PROJETO ESTRATÉGICO GUARANI: VBR – MR 8X8

[FCarvalho]

Não sei se estou enganado, mas, a Remax parece não vai ter espaço nesse bldo, já que, ao menos nestas primeiras imagens, a torre remota é a original italiana da Leonardo.
O que mais a BID não vai colocar nos Centauro II...

[Túlio]

Quero só ver de onde vão tirar presupuesto pá dar uns tirinhos de vez em quando; se com os 105 do Leo1 já tá brabeza, como será com o Centauro, que usa a mesmíssima munição do Leo2? IMHO vai ser a mesma coisa aqui, bons carros para desfilar em Brasília no Sete de Setembro e dar umas voltinhas nas unidades que fazem eventos públicos no Dia da Cavalaria...

https://sol.sapo.pt/artigo/791623/costa ... ia-tanques
Costa bloqueia tanques

Portugal não tem uma única munição

Provavelmente, para alimentar a intervenção dos Leopard 2 na Ucrânia, a KMW terá de reabrir em plena laboração. O mesmo acontecerá para a produção das munições para os carros de combate, que são de fabrico específico. E essa poderá constituir outra das razões para o Governo português não avançar para o fornecimento dos tanques. «Nós até podíamos oferecer quatro ou cinco carros, mas nem temos munições. São caríssimas. As mais baratas custam 10 mil euros cada. Um carro de combate na Ucrânia dispara para aí 60 tiros por dia. Agora, imagine-se 300 carros [o número pedido por Zelensky] a fazerem tiro. Quem é que produz munições? Se os 300 carros dispararem 40 munições por dia, é fazer as contas [120 milhões de euros]. Imagine-se ao ano [quase 44 mil milhões de euros]! Mesmo que sejam 100 Leopard 2, que deve ser o máximo que se vai conseguir, porque os países estão a tentar fugir de uma vergonha. Se um carro pára por avaria e não há peças, fica abandonado. E há o medo de os carros caírem nas mãos dos russos, que descobririam logo os sistemas de alta segurança de que são equipados. Lá se ia o segredo. Basicamente, pode-se dizer que são bons carros para uma parada militar».

[FCarvalho]

Pelo que foi divulgado neste contrato, a CIO deverá fazer a transferência de tecnologia para a Imbel relativa as munições do Centauro II. O problema é como bem disseste. De que adianta fabricar as munições aqui se não houver recursos para fabricá-las, e mais ainda para os bldos operarem a contento dentro de um contexto de treinamento e formação de tripulações

Este é apenas um dos graves percalços que o EB ainda tem para solucionar, sem que se tenha no curto prazo qualquer menção a melhorias no orçamento para tanto. Não sei quantas munições o Centauro II carrega, mas só de se imaginar que não temos recursos nem para o 105mm, será que vamos conseguir produzir ao menos as quantidades necessárias para equipar uma mísera centena deles

Pior quando os novos tanques chegarem, o que deve multiplicar a demanda por 3 ou 4 vezes. E nem estou falando em reposição do que for gasto nos treinamentos anuais, que é o mínimo que se espera. Se vamos ter alguma reserva estratégica para todos estes blindados, veremos.

[Túlio]

Pelo que foi divulgado neste contrato, a CIO deverá fazer a transferência de tecnologia para a Imbel relativa as munições do Centauro II. O problema é como bem disseste. De que adianta fabricar as munições aqui se não houver recursos para fabricá-las, e mais ainda para os bldos operarem a contento dentro de um contexto de treinamento e formação de tripulações

Este é apenas um dos graves percalços que o EB ainda tem para solucionar, sem que se tenha no curto prazo qualquer menção a melhorias no orçamento para tanto. Não sei quantas munições o Centauro II carrega, mas só de se imaginar que não temos recursos nem para o 105mm, será que vamos conseguir produzir ao menos as quantidades necessárias para equipar uma mísera centena deles

Pior quando os novos tanques chegarem, o que deve multiplicar a demanda por 3 ou 4 vezes. E nem estou falando em reposição do que for gasto nos treinamentos anuais, que é o mínimo que se espera. Se vamos ter alguma reserva estratégica para todos estes blindados, veremos.

Mas o problema é justamente o 105: centenas de Leopard e M-60 chegaram aqui há um quarto de século e até hoje a Mun 105 não é nem foi produzida; o que nos levaria a crer que a 120, muito mais cara e complexa, o será?

[FCarvalho]

Mas o problema é justamente o 105: centenas de Leopard e M-60 chegaram aqui há um quarto de século e até hoje a Mun 105 não é nem foi produzida; o que nos levaria a crer que a 120, muito mais cara e complexa, o será?

Sim, justamente. Mas é como apontei. A CIO irá repassar tecnologia para produzir aqui as munições - não sei se todas as versões disparadas pelo Centauro II - pela Imbel.
Supõem-se que em algum momento o EB irá solicitar as verbas para tal produção na sua fábrica em seu orçamento. Talvez agora na PLOA de 2024 vejamos se isso acontece. Do contrário de que adianta ter comprado blindados se não comprarmos suas munições?
Os Leo 1A5 eram, e são considerados, uma compra de oportunidade, um tampão, e não se previa, até onde sei, a produção de munição para os do EB, apenas a compra. Daí que quando eles vieram para cá, trataram de comprar tudo o que tinha na Alemanha. E como os nossos CC disparam mal e porcamente, talvez, meia dúzia de tiro por ano, acharam que o que tinham em estoque era mais que suficiente, até arrumarem um substituto para ele. Mas como sempre, o plano não deu exatamente certo.
A situação agora é outra. Temos um bldo novíssimo que estará por aí nos próximos 40 anos, e temos a intenção de compra de novos CC agora com armas de 120mm. Não tem como o EB abrir mão de soluções de longo prazo para dar conta desta questão das munições. Daí a imposição de produção delas pela Imbel feita no projeto da VBC CAV.
Se vai dar certo, veremos.

[Túlio]

Tu mesmo disseste, meia dúzia de disparos (deve ser mais, claro, mas a ideia é coerente com o que sabemos): isso justifica a criação de uma linha de montagem que vai funcionar talvez duas horas por ano, se tanto? Quanto vai custar cada disparo, neste tipo de produção "semi-artesanal"? Muito mais do que EUR 10k, arrisco.

Lembrar, a IMBEL jamais fabricou sequer uma Mtr e não por falta de tecnologia ou capacidade mas por quem manda lá achar que as quantidades necessárias a tornariam exageradamente cara.

[gabriel219]

@Túlio, creio que o motivo principal para não produzirem munições 105 mm é o estado dos canhões dos blindados que compramos. M60 estavam só o caco e o Leopard 1BE e o 1A5 já sabes. Não vejo sentido em produzir M111, M735 ou M456, munições mais antigas que os próprios blindados.

Já 120 mm é diferente.

De toda forma, creio que a parceria deveria ser feita com a IMI, que produz excelentes munições 120 mm, inclusive MPAT. Aliás, produzem outras que podem ser fornecidas aqui e futuramente. Não duvide que haverá mais 125 mm e 120 mm na AL num futuro próximo, ainda mais com nosso "financiamento".

[FCarvalho]

Eu suponho que o EB esteja pensando que será possível manter uma linha de produção de acordo com um cenário de longo onde a maioria dos bldos será equipado com canhões de 120mm.
Até agora são 98 Centauro 2, podendo chegar a 221, e outros 67 VBC CC, conforme informado. Os CC obviamente podem passar de três centenas.
O problema que vejo não é produzir o suficiente para equipar estás quantidades, mas manter a linha aberta com lucro para a Imbel a partir do momento em que se tenha de repor o que for gasto anualmente em exercícios. Fora a manutenção de estoques estratégicos.
Se não mudar a atual linha de ação sobre treinamento e formação, além dos exercícios de praxe para as OM de cavalaria, todas elas, isso de produção no Brasil realmente não se justifica e menos ainda se mantém. A não ser que a ideia seja manter a Imbel operando no prejuízo.
A ver.

[Túlio]

(blablabla) A não ser que a ideia seja manter a Imbel operando no prejuízo.

Duas notícias que nunca li:

ROBERTO CARLOS é visto de sunga na Praia de Copacabana (veja as fotos); e

IMBEL fecha o ano com lucro (veja o demonstrativo)...


E @gabriel219 véio, supondo-se um total de 250 carros (Centauro + "MMBT") com Pç 120 e apenas 10 (dez) cartuchos para cada um, só aí temos EUR 10k (e não creio que APFSDS seja o mais barato, mas enfim) x 2500 = UM QUARTO DE BILHÃO DE EUROS de uma vez só. E nem falei de LAHAT 120 (que eu saiba é o mesmo 105 mas com sabot maior).

Sobre a parte final acho que é mais pro SMEoS, assim, me perdoes por não responder, apenas digo-te que divirjo.

[gabriel219]

@Túlio, eu acho estranho esse valor de APFSDS, pois já vi contrato de KEW-A2 por USD 5 mil. Provavelmente o custo disso deve ser de uma DM63, porém há equivalentes a ela mais barata, como a KEW-A2, K279, M338 e por ai vai, mas confesso a você que se for pra fabricar munição, temos que produzir somente as de treino, num primeiro momento.

Essas usamos o tempo todo e ainda podemos fornecer ao Chile.

A Elbit/IMI produz esse tipo de munição. Pra mim, o nosso parceiro para fabricar munições aqui deveriam ser eles, antiga ATK ou os Sul-Coreanos.

De resto, acho que o melhor é comprar mesmo de fora, sendo 3x o valor da maior ameaça, ou seja, uns 800 APFSDS considerando a quantidade de Leopard 2A4 e T-72B1. Não que vamos enfrentá-los, mas sim como parâmetro.

A M338 foi desenvolvida pra quebrar Kontakt-5 e é a munição fornecida aos Finlandeses e Poloneses. Deve arrebentar um Leopard 2A4 com a mão nas costas.

Ainda tem a K279, que dispensa comentários.

[FCarvalho]

(blablabla) A não ser que a ideia seja manter a Imbel operando no prejuízo.

Duas notícias que nunca li:

ROBERTO CARLOS é visto de sunga na Praia de Copacabana (veja as fotos); e

IMBEL fecha o ano com lucro (veja o demonstrativo)...

Ainda bem que eu também não.
O nosso histórico joga contra essa solução de fabrico de munição aqui.
Por outro lado, tendo a crer que o exército sabendo dos custos desta iniciativa tende a não se aferrar a ela de forma tal a inviabilizar aquisições no mercado externo a preços mais atraentes sempre que convir. Mesmo da própria Itália se for o caso.
O canhão do Centauro 2 dispara qualquer munição Otan. Isso significa que vamos ter muitas alternativas de vendedores de munições para equipar ele e eventuais CC.
Quanto a Imbel, só posso dizer que é lamentável. Fazer o que.

[FCarvalho]

Matéria Roberto Caiafa.

Centauro II, como ele é por dentro e por fora?
https://caiafamaster.com.br/centauro-ii ... -por-fora/

Não é informado a quantidade de munições carregadas no bldo, mas especifica-se que é guardada tanto no casco como na torre à ré, separadas da tripulação por elementos de proteção.

Se vamos produzir tudo o que está na figura, a ver.

[FCarvalho]

Não encontrei um tópico acerca do Centauro II do Exército Brasileiro, nem encontrei esta notícia, então aqui vai:

https://www.defesanet.com.br/br_it/noti ... -unidades/

Duas questões muito importantes para o futuro do EB como ressaltado na matéria do Defesanet.

Uma, qual o impacto direto desta aquisição e da chegada do Centauro II nas OM de cavalaria mecanizada nos demais projetos estratégicos do EB.

Dois, o que se poderá fazer em relação a substituição de toda a frota de EE-9, muito maior que a compra feita.

Os números expostos pelo EB dizem respeito a tentar mobiliar com algum esforço as 4 bda cav mec, com alguma sobra para o CIBld e escolas militares, talvez. Inf e cav blda e mecanizada ficam de fora desta conta.

Uma VBR Guarani 2.0 seria a solução?

A ver.

[arcanjo]

Projeto de blindado Centauro II é apresentado em feira de indústria de defesa



Rio de Janeiro (RJ) – Um equipamento que está em fase de aquisição pelo Exército Brasileiro foi apresentado na edição 2023 da LAAD Defence & Security, maior e mais importante feira de Defesa e Segurança da América Latina. A Viatura Blindada de Combate de Cavalaria Média Sobre Rodas 8×8 Centauro II deverá substituir o blindado Cascavel, modelo que é usado pelo Exército Brasileiro desde a década de 1970.

O Exército Brasileiro adquiriu duas amostras do Centauro II, que foram recebidas no fim de janeiro. Uma equipe do Centro de Avaliações do Exército (CAEx) está na Itália, sede do Consórcio CIO, para a avaliação da viatura. A previsão é que até o fim do ano as duas amostras do Centauro II cheguem ao Brasil para que o processo seja concluído.

O projeto de aquisição prevê a produção da plataforma veicular e da torre do canhão de 120 milímetros no Brasil, promovendo a geração de postos de trabalho qualificados, além da transferência de tecnologia e conhecimento para a indústria nacional, tanto para a produção quanto para o suporte logístico. "O Brasil estará preparado para a produção nacional de munições de 120 milímetros", reforçou Humberto Spinetti.

Durante a feira, o Comandante do Exército Brasileiro, General de Exército Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, recebeu uma maquete do blindado Centauro II. A entrega foi realizada pelo vice-presidente do Consórcio CIO (Iveco-Oto Melara) Giovanni Luisi, pelo presidente da IDV América Latina, Humberto Spinetti, e pelo presidente da Leonardo do Brasil, Francesco Moliterni.

Substituição da VBR-MSR EE-9 Cascavel

A aquisição da nova viatura blindada de cavalaria tem o objetivo de substituir o Cascavel. Durante algum tempo, os dois modelos serão usados simultaneamente, já que um contrato de modernização do Cascavel pode estender a vida útil das viaturas por mais 15 anos. "A ideia é que o Cascavel seja um meio de evolução até termos um número considerável da viatura Centauro", explicou o Diretor de Fabricação do Exército, General de Divisão Tales Villela.

Para o presidente da IDV América Latina, “é o início de um novo ciclo de aquisição de viaturas de cavalaria para missões de reconhecimento, adotando uma viatura que é o estado da arte em nível global".



https://www.defesabrasilnoticias.com/20 ... -ii-e.html

P.S. Acima, interessante imagem mostrando o 4º eixo esterçante do Centauro II.

abs.

arcanjo

[RobsonBCruz]

No Plano de Acolhimento das Viaturas Blindadas de Combate de Cavalaria Média Sobre Rodas 8X8 - Documento Anexo ao Boletim do Exército 18/23 de 05/05/23, consta a distribuição dos Centauros II, como se segue:

1º RC Mec (1ª Bda C Mec): 12
2º RC Mec (1ª Bda C Mec): 12
5º RC Mec (2ª Bda C Mec): 6
8º RC Mec (2ª Bda C Mec): 12
10º RC Mec (4ª Bda C Mec): 17
11º RC Mec (4ª Bda C Mec): 7
12º RC Mec (6ª DE): 6
17º RC Mec (4ª Bda C Mec): 12
19º RC Mec (3ª DE): 12

Total 96

Não estão contemplados:

3º RC Mec (3ª Bda C Mec)
7º RC Mec (3ª Bda C Mec)
13º RC Mec (11ª Bda Inf Mec)
14º RC Mec (15ª Bda Inf Mec)
15º RC Mec (9ª Bda Inf Mtz)
16º RC Mec (7ª DE)

Presumo que os RC Mec que receberão 12 unidades são do tipo II (2 SU) e que os RC Mec que receberão 6 são do tipo I (1 SU).