SisFron

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: SisFron

#226 Mensagem por Tchelo » Seg Abr 03, 2017 9:43 am

Se fosse apostar....apostaria no Chile.

Onde isso se encaixa?

:roll: A primeira fase do contrato será cumprida pela ELTA Systems Ltd., grupo subsidiário da IAI, e inclui sistemas de proteção a fronteira para quatro cruzamentos estratégicos de fronteira caracterizados por diferentes tipos de terreno.




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Re: SisFron

#227 Mensagem por knigh7 » Ter Set 12, 2017 11:07 pm

Na revisão do PEEx publicada hoje:

3.1.1.4 Prosseguir na implantação do SISFRON no CMO e iniciar no CMS.




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Re: SisFron

#228 Mensagem por knigh7 » Qui Abr 19, 2018 12:49 am

A matéria é de janeiro sobre o SISFRON. Bastante interessante sobre o status e suas perspectivas:
Cidades
05/01/2018 14:48
Exército admite atraso no Sisfron, mas anuncia expansão para MT e Paraná
Chefe do Centro de Coordenação de Operações do Comando Militar do Oeste reafirmou integração com forças estaduais e disse que sistema tem erros que precisam ser corrigidos

Helio de Freitas, de Dourados, e Kleber Clajus

Mesmo atrasado por corte nos repasses de recursos feitos pelo governo federal e por dificuldades na implantação da tecnologia, o projeto-piloto do Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteira) passará por expansão em 2018.

Iniciado na linha de fronteira entre Mundo Novo e Bela Vista, em Mato Grosso do Sul, o sistema já está sendo testado no Pantanal de Mato Grosso e em breve chega ao Paraná, no lago da Usina Binacional de Itaipu.

A expansão começou a ser feita mesmo antes de o projeto ser concluído na fronteira sul-mato-grossense, onde organismos de segurança pública reclamam da falta de utilidade do Sisfron para o combate ao crime organizado que age nos dois lados da Linha Internacional.

Ao Campo Grande News, o chefe do Centro de Coordenação de Operações do CMO (Comando Militar do Oeste), general Eduardo Paiva Maurmann, disse que atualmente o Exército trabalha para corrigir erros referentes a equipamentos desenvolvidos pela indústria nacional. “Neste ano a gente termina as diversas áreas de validação e integração da parte de comunicações e satelital”.

Precisa de melhorias – Segundo ele, o Sisfron não é um sistema simples e existem melhorias a serem feitas em radares. “Na segunda fase, já experimentamos o material no Pantanal do Mato Grosso e será ampliado ao Comando do Paraná, no lago de Itaipu. Pretendemos fechar o arco sul e oeste”. O oficial disse que no início de fevereiro deste ano haverá uma reunião para discutir a expansão
.

Sobre o atraso na implantação do sistema – o projeto-piloto recebeu só metade da verba prevista inicialmente e a conclusão estipulada para 2016 só deve ocorrer em 2018 – o general Maurmann disse que “anda na velocidade do que é possível”, tanto de recursos quanto de desenvolvimento. “Assimilar tecnologia não é tão rápido como comprar e ficar na dependência [dos estrangeiros]”.

O Sisfron foi desenvolvido pelo consórcio Tepro, formado por Savis Tecnologia e Sistemas S/A e OrbiSat Indústria e Aerolevantamento S/A, empresas controladas pela Embraer Defesa e Segurança.

Integração – No mês passado, o Campo Grande News mostrou que policiais estaduais e federais que atuam na região de fronteira criticam a ineficiência do Sisfron para a segurança pública, já que não existiria integração com o Exército. O ex-superintendente da Polícia Federal em MS, Edgar Paulo Marcon, chamou o Sisfron de “engodo”.

Para o general Maurman, no entanto, a integração com as forças de segurança ocorre principalmente na área de inteligência. “Temos dez pelotões especiais e esses dados são repassados para a Polícia Federal, Receita Federal e Polícia Militar. Já está funcionando”.

Segundo ele, antes não existiam esses pelotões especiais e o Exército atuava apenas através dos destacamentos, que tomavam conta do espaço físico.

“O Sisfron conta com recurso e efetivo de 44 militares dedicados a operações para levantamento de inteligência, interação com as comunidades, estabelecer postos de bloqueio e passar informações para que a gente opere ou os outros órgãos”, afirmou.

Sobre a comunicação via rádio, o oficial do Exército disse que o sistema que faz parte do Sisfron não é usado porque o governo de Mato Grosso do Sul decidiu adotar outro sistema, o “Tetra”, da Polícia Rodoviária Federal. “Mas não existe impedimento de integração. Não temos todas as antenas funcionando, mas elas permitem maior integração e isso independe do Sisfron”.

O novo Sistema de Radiocomunicação Digital, formado por 22 antenas já instaladas na região de fronteira, interligando 1.466 rádios portáteis, móveis e fixos da Secretaria de Segurança Pública, foi ativado no dia 11 de dezembro. Dos R$ 20,7 milhões previstos, R$ 13 milhões já foram aplicados pelo Estado.
https://www.campograndenews.com.br/cida ... t-e-parana




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Re: SisFron

#229 Mensagem por knigh7 » Dom Jan 13, 2019 7:46 am

Pela LOA de 2019 o SIFRON receberá R$310 milhões para investimento




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Re: SisFron

#230 Mensagem por FCarvalho » Dom Jan 13, 2019 12:58 pm

Não é o suficiente para manter o cronograma original do projeto.
A ver se ano que vem as coisas vão mudar, efetivamente.

Abs




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: SisFron

#231 Mensagem por FCarvalho » Qui Jan 24, 2019 7:35 pm

Um eventual conflito interno e/ou intervenção militar americana na Venezuela pode ser o tônico que faltava para o SISFRONT sair da zona de desconforto e atraso em que o projeto se encontra no momento.
E uma virada radical para o norte do Brasil deve ser algo em mente neste momento nos planos de contingência do EME e do EMCFA.
Mas ainda assim nada que seja exatamente uma surpresa dados os acontecimentos nos últimos meses por lá.
Resta saber se teremos cacife ou não para tomar as decisões e medidas necessárias e quiçá urgentes quando é se a hora chegar.
A ver.

Abs




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Re: SisFron

#232 Mensagem por gabriel219 » Sex Jan 25, 2019 6:29 am

Na minha opinião, o Sisfron precisa ser mais ambicioso, não apenas contando com postos de monitoramento, mas com pequenas unidades (Destacamentos, Pelotões e Companhia) ao longo da fronteira, equipadas o suficiente para reagir a qualquer tipo de ameaça e gostaria que fossem subordinados aos Comandos de Área e não as Brigadas.




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Re: SisFron

#233 Mensagem por FCarvalho » Sáb Jan 26, 2019 11:07 am

O SISFRONT é bem mais complexo, e completo, do que se possa imaginar.
Tropas, quartéis e sistemas ISR estão interligados.
O que não há até o momento é a alocação de verbas suficientes para o projeto andar dentro do prazo e condições estipulados.
Havia, ou ainda há, não sei, até mesmo o aporte de unidades da Avex é vants dentro do sistema.
Mas nada disso passou da fase de planejamento.
A questão logística se complicará cada vez mais ao longo do caminho para o norte do país.
Sem recursos normais e regularidade de oferta, o sisfront tende a repetir o calha norte.

Abs




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Re: SisFron

#234 Mensagem por arcanjo » Qua Ago 28, 2019 8:13 pm

Vigilância na fronteira
Previsto para estar totalmente operacional em 2035, o Sisfron irá monitorar quase 17 mil quilômetros da divisa terrestre brasileira com 10 países

https://1.bp.blogspot.com/-a40jHopAxBU/XWbSngTHk_I/AAAAAAAACqE/02BrnZrFvBAImUzCP4tHDrmcUXY65v5gACLcBGAs/s1600/068-072_Sisfron_282-0-1140px.jpg
Módulo que permite a transmissão de dados em campo, embarcado em viatura do Exército - Foto: Robson Cesco / Divulgação Embraer Defesa & Segurança

Por Domingos Zaparolli

Em aproximadamente seis meses, um trecho de 650 quilômetros (km) da fronteira brasileira com o Paraguai deverá contar com um sofisticado sistema de vigilância. Esse é o prazo estimado pelo Exército Brasileiro para que esteja 100% operacional a primeira fase do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron). Um dos principais programas em curso das Forças Armadas, o Sisfron vai utilizar de forma integrada um conjunto de radares, sensores e sistemas de comunicações para detectar e informar em tempo real a ocorrência de movimentação física na fronteira terrestre brasileira. O objetivo do sistema, visto por especialistas como um importante incentivo à indústria nacional, é permitir aos órgãos federais e estaduais de defesa e segurança coibir atos ilícitos como tráfico de armas e drogas, contrabando, roubos de cargas e veículos, crimes ambientais e conflitos fronteiriços.

O sistema de monitoramento se estenderá pelos 16.886 km que formam a linha limítrofe entre o Brasil e 10 países vizinhos. Quando estiver pronto, vigiará uma área de 2.553.000 km² – 27% do território nacional –, abrangendo 570 municípios em 11 estados brasileiros, do Amapá ao Rio Grande do Sul. O sistema foi concebido em 2011 e o compromisso inicial do governo federal era investir R$ 12 bilhões em 10 anos para concluir o projeto em 2022. Hoje é executado de acordo com o permitido pelo orçamento e o prazo se tornou mais longo – a previsão é de que seja finalizado em meados da próxima década.

A dificuldade de construir um sistema de vigilância como esse se deve a sua complexidade. Uma das características da fronteira brasileira é a diversidade geográfica. Existem desde trechos de floresta densa e rios caudalosos até áreas urbanas – onde uma rua marca a divisa entre países – e trilhas ermas facilmente transformadas em vias para o tráfico e o contrabando. Segundo o general de brigada Sérgio Luiz Goulart Duarte, gerente do Programa Sisfron, essa diversidade exige que as soluções tecnológicas para monitoramento e comunicação sejam adotadas conforme as características de cada localidade e da capacidade operacional dos diversos comandos militares.

Atualmente, a vigilância da fronteira brasileira é feita pela Polícia Federal (PF) nos postos legais e em conjunto com os respectivos comandos militares regionais do Exército nas demais áreas. Isso não vai mudar. Missões de vigilância são realizadas em saídas de rotina ou motivadas por informações e evidências colhidas de forma aleatória. Com o Sisfron, uma série de recursos eletrônicos coletará e transmitirá dados de forma contínua, permitindo uma resposta imediata.

https://1.bp.blogspot.com/-IgesxFAZtnI/XWbTBedDELI/AAAAAAAACqM/8qTn5lM5gcwSplVSrb7cS3RO66G3ls2ggCLcBGAs/s1600/068-072_Sisfron_282-3-1140px.jpg
Militares em uma unidade móvel de Comando e Controle do Sisfron - Foto: Robson Cesco / Embraer Defesa & Segurança

A base do Sisfron, tanto como ideia quanto como sistema, remonta ao Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam) e ao Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), projetos implementados na primeira década deste século e voltados ao monitoramento da região amazônica. A capacidade de empresas e instituições brasileiras projetarem um sistema do porte do Sisfron, segundo especialistas, é resultado, em boa medida, do fato de o país ter participado do desenvolvimento do Sivam junto com a fabricante Raytheon.

Nacionalização

A empresa Savis Tecnologia e Sistemas, do grupo Embraer Defesa & Segurança, é a integradora da primeira fase do programa, ou seja, a responsável pela convergência tecnológica e a gestão dos múltiplos fornecedores. “Estamos aplicando toda a capacidade desenvolvida pela Embraer em engenharia de sistemas aéreos para gerir um sistema de defesa terrestre”, declara o CEO da Savis, Nilson Santin.

A arquitetura tecnológica do Sisfron é a mesma adotada por países como Estados Unidos, Rússia, Israel e Alemanha para proteger suas fronteiras terrestres, com a diferença de que o sistema brasileiro é o único de grande porte em implementação atualmente. “É um sistema avançado, o que abre possibilidades mercadológicas para a Savis e para os fornecedores envolvidos no projeto”, diz Santin. O alvo em potencial da Savis e das empresas envolvidas no desenvolvimento do Sisfron são países que não contam com uma indústria de defesa estruturada.

Uma demanda do Exército brasileiro é alcançar o máximo de nacionalização possível nos equipamentos do Sisfron; a participação de conteúdo local, por ora, ronda a casa de 75% dos fornecimentos. A própria Savis, juntamente com a Embraer, é responsável pelo desenvolvimento de alguns dos principais equipamentos de monitoramento, como o hardware dos sensores Mage/Comint (Medidas de Apoio de Guerra Eletrônica/Communications Intelligence), que trabalham com softwares da alemã Saab Medav. O Mage/Comint é um sistema de captação de sinais eletromagnéticos que rastreia a comunicação via rádio, muito usado em guerra eletrônica.

https://1.bp.blogspot.com/-jkw-VGU0fNI/XWbTTlqpS7I/AAAAAAAACqU/Fb3aDxlI57YWs_cChrBrADTvQwx8ADbQACLcBGAs/s1600/068-072_Sisfron_282-2-1140px.jpg
Detalhe da tela com informações de radar - Foto: Exército Brasileiro

Outro desenvolvimento, totalmente nacional, é o radar Sentir-M20, capaz de detectar uma pessoa rastejando a 2 km ou andando a 10 km e um veículo blindado a 30 km. Como explica Fabio Caparica, diretor-executivo da Savis, a integração de sistemas permite uma operação onde o Sentir-M20 detecta o alvo e aciona uma câmera, que passa a acompanhá-lo. A informação transmitida em tempo real ao centro de comando possibilita a identificação do alvo e a tomada de decisão.

Subsidiária da israelense Elbit, a gaúcha AEL Sistemas, com sede em Porto Alegre, é a fornecedora de equipamentos optrônicos para o Sisfron, como câmeras multissensores de visão noturna e diurna, sensores termais e sistemas de visão noturna. Sergio Horta, CEO da AEL, explica que componentes e partes dos equipamentos são feitos em Israel – os brasileiros encarregam-se da montagem, integração e manutenção dos sistemas. “A ideia é que, no fim do ciclo de instalação, o Brasil possa manter os sensores em atividade, independentemente do fornecimento externo de assistência técnica ou mesmo de componentes”, informa.

O sistema de criptografia (transformação de um texto em código) e a autenticação (proteção da mensagem transmitida) adotados no Sisfron são produtos nacionais. O CommGuard é uma plataforma desenvolvida pela campineira Kryptus Segurança da Informação com o apoio da FAPESP. Roberto Gallo, CEO da Kryptus, avalia que é essencial um sistema de defesa adotar uma solução nacional de garantia de segurança de comunicações.

Gallo menciona que alguns dos sistemas vendidos por empresas de outros países contam, por determinação legal ou orientação de seus governantes, com mecanismos embutidos que permitem a interceptação da comunicação e acesso aos dados. Com isso, autoridades estrangeiras podem acessar informações sensíveis. “Um sistema de monitoramento de defesa com seu sigilo violado perde sentido estratégico, pode se tornar inútil”, afirma.

Imagem

Os professores Héctor Luis Saint-Pierre e Samuel Alves Soares, membros do Grupo de Estudos de Defesa e Segurança Internacional (Gedes), são céticos em relação à efetividade do Sisfron no combate a ações ilícitas na fronteira. “Existe um fascínio pela tecnologia que sobrepõe a estratégia”, diz Soares, que também é coordenador do Programa Interinstitucional de Pós-graduação em Relações Internacionais San Tiago Dantas.

Para o pesquisador, o investimento público em tecnologia de defesa é lento, limitado pela disponibilidade orçamentária. “A tecnologia, no entanto, está disponível no mercado para quem tem dinheiro, e quem tem é o traficante, que pode contratar sistemas que burlam as estruturas tecnológicas adotadas e recrutar pessoas treinadas pelo Exército, ex-soldados, para obter informações e desenvolver rotas alternativas”, destaca Soares.

Segundo Saint-Pierre, o tráfego terrestre de armas, drogas e mercadorias contrabandeadas se dá principalmente em pontos tradicionais de fronteiras, em que há infraestrutura e logística estabelecidas, e não em lugares ermos. “É um combate que se faz com inteligência e cooperação internacional”, declara. Para ele, mais do que novas tecnologias, efetivo é saber com antecedência por onde passará a mercadoria ilícita, quem são os agentes públicos facilitadores e como se dá a movimentação de recursos que financiam a operação.

O general Duarte, gerente do Sisfron, afirma que o sistema não substitui a necessidade do trabalho de inteligência nos pontos tradicionais de fronteira. Sua função é inibir o uso de rotas alternativas às convencionais, que já são vigiadas pelos órgãos de segurança pública. Segundo o militar, em 2016, quando já operava parcialmente, o Sisfron permitiu apreensões de 133 toneladas de drogas, cigarros, armamentos e munições por rotas alternativas em Mato Grosso do Sul. Em 2018, foram 204 toneladas. “O ideal seria estender o mais rápido possível o Sisfron por toda a fronteira nacional”, afirma.

https://1.bp.blogspot.com/-GUu_rDVWvDw/XWbT5G-BWKI/AAAAAAAACqk/vtu1Bz-XgEILqNv1y-7c5JWtOvFia7aGwCLcBGAs/s1600/068-072_Sisfron_282-1-1140px.jpg
Embarcação de reconhecimento e vigilância do Exército em missão no Lago de Itaipu, na fronteira com o Paraguai - Foto: Exército Brasileiro

Lenta implementação

A implantação do sistema avança vagarosamente. Quando foi projetado, a média de gastos anuais, apenas para implementação, foi calculada em R$ 1,2 bilhão. Os recursos efetivamente investidos desde o início do projeto, em 2011, no entanto, foram em média de R$ 204 milhões por ano. Em 2019 o orçamento previsto era de R$ 310 milhões. Após contingenciamento, ficou em R$ 220 milhões. “Estamos executando o projeto conforme o que é liberado pelo governo”, conta o general Duarte. O cronograma atual prevê a conclusão do Sisfron em 2035, quando o Amapá estará integrado ao sistema.

A fase 1 começou a ser implementada em 2015 e está 90% ativa, faltando a integração de áreas remotas que dependem de comunicação via satélite para a transmissão dos dados coletados aos centros de controle e comando em Dourados e Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. Dificuldade que o general Duarte acredita que será superada após a definição de uma negociação em curso para o uso do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC-1), controlado pela Telebrás e pelo Ministério da Defesa.

Para Roberto Gallo, que também preside a Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde), a restrição orçamentária não significa que o Sisfron será um sistema defasado tecnologicamente quando implementado, uma vez que, em cada fase, são compradas as versões mais atualizadas dos equipamentos. Além disso, ele destaca que a tecnologia de defesa é elaborada de forma a ser relevante por décadas e normalmente é dimensionada para estar mais de 10 anos à frente das soluções disponíveis no mercado civil, de forma que não possa ser facilmente burlada por traficantes, contrabandistas e outros criminosos que atuem em áreas de fronteiras.

FONTE: Revista Pesquisa Fapesp

https://defesabrasilnoticias.blogspot.c ... teira.html

abs.

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Re: SisFron

#235 Mensagem por FCarvalho » Qui Ago 29, 2019 12:26 am

O plano era finalizar em 2022. Passou agora para 2035. Um hiato de 13 anos.
Pelo andar da carruagem, se chegarmos a 2050 com metade do sistema em funcionamento já pode se dar por satisfeito.
Nem nos sonhos mais transloucados do EB o GF vai colocar mais de um bilhao por ano neste projeto.
Mais facil o sertão virar mar.

Abs




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Re: SisFron

#236 Mensagem por FCarvalho » Ter Mai 12, 2020 12:48 pm





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Re: SisFron

#237 Mensagem por FCarvalho » Ter Mai 12, 2020 12:52 pm





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Re: SisFron

#238 Mensagem por arcanjo » Qui Jun 11, 2020 10:08 am

SISFRON - Viatura Site Tático AM31

https://1.bp.blogspot.com/--Dm4rd_zuaA/XuIp7606X-I/AAAAAAAAGpA/4VwLlRxlZpkA_2jbTVU3JKBKcMi_8sb6ACK4BGAsYHg/s600/viatura_sisfron_3.jpeg
Viatura Site Tático AM31

Campo Grande (MS) - Em 1 de junho, segunda-feira, o 9° Batalhão de Comunicações e Guerra Eletrônica, recebeu a Viatura Site Tático AM31, do Sistema Rádio Troncalizado, proveniente de recursos do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras.

Esse meio proporcionará flexibilidade, mobilidade e amplitude no desdobramento desse importante sistema de comunicações em toda a área do Comando Militar do Oeste.

O funcionamento do Sistema Rádio Troncalizado é semelhante ao de uma central telefônica, isto é, por troncos. Realiza o gerenciamento eficiente dos canais de comunicações de forma que não existe a possibilidade em se visualizar, em seu uso, canais com muito e pouco tráfego.

https://1.bp.blogspot.com/-gZE-Ez9si7I/XuIqIoZXnnI/AAAAAAAAGpY/4HqFw6OFNNg33wMu9WWWoTK7EZWDgna_QCK4BGAsYHg/s450/viatura_sisfron_1.jpeg

https://1.bp.blogspot.com/-z_Hw-i322yo/XuIqTP3IeBI/AAAAAAAAGpo/kYmc1kuHSN46W4vQNysjjfY5Bv-G1v3fgCK4BGAsYHg/s450/viatura_sisfron_2.jpeg

FONTE: Comando Militar do Oeste

:arrow: https://www.defesabrasilnoticias.com/20 ... -am31.html

abs.

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Re: SisFron

#239 Mensagem por FCarvalho » Qui Jun 11, 2020 12:40 pm

Comunicações militares... um dos nossos maiores gargalos a serem sanados, e mesmo assim, pouco ou nada reconhecido em sua importância pelo público leigo que acompanha o tema Defesa.

abs




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Re: SisFron

#240 Mensagem por knigh7 » Ter Nov 24, 2020 5:16 am

Andamento do projeto e o orçamento para o ano que vem. Apresentado ao Congresso em outubro:
Vale ressaltar que o MD pede, na apresentação, que os programas estratégicos não sejam alvos de cortes nas análises dos congressistas:


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