: Corveta K 130 no Brasil - Uma alternativa para o Prosupe

#3 Mensagem por denilson » Sáb Fev 23, 2013 9:03 pm

Autonomia de mar de sete dias, não entendo nada de mar, mas me parece muito pouco para o Brasil, ou não???




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Re: Corveta K 130 no Brasil - Uma alternativa para o Prosupe

#4 Mensagem por Bourne » Sáb Fev 23, 2013 11:30 pm

Quem sabe para a concepção de um novo projeto de corveta mais avançado que a Barroso :idea:




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Re: Corveta K 130 no Brasil - Uma alternativa para o Prosupe

#5 Mensagem por henriquejr » Dom Fev 24, 2013 12:47 am

Gostei muito desse navio! Uma coisa que achei bastante interessante é que o mesmo não tem chaminé, parece que os gases saem pela lateral do navio. Deve ser uma medida para diminuir a assinatura infravermelha do mesmo.




.
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Re: Corveta K 130 no Brasil - Uma alternativa para o Prosupe

#6 Mensagem por Luís Henrique » Dom Fev 24, 2013 11:12 am

Se é para mudar o prosuper prefiro os novos destroyers russos de 12.000T. :evil: :evil: :evil:




Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
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Re: Corveta K 130 no Brasil - Uma alternativa para o Prosupe

#7 Mensagem por MasterCaiafa » Dom Fev 24, 2013 11:45 am

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Autonomia de sete dias de mar para as condições espaciais próprias do Mar Báltico, e considere turnos de seis horas para 53 tripulantes, o desgaste é grande. esta autonomia é medida em termos de víveres (comida para a trupulação) e combustível. Com o apoio de um navio tender logístico, sobe para 21 dias de mar, quando operando em um task force.

Caso o Brasil adote este projeto, ele pode ser "esticado" com adição de módulos a proa e a popa, aumentando o alcance e a massa do navio.




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Re: Corveta K 130 no Brasil - Uma alternativa para o Prosupe

#8 Mensagem por Pedro Gilberto » Dom Fev 24, 2013 1:42 pm

Se for para adquirir algum projeto alemão para a MB pra mim é melhor esse aqui

http://2.bp.blogspot.com/-RKsE7mtdzRs/T6Kl6CnbB6I/AAAAAAAABoA/ZdmSexvfAKQ/s1600/MEKOA200_30806.jpg

http://navalpowercb.blogspot.com.br/200 ... ervio.html

[]´s




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Re: Corveta K 130 no Brasil - Uma alternativa para o Prosupe

#9 Mensagem por Brasileiro » Dom Fev 24, 2013 2:36 pm

Amigos, só como comparação, a corveta Barroso, de porte semelhante ao desta corveta alemã, tem autonomia para 30 dias no mar.

Então, caso ela seja proposta ao Brasil, deveria ser esticada para receber novos compartimentos para mantimentos e combustível e aumentar-lhe sua autonomia para algo que seja pelo menos igual aos navios que já temos.

Também sou favorável à construção de navios de menor porte que os de 6000 toneladas. Mas como já temos certa a fabricação de 4 Barroso, como um passo adiante eu seria favorável à construção de novos navios, mais modernos, porém, de pelo menos na faixa de 3000 toneladas. Creio que poderemos construir várias delas, além das Barrosos novas e mais um tanto de fragatas maiores.



abraços]




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Re: Corveta K 130 no Brasil - Uma alternativa para o Prosupe

#10 Mensagem por saullo » Dom Fev 24, 2013 3:21 pm

Eu acho complicado projetar navio de guerra sem o hangar.
O helicóptero hoje faz parte do sistema na guerra naval.
Vide os Arleigh Burke que saíram só com convoo e depois tiveram o projeto adequado para ter hangar.
Essas corvetas são bonitinhas, mas precisam ter um sonar e hangar para serem consideradas completas.
Se pegarmos a Barroso e colocarmos um míssil antiaéreo para defesa de ponto, fica bem melhor e com maior autonomia.

Abraços




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Re: Corveta K 130 no Brasil - Uma alternativa para o Prosupe

#11 Mensagem por Lord Nauta » Dom Fev 24, 2013 5:09 pm

saullo escreveu:Eu acho complicado projetar navio de guerra sem o hangar.
O helicóptero hoje faz parte do sistema na guerra naval.
Vide os Arleigh Burke que saíram só com convoo e depois tiveram o projeto adequado para ter hangar.
Essas corvetas são bonitinhas, mas precisam ter um sonar e hangar para serem consideradas completas.
Se pegarmos a Barroso e colocarmos um míssil antiaéreo para defesa de ponto, fica bem melhor e com maior autonomia.

Abraços

Em minha opinião apesar de existirem projetos com qualidades, exemplo a K 130, no caso de navios do porte de corvetas a MB deve continuar a aproveitar o casco da Barroso. Este um projeto nacional na qual não e necessário o pagamento de royalits. Acredito que o mesmo possa ser otimizado quanto a configuração da super estrutura. Vários colegas em outros fóruns tem apresentado concepções artísticas de como poderia ser este novo desenho. Quando ao casco sou da opinião que o mesmo poderia ser estendido na popa, cerca de 6/7 metros, para receber um compartimento para operação de um sonar rebocado, que se somaria ao de casco. Quanto ao armamento o mesmo pode ser atualizado com a introdução do canhão de 76 mm SR com a munição Vulcano e do canhão Bofors MK.4. Para ameaças assimetricas poderia se pensar em reparos Remax com metralhadoras .50, além da introdução de botes de casco semi-rígido. O canhão de 76 mm liberaria na proa do navio espaço para a introdução de um convés para MSA-VLS (12/16 células). Este convés seria uma solução semelhante ao da classe Type 23 inglesa. Entretanto o mesmo seria integrado as anteparas da super estrutura, em desenho semelhante ao convés do Boroc da classe Niterói. Poderia ser adicionado um mastro integrado em uma solução já proposta pela THALES. O helicóptero adotado poderia ser o WidCat que operaria nestas corvetas com ampla margem de segurança. E preciso também não esquecer de mencionar os sistemas/sensores nacionais: SICONTA, Alça Óptronica,MAGE Defensor,CM-2,SLDM (anti-míssil e anti-torpedo) LPT, torpedos leves e o MSS.

Sds

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Re: Corveta K 130 no Brasil - Uma alternativa para o Prosupe

#12 Mensagem por FCarvalho » Seg Fev 25, 2013 9:09 pm

Lord, apenas um adendo. Com relação as 4/5 primeiras unidades, eu tendo a crer que a MB não optará, a princípio, pelo uso dos VLS, que são sistemas bem mais complexos de lidar e com os quais a MB ainda não possui experiência de uso/projeto, procurando empregar todos os demais requisitos citados por você, que em maior ou menor medida já são do nosso conhecimento seja via projeto, ou uso, sendo aquinhoados na 'revisão' da Barroso. O mastro integrado talvez seja uma opção se a MB encontrar alguma empresa que se disponha a transferir conhecimento sobre o mesmo para sua integração na revisão deste projeto das corvetas, e mesmo podendo ser aproveitados futuramente nos novos NaPaOc, quem sabe.

Creio eu que estes sistemas, apesar de o casco da atual Barroso ser passível de sua adaptação, provavelmente só irá recebê-los em uma segunda fase, quando mais unidades forem adicionadas após chegarmos a um bom termo com relação ao PROSUPER.

Quando a MB tiver uma idéia mais concreta de como ficará a configuração final daquele programa, se iremos ficar só nos cinco primeiros, ou se poderemos obter mais undidades, como planejado, aí sim, iremos pensar em mais unidades das Barroso Improved, e talvez daí já se aproveitando do aprendizado da construção das fragatas.

Por enquanto, o que se pode esperar é que seja uma espécie de laboratório do ModFrag e dos PMG das Inhaúma/Barroso nesta fase inicial do projeto, procurando sintetizar e analisar todos os avanços e aprendizados destes últimos anos com estes programas. E aplicar-se os desenvolvimentos nacionais ao máximo possível nos novos navios. E isto talvez até implique em menos modificações estruturais do que venhamos a desejar, mas será um passo muitíssimo importante para a maturação da tecnologia nacional e seus possíveis desenvolvimentos posteriores. Lembrar que a idéias inicial é de que estes navios venham a substituir as Niteroi/T-22 no curto prazo, caso as coisas não saiam bem no PROSUPER e os prazos acabem sendo mais dilatados do que a capacidade e a MB manter os navios atuais. Neste sentido, estes navios iniciais tem de ser/estar totalmente operacionais quando lançados ao mar, e amplamente conhecido pelas tripulações, de forma a não "perdermos tempo" refazendo todo um trabalho de adaptação e treinamento com as tripulações, o que com certeza geraria mais demoras e gastos do que o necessário e aceitável.

Quando e se tivermos uma Barroso Improved Block II, penso que teremos um navio realmente diferente e à altura das novos desafios da tecnologia naval. E ela, a propósito, já nascerá com uma demanda certa, no sentido de substituir as Inhaúma e a primeira Barroso a partir dos anos 30 deste século. Só aí já serão no mínimo, 5 unidades iniciais, que com certeza, serão geradoras de novas encomendas e futuras exportações.

ps: uma proposta de dimensionamento para as Barroso II, em duas séries, com a primeira com 114mts, e com a segunda geração com 121mts, navios com tonelagens entre 2 e 3 mil toneladas.

abs.




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: Corveta K 130 no Brasil - Uma alternativa para o Prosupe

#13 Mensagem por Lord Nauta » Ter Fev 26, 2013 12:49 am

FCarvalho escreveu:Lord, apenas um adendo. Com relação as 4/5 primeiras unidades, eu tendo a crer que a MB não optará, a princípio, pelo uso dos VLS, que são sistemas bem mais complexos de lidar e com os quais a MB ainda não possui experiência de uso/projeto, procurando empregar todos os demais requisitos citados por você, que em maior ou menor medida já são do nosso conhecimento seja via projeto, ou uso, sendo aquinhoados na 'revisão' da Barroso. O mastro integrado talvez seja uma opção se a MB encontrar alguma empresa que se disponha a transferir conhecimento sobre o mesmo para sua integração na revisão deste projeto das corvetas, e mesmo podendo ser aproveitados futuramente nos novos NaPaOc, quem sabe.

Creio eu que estes sistemas, apesar de o casco da atual Barroso ser passível de sua adaptação, provavelmente só irá recebê-los em uma segunda fase, quando mais unidades forem adicionadas após chegarmos a um bom termo com relação ao PROSUPER.

Quando a MB tiver uma idéia mais concreta de como ficará a configuração final daquele programa, se iremos ficar só nos cinco primeiros, ou se poderemos obter mais undidades, como planejado, aí sim, iremos pensar em mais unidades das Barroso Improved, e talvez daí já se aproveitando do aprendizado da construção das fragatas.

Por enquanto, o que se pode esperar é que seja uma espécie de laboratório do ModFrag e dos PMG das Inhaúma/Barroso nesta fase inicial do projeto, procurando sintetizar e analisar todos os avanços e aprendizados destes últimos anos com estes programas. E aplicar-se os desenvolvimentos nacionais ao máximo possível nos novos navios. E isto talvez até implique em menos modificações estruturais do que venhamos a desejar, mas será um passo muitíssimo importante para a maturação da tecnologia nacional e seus possíveis desenvolvimentos posteriores. Lembrar que a idéias inicial é de que estes navios venham a substituir as Niteroi/T-22 no curto prazo, caso as coisas não saiam bem no PROSUPER e os prazos acabem sendo mais dilatados do que a capacidade e a MB manter os navios atuais. Neste sentido, estes navios iniciais tem de ser/estar totalmente operacionais quando lançados ao mar, e amplamente conhecido pelas tripulações, de forma a não "perdermos tempo" refazendo todo um trabalho de adaptação e treinamento com as tripulações, o que com certeza geraria mais demoras e gastos do que o necessário e aceitável.

Quando e se tivermos uma Barroso Improved Block II, penso que teremos um navio realmente diferente e à altura das novos desafios da tecnologia naval. E ela, a propósito, já nascerá com uma demanda certa, no sentido de substituir as Inhaúma e a primeira Barroso a partir dos anos 30 deste século. Só aí já serão no mínimo, 5 unidades iniciais, que com certeza, serão geradoras de novas encomendas e futuras exportações.

ps: uma proposta de dimensionamento para as Barroso II, em duas séries, com a primeira com 114mts, e com a segunda geração com 121mts, navios com tonelagens entre 2 e 3 mil toneladas.

abs.

Prezado Colega,

As suas ponderações são bem vindas e contribuem para aperfeiçoarmos nossas ideias referentes a possível Barroso - Batch II. Penso que na impossibilidade dos VLS o sistema RAM (21 mísseis de pronto uso) seria compatível com a nova classe. Na minha proposta o casco das Batch II teria em torno de 110 metros. Esta extensão de cerca de 6/7 metros na popa do navio permitiria a instalação de uma sala de operação para um sonar rebocado e talvez um canhão Bofors MK.4. Na posição do atual MK.3 seria instalado o lançador RAM. Neste caso as Batch II teriam uma razoável capacidade de defesa AAé (canhões 76 mm/Mk.4 e RAM), ASW (sonares de casco e rebocado, TLT, Heli Wild Cat) ,ASupW (canhão 76 mm/munição Vulcano, MSS, WildCat c/MAS) e defesa ameaças assimétricas (Reparos REMAX .50).

Sds


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Re: Corveta K 130 no Brasil - Uma alternativa para o Prosupe

#14 Mensagem por alex » Ter Fev 26, 2013 7:34 am

Tem que ter misseis antiaereos verticais, sonar rebocado, convés de voo e hangar e autonomia.... e tem que funcionar num casco de uma corveta.
Só que a engenharia não perdoa, para tudo isso funcionar a contento estariamos falando em uma fragata de mais de 4.500 toneladas.
Sinto muito por falar a verdade.
Nos anos 80 a MB achava que poderia ter uma corveta com armamento de fragata com grande economia, no final dos 90 ela percebeu que não compensava.
Estamos fadados a repetir o exemplo da FAB com o AMX, precisavamos de um caça e adquirimos um avião de interdição que por melhor que fosse
não era um caça.




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Re: Corveta K 130 no Brasil - Uma alternativa para o Prosupe

#15 Mensagem por Lord Nauta » Ter Fev 26, 2013 10:20 am

alex escreveu:Tem que ter misseis antiaereos verticais, sonar rebocado, convés de voo e hangar e autonomia.... e tem que funcionar num casco de uma corveta.
Só que a engenharia não perdoa, para tudo isso funcionar a contento estariamos falando em uma fragata de mais de 4.500 toneladas.
Sinto muito por falar a verdade.
Nos anos 80 a MB achava que poderia ter uma corveta com armamento de fragata com grande economia, no final dos 90 ela percebeu que não compensava.
Estamos fadados a repetir o exemplo da FAB com o AMX, precisavamos de um caça e adquirimos um avião de interdição que por melhor que fosse
não era um caça.

Em relação a Barroso Batch II algumas considerações:
- Sai o canhão de 114 mm entra o de 76 mm;
- Sai o canhão MK.3 e entra o RAM;
- Hangar e convoo já existem;
- TLT já existem;
- Sai mastro de combate convencional entra um integrado;
- Sonar de casco já existe;
- Capacidade operar Super Lynx já existe; e
- SICONTA, SLDM, CME-2...etc já existem

O aumento do comprimento na popa poderia ser aproveitado ou não para instalar uma sala para sonar rebocado e o canhão MK.4.
Considerando o exposto considero ser viável as alterações propostas para a classe Barroso.

Sds


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