cabeça de martelo escreveu: ↑Dom Ago 20, 2023 5:40 am
Sem aviões, sem helicópteros, sem meios ou possibilidades de "saltar atrás das linhas inimigas", como é de praxe a qualquer tropa paraquedista, sobrou aos paras ucranianos resolver-se como tropa de infantaria comum dentro da estratégia do exército ucraniano.
Uma lástima que não se possa fazer nada além do que bater de frente com as trincheiras e artilharia russa.
Têm isso tudo o que dizes, mas seria suicídio tentar algo.
As VDV Russas estão na mesma situação.
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É uma guerra estranha, muito estranha. Tem clima e ares de um século anos atrás, onde a artilharia, todas elas, dão o tom para as operações, junto com as trincheiras, e ao mesmo tempo apresenta retorques futuristas do século XXI. E a infantaria meio que perdida no meio de tudo isso tentando se adaptar o mais rápido e o melhor que pode.
Me parece que os ucranianos, pelo pouco que sei dos seus meios aéreos, principalmente helos, não os possuem em quantidade e qualidade necessários para fazer um simples assalto a nível companhia, ou até pelotão, como os Bavex aqui do EB treinam vez em quando, já que lhes é mister ter tal capacidade básica.
E sem poder fazer realizar ao menos operações aéreas a nível tático, não existe como mudar o status quo da linha de frente a não ser por estes ataques insanos frente a frente, a la Somme. Como disse, é uma guerra estranha, muito estranha.
O mais interessante disso tudo é o que os ucranianos não reclamaram até agora, não de público, por mais helos de transporte e ataque, para além do pouco ou quase nada que lhes restou. Tudo bem que o TO está repleto de um emaranhado de redes de AAe em todos os níveis, mas, russos e americanos nunca deixaram que isso por si só fosse um impeditivo para suas atividades paraquedistas, elaborando planos, táticas e estratégias a fim de contornar tais obstáculos, naturais em uma guerra entre aqueles duas potências.
Pelo jeito, na prática, os russos não querem se dar o trabalho de assumir potenciais perdas em assaltos gigantescos como as VDV são capazes de realizar a título de amparar suas posições, ou modificá-las no cenário ucraniano. E eles possuem todos os elementos militares necessários para fazer frente à oposição ucraniana, que não tem capacidade hoje de impedir uma "invasão aerotransportada" de seus país em níveis soviéticos. As perdas, com certeza haveria de lado a lado, mas, hoje parece que ninguém está com disposição de arcar com as mesmas. Ainda que os ganhos sejam justificáveis.
Ainda acredito que o único jeito de mudar rapidamente as linhas de defesa russas é por trás. Mas como disse, os ucranianos não tem e\ou não querem arriscar os poucos meios, e tropas, que possuem em operações para as quais não se tem certeza do resultado.
Quando será que Hércules, Black Hawk e Apache irão entrar para a lista de pedidos de Kiev...
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Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
A. Sapkowski
participa na Cooperação Bilateral "Airborne Cross Training" e no "Special Operation Regiment" na Bélgica
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