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4a Brigada Infantaria Leve (Montanha)

Enviado: Ter Set 13, 2011 7:28 pm
por FCarvalho
jauro escreveu:O futuro da 4ªBdaInfMtz é Infantaria Leve, então não faria sentido a doutrina da InfMec brotar de seus quadros.
Aproveitei esta resposta do Jauro, para aproveitar a ocasião e discutirmos mais a sério o assunto.

Se a 4ªBdaInfMtz é a unidade base do 11o BtlInfMth, que é especializado, e já li várias vezes, por aí, e aqui mesmo no fórum, que ela seria a grande unidade dedicada a guerra de mth, complementando a infantaria e o apoio de fogo/logisitica ao 11o Btlmth quando no TO, porque então, ao invés de transformá-la em uma bgda inf lv convencional, aproveitar toda a sua organização e formar nossa única e aceitável BgdaInfMth? (lembrar que a nossa "cordilheira dos andes" não é como a dos outros... :wink: )

Não acrediito que esta mudança seja tão ou mais dificil e custosa do que transformar a bgda em simples infantaria leve. Ademais, como a própria doutrina do EB prevê hoje, sua grande unidade básica de manobra deve ser a Bgda, e não um btl ou divisão. Pacere-me então que teriamos uma excelente chance de prover enfim nosso exercito com uma grande unidade com efetivos para atuação no TO de maneira convincente e efetiva, e não meramente ilustrativa, como hoje é o caso do 11o BtlMth.

grato pela atenção.

abs.

Re: Brigada Infantaria de Montanha

Enviado: Ter Set 13, 2011 7:49 pm
por Boss
Brasil quase não tem montanha, só tem morros.

Deveria ser Brigada Infantaria de Morro, a não ser que treine na Bolívia ou no Peru. :mrgreen:

Re: Brigada Infantaria de Montanha

Enviado: Ter Set 13, 2011 7:52 pm
por Guerra
FCarvalho escreveu:
Se a 4ªBdaInfMtz é a unidade base do 11o BtlInfMth, que é especializado, e já li várias vezes, por aí, e aqui mesmo no fórum, que ela seria a grande unidade dedicada a guerra de mth, complementando a infantaria e o apoio de fogo/logisitica ao 11o Btlmth quando no TO, porque então, ao invés de transformá-la em uma bgda inf lv convencional, aproveitar toda a sua organização e formar nossa única e aceitável BgdaInfMth? (lembrar que a nossa "cordilheira dos andes" não é como a dos outros... :wink: )
Acho que o Coronel Jauro disse que a 4ª bda deverá ser leve, porque na verdade a infantaria de montanha é uma infantaria leve. Mas independente da nomeclatura que ela vai receber quando as bda mtz forem extintas (ou transformadas), ela vai continuar sendo vocacionada para as operações na montanha.

Não acrediito que esta mudança seja tão ou mais dificil e custosa do que transformar a bgda em simples infantaria leve. Ademais, como a própria doutrina do EB prevê hoje, sua grande unidade básica de manobra deve ser a Bgda, e não um btl ou divisão. Pacere-me então que teriamos uma excelente chance de prover enfim nosso exercito com uma grande unidade com efetivos para atuação no TO de maneira convincente e efetiva, e não meramente ilustrativa, como hoje é o caso do 11o BtlMth.
Na verdade a bda de montanha praticamente já existe, porque além do 11 BI, o péssimo...digo 10º BI e o 12º BI (apesar do 12º não ser subordinado a 4ª bda, taticamente seria se fosse empregado) são unidades de montanha.
Mas ai entra algumas dificuldades. O 12 BI é montanha desde 82. Forma combatentes de montanha, mas por pouco não perdeu esse "status". E vive brigando para manter seus instrutores (guias de cordada e guias de montanha) que são qualificados no 11, pois o 11 tem carencia de instrutores.
Enfim, manter uma unidade especializada não é tão facil como parece. Por isso eu apostaria que as 3 unidades (11, 12 e 10) sejam transformadas em leves e as coisas fiquem cozinhando da forma como esta.

Re: Brigada Infantaria de Montanha

Enviado: Ter Set 13, 2011 8:54 pm
por jumentodonordeste
É uma boa pergunta...
O Brasil não tem muitas montanhas monstruosas, dá para fazer a instução de maneira competente?

Re: Brigada Infantaria de Montanha

Enviado: Ter Set 13, 2011 9:07 pm
por FCarvalho
Guerra escreveu:Na verdade a bda de montanha praticamente já existe, porque além do 11 BI, o péssimo...digo 10º BI e o 12º BI (apesar do 12º não ser subordinado a 4ª bda, taticamente seria se fosse empregado) são unidades de montanha.
Mas ai entra algumas dificuldades. O 12 BI é montanha desde 82. Forma combatentes de montanha, mas por pouco não perdeu esse "status". E vive brigando para manter seus instrutores (guias de cordada e guias de montanha) que são qualificados no 11, pois o 11 tem carencia de instrutores.
Enfim, manter uma unidade especializada não é tão facil como parece. Por isso eu apostaria que as 3 unidades (11, 12 e 10) sejam transformadas em leves e as coisas fiquem cozinhando da forma como esta.
Guerra, a bgda mth já existe no papel ou apenas doutrinariamente? porque operacional mesmo desconhceço qualquer atividade a este nivel da infantaria de mth no Brasil. Somente o que se divulga sobre as ações em terreno do 11o btlmth.

Quanto aos 10 e 12 btls, o que se divulga sobre o status desses blt's é de que continuam sendo infmtz comum e no caso de emprego no TO, seriam o apoio/reserva do 11o. Existe também a informação de que eles também poderiam operar como inf.mth, mas não conheço nada especificamente sobre o treinamento e formação destes para o caso de operarem naquele tipo de terreno.


Quanto a formação dos montanhistas, entendo ser de responsabildade do 11o, já há muito tempo, desempenhar-se como unde escola para tal missão, deixando aos demais btls a parte de operacionalização do aprendizado.

Aliás, continuo intrigado com esta afirmação de que estes demais btls são também inf.mth sem no entanto jamais ter visto qualquer propaganda dos mesmos por parte do EB, ao menos nesta condição. Mas pode ser que eu esteja por fora da questão mesmo.

Agora, se manter-se uma unidade especializada no nivel bgda é tão complicado assim, porque até hoje o EB mantem a Bgda Pqdt, ou as Aeromóvel? Creio neste sentido que as dificuldades de se manter uma bgda Mth sejam também as mesmas daquelas. E no entanto o EB não abre mão das mesmas, pelo contrário. Qual seria o critério para definir qual delas seria mais "dispensável" do que as outras?

abs.

Re: Brigada Infantaria de Montanha

Enviado: Qua Set 14, 2011 2:52 pm
por RobsonBCruz
Também acho que a 4ª brigada de infantaria deveria ser de fato nossa brigada especializada em montanha.

Não é porque não temos alpes, que não temos montanhas e a necessidade de uma GU especializada.

A especialização não tira a condição de brigada leve e essa combinação deveria ser estampada em sua denominação, como 4ª Brigada Leve - Montanha, assim como a 12ª é Leve - Aeromóvel.

Até a brigada paraquedista poderia receber um número e sua denominação passar, por exemplo, para 5ª Brigada Leve - Paraquedista

Aliás, mesmo considerando a evolução do EB com a implantação de brigadas mecanizadas (com as viaturas Uruveco/Guarani), entendo que as brigadas leves não especializadas deveriam ser motorizadas (ex: 14ª Brigada Leve - Motorizada), com uso intensivo de viaturas da família Marruá. Embora sejam fracas em proteção, garantem mais mobilidade.

Re: Brigada Infantaria de Montanha

Enviado: Qua Set 14, 2011 4:54 pm
por FCarvalho
RobsonBCruz escreveu:Também acho que a 4ª brigada de infantaria deveria ser de fato nossa brigada especializada em montanha.

Não é porque não temos alpes, que não temos montanhas e a necessidade de uma GU especializada.

É como eu disse, hoje o EB tem na bgda a sua unde de manobra básica. Então fica complicado você, por exemplo, convencer os politicos a investir alto em armas e material de montanha para equipar um único batalhão, com tantos outros no EB com as mesmas ou até maiores necessidades de recursos. E o pensamento raso vai no sentido de que "só um btl não ganha guerra sozinho não..."

A especialização não tira a condição de brigada leve e essa combinação deveria ser estampada em sua denominação, como 4ª Brigada Leve - Montanha, assim como a 12ª é Leve - Aeromóvel.

Concordo. É exatemante isso mesmo. Uma bgda de mth não teria na prática nenhum diferencial tão ostencivo na sua organização material e humana que a fizesse tão ou mais dispensiosa que outras bgdas especializadas do EB. A 4a Bgda inclusive se quer teria necessidade de receber ou modificar sua estrutura para tornar-se uma bgda leve; poderia-se no entanto adicionar mais um btl de inf a fim de torná-la quaternária, o que corroboraria os estudos doutrinários do próprio EM do exercito que indicam este ser o caminho da infantaria no fururo. No caso da artilharia de apoio, a questão seria a troca dos obuseiros M-101 pelos mais leves M-56, em comunalidade com as demais OM's do tipo no EB - muito embora eu acredite que o EB devesse adotar de vez para todas as undes inf leve os L-118 ou os LG 1 Mk III. Quanto ao nome da Bgda, acho que poderia ser este: 4ª Brigada Infantaria Leve de Montanha - Brigada Trandentes

Até a brigada paraquedista poderia receber um número e sua denominação passar, por exemplo, para 5ª Brigada Leve - Paraquedista

Aliás, mesmo considerando a evolução do EB com a implantação de brigadas mecanizadas (com as viaturas Uruveco/Guarani), entendo que as brigadas leves não especializadas deveriam ser motorizadas (ex: 14ª Brigada Leve - Motorizada), com uso intensivo de viaturas da família Marruá. Embora sejam fracas em proteção, garantem mais mobilidade.

Até onde sei, todas as om's leves de infantaria serão baseadas em viaturas motorizadas, contando com undes nível pel/cia de cavmec onde couber, como é o caso da pqdt.
Abs.

Re: Brigada Infantaria de Montanha

Enviado: Qua Set 14, 2011 5:20 pm
por RobsonBCruz
FCarvalho escreveu:
RobsonBCruz escreveu:Também acho que a 4ª brigada de infantaria deveria ser de fato nossa brigada especializada em montanha.

Não é porque não temos alpes, que não temos montanhas e a necessidade de uma GU especializada.

É como eu disse, hoje o EB tem na bgda a sua unde de manobra básica. Então fica complicado você, por exemplo, convencer os politicos a investir alto em armas e material de montanha para equipar um único batalhão, com tantos outros no EB com as mesmas ou até maiores necessidades de recursos. E o pensamento raso vai no sentido de que "só um btl não ganha guerra sozinho não..."

A especialização não tira a condição de brigada leve e essa combinação deveria ser estampada em sua denominação, como 4ª Brigada Leve - Montanha, assim como a 12ª é Leve - Aeromóvel.

Concordo. É exatemante isso mesmo. Uma bgda de mth não teria na prática nenhum diferencial tão ostencivo na sua organização material e humana que a fizesse tão ou mais dispensiosa que outras bgdas especializadas do EB. A 4a Bgda inclusive se quer teria necessidade de receber ou modificar sua estrutura para tornar-se uma bgda leve; poderia-se no entanto adicionar mais um btl de inf a fim de torná-la quaternária, o que corroboraria os estudos doutrinários do próprio EM do exercito que indicam este ser o caminho da infantaria no fururo. No caso da artilharia de apoio, a questão seria a troca dos obuseiros M-101 pelos mais leves M-56, em comunalidade com as demais OM's do tipo no EB - muito embora eu acredite que o EB devesse adotar de vez para todas as undes inf leve os L-118 ou os LG 1 Mk III. Quanto ao nome da Bgda, acho que poderia ser este: 4ª Brigada Infantaria Leve de Montanha - Brigada Trandentes

Até a brigada paraquedista poderia receber um número e sua denominação passar, por exemplo, para 5ª Brigada Leve - Paraquedista

Aliás, mesmo considerando a evolução do EB com a implantação de brigadas mecanizadas (com as viaturas Uruveco/Guarani), entendo que as brigadas leves não especializadas deveriam ser motorizadas (ex: 14ª Brigada Leve - Motorizada), com uso intensivo de viaturas da família Marruá. Embora sejam fracas em proteção, garantem mais mobilidade.

Até onde sei, todas as om's leves de infantaria serão baseadas em viaturas motorizadas, contando com undes nível pel/cia de cavmec onde couber, como é o caso da pqdt.
Abs.
Para a 4ª se tornar quaternária basta incorporar o 12ºBI de BH que hoje está vinculado diretamente à 4ªRM.
Os BIs da 4ª são o 10º de Juiz de Fora, o 11º de S.J.Del Rei e o 32º de Petrópolis.

Um abraço.

Re: Brigada Infantaria de Montanha

Enviado: Qua Set 14, 2011 5:53 pm
por Clermont
Tanto quanto sei, a 10ª Divisão de Montanha do Exército americano só é de "montanha" no nome, não sendo adestrada, especificamente, para esta função, sendo uma formação de infantaria ligeira, apta a lutar em qualquer terreno desfavorável a operações mecanizadas, montanha ou não.

Realmente, manter uma brigada inteira de tropas de montanha talvez esteja fora das possibilidades do Brasil, diante de outras prioridades mais necessárias.

Re: Brigada Infantaria de Montanha

Enviado: Qua Set 14, 2011 7:54 pm
por FCarvalho
Clermont escreveu:Tanto quanto sei, a 10ª Divisão de Montanha do Exército americano só é de "montanha" no nome, não sendo adestrada, especificamente, para esta função, sendo uma formação de infantaria ligeira, apta a lutar em qualquer terreno desfavorável a operações mecanizadas, montanha ou não.

Clermont, assim também como a 101a é pqdt só no nome e a 82a é aeromóvel também só no nome. O que faz uma GU ser especializada hoje para os americanos, na verdade é a deterrência de uma capacidade especifica de parte de suas tropas, que em caso de necessidade podem, eventualmente, atuar na forma solicitada, dependendo das necessidades táticas do TO a engajar.

Ademais, todas as om' de infantaria do US Army que não sejam Inf Blda ou Mec (Bgdas Stryker) atuam como infantaria leve. Mas toda infantaria leve, como o próprio nome já diz, pressupôe coerência entre a capacidade de deslocamento e poder de aplicação em cenários diversos. Por isso, não só o US Army, como outros exercitos, ainda resguardam certa capacidade de operar sua infantaria leve ora como pqdt, aeromóvel, mth ou naval, de acordo com suas conveniências. A idéia principal, sempre é dispor de capacidade e qualidade de aplicação de poder onde e quando necessário, na melhor forma possível.

Exemplo desta questão, foi a atuação da 123a Bgda do US Army, quando foi lançados por paraquedas, um btl com cerca de mil tropas ao norte do Iraque, em 2003, a fim de tomar um aeroporto e abrir caminho para o que seria a ponta de lança de uma nova linha de frente naquela área, o que de fato não chegou a acontecer. Mas é um exemplo clássico de como um exército dispendeu sua apacidade qualitativa para o envolvimento no TO onde e quando necessário. A bem da verdade, em combate, depois de Dien Bien Pu, 49 anos antes, este salto foi o último assalto em massa de pqdt's em combate, e dificilmente se verá outro destes em futuro previsível numa zona de combate. Mas nem só por isso os principais exércitos do mundo abrem mão de possuir GU de paraquedistas, ainda que nominalmente. O EB neste sentido não é diferente.

Resta-nos saber se, eventualmente, em nossas HE, no TO no qual estamos, vale a pena realmente dispor apenas de unidades especializadas somente em nivel Btl, como é o caso da Inf.Mth. Até porque, sabemos que a inf leve não é, e nem serve para sustentar combate, ou ocupar posições fixas; sua durabilidade no combate, é de até 48 horas, e pode ser objetivamente depreciada se não contar com o reforço próprio ou capacidade ofensiva/logistica necessária à sua manutenção no combate naquele período. No caso da Bgda Pqdt é ilustrativo desta condição, já que sua duração no combate é pouco maior, podendo durar no máximo 72 horas, isto en funçâo de sua organização atual. Assim, se os objetivos não tiverem sido alcançados, das duas uma: retira-se(salvar) as tropas, para poder lutar outro dia, ou assume-se o ônus da derrota e a perda inestimável de uma unidade de combate inteira(nivel btl). O que é menos pior no nosso caso?


Realmente, manter uma brigada inteira de tropas de montanha talvez esteja fora das possibilidades do Brasil, diante de outras prioridades mais necessárias.

Aqui volto a insistir na mesma tecla. Nós podemos sim manter uma bgda de montanha, simplesmente pelo fato de que ela já existe, com suas om's e recursos humanos. Falta-lhe apenas o atestado de nascimento. A 4a BgdaInfMtz é a raiz genética da infantaria de mth brasileira. Nela estão reunidos todos os elementos necessários a formação e operação da inf Mth em nível de GU. Temos uma unidade escola, que é o 11o BtlMth, e mais 2 BtlInf de para apoio, complementação e operacional. Troca-se o apoio de fogo, pelos M-56, padroniza-se o treinamento/qualificação em OpMth de ofic/graduados, naquelas om's e reorganiza-se a logistica de acordo com a competência geradora da unidade e pronto, temos uma Bgda de Inf de Mth. Sem stresse e sem gastar muito dos nossos míseros didins... afinal o que há de complicado nisto? Creio eu que nada. Falta-nos talvez, como sempre, vontade e metas claras.
Abs

Re: Brigada Infantaria de Montanha

Enviado: Qua Set 14, 2011 8:03 pm
por Guerra
FCarvalho escreveu:Guerra, a bgda mth já existe no papel ou apenas doutrinariamente? porque operacional mesmo desconhceço qualquer atividade a este nivel da infantaria de mth no Brasil. Somente o que se divulga sobre as ações em terreno do 11o btlmth.
Se existem os btls para se ter uma bda é só questão de coloca-los para operar juntos. Até onde eu sei, a bda seria empregada como infantaria leve, só que num terreno de montanha.
Quanto aos 10 e 12 btls, o que se divulga sobre o status desses blt's é de que continuam sendo infmtz comum e no caso de emprego no TO, seriam o apoio/reserva do 11o. Existe também a informação de que eles também poderiam operar como inf.mth, mas não conheço nada especificamente sobre o treinamento e formação destes para o caso de operarem naquele tipo de terreno.
O 10 eu não sei, mas o 11 e o 12 do soldado recruta ao comandante são todos habilitados ao combate de montanha. E as companhias tem material para isso.
Quanto a formação dos montanhistas, entendo ser de responsabildade do 11o, já há muito tempo, desempenhar-se como unde escola para tal missão, deixando aos demais btls a parte de operacionalização do aprendizado.
Aliás, continuo intrigado com esta afirmação de que estes demais btls são também inf.mth sem no entanto jamais ter visto qualquer propaganda dos mesmos por parte do EB, ao menos nesta condição. Mas pode ser que eu esteja por fora da questão mesmo.
O 12 forma montanhistas. Inclusive dá instrução de montanhismo para os bombeiros, PM, FAB. Tem uma pista dentro da unidade. Bem na entrada.

Agora, se manter-se uma unidade especializada no nivel bgda é tão complicado assim, porque até hoje o EB mantem a Bgda Pqdt, ou as Aeromóvel? Creio neste sentido que as dificuldades de se manter uma bgda Mth sejam também as mesmas daquelas. E no entanto o EB não abre mão das mesmas, pelo contrário. Qual seria o critério para definir qual delas seria mais "dispensável" do que as outras?
Vc não imagina o quanto é dificil. Até mesmo para essas bdas. Vamos pegar como exemplo a bda de operações especiais. A atividade começou no CIGS, depois capengou na bda pqdt, mais por insistência de um grupo do que pela boa vontade do escalão superior, e só agora é uma bda estruturada.

Re: Brigada Infantaria de Montanha

Enviado: Qua Set 14, 2011 9:15 pm
por RobsonBCruz
FCarvalho escreveu: Clermont, assim também como a 101a é pqdt só no nome e a 82a é aeromóvel também só no nome. O que faz uma GU ser especializada hoje para os americanos, na verdade é a deterrência de uma capacidade especifica de parte de suas tropas, que em caso de necessidade podem, eventualmente, atuar na forma solicitada, dependendo das necessidades táticas do TO a engajar.

Ademais, todas as om' de infantaria do US Army que não sejam Inf Blda ou Mec (Bgdas Stryker) atuam como infantaria leve. Mas toda infantaria leve, como o próprio nome já diz, pressupôe coerência entre a capacidade de deslocamento e poder de aplicação em cenários diversos. Por isso, não só o US Army, como outros exercitos, ainda resguardam certa capacidade de operar sua infantaria leve ora como pqdt, aeromóvel, mth ou naval, de acordo com suas conveniências. A idéia principal, sempre é dispor de capacidade e qualidade de aplicação de poder onde e quando necessário, na melhor forma possível.

Exemplo desta questão, foi a atuação da 123a Bgda do US Army, quando foi lançados por paraquedas, um btl com cerca de mil tropas ao norte do Iraque, em 2003, a fim de tomar um aeroporto e abrir caminho para o que seria a ponta de lança de uma nova linha de frente naquela área, o que de fato não chegou a acontecer. Mas é um exemplo clássico de como um exército dispendeu sua apacidade qualitativa para o envolvimento no TO onde e quando necessário. A bem da verdade, em combate, depois de Dien Bien Pu, 49 anos antes, este salto foi o último assalto em massa de pqdt's em combate, e dificilmente se verá outro destes em futuro previsível numa zona de combate. Mas nem só por isso os principais exércitos do mundo abrem mão de possuir GU de paraquedistas, ainda que nominalmente. O EB neste sentido não é diferente.

Resta-nos saber se, eventualmente, em nossas HE, no TO no qual estamos, vale a pena realmente dispor apenas de unidades especializadas somente em nivel Btl, como é o caso da Inf.Mth. Até porque, sabemos que a inf leve não é, e nem serve para sustentar combate, ou ocupar posições fixas; sua durabilidade no combate, é de até 48 horas, e pode ser objetivamente depreciada se não contar com o reforço próprio ou capacidade ofensiva/logistica necessária à sua manutenção no combate naquele período. No caso da Bgda Pqdt é ilustrativo desta condição, já que sua duração no combate é pouco maior, podendo durar no máximo 72 horas, isto en funçâo de sua organização atual. Assim, se os objetivos não tiverem sido alcançados, das duas uma: retira-se(salvar) as tropas, para poder lutar outro dia, ou assume-se o ônus da derrota e a perda inestimável de uma unidade de combate inteira(nivel btl). O que é menos pior no nosso caso?
O livro "GUERRA" relata o dia a dia de 1 pelotão no Afeganistão.
O pelotão em questão pertence a 173ª Brigada Aeroterrestre, sediada na Itália.
A unidade substituiu uma da 10ª Divisão de Montanha, que iniciou atuação na montanhosa região do vale do Koregal.
A unidade de infantaria aeroterrestre, assim como suas antecessoras e sucessoras, desdobrou-se naquela região durante 14 meses.

Re: Brigada Infantaria de Montanha

Enviado: Qua Set 14, 2011 9:37 pm
por Guerra
RobsonBCruz escreveu:O livro "GUERRA" relata o dia a dia de 1 pelotão no Afeganistão.
O pelotão em questão pertence a 173ª Brigada Aeroterrestre, sediada na Itália.
A unidade substituiu uma da 10ª Divisão de Montanha, que iniciou atuação na montanhosa região do vale do Koregal.
A unidade de infantaria aeroterrestre, assim como suas antecessoras e sucessoras, desdobrou-se naquela região durante 14 meses.
Sem apoio logístico? É disso que se trata o tempo mencionado.

Re: Brigada Infantaria de Montanha

Enviado: Qui Set 15, 2011 7:18 am
por cabeça de martelo
É claro que tinham apoio logistico, as tropas Norte-Americanas não se mexem um único metro sem apoio logistico. Para ser sincero a coisa mais parecida que o Exército Norte-Americano tem com os Pára-quedistas Brasileiros/Portugueses é o 75º Ranger Regiment. A 101ª Airborne Division é na verdade uma unidade Helitransportada e nem todos os militares que a compõem têm o respectivo curso. Na 82ª Airborne Division os militares são militares "normais" apenas com o curso de Pára-quedismo. Ora como qualquer um sabe, os Pára-quedistas não são apenas uns tipos que saltam de pára-quedas, mas sim militares de elite treinados de acordo com esse estatuto.

Eu acho que o que o Exército Norte-Americano fez foi apenas para poupar dinheiro, sem levar conta a capacidade real em combate dessas mesmas divisões.

O Exército Brasileiro tem brigadas com militares devidamente treinados para cumprir as missões para os quais unidades dessa natureza foram criadas.

Ex:

Brigada de Operações Especiais;
Brigada de Infantaria Paraquedista;
1º Batalhão de Infantaria de Selva (Aeromóvel);
12ª Brigada de Infantaria Leve (Aeromóvel).

Re: Brigada Infantaria de Montanha

Enviado: Qui Set 15, 2011 8:02 am
por Clermont
cabeça de martelo escreveu:
(...)

Para ser sincero a coisa mais parecida que o Exército Norte-Americano tem com os Pára-quedistas Brasileiros/Portugueses é o 75º Ranger Regiment.

(...)

Na 82ª Airborne Division os militares são militares "normais" apenas com o curso de Pára-quedismo. Ora como qualquer um sabe, os Pára-quedistas não são apenas uns tipos que saltam de pára-quedas, mas sim militares de elite treinados de acordo com esse estatuto.

Eu acho que o que o Exército Norte-Americano fez foi apenas para poupar dinheiro, sem levar conta a capacidade real em combate dessas mesmas divisões.
Mas, usar suas forças, tendo em vista as reais necessidades previstas de emprego, é da mais profunda sabedoria. Ainda mais, em tempos de dinheiro curto. Talvez eles poupem dinheiro, porque não acreditam na viabilidade de emprego de paraquedistas, em grandes fomações, acima de batalhão. Talvez por isso, apenas o Regimento Ranger seja, inteiramente qualificado para saltos, já que, raramente, emprega mais de um batalhão por vez. No tempo da Guerra das Malvinas, dos três batalhões que compunham o Regimento de Paraquedistas britânico, somente o 1º Batalhão era, efetivamente, de paraquedistas, em constante adestramento.

No tempo da intervenção americana no Panamá, ocorreu um salto de combate de um batalhão (não lembro mais se Ranger ou da 82ª Aeroterrestre) e, segundo se diz, apenas para que os militares pudessem ser condecorados com uma insígnia por pular de paraquedas em combate, pois não haveria nenhuma necessidade operacional que justificasse a ação.

Realmente, as vezes eu me pergunto se o custo de manter uma brigada inteira de paraquedistas (mais um batalhão de comandos e outro de forças especiais, não seria excessivo para o Exército brasileiro.