Fuzis Anti-Material - Doutrina e Operação

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: Fuzis Anti-Material - Doutrina e Operação

#121 Mensagem por Clermont » Ter Jan 06, 2015 6:29 pm

Túlio escreveu:O cara com o Fz sou eu (...)
Jura?

Eu pensei que fosse o Tony Tornado... :mrgreen:
(...) uma arma assim foi pensada primordialmente para causar dano a materiais e instalações inimigos (...)
Vendo alguns destes combates de rua na Síria e Iraque, com longas colunas de viaturas leves tipo Jipe, passando pra lá e pra cá, fiquei com a impressão de que uma companhia de infantaria seria bem servida com uns três fuzis desse tipo. Guarnecidos não por atiradores de elite, com seu treino dispendioso, mas por soldados comuns, com um adestramento específico.

Deve ser mais barato tirar de ação uma viatura levemente blindada com um tiro de .50 (ou até de calibres maiores) do que disparando um rojão antitanque de um "Carl Gustav" 84 mm.




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Túlio
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Re: Fuzis Anti-Material - Doutrina e Operação

#122 Mensagem por Túlio » Ter Jan 06, 2015 7:00 pm

Tony Tornado é SODAS... :lol: :lol: :lol: :lol:

De resto, Clermont véio, as circunstâncias que citas são válidas apenas para determinados TOs. Como eu falei...




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Re: Fuzis Anti-Material - Doutrina e Operação

#123 Mensagem por FCarvalho » Ter Jan 06, 2015 8:05 pm

Por se tratar de armas anti-material é que eu sempre entendi o uso, também, de calibres maiores que o .50 pelas ffaa's brasileiras, como este 20mm sul-africano.
É claro que esse tipo de arma não é algo que se produza aos milhares para se distribuir entre as tropas comuns, mas também acredito que não se possa restringi-las a um punhado de sujeitos que só aparecem de vez em quando para salvar a mocinha do filme... :?
Sou de opinião que no Brasil tropas como os pqdt, aeromóvel, leve, mth e fuznvs deveriam dispor em seus btls de inf, no mínimo, de uma equipe armada com este tipo de fuzil, agregada ao cmdo do btl.
Sempre existem alvos de valor em uma linha de contato neste nível que podem ser melhor tratados por este tipo de equipamento, como por exemplo, o próprio fuzil uruguaio mostrado aqui. Que apesar de ser de repetição, tem/teria com certeza, inúmeras possibilidades de emprego naquelas tropas.
Mas me parece que qualquer coisa que não seja comum, na cultura do EB também não serve para para tropas ditas comuns.

abs.




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: Fuzis Anti-Material - Doutrina e Operação

#124 Mensagem por LeandroGCard » Ter Jan 06, 2015 8:24 pm

Clermont escreveu:Deve ser mais barato tirar de ação uma viatura levemente blindada com um tiro de .50 (ou até de calibres maiores) do que disparando um rojão antitanque de um "Carl Gustav" 84 mm.
E o alcance efetivo também é consideravelmente maior.

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Re: Fuzis Anti-Material - Doutrina e Operação

#125 Mensagem por Marechal-do-ar » Ter Jan 06, 2015 10:21 pm

Mas, vamos falar a verdade, um fuzil com 1,5m de comprimento e entre 10kg e 15kg não tem nada de prático, além do mais, só é útil contra jipes que ninguém em sã consciência manda para a linha de frente, contra pessoal os atiradores de elite tem preferido outro calibre, o .338 lapua, e contra um blindado 6x6, por exemplo, o Carl Gustav se sai muito melhor que qualquer .50.




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Re: Fuzis Anti-Material - Doutrina e Operação

#126 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Jan 07, 2015 9:09 am

Túlio escreveu:
cabeça de martelo escreveu:Uma Barret deve ser bem mais capaz do que esse projecto, basta ver o aspecto menos rubusto da arma em questão. Vocês também têm material Francês do bom!

O cara com o Fz sou eu e te garanto que ele é BEM robusto, Hammerhead. Monotiro e 13 kg...

Sobre o Barret ser "bem mais capaz", eu perguntaria se estás falando em um TO como o que os ianques e tropas da Europa no Oriente encontraram? Aí sim, para aquele emprego, ou seja, antipessoal/cobertura de longa distância a frações de tropa desmontadas, então concordo; só que não é nem de longe o emprego para o qual se desenvolveu este tipo de arma. Notes o título do tópico, "Fuzis Anti-Material - Doutrina e Operação": uma arma assim foi pensada primordialmente para causar dano a materiais e instalações inimigos, o emprego contra guerrilheiros e terroristas é decorrente de condições muito específicas e inerentes ao modo ocidental de lutar no OM. Lá sim, é pouco provável que se resolva uma treta com um só disparo, melhor ter um semi; na maioria dos outros casos, vale a máxima One Shot, One Kill... :wink: 8-]


Túlio, estas armas em 12.7mm foram realmente projectadas e pensadas para serem usadas contra viaturas e/ou edificios. Todos sabemos dos CC Iraquianos que foram destruidos por um sniper dos Fuzileiros Norte-Americanos, mas também sabemos dos recordes de distância que foram batidos no Afeganistão usando estas meninas e outras em 12.7. Também é bastante evidente que apesar do preço relativamente acessível das munições em 7.62x51mm frente às 338 Lapua Magnum, as segundas têm andado a ganhar o seu espaço nos Exército da OTAN. No entanto mesmos nos Exércitos onde estas meninas em 338 Lapua Magnum são usadas em larga escala pelos snipers, as 12.7 continuam parte do seu arsenal. Se olharmos os projectos de espingardas de sniper em 12.7mm, vemos rápidamente que os pedidos são para armas semi-automáticas (AS50, M107A1, etc), por isso é que eu digo que armas monotiro nesse calibre não parece-me a melhor opção. É claro que para um país como o que produz a arma em questão é óptimo porque consegue algo feito em "casa". Para terceiros, a arma não trás esses beneficios, como tal seria uma opção racional para um país como o Brasil? Eu penso que para as Forças Armadas Brasileiras seria importante ter algo do género feito aí, mas se não há então que se procure o que é melhor no mercado internacional.




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

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Re: Fuzis Anti-Material - Doutrina e Operação

#127 Mensagem por Túlio » Qua Jan 07, 2015 10:21 am

PUTZ, filmezito ianque, cupincha? Já falei, o TO deles é bem outro! É quase uma ação Policial, o Sniper pode se dar ao luxo de manter a posição e seguir destroçando a mendigada e suas pick-ups; manda eles fazerem isso com uma coluna Militar de verdade! :lol: :lol: :lol: :lol:

Pois é aí que a kôza fede, é um disparo e dar no pé para outra posição, pois o "minuto maluco" (mad minute) começa em seguida e é suicídio manter a posição...




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Re: Fuzis Anti-Material - Doutrina e Operação

#128 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Jan 07, 2015 10:57 am

O video foi só para conheceres um pouco melhor uma dessas novas meninas semi-automáticas 12.7mm.

Também há o video de um adolescente a disparar a mesma arma ou a mulher do dito instrutor de tiro tático.




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Re: Fuzis Anti-Material - Doutrina e Operação

#129 Mensagem por Túlio » Qua Jan 07, 2015 11:09 am

Sem problemas, HAMMERHEAD! Apenas para aclarar, não disse que tem um baita recuo ou que pesa pra burro (tem uma versão com uns 10 kg apenas), o que quis dizer é que vejo pouca vantagem tática em se PODER efetuar uma sequência de disparos mas, num TO de verdade (contra uma coluna Militar treinada, por exemplo), na prática mal se poder efetuar UM para logo em seguida trocar de posição (claro, se a gente não é KAMIKAZE... :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: )




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Re: Fuzis Anti-Material - Doutrina e Operação

#130 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Jan 07, 2015 12:15 pm

Como tu disseste, depende muito do TO e do In. :wink:




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Re: Fuzis Anti-Material - Doutrina e Operação

#131 Mensagem por Túlio » Qui Jan 08, 2015 1:42 pm

Com In queres dizer o que nosso Exército chama de FA (Força Adversa), correto?




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Re: Fuzis Anti-Material - Doutrina e Operação

#132 Mensagem por cabeça de martelo » Qui Jan 08, 2015 2:22 pm

Afirmativo.




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Re: Fuzis Anti-Material - Doutrina e Operação

#133 Mensagem por cabeça de martelo » Qui Jul 16, 2015 11:21 am





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Re: Fuzis Anti-Material - Doutrina e Operação

#134 Mensagem por cabeça de martelo » Qui Jul 23, 2015 8:36 am

Snipers Húngaros durante um treino com snipers Portugueses e Alemães:

Imagem




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Re: Fuzis Anti-Material - Doutrina e Operação

#135 Mensagem por CFB » Qua Nov 02, 2016 11:21 pm

vitor freitas escreveu:Esses abaixo são os Fuzis que o Exercito tem que são anti-materiais.

Fotos da Brigada de Operações Especiais..

Fuzil Sniper BARRET com luneta NAPVS 10

Imagem
http://tropaselite.t35.com/brasil-snipe ... BARRET.jpg

- Emprego: anti-material (cabines de GE, casamatas, Vtr Blindadas, tropa, etc).
- Alcance eficaz: 1500m / máximo: 3800m
- Calibre: .50 (munição especial – Lapua HAUFOSS NMTP 140/160 ou Lapua HAUFOSS 12,7mm x 99 SG e SGT)
- Fabricação: USA
- Carregador: 10 tiros
- Peso: 11,9 Kg
- Vida útil do cano: 3000 tiros

Fuzil Sniper M24 com luneta Leopold (8,5 – 25 X – 50mm)

Imagem
http://tropaselite.t35.com/sniper_m24_gun.jpg

Fuzil Sniper SIG SAUER 3000 com luneta Leopold (8,5 – 25 X – 50mm)

Imagem
http://tropaselite.t35.com/BRASIL113.jpg

Fuzil Sniper ULTIMA RATIO com luneta Leopold (8,5 – 25 X – 50mm)

Imagem
http://tropaselite.t35.com/brasil-brig- ... ics-12.jpg
Desculpe te incomodar, mas voce em alguma noção da quantidade destes fuzis que o EB possui?




Apesar de todos os problemas, ainda confio no Brasil
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