Geopolítica Brasileira

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Geopolítica Brasileira

#1 Mensagem por Bourne » Sáb Set 29, 2012 9:03 am

Não achei nenhum tópico especifico sobre geopolítica brasileira.

Durante visita da delegação britânica às cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, foram definidas parcerias entre Brasil e Reino Unido nas áreas de cultura, ciência, tecnologia, energia, infraestrutura e esporte.

http://www.dw.de/dw/article/0,,16273273,00.html

Na sexta-feira (28/09), o premiê britânico, David Cameron, reuniu-se com a presidente brasileira, Dilma Rousseff. Juntos, eles anunciaram seis acordos de cooperação entre os dois países. O principal deles é a troca de experiências entre Brasil e Reino Unido na organização da Copa do Mundo e das Olimpíadas, que o Brasil sediará nos próximos anos. As conversas giraram especialmente em torno da troca de informações sobre o aproveitamento posterior das estruturas esportivas, obras de transporte, mobilidade e infraestrutura.


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Para a presidente brasileira, Dilma Rousseff, "é de grande interesse do Brasil a cooperação bilateral no tocante à realização dos grandes eventos esportivos que teremos pela frente". Já o premiê britânico classificou de "parceria sem precedentes" o conjunto de novos projetos. "Vimos em Londres como os Jogos Olímpicos podem inspirar uma nação e mesmo o mundo. O Reino Unido quer ter um papel importante ao ajudar o Brasil a sediar ótimos jogos Olímpicos e Paraolímpicos em 2016", disse Cameron em declaração à imprensa.

Marcio Fortes, presidente da Autoridade Pública Olímpica, uma das entidades responsáveis pela execução desta cooperação, afirmou que o Brasil vai construir, a partir da troca de informações, uma matriz para nortear a organização, ações governamentais e a interação com o setor privado. Ele ressaltou que o Brasil já tem experiência em grandes eventos, mas precisa de auxílio. "Temos expertise, mas é sempre bom conversar e os britânicos são muito abertos". Em novembro próximo, uma comitiva britânica visitará o Brasil para reuniões detalhadas sobre a organização dos Jogos.
Outros acordos

Cameron visita mostra de fotografia britânica na Fiesp

Na área de cultura, foi assinado acordo de coprodução cinematográfica, que vinha sendo discutido desde 2005. Os termos foram negociados pela Ancine (Agência Nacional do Cinema) e pelo British Film Institute (BFI). Brasil e Reino Unido também assinaram um termo que amplia a participação britânica no Ciências Sem fronteiras, programa do governo brasileiro que incentiva a concessão de bolsas a estudantes de graduação e pós-graduação. Com a ampliação, o Reino Unido compromete-se a receber 10 mil alunos brasileiros até 2015, número que poderá crescer ao longo dos próximos anos.
No campo da pesquisa, foram anunciadas parcerias entre empresas britânicas e universidades brasileiras. A Universidade Federal do Rio Grande do Sul receberá apoio do grupo petroleiro britânico BG e a Universidade de Brasília firmou parceria com a British Petroleum para o desenvolvimento de estudos sobre petróleo, derivados e gás natural no Nordeste do Brasil. Também foi firmada parceria para troca de informações na área tributária.
Temas internacionais

David Cameron e Dilma Rousseff em Brasília

Dilma Rousseff e David Cameron também trataram de temas de política externa durante o encontro. A presidente brasileira reiterou ao primeiro-ministro que considera urgente a ampliação de esforços para melhoria das condições de recuperação da economia internacional e lembrou que, apesar da crise, o Brasil tem aumentado seu volume de importações. A síntese desse momento, segundo a presidente, é "crescer, incluir, preservar e proteger".
Ela também defendeu que o multilateralismo deve guiar os atores internacionais na busca de solução para os conflitos do Oriente Médio. "O processo de paz entre Israel e Palestina só será viável com a participação da comunidade internacional", disse a presidente, que agradeceu o apoio do Reino Unido à candidatura do Brasil ao assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
David Cameron, por sua vez, lembrou que tanto o Brasil quanto o Reino Unido defendem a resistência ao protecionismo e saudou a indicação da ministra brasileira do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, para compor o Painel de Alto Nível de Pessoas Eminentes para a Agenda de Desenvolvimento Pós-2015, das Nações Unidas.
Encontros em São Paulo e Rio de Janeiro

Cameron conhece no Rio projeto social 'Luta pela Paz'
Segundo dados do Ministério brasileiro de Relações Exteriores, entre 2007 e 2011 o intercâmbio comercial entre o Brasil e o Reino Unido cresceu 63,2%, atingindo 8,6 bilhões de dólares. Os dados dos oito primeiros meses deste ano mostram total de exportações brasileiras para o Reino Unido no montante de 2,9 bilhões de dólares, enquanto as exportações britânicas para o Brasil chegaram a 2,3 bilhões de dólares.
Com esperanças de ampliar parcerias econômicas, a delegação britânica iniciou a visita oficial ao Brasil na quarta-feira (27/09), com reuniões entre empresários britânicos e brasileiros, ocorridas na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fisep). Foram assinados acordos no setor de serviços e infraestrutura, com a presença de empresários e dos ministros do Comércio e Investimentos, Lord Green, e das Relações Exteriores, Hugo Swire.
Depois dos encontros em São Paulo, Cameron partiu para o Rio de Janeiro onde se reuniu com Graça Foster, presidente da Petrobras. Na cidade, o p remiê visitou ainda o complexo de favelas da Maré, para conhecer o trabalho da ONG Luta pela Paz, do antropólogo inglês Luke Dowdney, que ensina há 12 anos artes marciais a crianças e jovens da favela.

Autora: Ericka de Sá
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#2 Mensagem por Boss » Dom Set 30, 2012 4:06 am

Type 26 ? :mrgreen:




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Re: Geopolítica Brasileira

#3 Mensagem por Bourne » Dom Set 30, 2012 6:27 am

Não sei.

Porém parece que a Dilma está despertando os instintos mais selvagens no Cameron. Esses ingleses possuem gostos estranhos.

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Com Cameron, Dilma defende ações brasileiras para enfrentar crise global

Atualizado em 28 de setembro, 2012 - 18:43 (Brasília) 21:43 GMT

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... _pai.shtml

Presidente e premiê assinaram acordos em áreas como educação e cooperação olímpica
Em reunião com o primeiro-ministro britânico, David Cameron, a presidente Dilma Rousseff defendeu, nesta sexta-feira, a forma como o Brasil enfrentou a crise internacional. Também ressaltou as parcerias firmadas com o governo britânico, principalmente nas áreas de cooperação olímpica, educação, ciência e tecnologia e petróleo e energia.
"O Brasil tem feito a sua parte para a recuperação da crise mundial ao desenvolver incentivos ao crescimento do emprego e da demanda doméstica", afirmou a presidente brasileira em Brasília, ao pedir mais incentivos estatais dos países desenvolvidos a suas economias em crise.
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Brasil, Grã-Bretanha, Economia, Educação
Cameron - que enfrenta uma recessão econômica em casa e veio ao Brasil em busca de oportunidades comerciais - destacou os contratos de "70 milhões de libras (R$ 230 milhões)" assinados por 22 empresas britânicas para projetos relacionados à Copa de 2014 e aos Jogos Olímpicos de 2016.
Mas também disse que Brasil e Grã-Bretanha nem sempre concordam e mencionou, rapidamente, que é preciso "evitar o protecionismo" - em entrevista à Folha de S. Paulo, na última quinta-feira, Cameron afirmou que as medidas tomadas para proteger a indústria nacional, como as adotadas recentemente pelo Brasil, "têm custos a longo prazo e impedem o desenvolvimento de uma base industrial verdadeiramente competitiva e inovadora".
Outro destaque da fala do premiê nesta sexta foi sua declaração de apoio a uma reforma da ONU que inclua o Brasil como membro permanente de seu órgão mais importante, o Conselho de Segurança - um antigo pleito brasileiro. O britânico falou que o Brasil está "assumindo seu lugar no palco global".
Parcerias
A visita de Cameron ao Brasil incluiu passagens por São Paulo e Rio de Janeiro e resultou na assinatura de acordos diversos: em produção cinematográfica conjunta, em "legado econômico, social, ambiental e material" na organização de Olimpíadas, na participação do Reino Unido no programa Ciência Sem Fronteiras e em cooperações universitárias, entre outros temas.
A parceria no Ciência Sem Fronteiras é um dos destaques. Segundo o Itamaraty, prevê a ida de até 5 mil estudantes brasileiros para universidades do Reino Unido para cursos superiores de nível técnico entre janeiro de 2012 e agosto de 2016.
A cooperação, segundo o acordo bilateral, prevê "aumentar de forma significativa o número de estudantes aptos a participar do Programa de Intercâmbio e estudar no Reino Unido" e também de estudantes de doutorado.
No momento, dizem autoridades britânicas, 500 estudantes de graduação estão começando seus cursos em território britânico.
A parceria educacional também prevê a concessão de bolsas de doutorado e pós-doutorado nas áreas de pesquisa energética. Foi assinada uma carta de intenções entre a Universidade de Brasília e a BP (empresa petrolífera britânica) com o interesse de promover "estudos, pesquisas e projetos científicos relacionados ao setor de petróleo, seus derivados e gás natural relacionados, especificamente, com a Bacia do Parnaíba no Nordeste do Brasil".
Comércio bilateral e Oriente Médio
Já a cooperação olímpica prevê "compartilhar práticas" em áreas como planejamento do legado dos Jogos Olímpicos, segurança, transporte, meio ambiente e revitalização urbana.
Tanto Dilma como Cameron falaram em aumentar o comércio bilateral - que, no ano passado, foi de cerca de R$ 22 bilhões, de acordo com a embaixada britânica no Brasil.
A presidente brasileira ainda usou seu discurso para falar sobre os conflitos no Oriente Médio: opinou que "não há solução militar" para a crise na Síria e criticou a "crescente retórica em prol de uma ação militar no Irã".
"Consideramos que só uma ONU reformada pode garantir a prevalência de uma ordem baseada em regras. Neste contexto, eu reiterei meus agradecimentos ao apoio que o governo britânico tem dado ao Brasil para que ocupe um assento permanente na ONU", disse.




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Re: Geopolítica Brasileira

#4 Mensagem por Bourne » Seg Out 08, 2012 9:52 pm

Consenso de Brasília, modelo para armar na América Latina

http://www.cartamaior.com.br/templates/ ... toria_id=6

Depois do neoliberalismo extremo do Consenso de Washington, que gerou mais de uma década social perdida, a América Latina experimenta exitosamente uma receita própria: o Consenso de Brasília, que conjuga economia de mercado e inclusão social. "O modelo brasileiro teve um impacto muito positivo como exemplo de que as coisas podem ser feitas de outra maneira: promovendo o crescimento sem renunciar à equidade social", diz José Rivera, secretário permanente do Sistema Econômico Latinoamericano (SELA).

Estrella Gutiérrez - IPS
Data: 06/10/2012

Caracas (IPS) - Depois do neoliberalismo extremo do Consenso de Washington, que gerou mais de uma década social perdida, a América Latina experimenta exitosamente uma receita própria: o Consenso de Brasília, que conjuga economia de mercado e inclusão social.

Batizado por Michael Shifter, presidente do independente Diálogo Interamericano, como Consenso de Brasília, por contrapor-se ao Consenso de Washington, é conhecido também como "lulismo", em alusão ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ou modelo brasileiro, e acrescenta seguidores latino-americanos entre governos de esquerda e de direita.

O secretário permanente do Sistema Econômico Latinoamericano(SELA), o mexicano José Rivera, disse a IPS: "O modelo brasileiro teve um impacto muito positivo como exemplo de que as coisas podem ser feitas de outra maneira: promovendo o crescimento sem renunciar à equidade social".

A América Latina e o Caribe, disse, "devem ter como aspiração regional estar integradas, vinculadas e unidas no objetivo comum de que se reduzam as assimetrias e se possa avançar nas grandes dívidas sociais pendentes".

Rivera considerou que para percorrer esse caminho "são positivos os exemplos, ainda mais se são próprios, de governos eficientes em abordar uma dívida social que não se consegue corrigir na região, onde um de cada três latino-americanos vivem na pobreza e cerca de 90 milhões sobrevivem com menos de um dólar por dia".

Consultado por IPS, Shifter afirmou que os traços do Consenso de Brasília "continuam intactos e vigentes", mesmo que Lula tenha deixado a Presidência do Brasil em janeiro de 2011 e o contexto internacional tenha piorado e, em consequência, o regional.

“Não mudou o modelo representado pela ênfase em três eixos: crescimento econômico, equidade social e governabilidade democrática", explica.

“Sua vigência”, acrescentou, “confirma sua propagação como guia de governança para numerosos países da região, seja qual for o ideário político de seu presidente ou presidenta. Isto contrasta com o ocaso ou "encausamento" de outras propostas mais radicais, que foi comandada pelo mandatário venezuelano Hugo Chávez na primeira década do século.

Se trata de uma visão contraposta ao pacote de medidas que os organismos financeiros internacionais e centros de poder com sede em Washington impuseram à América Latina após o estouro de suas crises de dívida soberana em 1984 e, sobretudo, durante a década de 90.

O programa de 10 pontos, síntese da ideologia neoliberal, forçou inclementes ajustes, com eliminação do déficit fiscal, reordenamento do gasto, liberalização financeira e monetária, aumentos de impostos, abertura de mercados e investimentos e massivas privatizações. Tudo para pagar a dívida e estabelecer novas bases para o crescimento econômico.

Na prática, as reformas estiveram longe de gerar crescimento, promoveram a desindustrialização regional e fizeram cair o produto interno bruto por quase uma década, balizada por várias crises financeiras nacionais, algumas de alcance global.

Mas o mais grave foi seu impacto na população. Durante a "década perdida", o gasto social se minimizou em todos seus ramos, em especial na educação, na saúde, na moradia e na assistência aos setores mais vulneráveis, enquanto também pioraram as condições trabalhistas.

A consequência foi o incremento da pobreza e da indigência, uma maior favelização das cidades e o predomínio da economia e do trabalho informal, entre outros impactos negativos.

Lula consolidou, durante seus oito anos no poder (janeiro de 2003 à janeiro de 2011), outro modelo que mantém o pilar da estabilidade macroeconômica e fiscal, a autonomia da autoridade monetária e o cambio livre, mas que acrescenta agressivas políticas industriais e de produção interna.

Além disso, adiciona-se como prioridade a inclusão social, com aumento de salários, geração de empregos formais e um alto gasto em políticas para erradicar a fome, reduzir a pobreza, melhorar a educação e a saúde e, em geral, uma maior transferência de renda à sociedade.

Como marco central, a democracia, com a ampliação de direitos e o incentivo à participação cidadã e sua organização pela base.

Shifter, cujo instituto tem sede em Washington, assegurou que a sucessora de Lula, Dilma Rousseff, "decidiu ter um menor protagonismo global que Lula, mas isso não afeta o modelo do Consenso de Brasília". Ela "tem outro estilo, outras prioridades e outro tipo de liderança", sintetizou.

Rousseff aplicou diferentes políticas para estimular a economia e amortizar o impacto da recessão econômica no Norte industrial, em especial na Europa. Preocupou-se, além disso, em reforçar os programas sociais nesse novo cenário desfavorável.

Uma recente frase sua ressalta a sua postura. "Eu, o que quero e pelo que luto é para que o Brasil se transforme na sexta potência social", afirmou sobre o fato de que seu país tenha passado a ser a sexta economia mundial e avance para a quinta posição.

Entre os países latino-americanos cujos governos têm como guia geral, com suas variáveis, o Consenso de Brasília, Shifter citou o Chile, a Colômbia, El Salvador e Uruguai. Outras administrações tomam vários elementos, enquanto "híbridos" entre o lulismo e o chavismo como é o caso da Argentina e do Paraguai, até a derrubada de seu presidente Fernando Lugo, em junho.

O estudioso deu especial relevância ao caso do presidente do Peru, Ollanta Humala, que escolheu o lulismo e não o modelo "bolivariano de Chávez", abrindo seu ocaso regional.

Também considerou notável que, na Venezuela, o candidato opositor para as eleições deste domingo, dia sete, Henrique Capriles, "sublinha que seu modelo é Lula, e seu programa o confirma".

Barro nos pés
Mas, embora o Consenso de Brasília não tenha os pés de barro, tem, sim, barro nos pés, por sua forma de desenvolvimento histórico e também, no passado imediato, pelas sequelas do Consenso de Washington.

Rivera, máximo dirigente do SELA, com sede em Caracas, destacou que as brechas sociais continuam presentes na região e "se necessita um grande e continuado esforço para consolidar a inclusão e a equidade social".

Com esse objetivo, a região tem diante de si três desafios, esboçou o chefe do organismo que congrega 28 países latino-americanos e caribenhos.

O primeiro é "crescer a taxas maiores às atuais e de maneira sustentável, porque não é saudável um comportamento irregular" e para que "os Estados possam enfrentar seus compromissos com a população", acrescentou.

O crescimento deve ser "sustentador além de sustentável ", em segundo lugar. Tem que "ir em direção a um crescimento de economia verde, porque até agora se destruiu o ambiente, se danificaram os recursos naturais e se produziu de forma ineficiente", disse.

O terceiro "é o desafio da inclusão e o de abrir espaços nos mercados internos para que a gente saia da pobreza e se incorpore à classe media", frisou.

E esta combinação de metas, refletiu, requer "em definitivo, um novo direcionamento do Estado", que elimine as ainda muito visíveis cicatrizes do Consenso de Washington.

Tradução: Libório Junior
O legal são os esquerdistas radicais que não entenderam ou se chocaram com o texto. Não aceitam que o chavismo é diferente do lulismo. Muito menos que o lulismo virou padrão para todos os países mais estáveis, inclusive nos discursos do opositor de chaves. :mrgreen:




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Re: Geopolítica Brasileira

#5 Mensagem por Bourne » Sex Out 12, 2012 5:39 pm

Com delegação liderada pelo ministro das Relações Exteriores, governo brasileiro pretende se colocar como mediador da negociação de paz na região. Observadores destacam potencial econômico da aproximação com árabes.

http://www.dw.de/dw/article/0,,16303913,00.html

A fim de reafirmar a posição brasileira em defesa de uma saída negociada pela paz no Oriente Médio, o ministro do Exterior, Antonio Patriota, desembarca em Israel nesta segunda-feira (14/10) e, no dia seguinte, visitará a Palestina. Durante os encontros agendados com as principais autoridades dos dois povos, Patriota deve ainda discutir parcerias bilaterais em diversas áreas, como ciência, saúde, tecnologia, urbanismo e agricultura. E dar maior impulso às relações econômicas com o Oriente Médio.

Em seus discursos em Tel Aviv e em Ramalah, Patriota deverá defender o desarmamento nuclear no Oriente Médio, região quem vem sendo priorizada pela diplomacia brasileira nas discussões internacionais. Em diversas ocasiões, a presidente Dilma Rousseff vem reiterando a posição contrária do Brasil aos conflitos armados na região.

Na semana passada, durante o encerramento da 3ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da América do Sul e Países Árabes, no Peru, Dilma reforçou a posição brasileira contrária a qualquer forma de intolerância religiosa. A presidente disse ainda que o reconhecimento do Estado Palestino é a única saída para se construir a paz e para obter "segurança nas fronteiras e estabilidade política regional".

Causa palestina

Esta é a primeira viagem de um chanceler brasileiro ao território palestino desde o reconhecimento do Estado da Palestina por parte do Brasil, em dezembro de 2010. Na época, o governo brasileiro afirmou que a decisão favorável ao pedido do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, era coerente com a posição histórica do Brasil de contribuir para o processo de paz entre Israel e Palestina.

Em 2010, Lula visitou o presidente palestino, Mahmoud Abbas

Antes mesmo da iniciativa de reconhecer o Estado Palestino, o governo brasileiro – então sob o comando do presidente Luiz Inácio Lula da Silva – já havia dado sinais de uma "reaproximação" com o mundo árabe, segundo avaliação de Salem Nasser, coordenador do Centro de Direito Global da Fundação Getúlio Vargas. O especialista ressalta que Lula incentivou a criação da Cúpula América do Sul-Países Árabes e foi o primeiro chefe de Estado brasileiro a fazer uma visita ao mundo árabe.

A política externa do governo Dilma deu continuidade a este o movimento. "O Brasil mostra que quer participar das grandes questões e acredita que pode desempenhar um papel positivo", ressalta Nasser. "E apesar de manter relação muito boa com Israel, o Brasil tem como visão de fundo a atual injustiça sobre os palestinos, e que é preciso dar uma solução para a questão palestina."
Lugar no mundo

A iniciativa brasileira tem como objetivo ganhar espaço entre os grandes atores globais e se tornar um mediador alternativo entre Estados Unidos e Europa para a questão israelense-palestina. E, com isso, ganhar visibilidade. Para Nasser, este é o intuito também de outras iniciativas dirigidas pela política externa brasileira ao ampliar o volume de sua ajuda humanitária e em projetos de cooperação técnica na África, por exemplo.

Uma das motivações seria finalmente conquistar o almejado assento no Conselho de Segurança da ONU. "Primeiro o Brasil tem ocupar um lugar no mundo relativo às grandes questões. Depois a cadeira no Conselho de Segurança virá por si só", avalia o especialista, ressaltando, porém, que a grande barreira atualmente é a grande resistência dos atuais membros permanentes em aceitar mais um no grupo.

O cientista político Alcides Vaz, do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília, lembra que a capacidade de influência do Brasil neste contexto é bastante limitada. Mas manter a ousada decisão de apoiar o reconhecimento do Estado Palestino é importante para marcar posição. "Com isso, o Brasil tenta manter suas credenciais como ator independente, sem necessariamente concordar com Estados Unidos ou Israel", afirma Vaz.

Confiltos sangrentos entre judeus e palestinos são frequentes

Relações comerciais

O cientista político chama a atenção ainda para as possibilidades comerciais abertas pelo Brasil ao virar sua atenção para os palestinos e ao mundo árabe. Segundo o Itamaraty, as relações econômicas entre Brasil e Palestina vem crescendo. O intercâmbio comercial em 2011 – primeiro ano de registro – foi de 15,8 milhões de dólares. E apenas no primeiro semestre deste ano já foram contabilizados 10,6 milhões de dólares. "O Acordo de Livre Comércio Mercosul-Palestina, firmado em 2011, possibilitará o fortalecimento dessas questões", afirma o comunicado do Itamaraty.

Salem Nasser concorda que o potencial é grande e que o movimento de maior proximidade com o mundo árabe tem rendido frutos. Ele ressalta que as trocas comerciais entre o Brasil e os países do mundo árabe, sobretudo no Oriente Médio, quadruplicaram entre 2003 e 2009.

"Tanto do ponto de vista geopolítico quanto econômico, comercial, essa é uma aproximação que faz sentido, e que compõe essa estratégica de diversificação de nossas opções internacionais, especialmente diante da desaceleração do crescimento econômico na Europa e nos Estados Unidos", avalia Alcides Vaz. "E essa visita é uma confirmação disso".
Autora: Mariana Santos
Revisão: Roselaine Wandscheer




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irlan
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Re: Geopolítica Brasileira

#6 Mensagem por irlan » Sex Out 12, 2012 9:03 pm

Será que a Brazil street ainda tá lá?




Na União Soviética, o político é roubado por VOCÊ!!
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Re: Geopolítica Brasileira

#7 Mensagem por Lirolfuti » Sáb Out 13, 2012 12:35 pm

Nao sei se é topico apropriado...texto Retirado do Forum Forum Base Militar postado pelo internauta Braziliano.

Fonte original: http://www.alerta.inf.br/o-falso-massac ... rnational/

O falso “massacre” dos ianomâmis: bomba no colo da Survival International
Indigenismo e política indigenista

Agora é oficial: o alegado “massacre” de indígenas ianomâmis venezuelanos por garimpeiros brasileiros, que, nas últimas semanas, motivou uma virulenta investida do aparato indigenista internacional contra os governos da Venezuela e do Brasil, não existiu. A confirmação foi feita não apenas pelas autoridades venezuelanas, após uma segunda inspeção no local do suposto incidente, como, de forma relutante, pela ONG britânica Survival International, que encabeçava a campanha.

Em resposta às acusações do aparato indigenista, o governo venezuelano enviou uma nova missão à região, situada no Sul do país, onde, segundo as denúncias, até 80 indígenas teriam sido mortos, em julho último. A missão foi acompanhada por jornalistas, que puderam entrevistar os indígenas locais, os quais negaram ter havido qualquer ato de violência. “Ninguém foi morto aqui. Aqui estamos todos passando bem”, disse um deles, por meio de um intérprete (BBC Brasil, 11/09/2012).

Na segunda-feira 11 de setembro, o embaixador da Venezuela no Brasil, Maximilien Sánchez Arveláiz, confirmou a informação, depois de ter conversado com representantes do Itamaraty e da Fundação Nacional do Índio (Funai): “Confirmou-se que não ocorreu nada. Acredito que está tudo resolvido e que não tem mais nada a se discutir. É um grande alívio (Terra Brasil, 12/09/2012).”

Diante dos fatos, a Survival viu-se obrigada a retificar a sua virulenta nota inicial sobre o caso, que falava numa “atrocidade”, mas não se deu por vencida, no boletim divulgado em 11 de setembro:
http://www.survivalinternational.org/news/8659

Citação:
Tendo recebido os seus próprios depoimentos, de fontes confidenciais, a Survival, agora, acredita que não houve um ataque de garimpeiros ao aldeamento ianomâmi de Irotatheri… No momento, não sabemos se essas histórias foram deflagradas por um incidente violento, que é a explicação mais provável, mas a tensão permanece elevada na área. A reação A reação do governo venezuelano continua sendo vergonhosa. Até agora, ele não disse que irá remover os garimpeiros e, imediatamente, negou ter encontrado “evidências” de mortes, antes mesmo de ter concluído a sua própria investigação. Os seus apoiadores foram além e acusaram os seus críticos de fazer parte de uma conspiração de direita etc.

Um detalhe que chama a atenção é a menção às “fontes confidenciais” que a ONG diz possuir. Em uma entrevista divulgada no dia seguinte, ao ser perguntado sobre elas, o diretor Stephen Corry reiterou tratarem-se de “fontes próprias, confidenciais, confiáveis e especializadas, independentes do governo ou da mídia”.

Ora, se a Survival dispõe de fontes tão qualificadas, que lhe permitem dispensar as informações oficiais das autoridades venezuelanas, duas perguntas se impõem. Primeiro, por que não recorreu a elas antes de sair trombeteando um massacre inexistente? Na entrevista, perguntado sobre se não deveria ter investigado melhor, Corry respondeu: “Não, nosso papel era avaliar e transmitir as informações que nos foram dadas pela organização indígena, e não questioná-las imediatamente. Nós deixamos claro que o informe não era corroborado.”

Ou seja, seguindo o modus operandi tradicional do aparato, acusa-se e calunia-se primeiro, investiga-se depois.

Segundo, que tipo de fontes seriam essas? Embora o diretor não mencione, fontes “confidenciais, confiáveis e especializadas, independentes do governo ou da mídia”, tratando-se da ONG porta-bandeira do aparato indigenista internacional, com estreitos vínculos com a Monarquia britânica, apontam para um serviço de inteligência, seja oficial ou informal.

Adiante, sem perder a soberba, Corry informa que não pretende mudar de hábitos (afinal, ele dirige a Survival desde 1984):

Citação:
(…) Este incidente não irá afetar os nossos sistemas. Nós temos acompanhado esse tipo de assunto por 40 anos; nós continuaremos a fazer avaliações sensíveis, baseadas na nossa experiência. Nós precisamos reagir rapidamente às notícias de matanças: se elas não forem divulgadas rapidamente, isto pode incentivar os matadores… Pelo que sabemos, os índios não têm inventado ataques contra eles mesmos – por que deveriam? Eles são tão comuns.

Até o momento, não se conhecem as reações da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), nem do deputado federal Alfredo Sirkis (PV-RJ), que, com idêntica celeridade, se aprestaram a cobrar esclarecimentos às autoridades venezuelanas e brasileiras, com o tom autoritário que caracteriza tais círculos.

Todo o episódio proporciona um didático estudo de caso da forma de operação do aparato indigenista e seus aliados, que as autoridades e a sociedade brasileira em geral devem estudar com cuidado, para não se intimidar diante de futuras ações similares.




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Re: Geopolítica Brasileira

#8 Mensagem por BrasilPotência » Sáb Out 13, 2012 2:58 pm

ONG BARATA, SAFADA, tem que ser expulsa daqui, inventa artigos sensacionalistas, que poderiam gerar até um mal estar entre duas nações, quem sabe até implicassão com a ONU ou com o CS da mesma, tem que ser expulsa de terras Brasileiras e Venezuelanas. Não que eu apoie o regime do Louco CHavez, mas acusações falsas ao meu ver, os governos envolvidos precisam ser enérgicos nas represálias.




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Re: Geopolítica Brasileira

#9 Mensagem por suntsé » Dom Out 14, 2012 12:05 am

BrasilPotência escreveu:ONG BARATA, SAFADA, tem que ser expulsa daqui, inventa artigos sensacionalistas, que poderiam gerar até um mal estar entre duas nações, quem sabe até implicassão com a ONU ou com o CS da mesma, tem que ser expulsa de terras Brasileiras e Venezuelanas. Não que eu apoie o regime do Louco CHavez, mas acusações falsas ao meu ver, os governos envolvidos precisam ser enérgicos nas represálias.

Os fervorosos defensores da democracia e da liberdade de expressão não permitiriam isso.... :?




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Re: Geopolítica Brasileira

#10 Mensagem por Lirolfuti » Sex Out 19, 2012 5:58 pm

A farsa ianomâmi e a cobiça internacional sobre a Amazônia

Escrito por Roberto Gama e Silva | 19 Outubro 2012
Artigos - Globalismo

farsaianoA jornalista que inventou os “ianomâmis” não agiu por conta própria, mas influenciada pela organização denominada Conselho Mundial de Igrejas, com sede na Suíça.


Nos tempos da infância e da adolescência que passei em Manaus, minha cidade natal, nunca ouvi a mais leve referência ao grupamento indígena denominado “ianomâmi”, nem mesmo nas excursões que fiz ao território, acompanhando o meu avô materno, botânico de formação, na sua incessante busca por novas espécies de orquídeas. Tinha eu absoluta convicção sobre a inexistência desse grupo indígena, principalmente depois que aprendi que a palavra “ianomâmi” era um nome genérico aplicado ao “ser humano”.

Recentemente, caiu-me nas mãos o livro “A Farsa Ianomâmi”, escrito por um oficial de Exército brasileiro, de família ilustre, o coronel Carlos Alberto Lima Menna Barreto; credenciava o autor do livro a experiência adquirida em duas passagens demoradas por Roraima, a primeira, entre 69 e 71, como comandante da Fronteira de Roraima/ 2º Batalhão Especial de Fronteira, a segunda, quatorze anos depois, como secretário de Segurança do antigo Território Federal.

Menna Barreto procurou provar que os “ianomâmis” haviam sido criados por estrangeiros, com o intuito claro de configurar a existência de uma “nação” indígena espalhada ao longo da fronteira com a Venezuela. Para tanto citou trechos de obras publicadas por cientistas estrangeiros que pesquisaram a região na década iniciada em 1910, notadamente o alemão Theodor Koch-Grünberg, autor do livro “Von Roraima zum Orinoco, reisen in Nord Brazilien und Venezuela in den jahren 1911-1913”.

Embora convencido pelos argumentos apresentados no livro, ainda assim continuei minha busca atrás de uma personalidade brasileira que tivesse cruzado a região, em missão oficial do nosso governo, e que tivesse deixado documentos arquivados na repartição pública de origem. Aí, então, não haveria mais motivo para dúvidas.

Definido o que deveria procurar, foi muito fácil selecionar o nome de um dos “Gigantes da Nacionalidade”, embora pouco conhecido pelos compatriotas de curta memória: o almirante Braz Dias de Aguiar, o “Bandeirante das Fronteiras Remotas”

Braz de Aguiar, falecido em 17 de setembro de 1947, ainda no cargo de “Chefe da Comissão Demarcadora de Limites – Primeira Divisão”, prestou serviços relevantes ao país durante 40 anos corridos, sendo que destes, 30 anos dedicados à Amazônia, por ele demarcada por inteiro.

Se, nos dias correntes, o Brasil já solucionou todas as pendências que recaíam sobre os 10.948 quilômetros que separam a nossa maior região natural dos países vizinhos, tudo se deve ao trabalho incansável e competente de Braz de Aguiar, pois de suas observações astronômicas e da precisão dos seus cálculos resultaram mais de 500 pontos astronômicos que definem, juntamente com acidentes naturais, essa longa divisória.

Todas as campanhas de Braz de Aguiar foram registradas em detalhados relatórios despachados para o Ministério das Relações Exteriores, a quem a Comissão Demarcadora era subordinada.

Além desses relatórios específicos, Braz de Aguiar ainda fez publicar trabalhos detalhados sobre determinadas áreas, que muito contribuíram para desvendar os segredos da Amazônia.

Um desses trabalhos denominado “O Vale Do Rio Negro”, classificado pelo Chefe da “Comissão Demarcadora de Limites – Primeira Divisão” como um subsídio para “a geografia física e humana da Amazônia”, foi encaminhado ao Ministério das Relações Exteriores no mês de janeiro de 1944, trazendo no seu bojo a resposta definitiva à indagação “Ianomâmi! Quem?

No tocante às tribos indígenas do Vale do Rio Negro, incluindo as do tributário Rio Branco, afirma o trabalho que “são todas pertencentes às famílias Aruaque e Caribe, sem aludir à existência de alguns povos cujas línguas se diferenciam profundamente das faladas pelas duas coletividades citadas”. Prossegue o autor: “Tais povos formam as chamadas tribos independentes, que devem ser consideradas como restos de antigas populações cuja liberdade foi grandemente prejudicada pela ação opressora de vizinhos poderosos”. Também os índios “tucanos” constituem uma família a parte, complementa o trabalho.

Dito isto, a obra cita os nomes e as localizações das tribos aruaques no Vale do Rio Negro, em número de treze, sem que da relação conste a pretensa tribo “ianomâmi”.

Em seguida, foram listadas as tribos caribes, bem como a sua localização: ao todo são sete as tribos, também ausente da relação o nome “ianomâmi”. Dentre as chamadas tribos independentes do Rio Negro, em número de cinco, também não aparece qualquer citação aos “ianomâmis”.

Para completar o quadro, a obra elaborada por Braz de Aguiar ainda faz menção especial ao grupo “tucano”, pelo simples fato de compreender quinze famílias, divididas em três ramos: o oriental, que abrange as bacias dos rios Uaupés e Curicuriari; a ocidental, ocupando as bacias do Napo, Putumaio e alto Caquetá, e o setentrional, localizado nas nascentes do rio Mamacaua. Os “ianomâmis” também não apareceram entre os “tucanos”.

Para completar a listagem dos povos da bacia do Rio Negro, a obra ainda faz menção a uma publicação de 1926, composta pelas “Missões Indígenas Salesianas Do Amazonas”, que descreve todas as tribos da bacia do Rio Negro sem mencionar a existência dos “ianomâmis”.

Assim sendo, pode-se afirmar, sem medo de errar, que esse povo “não existiu e não existe” senão nas mentes ardilosas dos inimigos do Brasil.

Menna Barreto e outras fontes fidedignas afirmam que coube a uma jornalista romena, Claudia Andujar, mencionar, pela primeira vez, em 1973, a existência do grupo indígena por ela denominado “ianomâmi”, localizado em prolongada faixa vizinha à fronteira com a Venezuela.

Interessante ressaltar que a jornalista que inventou os “ianomâmis” não agiu por conta própria, mas influenciada pela organização denominada “Christian Church World Council” (Conselho Mundial de Igrejas) sediada na Suíça, que, por seu turno, é dirigida por um Conselho Coordenador instruído por seis entidades internacionais: “Comitê International de la Defense de l´Amazon”; “Inter-American Indian Institute”; “The International Ethnical Survival”; “The International Cultural Survival”; “Workgroup for Indigenous Affairs” e “The Berna-Geneve Ethnical Institute”.

Releva, ainda, destacar o texto integral do item I, das “Diretrizes” da organização referentes ao Brasil: “É nosso dever garantir a preservação do território da Amazônia e de seus habitantes aborígines, para o seu desfrute pelas grandes civilizações européias, cujas áreas naturais estejam reduzidas a um limite crítico”.

Ficam assim bem caracterizadas as intenções colonialistas dos membros do Conselho Mundial de Igrejas, ao incentivarem a invenção dos ianomâmis e a sua localização ao longo da faixa de fronteiras.

Trata-se de iniciativa de fé púnica a artificiosa invenção de um grupo étnico para permitir que estrangeiros venham a se apropriar de vasta região do Escudo das Guianas, pertencente ao Brasil e, provavelmente, rica em minérios. O ato se reveste de ilegitimidade passiva e de impossibilidade jurídica. Sendo, pois, um ato criminoso, a criação de “Reserva Ianomâmi” deve ser anulada e, em seguida, novo estudo da área deverá ser conduzido para o possível estabelecimento de novas reservas, agora descontínuas, para abrigar os grupos indígenas instalados na mesma zona, todos eles afastados entre si, por força do tradicional estado de beligerância entre os grupos étnicos aruaques e caribes.

Outras providências legais devem ser adotadas, todavia, para enquadrar os “zelosos” funcionários da Funai que se deixaram enganar e os “competentes” servidores do Ministério da Justiça que induziram o ministro da pasta e o próprio Presidente da República a aprovarem a decretação de reserva para um grupo indígena inexistente.

Sobre estes últimos poderia ser aplicada a “Lei de Segurança Nacional”, artigos 9 e 11, por terem eles contribuído para um futuro seccionamento do território nacional e um possível desmembramento do mesmo para entrega a outro ou outros Estados.


Publicado na Tribuna da Imprensa.

Roberto Gama e Silva é almirante reformado.

http://www.midiasemmascara.org/artigos/ ... zonia.html




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Bourne
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Re: Geopolítica Brasileira

#11 Mensagem por Bourne » Ter Nov 13, 2012 7:43 pm

Para que o Brasil não seja imperialista
POSTED IN: GEOPOLÍTICA, MUNDO, POSTS
Por: oliverstuenkel - 04/04/2012.

http://www.outraspalavras.net/2012/04/0 ... erialista/

Multiplicam-se laços com a África. É possível pensar numa relação descolonizada — ao contrário das mantidas por potências tradicionais e “emergentes”?

Por Oliver Stuenkel, editor de Post-Western World

As potências emergentes estão se mudando para a África. O papel da China no continente é amplamente examinado hoje em dia. O da Índia, ainda é um tema marginal, mas um número crescente de analistas passou a sistematicamente estudá-lo. O Brasil, por sua vez, é o novato, e bastante desconhecido, mas suas atividades suscitam cada vez mais interesse ao redor do mundo. Considerando-se que o Brasil não precisa importar energia nem alimentos (fatores de motivação importantes tanto para a China quanto para a Índia), quais são seus interesses na África?

Além do fato de terem sido ligados pela geografia há milhões de anos (o Brasil e a África formavam o continente único Gondwana, como atestam os formatos dos litorais do Brasil e da África Ocidental), o comércio escravagista transatlântico, abolido em 1888, criou uma conexão cultural forte e irreversível entre a África e o Brasil. Foram levados mais escravos ao Brasil do que a qualquer outro país no hemisfério ocidental, incluindo os Estados Unidos. O Presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) estabeleceu as bases para diversificar as parcerias brasileiras após o fim da Guerra Fria, mas foi o Presidente Lula (2003-2010) que fez da África uma prioridade estratégica (como parte de uma estratégia mais ampla para fortalecer a cooperação Sul-Sul). Embora algumas de suas muitas viagens à África possam ter produzido poucos benefícios concretos, os esforços serviram ao objetivo maior de colocar o Brasil na posição de líder do Sul. Mesmo os críticos de Lula admitem hoje que a posição brasileira na África teve um impulso sem precedentes.

O Presidente fez 12 viagens à África e visitou 21 países. Na direção contrária, o Brasil recebeu 47 visitas de reis, presidentes e primeiros-ministros de 27 nações africanas. O então ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, fez 67 visitas oficiais a 34 países africanos, durante sua gestão no governo Lula. O Brasil tem, hoje, 37 embaixadas na África, comparadas com as 17 existentes em 2002.

Mas o que pode oferecer o Brasil à África comparado, com outros atores emergentes como a China e a Índia? A primeira coisa que vem à mente é a experiência brasileira em agricultura tropical. A agricultura brasileira não é apenas a mais produtiva do mundo, mas as condições similares de solo e de clima permitiram à empresa nacional de pesquisa agropecuária, Embrapa, ajudar nações africanas a impulsionarem seu desenvolvimento agrícola. Além disso, políticas sociais inovadoras (tais como o programa Bolsa Família) foram replicadas em vários países africanos. O Brasil não é apenas atraente para a África no sentido de ser o único país dos BRICS a ter uma população africana de peso. Também é a única potência emergente capaz de reduzir a desigualdade socioeconômica no plano doméstico, aumentando, dessa maneira, a estabilidade social.

Nova China?: As similaridades entre as estratégias da Índia e da China na África provavelmente superam as diferenças. Ambas baseiam-se, entre outras coisas, em suas necessidades de assegurar o acesso a commodities, para abastecer sua ascensão. Ambas desejam usar a agricultura africana para garantir a segurança alimentar no plano doméstico. Mas qual é o caso do Brasil? O gigante emergente da América do Sul é frequentemente alinhado com a China e a Índia em questões importantes, tais como a não-intervenção e em sua resistência a uma “abordagem ocidental”, que enfatiza a importância de “boa governança”.

As empresas brasileiras na África buscam distinguir-se de suas contrapartes chinesas, por exemplo, ao empregar e treinar trabalhadores locais. É o caso da Odebrecht, maior empregador privado da Angola, mesmo com a presença de muitas grandes firmas chinesas no país. Não obstante o aumento do comércio brasileiro com a África entre 2000 e 2010, de US$ 4 bilhões para US$ 20 bilhões, sua presença permanece bem menor que a da China (cujo fluxo comercial com a África em 2011 excedeu os US$ 110 bilhões), o que torna difícil fazer comparações mais significativas.

Embora a estratégia do Brasil de focar primeiro na África lusófona (Angola e Moçambique, entre outros) seja muitas vezes retratada como astuta, essa pode também ser a maior fraqueza do país. Parece reduzir a necessidade das empresas e do governo brasileiros de se adaptarem a países não lusófonos, contratando funcionários fluentes em inglês, francês e árabe. Quando, em debate aberto, um embaixador brasileiro recentemente indicou as barreiras linguísticas enfrentadas em países como o Sudão ou a Costa do Marfim, os participantes da conversa não puderam deixar de reconhecer quão pouco a China parece se importar com tais fatores limitantes, tendo estabelecido uma forte presença em todos os países, apesar de barreiras linguísticas significativas e da quase completa falta de laços culturais entre a África e a China.

O novo papel como doador de ajuda está relacionado à presença econômica crescente do Brasil no continente africano. Mas tal como outros doadores emergentes, como a Índia e a China, o país busca ir além da interação tradicional entre doadores e receptores, e almeja uma troca entre atores “iguais”, com responsabilidades e benefícios mútuos. Desde 2005, os projetos de desenvolvimento brasileiros são uma parte essencial da estratégia na África. Após um breve período tanto recebendo quando enviando ajuda, os doadores do norte estão agora deixando de fornecer ajuda ao Brasil — que, tudo indica, já não é mais visto como um país em desenvolvimento.

O Brasil (juntamente com a Índia e a China) se limitará apenas a mudar algumas regras, isto é, a diluir as condicionalidades do regime de ajuda internacional? Ou buscará desfazer alguns dos princípios organizadores mais básicos do atual regime de ajuda ao desenvolvimento? Doadores emergentes terminarão por adotar a posição da OCDE ou, como diz Ikenberry, “veremos as potências emergentes usar seu novo status para seguir visões alternativas da ordem mundial”? Ao tentar entender se doadores emergentes como o Brasil representam um desafio sério ao regime existente de ajuda, um regime que eles frequentemente descrevem como injusto, antiquado e dominado por antigas potências coloniais, a evidência, por enquanto, parece inconclusiva.

O Brasil é ávido por assumir maior responsabilidade em instituições tais como o Banco Mundial, mas rejeita pilares-chaves do regime como a Declaração de Paris sobre a Efetividade da Ajuda. Ao mesmo tempo, assinou a Iniciativa de Doação de Bem Humanitário, ao contrário da maioria dos “doadores emergentes”. É necessário estudar mais a questão para entender melhor qual será a estratégia do Brasil à medida que emerge como um ator importante no regime global de ajuda (incluindo a ajuda humanitária).

Enquanto isso, o país deve procurar superar os obstáculos práticos que impedem os laços Brasil-África de prosperarem. Os investimentos brasileiros na África são altamente concentrados em mineração, petróleo e gás, e infraestrutura, liderados por um número pequeno de grandes atores: Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Odebrecht, Petrobrás, Queiroz Galvão e Vale. Essas empresas têm acesso direto aos governos e a capacidade de lidar com barreiras burocráticas, ao passo que pequenas e médias empresas são excluídas.

A logística também é importante: há apenas uma conexão aérea direta entre o Brasil e o continente africano (entre São Paulo e Joannesburgo). A maioria dos viajantes brasileiros com destinos na África Central, Ocidental ou Oriental deve primeiro passar por Paris, Frankfurt ou Dubai. Contudo, um voo direto de Lagos a Recife não levaria mais que quatro horas e meia. A decisão do governo de impulsionar sua presença diplomática na África tem ajudado muito as empresas brasileiras com investimentos no continente (uma estratégia que o Brasil estranhamente deixou de seguir na China).

Ao passo que cresça a presença econômica do Brasil na África, a maneira como os africanos veem o Brasil irá, inevitavelmente, mudar. Embora a presença ainda seja muito menor de que a da Índia ou da China, o país precisa tomar cuidado para evitar alguns dos erros cometidos pelos chineses, que correm o risco de enfrentar retrocessos regionais. Há evidências anedóticas de que os brasileiros são benquistos em toda a África. Agora, o desafio é assegurar que, apesar de investimentos cada vez maiores – tais como o acordo de US$ 1 bilhão recentemente assinado pela Vale, para construir uma ferrovia em Malawi para transporte de carvão para Moçambique – o Brasil continue a ser visto como um parceiro, e não como um novo colonizador que busca apenas explorar os recursos continentais africanos.




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denilson
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Re: Geopolítica Brasileira

#12 Mensagem por denilson » Qua Nov 14, 2012 9:07 am

Lirolfuti, esses dois textos já foram publicados no tópico "Ameaça REAL ao Brasil".
Abraço
Denilson




Lirolfuti
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Re: Geopolítica Brasileira

#13 Mensagem por Lirolfuti » Qua Nov 14, 2012 5:04 pm

14 de Novembro, 2012 - 16:41 ( Brasília )
Geopolítica
Brasil promete apoio a força de paz na Síria
Segundo Patriota, ONU estuda possibilidade de enviar tropa ao território sírio e o governo brasileiro estaria disposto a participar da iniciativa.



LISANDRA PARAGUASSU

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, afirmou ontem que as Nações Unidas já estudam a possibilidade de enviar tropas de paz para a Síria e o Brasil estaria disposto a participar do esforço. Em entrevista no início da tarde de ontem, ao sair de um encontro com o chanceler de Angola, George Chikoti, Patriota explicou que o envio de tropas - os chamados capacetes-azuis da ONU - está sendo analisado pelo Departamento de Ações de Paz da organização.

"Sei que o Departamento de Operações de Paz das Nações Unidas, conhecido como DPKO, já está examinando hipóteses de deslocamento de tropas da ONU para região", disse o ministro. "O Brasil já contribuiu no passado e estaria disposto a considerar a possibilidade de participar de uma futura missão de paz", acrescentou.

O envio de tropas, mesmo para missões de paz e policiamento, precisa ser antes autorizado pelo Conselho de Segurança da ONU, órgão do qual o Brasil não faz parte, mas onde ainda tem influência, especialmente na relação com Índia e África do Sul e, agora, a Argentina, eleita recentemente para uma das vagas rotativas do órgão. Apesar do consenso internacional sobre a necessidade de conter o conflito na Síria, as ações contra o país no Conselho de Segurança da ONU têm esbarrado na resistência de China e Rússia, que vêm consistentemente vetando decisões mais duras, que possam resultar em ação militar, e mesmo condenações com textos mais fortes.

Apesar de o Brasil ser contra intervenções militares, mesmo restritas a ações como o bloqueio do espaço aéreo da forma que foi feito na Líbia, o chanceler avaliou que o Conselho de Segurança precisa dar condições ao enviado especial da ONU à Síria, Lakhdar Brahimi, de fazer um trabalho que leve ao cessar-fogo e à transição política no país, "com a possível participação de observadores e de uma missão de paz das Nações Unidas".

Patriota demonstrou preocupação com os acontecimentos recentes nas Colinas de Golan e na fronteira entre Síria e Turquia. No primeiro caso, Israel fez disparos de advertência contra a Síria depois que um projétil de morteiro foi lançado na direção das colinas e caiu perto de um posto do Exército israelense.

Na fronteira com a Turquia, diversos episódios têm aumentado a tensão entre os dois países e o governo turco aumentou a presença de tropas na fronteira. "Há a perspectiva de que o conflito comece a afetar os países vizinhos, e isso nos preocupa muito", disse o ministro. Ele cobrou o endosso da comunidade internacional ao chamado Comunicado de Genebra, feito em junho, que propõe impulsionar a formação de um governo transitório que inclua figuras do regime e da oposição, a fim de iniciar uma transição que acabe com o conflito sírio.

Patriota informou, ainda, que tem falado constantemente com Paulo Sérgio Pinheiro, o chefe da missão de investigação do Conselho de Direitos Humanos da ONU na Síria, e seu último relatório traz informações sobre abusos graves cometidos pelo governo de Bashar Assad, mas também pelos grupos rebeldes, o que considerou extremamente preocupante.

"É uma situação que continua a representar um desafio porque, embora a comunidade internacional reconheça que não deve haver militarização do conflito, a violência segue desimpedida, com altíssimo número de mortes, com a situação se agravando", afirmou.
http://www.defesanet.com.br/geopolitica ... z-na-Siria




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Re: Geopolítica Brasileira

#14 Mensagem por Sávio Ricardo » Sex Nov 16, 2012 1:19 pm

denilson escreveu:Lirolfuti, esses dois textos já foram publicados no tópico "Ameaça REAL ao Brasil".
Abraço
Denilson
É, é preciso ter um pouco de cuidado pra não confundirmos, atualmente, geopolitica no brasil com ameaça. :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

Abs




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felipexion
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Re: Geopolítica Brasileira

#15 Mensagem por felipexion » Sáb Nov 17, 2012 2:47 pm

BrasilPotência escreveu:ONG BARATA, SAFADA, tem que ser expulsa daqui, inventa artigos sensacionalistas, que poderiam gerar até um mal estar entre duas nações, quem sabe até implicassão com a ONU ou com o CS da mesma, tem que ser expulsa de terras Brasileiras e Venezuelanas. Não que eu apoie o regime do Louco CHavez, mas acusações falsas ao meu ver, os governos envolvidos precisam ser enérgicos nas represálias.
Se eu fosse postar todas as notícias falsas que leio/vejo, tomaria metade de minhas postagens.
Já cansei de ver:
"Vídeo denúncia, vejam antes que seja deletado" (A merda do vídeo gota d'água);
"Notícia bombástica: Começa a desocupação da tribo da puta que o pariu" (Essa acompanhada de uma fotomontagem de militares do BOPE-PMERJ e índios ao fundo chorando);
"Polícia começa o extermínio da tribo X";
"Chefe de tribo indígena chora ao saber que Belo Monte continuará a ser construída".

E por aí vai.
O sensacionalismo tomou conta da internet e o Facebook/twitter viraram terreno fértil para esse tipo de matéria.

Basta colocar as palavras massacre, polícia, genocídio e alguma "minoria oprimida" na ordem correta em um texto que vai surtir o efeito desejado.




[centralizar]Mazel Tov![/centralizar]
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