SisFron

[FCarvalho]

A 2a e 16a respondem pela fronteira com Colombia, sul da Venezuela e Peru. Tem ao menos uns 10 a 15 PEF nessa linha que vai do norte do Amazonas ao leste do Acre. A 17a em Rondônia vai esperar na fila pelo jeito.
Até onde conheço o programa, a imensa maioria dos sistemas, hardware e software são nacionais. Mas mesmo assim os custos são muito altos devido à exiguidade de compras , logística cara e os produtos em si, que contém alto valor agregado no caso dos sistemas de comunicações e C2. Tudo isso deixa o SISFRON muito mais caro de manter e operar nesta fase de implantação.
De qualquer modo, haverá a necessidade de re-projetar o mesmo a fim de adaptá-lo à região norte.
Embora o SISFRON tenha muito de ISR e C4I em sua composição, é de se ressaltar que nada disso vale o investimento se as brigadas não receberem os vetores necessários para poder atuar no cenário em que estão localizadas. E isto pelo que vemos ano a ano em termos de investimento vai na contra mão do que se pretende com este programa.
Se quiserem mesmo que isso funcione direito, alguém vai ter que alertar uma hora o pessoal em Brasília que não adianta ter rádio e radar se não tiver fuzil e avião para fazer o trabalho sujo que ninguém quer.

[knigh7]

A situação fronteiriça aonde estão a 16ª e a 2ª Bdas de Selva deve estar mais grave.

[FCarvalho]

A situação fronteiriça aonde estão a 16ª e a 2ª Bdas de Selva deve estar mais grave.

Sempre foram. Mas como é quase tudo terra indígena, é mais complicado fazer qualquer coisa ali. São mais de 3 mil km de fronteira sem nenhuma presença efetiva do Estado brasileiro.
E tem muita gente aqui dentro e lá fora fazendo muita força para que assim permaneça "em favor da proteção dos povos indígenas".
Só esqueceram de perguntar a eles.
A ver quem vai ganhar esse arranca rabo. Vai ser briga de cachorro grande.

[knigh7]

[FCarvalho]

Apenas 4 lanchas. Como sempre, compras de oportunidade e a conta gotas sem qualquer tipo de planejamento a longo prazo e visando apenas tapar buracos de forma inexpressiva e que não alteram de forma alguma o status quo das capacidades de transporte fluviário do EB na região.
E ainda tem a cara de pau de dizer que está contribuindo com a cadeia produtiva.
Dá até para ver a cara de felicidade da marinha com esta encomenda gigantesca.
Chega a dar vergonha esse tipo de compra.

[FCarvalho]

Quando resolverem comprar VANT para o Sisfron na região norte me acordem. Ou nem me chama, se não forem pelo menos umas duas dezenas.

[knigh7]

No tocante ao SISFRON, o PEEx 2024-27 traz uma novidade: eles congelaram a expansão dele aonde abrangem a 17ª e a 2ª Brigadas de Infantaria de Selva e irão instalar na área da 1ª Brigada de Inf Slv, leia-se Roraima.

O restante não foi alterado: continuidade da instalação dele na área da 18ª Bda de Fronteira (MS), 13ª Bda Inf. Mtz (todo MT) e da 15ª Bda de Infantaria Mecanizada (PR).

[FCarvalho]

A 17a Bda Inf Sl abrange o estado de Rondônia com sua responsabilidade se estendendo ao vizinho estado do Acre, com os dois BIS lá postos, em Rio Branco(4o BIS) e Cruzeiro do Sul(61o BIS). Há ainda o 54o BIS em Humaitá, no sul do Amazonas, e o 6o BIS em Guajará-Mirim, na fronteira com a Bolívia. Em Porto Velho existe ainda a 17a Cia Inf Sl, que com alguma sorte, talvez, seja transformado em BIS no longo prazo afim de completar adequadamente aquela GU. Aqueles dois BIS acreanos também são comandos de fronteira, assim como o 6o BIS em Rondônia. A brigada prevista para ser instalada no estado do Acre jamais saiu do papel.

Supondo que esta expansão do SISFRON até 2027 seja abrangente a todas as OM da brigada, espera-se então que os dois estados sejam aquinhoados com os sistemas e equipamentos necessários. O que do ponto de vista material e humano, irá resvalar na necessária e urgente reorganização de toda a 17a Bda Inf Slv.

A chegada do SISFRON à fronteira norte exigirá um sem números de adaptações e organização de todas as OM envolvidas no mesmo, a fim de que sua efetividade seja tão real quanto crível. Se isto suscitará, também, a criação de mais uma brigada no estado do Acre, como planejado, a ver.

A 2a Bda Inf Sl é responsável pela fronteira com a Colômbia (cabeça do cachorro) e o sul a Venezuela até o limite com o estado de Roraima. Ela dispõe apenas de dois BIS, sendo o 5o BIS em SGC e o 3o BIS em Barcelos. Aquele primeiro batalhão também é um comando de fronteira. Esta é apenas um das GU a nível brigada que são incompletas.

A região do Alto Solimões, responsabilidade do respectivo comando de fronteira, baseado no 8o BIS em Tabatinga, está afeta à 16a Bda Inf Sl em Tefé, na qual também há o 17o BIS. A extensão da linha de fronteira sob sua responsabilidade abrange todo o Vale do Rio Javari, desde o limite entre os estados do Amazonas e Acre ao sul até Tabatinga, indo até o PEF de Vila Bitencourt mais ao norte. São cerca de 1100 km de fronteira com 4 PEF e 1 DestFrt. A área não foi contemplada no futuro PEEx.

A 22a Bda Inf Sl em Macapá, é responsável por toda a fronteira com Suriname, sul da Guiana e Guiana Francesa, e pela defesa da foz do Rio Amazonas. Esta GU não foi contemplada no PEEx que se seguirá. São 3 BIS, a saber o 34o BIS\Comando de Fronteira Amapá em Macapá, o 2o BIS em Belém e o 24o BIS em São Luís, MA. Esta grande unidade, é também uma das brigadas incompletas da região, carecendo de SU básicas para a sua existência enquanto unidade militar.

Admita-se que esta evolução para a região norte não estava planejada para este próximo PEEx, e esta decisão só foi tomada pela surpresa com que o alto comando do EB foi pego em função do imbróglio criado pelo presidente venezuelano com a Guiana. De outra forma, o planejamento anterior previa o desdobramento deste sistema apenas no final desta década e início da próxima na Amazônia.

Me parece que se a ideia era forçar uma evolução do SISFRON tendo em vista robustecer a fronteira com a Venezuela e Guiana, seria lícito propor a inclusão prioritária da 1a, 2a e 22a brigadas de infantaria de selva, de forma a organizar e dotar por completo todas as unidades necessárias para a defesa daquele perímetro ao mais ao norte do país como as OM que lhe fazem jus.

Seria de bom proveito assumir a necessidade de completar todas aquelas três brigadas de selva com as SU que faltam em cada uma, de forma a não tornar a implementação do SISFRON letra morta desde o início, uma vez que este sistema não tem objetividade sem o apoio obrigatório nas OM sediadas na região, além dos desdobramentos em material e pessoal que suscitará para sua operação na íntegra. E estamos em dívida com uma e outra coisa ao mesmo tempo.

Como o EB irá solucionar esta questão, e em tão pouco tempo, a ver.

[knigh7]

Cometi um equívoco. Foi nas instalações da 16ª Bda que o planejamento foi suspenso e não na 17ª. Esta última já seria numa fase posterior.
Então o EB suspendeu na 2ª e 16ª Bdas o programa para concentrar a implantação em Roraima.

[FCarvalho]

A implementação do SISFRON em Roraima se não vier junto com o reforço e remodelamento das tropas no Estado, de pouco ou nada adiantará. A 1a Bda tem apenas um único batalhão para todo o estado, o 7o BIS. E nada indica que haverá alterações quanto a este aspecto. Um único btl para cobrir todo estado. Se isto não é negligência, desleixo ou simples indiferença, eu não sei o que é.

O 55o Btl Inf localizado em Minas gerais não faz parte de nenhuma GU, seja a 4a Bda Mth ou outra. Assim também o 32o Btl Inf Mth, localizado no RJ, mas subordinado àquela GU. Duas OM que poderiam facilmente ser removidas para onde são de fato necessárias, ou seja, Roraima, a fim de que tivéssemos naquele estado uma brigada de fato.