Notícias Aeroespaciais

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#1 Mensagem por Brazilian Space » Seg Mai 10, 2010 12:37 pm

Simulação em Túnel de Vento

Olá amigos!

Segue abaixo uma matéria publicada na nova edição da Revista Espaço Brasileiro (Jan. Fev. Mar. de 2010) destacando que o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) vem desenvolvendo um projeto de simulação em túnel de vento visando assegurar maiores condições de segurança durante às operações de lançamentos do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA).

Duda Falcão
(blog Brazilian Space)
http://brazilianspace.blogspot.com/

IAE

Simulação em Túnel de Vento

Projeto visa assegurar condições de segurança nos lançamentos,
na região do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA),
por meio de escoamento de ar


Entre 1998 e 2001, o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), por meio da Divisão de Ciências Atmosféricas (ACA), teve um projeto de pesquisa financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paul (FAPESP) cujo o objetivo era estudar a modificação do escoamento atmosférico do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), localizado no litoral norte do estado do Maranhão.

“Os ventos, nessa região são muito fortes, com velocidades médias de até 10 metros por segundo próximo à superfície e interferem no lançamento de veículos espaciais, como foguetes de sondagem e o Veículo Lançador de Satélites (VLS)”, explica o pesquisador titular da ACA, Gilberto Fisch. Na ocasião, foram coletados dados que geraram os primeiros resultados para se conhecer a estrutura do vento local.

A partir desses dados, conclui-se que para se obter um detalhamento da atmosfera seriam necessárias não apenas medidas de campo, mas principalmente uma investigação do comportamento do vento, com o uso de ensaios experimentais em túneis de vento e modelos matemáticos. Essa ação motivou a identificação de novos parceiros, alunos e pesquisadores que pudessem contribuir para o incremento desse estudo, e a ampliação do projeto inicial.

Simulação - O projeto Pós-Grupo de Pesquisa, financiado pela Agência Espacial Brasileira (AEB), intitulado “Adequação do Túnel Aerodinâmico TA-2 para simulação da camada limite atmosférica do CLA”, está em pleno andamento. Desenvolvido pela Divisão de Ciências Atmosféricas (ACA) e pela Divisão de Aerodinâmica (ALA) do IAE, a iniciativa visa assegurar condições de segurança na ocasião de lançamento de veículos como o VLS, através da caracterização do escoamento de ar (vento) na região do Centro. Um dos motivos é que a plataforma de lançamento de foguetes está localizada próxima à costa (150m) e as trajetórias dos foguetes, principalmente foguetes de sondagem, sofrem a influência da turbulência causada pela modificação do perfil do vento que sopra do oceano para o continente.

O estudo é resultado da tese de doutorado desenvolvida pela doutora Luciana Marinho Pires, por meio do Programa de Pós-Graduação em Meteorologia do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), quando simulações de menor dimensão foram executadas no Laboratório Feng do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA). Há ainda a colaboração do professor do Laboratório de Aerodinâmica das Construções (LAC) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Acir Mércio Loredo Souza, especialista em túnel de vento no Brasil.

Escoamento - Os túneis de vento podem ser classificados das mais diversas formas, conforme as diversas características. Talvez a mais importante, que os diferencia, explica a pesquisadora associada da ALA, Ana Cristina Avelar, sejam as do escoamento que cada túnel é capaz de gerar. “Os túneis são utilizados principalmente por indústrias aeronáuticas, automobilísticas e de construção civil para simulação de situações em que os engenheiros precisam prever o desenvolvimento de seus projetos, envolvendo fenômenos ligados à Aerodinâmica”, observa.

Quanto à configuração do circuito, destaca o chefe da ALA, Pedro José Oliveira Neto, os túneis de vento podem ser de circuito aberto ou de circuito fechado. Têm a forma de um corredor, em um das extremidades está o gerador de corrente de ar e a outra é o local para a saída do vento. É a configuração mais simples, de menor custo, mas com a desvantagem de ter a seção de testes muito influenciada pelas intempéries e perturbações externas, especialmente rajadas. Já nos túneis de circuito fechado os ventos circulam em tubos em forma de anel.

Tipos de túneis - O Brasil possui outros túneis, além do TA-2, o maior túnel aerodinâmico de uso industrial da América Latina.

Entre os túneis brasileiros já mencionados, os que operam com velocidades mais elevadas, como o Túnel Transônico Piloto (TTP), do IAE, utilizado para a realização de ensaios de veículos de sondagem entre eles, o SONDA III e o VS-30, e trabalhos de pesquisa. Há ainda um túnel hipersônico no Instituto de Estudos Avançados (IEAv), onde ocorrem trabalhos na área de Aerotermodinâmica e Hipersônica, alguns em cooperação com o laboratório de pesquisa da Força Aérea Americana.

As principais instalações encontram-se no IAE/ALA – Túnel Aerodinâmico TA-2, TA-3 e o TTP; Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e Laboratório Feng, no IEAv, todos pertencentes ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos (SP). Destacam-se ainda o Laboratório de Aerodinâmica das Construções (LAC), da UFRGS, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT), e a Escola de Engenharia da Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos, entre outros.

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Túnel de Vento do LAC

Laboratório de Aerodinâmica das Construções (LAC, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Pioneiro na América Latina, o túnel de Vento professor Joaquim Biessmann, de retorno fechado, foi projetado para simular as principais características dos ventos naturais da camada limite atmosférica e, aliado ao projeto de execução de modelos reduzidos obedecendo a determinadas condições de semelhança, propicia a correta determinação das pressões atuantes sobre as fachadas e estruturas das edificações. O túnel de vento otimiza o projeto em termos de segurança e economia.

Fonte: Acir Mércio Loredo-Souza - diretor do LAC/UFRGS
Engenheiro civil e diretor do LAC/UFRGS


Imagem
Túneis de Choque Hipersônico do IEAv

Instituto de Estudos Avançados (IEAV)

O Laboratório de Aerotermodinâmica e Hipersônica Prof. Henry T. Nagamatsu, inaugurado em 2006, possui três túneis de choque hipersônicos (túneis de vento hipersônicos pulsados): T1, T2 e T3. Tem por finalidade desenvolver tecnologias laboratoriais e realizar pesquisa e desenvolvimento na área hipersônica experimental – experimentos com velocidades acima de dois quilômetros por segundo – visando à ciência e engenharia. Os túneis de choque hipersônicos são aplicados na pesquisa e desenvolvimento de:

* Aerotermodinâmica de veículos aeroespaciais em vôo no regime hipersônico (visando conhecimento dos fenômenos físico-químicos de escoamento do ar em altas velocidades);
* Sistema de propulsão hipersônica a ar aspirado (e de componentes) com aplicação em veículos aeroespaciais hipersônicos avançados;
* Apoio ao Programa Espacial Brasileiro.

Fonte: Marco Antônio Sala Minucci - Cel Eng. PhD em Engenharia Aeroespacial e Diretor do IEAv e Paulo Gilberto de Paula Toro PhD em Engenharia Aeroespacial e Chefe do Laboratório.

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Modelo de Aeronave EMBRAER 170, no
Interior da Seção de Testes do Túnel de Vento


Túnel de Vento de Ensino e Pesquisa do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA)

O túnel de vento do ITA, inaugurado em maio de 2003, é do tipo circuito aberto (menor custo e prazo de fabricação). A velocidade máxima na seção de testes é de 80 m/s (280 km/h). O nível de turbulência do escoamento é aproximadamente 0,05%, permitindo que este túnel possa ser usado para a calibração de anemômetros (aparelhos de medição de velocidade do ar). A seção de testes deste túnel de vento foi projetada para facilitar a implementação de montagens experimentais, destinadas ao ensino de graduação e pós-graduação, assim como a pesquisa e ao desenvolvimento de novos produtos e metodologias. Podem ser realizados:

* Ensaios aeronáuticos - perfis, asas, aeronaves, foguetes e subsistemas
* Ensaio de veículos rodoviários - automóveis, caminhões e ônibus.
* Ensaios de edificações - prédios, pontes e torres.
* Ensaios navais - navios, submarinos e plataformas marítimas
* Ensaios de calibração de anemômetros – instrumentos que medem a direção e a velocidade do vento.

Fonte: Professor Roberto da Motta Girardi - Divisão de Engenharia Aeronáutica do ITA


Fonte: Revista Espaço Brasileiro - num. 8 Jan. Fev. Mar. de 2010 - págs 14 e 15




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#2 Mensagem por Brazilian Space » Ter Mai 18, 2010 5:47 pm

Radiação Cósmica Preocupa Cientistas Brasileiros

Olá amigos!

Segue abaixo uma matéria publicada hoje (18/05) no Jornal “Valor Econômico” destacando que cientistas brasileiros estão preocupados com os efeitos destrutivos que a radiação cósmica pode causar a componentes eletrônicos instalados em satélites e aeronaves.

Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
http://brazilianspace.blogspot.com/

Radiação Cósmica Preocupa Cientistas

Virgínia Silveira
Valor Econômico
18/05/2010


Cientistas preocupados com os efeitos da radiação cósmica podem parecer coisa de filme de ficção científica, mas o problema é real e tem atraído uma atenção cada vez maior de especialistas brasileiros. Eles querem saber mais especificamente quais são os efeitos destrutivos que a radiação cósmica, proveniente do espaço, pode provocar nos componentes eletrônicos instalados nos satélites e aeronaves que operam no território brasileiro. A preocupação é decorrente do fato de que ainda não foi possível quantificar a intensidade dessa radiação e definir os meios para minimizar as conseqüências desses fenômenos na segurança dos equipamentos e das tripulações à bordo das aeronaves.

Segundo os cientistas, o fato de o Brasil estar situado bem no centro da região de influência de um fenômeno conhecido como Anomalia Magnética do Atlântico Sul (AMAS), reforça a necessidade urgente desses estudos. Na região, as linhas do campo magnético estão mais fracas, permitindo que raios cósmicos e partículas carregadas penetrem mais profundamente na atmosfera terrestre.

"O campo magnético da Terra desvia as partículas de alta energia que vêm do espaço e serve como escudo de proteção. Na região da AMAS, as linhas do campo magnético se aproximam mais da superfície da Terra e, dessa forma, os raios cósmicos atingem de forma mais intensa a atmosfera", diz Odair Lelis Gonçales, pesquisador da divisão de física aplicada do Instituto de Estudos Avançados (IEAv), órgão de pesquisa do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA).

Com apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), Gonçales lidera, desde o ano passado, uma iniciativa de pesquisa inédita no Brasil, sobre os efeitos da irradiação de componentes eletrônicos e fotônicos de uso aeroespacial (PEICE). O projeto conta com a colaboração de pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

"Os efeitos da radiação devem ser conhecidos para que medidas corretivas possam ser consideradas durante a fase de projeto dos equipamentos, que deverão operar por tempo prolongado em um ambiente sujeito à radiação permanente", ressalta Gonçales. Tais informações, segundo o pesquisador, têm caráter estratégico já que, na maioria das vezes, não estão disponíveis na literatura ou no mercado.

"A participação efetiva do Brasil no mercado internacional de produtos aeronáuticos e espaciais de alta tecnologia está diretamente relacionada com sua capacitação para desenvolver e qualificar novos materiais e produtos, que operem de forma segura no espaço e em grandes altitudes de vôo". O projeto PEICE, de acordo com o pesquisador, também tem o objetivo de formar e consolidar a capacitação do Laboratório de Radiação Ionizante (LRI), do IEAv, na execução de testes que avaliam a tolerância dos componentes à radiação.

Para avaliar os efeitos dessa radiação nas tripulações de aviões e nos equipamentos aviônicos de aeronaves comerciais, o IEAv está propondo ao Fundo Aeronáutico o projeto dosimetria da radiação ionizante no espaço aéreo brasileiro. A iniciativa, segundo Gonçales, já despertou o interesse do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), do Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD), além da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e da Embraer.

Um acelerador de elétrons de alta potência já começou a ser instalado no IEAv. A expectativa do pesquisador é de que até o fim do ano o equipamento comece a ser utilizado. Gonçales explica que um acelerador de elétrons dessa categoria custa em torno de US$ 2 milhões. O equipamento vai gerar elétrons acelerados com energia de 23 megavolts, condição que simula a radiação no espaço. Ele vai complementar os testes de ionização total, que já estão sendo feitos com bomba de cobalto.

Algumas empresas precisam recorrer ao mercado externo para fazer esse tipo de teste, pagando muito caro por isso. Segundo Gonçales, o preço pode chegar a US$ 500 por componente, no caso de um teste de ionização total feito no acelerador de elétrons, até US$ 2 mil por componente em um teste para avaliar o efeito instantâneo que ocorre quando as partículas ionizantes atravessam uma região sensível do componente eletrônico, causando um sinal espúrio ou até mesmo uma falha completa no sistema.

O pesquisador ressalta que o interesse estratégico do Brasil em desenvolver componentes espaciais críticos resistentes à radiação é motivado, também, pelos constantes embargos internacionais que tornam mais difícil a algumas empresas, especialmente as que participam do programa de desenvolvimento de satélites brasileiros, adquirir componentes eletrônicos no mercado externo. "O país tem registrado inúmeros casos de embargo no programa do satélite CBERS, feito em parceria com a China", afirma Gonçales.


Fonte: Jornal Valor Econômico - 18/05/2010

Comentário: O caminho existe, o material humano existe o que falta é a necessidade de entendimento do governo que não existe sociedade moderna desenvolvida sem investimentos em educação e em ciência e tecnologia. O projeto PEICE, já abordado anteriormente no blog de forma discreta (veja a nota IEAv Promove Workshop Sobre Radiações Ionizantes) é um bom exemplo do que se pode fazer neste país quando se tem o apoio necessário. Se for o intuito deste país um dia torna-se uma nação desenvolvida, não tem outra solução do que apostar firmemente na educação de qualidade em todos os níveis e no desenvolvimento científico e tecnológico.




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#3 Mensagem por Brazilian Space » Sex Mai 21, 2010 4:47 pm

Portaria da AEB Libera Recursos para o Satélite Lattes

Olá amigos!

Agora segue abaixo mais uma portaria da AEB assinada pelo seu presidente, Carlos Ganem, publicada no Diário Oficial da União (DOU) do dia 19/05, liberando recursos para o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) relativos à Ação 10ZG - Desenvolvimento do Satélite Lattes.

Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
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AGÊNCIA ESPACIAL BRASILEIRA

PORTARIA N° 64, DE 18 DE MAIO DE 2010

O PRESIDENTE DA AGÊNCIA ESPACIAL BRASILEIRA, no uso de suas atribuições que lhe são conferidas pela legislação em vigor, e tendo em vista a delegação de competência outorgada pela Portaria GM/MCT nº 473, de 28 de julho de 2008, e o que consta do Processo Administrativo nº 01350.000057/2010-81, resolve:

Art. 1º. Autorizar a descentralização de crédito e o repasse de recursos para o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE, UG 240106, Gestão 00001, no valor de R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais), na Ação 10ZG - Desenvolvimento do Satélite Lattes, segundo o que consta do Processo Administrativo supra versado.

Art. 2º. A Diretoria de Satélites Aplicações e Desenvolvimento - DSAD, com o apoio da Diretoria de Planejamento, Orçamento e Administração - DPOA, exercerão o acompanhamento da execução do objeto da presente descentralização, de modo a evidenciar a boa e regular aplicação dos recursos transferidos.

Art. 3º. O órgão executor beneficiário expressamente submeteu-se aos ditames normativos em vigor, e, em especial, ao teor da Portaria Normativa PRE/AEB nº 9, de 29 de janeiro de 2010 e deverá restituir à AEB, até o final do exercício de 2010, os créditos não empenhados e os saldos financeiros.

CARLOS GANEM


Fonte: Diário Oficial da União (DOU) - pág. 14 - 19/05/201




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#4 Mensagem por Brazilian Space » Sex Mai 21, 2010 4:53 pm

Geração de Energia Foto-Voltáica na Terra e no Espaço

Olá amigos!

Segue abaixo um artigo muito interessante do diretor-presidente da empresa brasileira Orbital Engenharia, Célio Costa Vaz, destacando a geração de energia foto-voltáica na Terra e no espaço, publicado na quarta edição da AAB Revista.

Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
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Geração de Energia Foto-Voltáica na Terra e no Espaço

CÉLIO COSTA VAZ
AAB Membro Fundador
Diretor Presidente
Orbital Engenharia Ltda

celiovaz@orbital-eng.com

Imagem

Com o advento do aquecimento global e das mudanças climáticas severas, a humanidade tem se conscientizado de que a utilização de combustíveis fósseis para geração de energia é extremamente danosa para o meio ambiente. Se forem considerados apenas os requisitos cada vez mais severos de conservação ambiental e de minimização de impactos de degradação de ambientes naturais, que hoje são impostos para o desenvolvimento, implantação ou uso de sistemas energéticos, necessários para o abastecimento de um grande número de aplicações voltadas para a vida cotidiana, com toda certeza seremos forçados a pensar no uso de fontes de energias limpas e renováveis e, obviamente, na energia solar. Neste contexto, talvez uma das mais importantes descobertas realizadas na história recente seja o efeito fotovoltaico, descoberto em 1839 por Edmond Becquerel, que consiste no aparecimento de uma diferença de potencial nos extremos de uma estrutura de material semicondutor, produzida pela absorção da luz; principio básico que possibilitou, quase cinqüenta anos depois, em 1883, o desenvolvimento da primeira célula fotovoltaica capaz de converter a luz do sol diretamente em energia elétrica sem a necessidade de partes móveis. Em 1954, Gerald Pearson, Daryl Chapin e Calvin Fuller desenvolveram na Bell Laboratories (EUA) a primeira célula solar de silício com capacidade para ser utilizada em aplicações cotidianas.

Inicialmente as primeiras tentativas de utilização comercial das células fotovoltaicas falharam devido à baixa eficiência associada ao seu altíssimo custo, cerca de 300 US$/Watt. Apesar do custo à primeira vista proibitivo, um dos mais renomados especialistas em satélites artificiais do final dos anos 50, Dr. Hans Ziegler, convenceu a Marinha Americana a utilizar células fotovoltaicas no Satélite Vanguard, lançado em 1958, tornando-se então a primeira aplicação de relevância das células fotovoltaicas. Impressionados com as suas características de pequeno peso e alta confiabilidade os projetistas de satélites passaram a utilizar as células fotovoltaicas como fonte primária para geração da energia de bordo dos satélites. Este fato, aliado à inexistência de outras fontes de energia seguras e não poluentes para as aplicações espaciais, impulsionou significativamente o desenvolvimento da tecnologia de células solares fotovoltaicas. Ainda hoje, todos os satélites artificiais projetados para operar em órbitas próximas a Terra utilizam energia solar. A utilização de outras fontes de energia em satélites artificiais, tais como as baseadas em radioisótopos, somente é permitida para missões de exploração do espaço exterior, nas quais não é viável a utilização da energia solar.

O Brasil, como um dos países pioneiros em pesquisas espaciais, também investiu no desenvolvimento da tecnologia de células solares para uso espacial. O desenvolvimento de uma célula de silício monocristalino para aplicações espaciais, com 11% de eficiência, foi realizado em meados dos anos 80 e início dos anos 90 através de uma parceria entre o Laboratório de Materiais e Sensores – LAS, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE, e o Laboratório de Microeletrônica LME da Universidade de São Paulo – USP, justamente num período em que se assistiu no País o desmanche de vários grupos de pesquisa em energia solar fotovoltaica devido ao corte de investimentos governamentais para pesquisas neste setor. Essa célula solar foi utilizada em um pequeno painel solar experimental, denominado “Experimento Célula Solar”, lançado em 19 de fevereiro de 1993 a bordo do primeiro satélite brasileiro, o Satélite de Coleta de Dados – SCD-1. À exemplo do SCD-1, mesmo após mais de 15 anos em órbita, o “Experimento Célula Solar” continua funcional, o que demonstra inequivocamente a qualidade da tecnologia desenvolvida no País.

Apesar do sucesso obtido no Brasil no desenvolvimento da tecnologia de células solares de silício monocristalino para uso espacial e, também, apesar de não termos mencionado, o sucesso ocorrido no País no desenvolvimento de células solares de silício para as aplicações comerciais terrestres, chegando a ser criada uma empresa nacional com o domínio completo do ciclo de produção de painéis fotovoltaicos, os fatos históricos nos mostram que o País não conseguiu desenvolver uma política adequada para consolidar uma indústria nacional nestes setores, então emergentes tanto no setor de aplicações espaciais quanto no setor de aplicações fotovoltaicas para usos comerciais.

Atualmente, apesar do domínio da tecnologia, da existência de vários grupos de pesquisa com realizações importantes no desenvolvimento de diversos tipos de células fotovoltaicas com menores custos e cada vez mais eficientes, o País carece de uma política que promova não somente o incentivo ao uso dessas tecnologias, mas também que possibilite o desenvolvimento de um parque industrial voltado para o abastecimento das demandas tanto no setor espacial como no setor de aplicações comerciais e de geração de energia.

O Brasil é hoje um mercado importador de células solares fotovoltaicas de uso espacial, de uso terrestre e de painéis solares comerciais. No caso da importação de células fotovoltaicas, deixa para os países exportadores os benefícios econômicos e sociais da principal fatia do valor agregado aos painéis solares. No caso da importação direta dos painéis solares, abre mão totalmente dos benefícios econômicos e sociais de toda a cadeia produtiva dos mesmos.


Fonte: AAB Revista - Edição núm 4 - pág. 4 - Abr-Jun de 2010

Comentário: Muito interessante este artigo inscrito pelo senhor Célio Vaz da Orbital Engenharia relatando um pequeno histórico dos primórdios do desenvolvimento desta tecnologia no Brasil e no mundo e demonstrando uma vez mais como a falta de visão política prejudicou e vem prejudicando o desenvolvimento do setor espacial neste país. É impressionante a que ponto chega à incompetência da classe política no Brasil, seja por falta de visão, por ignorância ou por motivos menos nobres, mas a verdade é que se é do interesse deste pais tornar-se uma nação de verdade, será necessário qualificar melhor os nossos políticos e a nossa própria sociedade. Para tanto a saída é o investimento pesado em educação de qualidade. Precisamos de muito mais gente de visão, pessoas dinâmicas, inteligentes, sensíveis, competentes (Gente que Faz), seja na política, na indústria, no comercio, no setor de serviços, na ciência e tecnologia ou em qualquer setor produtivo deste país. Chega de inércia, de incompetência deslavada, de conversa mole e falta de seriedade, temos uma grande missão, construir o futuro de uma das maiores nações do planeta para nossos filhos e quem sabe um dia olhar de frente para um cidadão do primeiro mundo e dizer com orgulho: Eu sou brasileiro.




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Re: Notícias Aeroespaciais

#5 Mensagem por Brazilian Space » Sex Mai 21, 2010 4:56 pm

Informações Sobre o MAPSAR, RALCam-3 e Câmera MUX

Olá amigos!

Segue abaixo uma notícia postada hoje (21/05) no blog “Panorama Espacial” do companheiro jornalista André Mileski destacando algumas informações colhidas por ele sobre o Satélite MAPSAR, sobre a câmera inglêsa RALCam-3 do Satélite Amazônia-1 e sobre a câmera MUX dos Satélites CBERS 3 e 4.

Duda Falcão
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MAPSAR, RALCam-3 e Câmera MUX

21/05/2010

Alguns leitores eventualmente questionam o blog sobre informações sobre os avanços em alguns projetos do Programa Espacial Brasileiro. Entramos em contato com a assessoria de imprensa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), para ter respostas a algumas destas questões, específicas sobre o financiamento do MAPSAR, a câmera inglesa RALCam-3, e o desenvolvimento do sensor MUX, do CBERS 3/4.

Sobre os recursos para financiamento do satélite-radar MAPSAR, no final de 2009, o INPE propôs ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), um projeto de um satélite SAR (Synthetic Aperture Radar) nacional, com tecnologia de antena em rede planar. A proposta foi, inicialmente, dirigida aos Fundos Amazônia e FUNTEC, ambos do BNDES, e ainda está sob análise. Há, no entanto, dificuldades técnicas e administrativas para sua aprovação, em função do montante necessário, aproximadamente US$ 200 milhões, excluindo-se o lançamento, e das alternativas institucionais para viabilizá-lo.

A câmera inglesa RALCam-3, que embarcaria como carga útil secundária no satélite de observação Amazônia 1, não irá mais integrar a missão, em razão de dificuldades com o fornecimento da eletrônica de bordo (DHU - Data Handling Unit) da câmera inglesa. Em janeiro de 2010, o blog já havia noticiado que a câmera estava em risco ("Amazônia-1: RALCam 3 em risco").

Quanto ao desenvolvimento da câmera MUX, novo sensor ótico que integrará os satélites CBERS 3 e 4, o INPE informa que as atividades seguem em andamento normal, sendo que, atualmente, a câmera está em fase de qualificação.

O blog agradece a Marjorie Xavier, da assessoria de imprensa do INPE, pela atenção dada no levantamento dessas informações.


Fonte: Blog “Panorama Espacial“ - André Mileski

Comentário: Informações valiosas que nos traz o companheiro jornalista André Mileski e eu fui um dos que questionaram o blog “Panorama Espacial” com relação à câmera RALCam-3. Interessante notar aqui leitor é que o não uso dessa câmera inglesa no satélite Amazônia-1 poderá representar mais atrasos neste projeto que é o recordista na área de satélites do PEB (completou 30 anos em 2010) desde que o projeto foi lançando em 1980, ainda com o nome de SSR-1. O mesmo estava previsto para 2012 e se houver novos atrasos só deus sabe quando esta novela vai terminar. Quanto ao satélite MAPSAR, teremos que aguardar, pois ainda nem foi escrito o primeiro capitulo desta novela amazônica, apesar de recursos continuarem sendo liberados pela AEB para o seu desenvolvimento, como noticiado dia 19/05 pelo blog. Já quanto a câmera MUX a expectativa é que o modelo de vôo da mesma fique pronto para o lançamento do CBERS-3 no segundo semestre de 2011, já que o Brasil não conta mais com o satélite CBERS-2B a disposição.




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Re: Notícias Aeroespaciais

#6 Mensagem por Brazilian Space » Sex Mai 21, 2010 5:22 pm

Rádio Força Aérea FM Terá Afiliada em Alcântara

Olá amigos!

Segue abaixo uma notícia postada hoje (21/05) no site da Força Aérea Brasileira (FAB), informando que a Rádio Força Aérea FM iniciou os trabalhos de instalação de sua afiliada no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA).

Duda Falcão
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Força Aérea FM Terá Afiliada em Alcântara

21/05/2010 - 11h24

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A Rádio Força Aérea FM, que já conta com uma emissora em Brasília (DF) e uma afiliada em Foz do Iguaçu (PR), iniciou os trabalhos para a instalação de mais uma afiliada. O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) recebeu, no dia 19 de maio, a comitiva precursora para instalação da Rádio Força Aérea FM 91,1 Alcântara. Compareceram ao CLA uma comitiva do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER) e da Empresa Brasil de Comunicações, responsável pelo projeto da rádio.

A visita teve como objetivo conhecer as instalações do CLA e a capacidade estrutural para a implantação da sucursal da Rádio Força Aérea em Alcântara. Também foram analisadas as características geográficas, demográficas e culturais da região, para o melhor aproveitamento dos recursos técnicos e operacionais da rádio.

Alcântara é separada de São Luis, a capital maranhense, pela Baía de São Marcos, de 20 km de largura. Por terra as duas cidades distam mais de 400 km. A entrada em operação da Rádio Força Aérea Alcântara, já em agosto, significa o despertar da região para o mundo das telecomunicações, já que nenhuma rádio ou qualquer outro meio de comunicação de massa atua com sede nas proximidades. Além disso, o raio de alcance das ondas da 91,1 FM atingirá a região metropolitana de São Luis, do outro lado da baía, fator relevante para a valorização de Alcântara, marca da presença da FAB no estado.


Fonte: Site da Força Aérea Brasileira (FAB)

Comentário: Boa notícia, pois agora acreditamos que poderemos acompanhar com mais freqüência informações sobre o que está acontecendo no CLA.




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Re: Notícias Aeroespaciais

#7 Mensagem por Brazilian Space » Seg Mai 31, 2010 8:46 am

Projeto PSM - IAE Assina Termo Aditivo com a Orbital

Olá amigos!

Abaixo segue o extrato de um termo aditivo assinado dia 15/12/2009 e publicado no Diário Oficial da União (DOU) do dia 28/05/2010 relacionado ao termo de convênio entre o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) e a empresa brasileira ORBITAL Engenharia visando à cooperação científica e tecnológica no desenvolvimento do projeto da “Plataforma Suborbital de Microgravidade (PSM)”.

Segundo este termo aditivo o contrato entre as partes que foi assinado em 21/12/2007, com vigência de 24 meses (21/12/2009), tem seu prazo de vigência alterado para a data de 11/07/2010.

EXTRATO DE TERMO ADITIVO

Participes: Instituto de Aeronáutica e Espaço - IAE e Orbital Engenharia Ltda.
Objeto: Constitui objeto do presente aditivo a alteração do prazo do Termo de Convênio nº 011/IAE/2007 o qual passa a vigorar até 11 de julho de 2010.
Recursos Financeiros: Para execução deste Convênio: Não haverá repasse de recursos financeiros entre os participes.
Execução: As atividades que se sucederão por força do presente convênio serão executadas por força do presente Plano de Trabalho específico, prévia e expressamente aprovado pelos participes.
Data/Assinatura: 15/12/2009.
Pelo IAE: Francisco Carlos Melo Pantoja - Brig Eng Diretor
Pela ORBITAL: Célio Costa Vaz diretor técnico.
Vigência: 11 de julho de 2010.

(Ofício nº 150/DI-L/GIASJ/10)

Imagem
Plataformas Alemãs Micro G1 e G2

Ainda segundo informações colhidas pelo meu blog, esse projeto da PSM apesar de pouco divulgado pela mídia e pelo próprio IAE tem como objetivo a substituição das plataformas alemãs de experimentos em ambiente de microgravidade (Micro G1 e G2) desenvolvidas pelo DLR (Centro Aeroespacial Alemão) e utilizadas pelos foguetes brasileiros, em especial pelo VSB-30, o que torna este projeto de suma importância para o Programa Microgravidade da AEB e conseqüentemente para o Programa Espacial Brasileiro.

Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
http://brazilianspace.blogspot.com/


Fonte: Diário Oficial da União (DOU) - pág. 14 - 28/05/2010 e outras




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Re: Notícias Aeroespaciais

#8 Mensagem por Brazilian Space » Seg Jun 21, 2010 3:06 pm

Maquetes dos Foguetes do IAE para Interessados

Olá amigos!

No meu comentário do dia 18/05 postado na nota do meu blog “Autoridades Visitam Estande do IAE na EXPO AERO 2010” sugerir ao Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) como também ao INPE e a AEB que disponibilizassem os modelos (maquetes) de seus produtos para aqueles brasileiros que tivessem interesse em adquiri-los, como já é feito há anos em outros países.

Em resposta a minha sugestão o Cel. Carlos Antônio Kasemodel, Vice-Diretor de Espaço do IAE/DCTA, entrou em contato com o blog através da própria nota nos informando que isso ainda não seria possível, mais que existia um modelista em São José dos Campos que respondia por esses modelos do IAE.

Assim sendo, solicitei ao coronel o endereço desse profissional para que pudesse disponibilizá-lo para os interessados, o que ele se comprometeu a fazer cumprindo sua promessa agora a pouco.

Portanto, o amigo que tiver interesse em adquirir os modelos dos foguetes desenvolvidos pelo IAE entre em contato com o Sr. Giovani pelos seguintes telefones:

Fone: (12) 8161-0997
Fone Serviço: (12) 3927-2289


Segundo o Cel. Kasemodel a fabricação é um pouco demorada, mas a qualidade pode ser verificada na foto que segue abaixo.

Imagem

O coronel também informa que o IAE estará também em breve verificando mecanismos para disponibilizar essas maquetes ao público interessado conforme a sugestão do blog.

Aproveito para agradecer de público a gentileza e a atenção do Cel. Kasemodel e do IAE ao nosso blog, desde o nosso primeiro contato no final de abril.

Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
http://brazilianspace.blogspot.com/




Loki
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Re: Notícias Aeroespaciais

#9 Mensagem por Loki » Dom Jun 27, 2010 9:04 am

Oi negocia com o governo parceria em satélite militar
Lula se entusiasma com o projeto, cujo custo estimado é de R$ 710 mi

Planalto vê negociação com bons olhos pelo fato de ela envolver uma empresa nacional de telecomunicações

ELVIRA LOBATO
DO RIO
VALDO CRUZ
DE BRASÍLIA

Depois de ressuscitar a Telebrás para gerir o Plano Nacional de Banda Larga, o governo Lula estuda parceria com a Oi para lançar um satélite brasileiro de uso militar e comercial com custo estimado em US$ 400 milhões (em torno de R$ 710 milhões).
O projeto foi apresentado ao presidente Lula pelos acionistas controladores da Oi, os empresários Carlos Jereissati, do Grupo La Fonte, e Sérgio Andrade, da Andrade Gutierrez. O presidente gostou da ideia, e a Casa Civil pretende estudar o projeto.
De acordo com um auxiliar de Lula, o tema será analisado por uma comissão interministerial e é "natural" fechar a parceria estratégica.
Segundo relato de assessores presidenciais, há pontos que recomendam a parceria: o custo elevado e o fato de que um satélite de uso exclusivo da União ficaria ocioso.
Além disso, como a Oi é nacional, o governo vê a parceria com mais simpatia do que se a espanhola Telefónica e a mexicana Embratel estivessem envolvidas.
Pela proposta da tele, seria criada uma empresa para gerenciar o projeto. A União e a Oi teriam 50% cada uma na sociedade. O prazo de desenvolvimento, fabricação e lançamento do satélite é de cerca de dois anos e meio.
Os empresários argumentaram com o presidente que ter um satélite controlado por capital brasileiro é questão de soberania nacional.
Disseram ainda que todos os satélites considerados brasileiros, que ocupam posições orbitais pertencentes ao Brasil, são controlados por empresas de capital estrangeiro, e que, na eventualidade de uma guerra, os militares não teriam controle físico sobre os equipamentos.
Desde a privatização da Embratel, em 1998, os militares reivindicam algum controle sobre os satélites que fazem as comunicações sigilosas das Forças Armadas.
O presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, confirmou que a empresa propôs parceria ao governo para um satélite de uso civil e militar.
""O principal fator para viabilidade de um satélite é haver demanda para ocupar sua capacidade. Os dois maiores consumidores de serviços de satélite no Brasil são a Oi e o governo. Por que não nos juntarmos e tirarmos proveito disso?", disse Falco.
A tele é fruto da compra, pela Telemar, da Brasil Telecom, fusão estimulada pelo próprio Lula, que chegou a mudar a lei para viabilizar a operação, dentro da estratégia do governo de ter no país uma grande empresa nacional de telecomunicações.
A Oi, por sinal, aproveitou o momento de disputa no mercado entre a Telefónica e a Portugal Telecom pela Vivo (maior operadora de telefonia celular do país, em número de assinantes) para pedir tratamento diferenciado ao governo Lula.


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Re: Notícias Aeroespaciais

#10 Mensagem por Loki » Dom Jun 27, 2010 9:06 am

Agora o próximo texto

Militares e órgãos defendem equipamento próprio
DO RIO
DE BRASÍLIA

O lançamento de um satélite de controle totalmente nacional é defendido dentro do governo não só pelos militares, mas também por órgãos que cuidam de dados sigilosos, como Banco Central e Receita Federal.
No governo, é considerado delicado o fato de informações do Banco Central, enviadas de Brasília para Manaus, por exemplo, terem de passar antes por Miami (EUA).
A proposta de lançar um satélite brasileiro consta da "Estratégia Nacional de Defesa", documento que norteará o debate sobre o tema.
Hoje, nove satélites ocupam posições orbitais registradas em nome do Brasil na UIT (União Internacional de Telecomunicações, órgão da ONU). Seis são da Star One.
A Oi é acionista minoritária (20%) em dois satélites: os Amazonas 1 e 2, pertencentes à Hispamar, controlada pela espanhola Hispasat, da qual a Telefónica é acionista.
O nono é o Estrela do Sul, que tem controle canadense.
As comunicações militares são transmitidas pelos satélites Star One 1 e 2. A Folha apurou que os militares confiam no sigilo do serviço da Embratel, mas querem ter acesso físico ao satélite.
O Ministério da Defesa tem um contrato com a Star One de R$ 12,5 milhões por ano, mas a demanda aumentaria no novo satélite, que controlaria ainda o tráfego aéreo.
Além do projeto do satélite militar e comercial, a Oi pleiteou autorização para oferecer o serviço de TV a cabo, vetado pela legislação brasileira. A Lei da TV a cabo não permite que concessionárias de telefonia fixa local, como Oi e Telefónica, ofereçam TV por assinatura a cabo dentro de sua área de concessão.


Texto Anterior: Oi negocia com o governo parceria em satélite militar
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Re: Notícias Aeroespaciais

#11 Mensagem por Hezekiah » Qui Jul 01, 2010 10:05 am

Loki escreveu:Agora o próximo texto

Militares e órgãos defendem equipamento próprio
DO RIO
DE BRASÍLIA

O lançamento de um satélite de controle totalmente nacional é defendido dentro do governo não só pelos militares, mas também por órgãos que cuidam de dados sigilosos, como Banco Central e Receita Federal.
No governo, é considerado delicado o fato de informações do Banco Central, enviadas de Brasília para Manaus, por exemplo, terem de passar antes por Miami (EUA).
A proposta de lançar um satélite brasileiro consta da "Estratégia Nacional de Defesa", documento que norteará o debate sobre o tema.
Hoje, nove satélites ocupam posições orbitais registradas em nome do Brasil na UIT (União Internacional de Telecomunicações, órgão da ONU). Seis são da Star One.
A Oi é acionista minoritária (20%) em dois satélites: os Amazonas 1 e 2, pertencentes à Hispamar, controlada pela espanhola Hispasat, da qual a Telefónica é acionista.
O nono é o Estrela do Sul, que tem controle canadense.
As comunicações militares são transmitidas pelos satélites Star One 1 e 2. A Folha apurou que os militares confiam no sigilo do serviço da Embratel, mas querem ter acesso físico ao satélite.
O Ministério da Defesa tem um contrato com a Star One de R$ 12,5 milhões por ano, mas a demanda aumentaria no novo satélite, que controlaria ainda o tráfego aéreo.
Além do projeto do satélite militar e comercial, a Oi pleiteou autorização para oferecer o serviço de TV a cabo, vetado pela legislação brasileira. A Lei da TV a cabo não permite que concessionárias de telefonia fixa local, como Oi e Telefónica, ofereçam TV por assinatura a cabo dentro de sua área de concessão.


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Confiamos no sigilo da Embratel, ¨pero no mucho¨XD.




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Re: Notícias Aeroespaciais

#12 Mensagem por Enlil » Qui Out 14, 2010 4:25 pm

CBERS 3 no espaço em novembro de 2011

http://img231.imageshack.us/img231/432/26042463.jpg

A próxima versão do Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres, o Cbers-3, será lançada em novembro do próximo ano, segundo o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Gilberto Câmara

A previsão de Câmara foi feita nesta quarta-feira, dia 13, durante a reunião de cúpula do Comitê de Satélites de Observação da Terra (Ceos), no Rio de Janeiro, que vai até quinta-feira, dia 14. O Inpe ocupa atualmente a presidência do Ceos.

Em 12 de maio deste ano, o Inpe anunciou o fim de operações do Cbers-2B, com o qual perdeu contato desde março. Os atrasos no cronograma de lançamento do Cbers-3 estariam relacionados com o embargo à venda de componentes eletrônicos de aplicação espacial, imposto à China pelos Estados Unidos, segundo reportagem do jornal “Valor Econômico” publicada em maio. A próxima versão do satélite será lançada da China, assim como os Cbers-1, Cbers-2 e Cbers-2B.

“Enquanto isso, estamos usando imagens dos satélites norte-americano, o Landsat, e indiano, o Resourcesat”, disse Câmara, em entrevista coletiva nesta quarta-feira. “A Índia está presente aqui e confirmou a disposição de renovar o acordo de recepção de dados, de tal forma que o novo satélite indiano vai poder ser usado”, completou Câmara, referindo-se ao Resourcesat-2, a ser lançado no fim deste ano.

Segundo Câmara, os acordos para compartilhamento de dados entre as agências garantem o monitoramento do solo brasileiro. “Os dados desses satélites suprem as necessidades. Naturalmente, gostaríamos de ter mais dados, mas a tendência é que a próxima geração de satélites de observação da Terra aumente muito a quantidade e a qualidade de informações que a gente presta para o Brasil”, afirmou o diretor do Inpe.

O compartilhamento de dados de monitoramento terrestre via satélite é uma das principais agendas do Ceos. Em 2004, o Inpe foi pioneiro ao disponibilizar imagens de satélite gratuitamente, para usuários de todo o mundo. Dois anos depois, a Nasa, agência espacial dos Estados Unidos, adotou iniciativa semelhante.

Também durante a entrevista coletiva, o secretário-geral do Grupo sobre Observações da Terra (GEO, na sigla em inglês), José Achache, destacou o acesso a dados livres como ponto crítico da cooperação científica entre agências espaciais do mundo todo. O GEO reúne 84 países e trata de todo o tipo de monitoramento sobre a Terra (não apenas o espacial).

http://planobrasil.com/wp-admin/post-new.php

Gilberto Câmara também destacou avanços em negociações para cooperação científica com a Nasa, conforme encontros no âmbito da reunião de cúpula do Ceos, nesta terça-feira, dia 12. A disposição colaborativa da agência norte-americana iria além da liberação de informações dos satélites e estaria relacionada a mudanças na política espacial promovidas pelo governo de Barack Obama.

“A Nasa, com a nova política espacial, está focando em observações da Terra, entendendo o planeta em que vivemos, e numa ênfase muito definitiva em colaboração internacional. Nove das 13 missões de pesquisa [da Nasa] envolvem colaboração internacional substancial”, afirmou Michael Freilich, diretor da Divisão de Ciência da Terra da Nasa, depois de citar o caso da lacuna deixada pelo Cbers-2B como exemplo da importância da colaboração internacional nesse campo.

Cúpula


Durante a reunião de cúpula do Ceos também foi anunciada a adesão de dois membros: o National Satellite Meteorological Center (NSMC), órgão da China Meteorological Agency (CMA), e a South African National Space Agency (Sansa). Criado em 1984, o Ceos concentra 28 agências espaciais e 20 organizações internacionais.

Ao fim da reunião, nesta sexta-feira, dia 15, a Agenzia Spaziale Italiana (ASI) assume a presidência rotativa do comitê. A reunião também resultará num relatório sobre todos os fatores influentes nas mudanças climáticas que podem ser monitorados via satélite. O objetivo é subsidiar a reunião do GEO, em Pequim (China), em novembro, e a Conferência das Partes (CoP-16) da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC, em inglês), em Cancún (México), em dezembro.

http://planobrasil.com/2010/10/14/cbers ... o-de-2011/




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Re: Notícias Aeroespaciais

#13 Mensagem por FoxHound » Qua Jan 25, 2012 12:58 pm

Agência Espacial Russa enfrenta desafios para reverter decadência.
Proclamado como Ano da Astronáutica por ocasião dos 50 anos do primeiro voo espacial tripulado, efetuado por Iúri Gagárin, 2011 foi um ano difícil para a indústria aeroespacial russa. Quatro dos 32 lançamentos espaciais realizados no ano passado falharam - 12,5%, o maior número desde os anos 1960. Os acidentes com veículos lançadores de diversos tipos ocorridos em 2011 levam a crer que o setor enfrenta uma crise sistêmica. O que espera o setor aeroespacial russo em 2012?



Em primeiro lugar, para este ano estão programados 32 lançamentos, mesmo número do ano passado. Cerca de 15 lançamentos serão realizados com a participação de parceiros estrangeiros ou por interesse de clientes estrangeiros. Projetos ambiciosos como missões interplanetárias não deverão ocorrer, embora a Agência Espacial Russa (Roskosmos) não exclua a possibilidade de realizar dois lançamentos rumo à Lua até 2020 e, em uma perspectiva de longo prazo, construir no satélite terrestre uma base habitada.



Enquanto isso, a Roskosmos executa missões puramente pragmáticas, testando uma nova modificação dos satélites Glonass, realizando lançamentos a pedido de clientes estrangeiros e lançando rumo à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) cargueiros e naves tripuladas.



Síndrome do “Fobos-Grunt”


O acidente com a sonda Fobos-Grunt foi, talvez, a maior falha do programa espacial russo no ano passado e teve um impacto muito mais importante do que se pode imaginar à primeira vista. Falhas no lançamento acontecem em todas as potências espaciais. Mas quando um projeto cuja preparação levou anos é frustrado na fase inicial de voo devido a erros, é preciso repensar algo.



A situação parece ainda mais alarmante quando verificamos que o problema não é a falta de dinheiro. Nos últimos anos, o financiamento do setor espacial tem aumentado, mas isso não ajudou a evitar acidentes.


O problema está na ausência de uma posição única e clara do Estado em relação ao desenvolvimento do setor espacial e, como consequência, no mau uso das verbas disponíveis. A indústria espacial russa representa uma cadeia de produção que envolve muitas centenas de subempreiteiros e que, após anos de sucateamento (ocorrido por diversas razões), não pode ser plenamente reconstruída por um simples aumento do financiamento. É necessário também solucionar uma série de problemas em termos de recursos humanos, gerência e tecnologia, o que implicará esforços não menos importantes do que aqueles que foram feitos nos finais da década de 40 até meados dos anos 60 para a criação da indústria espacial.


A questão da mão-de-obra merece uma referência à parte. A falta de profissionais e gerentes de meia-idade, de 30 a 50 anos, se tornou um verdadeiro flagelo para as indústrias de transformação e de guerra. Muitos especialistas jovens fugiram dessas indústrias e do setor espacial na década de 1990, princípio dos anos 2000, devido aos baixos salários e falta de financiamento ou escolherem outras atividades logo depois de terminar o curso universitário, sem tentar sequer conseguir um emprego em sua área.



Como resultado, muitas empresas ficaram sem jovens especialistas e não têm a quem transmitir a experiência das gerações passadas. Outro problema é a qualidade do produto final, controlada por trabalhadores mais velhos. Com sua saída, por motivos de aposentadoria ou outros, esse filtro para erros de trabalhadores jovens e inexperientes deixou de existir.


O princípio Kaganovich


“Todo o acidente tem nome e sobrenome!”, costumava dizer o todo-poderoso ministro do governo de Stálin, Lazar Kaganovich, tendo em vista que por trás de cada acidente está uma pessoa. A tentação de buscar culpados em vez de solucionar os problemas sistêmicos do setor surge também hoje. No início da década de 60, porém, esse hábito passou para segundo plano, cedendo lugar a uma profunda análise das falhas e problemas do setor, a URSS conseguiu criar uma indústria espacial viável. A prática de buscar de culpados não voltou nem mesmo após o acidente de 24 de outubro de 1960, quando um foguete R-16 explodiu na rampa de lançamento, matando mais de uma centena de pessoas, incluindo o Comandante das Tropas de Mísseis Estratégicos, Mitrofan Nedélin. As comissões de inquérito continuavam examinando meticulosamente cada falha e lançamento “parcialmente bem-sucedido” com o objetivo de identificar e resolver as deficiências e não punir os culpados. Como resultado, em meados da década de 70, a URSS conseguiu o mais alto índice de confiabilidade dos lançamentos espaciais já alcançado: 95%.



Ponto de soluções



Agora, para salvar o setor espacial, o governo russo deve formular claramente sua posição em relação ao desenvolvimento de sua indústria espacial e elaborar um plano que determine o destino das empresas da área e a cooperação e distribuição das responsabilidades entre elas no âmbito de programas concretos, seja orbital, lunar, marciano ou outros, assim como foi feito há 50 anos. Esse plano, caso seja rigorosamente observado, não terá um impacto imediato, mas seus efeitos se farão sentir já em alguns anos. Por outro lado, a prática de busca de culpados, especialmente entre os elos mais fracos da cadeia, e injeção de dinheiro na indústria sem planos adequados de desenvolvimento poderá resultar em sua morte.





Ilia Krâmnik - analista militar da Voz da Rússia
http://gazetarussa.com.br/articles/2012 ... 14123.html




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Re: Notícias Aeroespaciais

#14 Mensagem por FoxHound » Qui Fev 09, 2012 12:43 pm

Cosmonautas em declínio
8/02/2012
RIA Nóvosti
Enquanto agência espacial russa recebeu apenas 25 inscrições em seu último concurso para astronautas, a norte-americana teve mais de 3,5 mil.
http://gazetarussa.com.br/assets/images ... os_468.JPG
No final de 2011, a Roscosmos (agência espacial federal russa) abriu um concurso para recrutar cosmonautas. Até agora, porém, apenas 25 pessoas em toda a Rússia se inscreveram. Em comparação, a Nasa (agência correspondente norte-americana) recebeu em 2009 mais de 3,5 mil candidatos, dos quais somente nove foram escolhidos.



A seleção é realizada pela comissão do Centro de Treinamento Iúri Gagárin. Apenas quatro dos candidatos, que preenchem todos os requisitos, foram convidados a participar do programa de treinamento.



“A comissão continuará a receber inscrições até 15 de março. Todos os que queiram ser cosmonautas e possivelmente ir à lua, ainda têm tempo para se inscrever”, acrescentou o chefe da Roscosmos, Vladímir Popóvkin.



Os requisitos para ser um cosmonauta incluem ter diploma universitário, boa forma física, experiência de trabalho de cinco anos, domínio do russo e do inglês, conhecimentos básicos de voo espacial tripulado e da história da exploração espacial. Os candidatos devem ter ainda experiência mínima como pilotos de cinco anos.



A vida nada fácil de um cosmonauta


A primeira reação do organismo humano na ausência de gravidade é a falsa impressão que o corpo está inclinado e que tudo está de ponta cabeça.



Logo depois, começam alterações no sistema cardiovascular: o refluxo de sangue causa necessidade de oxigênio no coração, nos olhos e no cérebro. Isso prejudica a coordenação muscular e pode causar perda de visão.



Com a decorrente falta de fósforo e de cálcio, as alterações do metabolismo mineral no organismo prejudicam os ossos. Além disso, os músculos se enfraquecem.



O ritmo monótono da vida no espaço, com a paisagem quase imutável das escotilhas, pode causar depressão, apatia, letargia e fadiga.



Um grave perigo é a radiação espacial. Os fluxos de radiação eletromagnética e os elétrons, pósitrons e outras partículas carregadas e neutras podem ser fontes da radiação. Em grandes doses, essa pode causar mutações nos cromossomos do cosmonauta.
http://gazetarussa.com.br/articles/2012 ... 14176.html




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Re: Notícias Aeroespaciais

#15 Mensagem por FoxHound » Qui Fev 09, 2012 12:44 pm

Rússia deve substituir os Estados Unidos no projeto espacial europeu ExoMars
9/02/2012
RIA Nóvosti
A Nasa (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos EUA) pretende se retirar definitivamente do projeto marciano ExoMars do qual participa com a Europa para dar lugar à Rússia, informou a BBC.
A Nasa (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos EUA) pretende se retirar definitivamente do projeto marciano ExoMars do qual participa com a Europa para dar lugar à Rússia, informou a BBC.



Enquanto isso, uma fonte do setor espacial da Rússia disse, em declarações à agência Ria-Nóvosti, que as negociações entre a Agência Espacial da Rússia (Roskosmos) e a Agência Espacial Européia (ESA, na sigla em inglês) estão em bom andamento, e que já foi elaborada uma proposta de acordo que será apresentada em breve para a aprovação de seus respectivos governos.
Inicialmente, o projeto conjunto da ESA e da Nasa, batizado de ExoMars, previa o lançamento em 2016 de uma sonda orbital para a exploração de Marte e o desembarque de um módulo de pesquisa e, em 2018, o envio de um carro marciano. No entanto, a Nasa reduziu sua participação no projeto, alegando problemas financeiros, e se recusou a fornecer o veículo Atlas para o lançamento da sonda. Segundo fontes próximas à Nasa, essa decisão foi tomada devido ao aumento dos gastos com o telescópio espacial James Webb (JWST, na sigla em inglês), destinado a substituir o Hubble.



Há algum tempo, a Roskosmos se manifestou disposta a oferecer à ESA um foguete-transportador pesado da classe Proton para lançar a ExoMars, dizendo, contudo, que não quer que sua participação no projeto se limite às funções de “taxi espacial” e espera ter participação plena nos trabalhos científicos da missão.



Segundo a BBC, a Nasa poderá anunciar formalmente sua saída do projeto após o exame da proposta de orçamento do país para 2013, que deverá ser apresentada pelo presidente Obama em 13 de fevereiro.



“Os americanos dão a entender que a possibilidade de sua participação no projeto é agora muito reduzida. Eles estão interessados nesse projeto e cientes de que é uma oportunidade muito boa para eles, mas têm dificuldades em inserir essas missões no orçamento”, diz Alvaro Gimenez, diretor de ciência da ESA.


“Temos que esperar até que os americanos digam alguma coisa concreta. Mas devemos também estudar as alternativas possíveis”, completou.



As negociações entre a Nasa, a ESA e a Roskosmos sobre a eventual distribuição das participações no projeto ExoMars tiveram início em dezembro passado, em Paris. A Rússia prometeu oferecer seu veículo lançador Proton na condição de que os cientistas russos poderiam colocar a bordo da sonda seus equipamentos e seriam totalmente integrados às equipes existentes.



Segundo uma fonte citada pela Ria-Nóvosti, no final de dezembro a Nasa se retirou das negociações, que agora são mantidas em nível bilateral. “Os americanos ainda não anunciaram oficialmente sua saída do projeto. Possivelmente, vão fazê-lo nesta semana ou na semana que vem”, disse a fonte.



Enquanto isso, as negociações entre a Roskosmos e a ESA estão em bom andamento. “O lado técnico das negociações acabou. Apesar das dificuldades, a ESA e a Roskosmos conseguiram encontrar uma opção que é do agrado de ambas as partes e leva a um acordo”, afirmou a fonte entrevistada pela agência.



Anteriormente, os europeus haviam afirmado que as negociações deveriam ser concluídas até agosto de 2012 para que a sonda seja lançada em 2016.
http://gazetarussa.com.br/articles/2012 ... 14180.html




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