Satélite Universitário Brasileiro - ITASAT

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Satélite Universitário Brasileiro - ITASAT

#1 Mensagem por Brazilian Space » Ter Fev 23, 2010 3:41 pm

Olá amigos!

Segue abaixo uma notícia postada hoje (23/02) no site do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), destacando que o desenvolvimento projeto do satélite universitário ITASAT segue nova etapa.

Duda Falcão

Nova Etapa do Projeto ITASAT

Regina França - Assessoria de Imprensa
23/02/2010 - 09:04


Nos dias 23 e 24 de fevereiro, representantes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Agência Espacial Brasileira (AEB) estarão reunidos no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) para participar do processo de Revisão de Definição de Missão (MDR - Mission Definition Review) do Projeto ITASAT.

A crescente importância dos satélites de pequeno porte utilizados na observação da Terra e para as mais variadas finalidades levou a AEB a propor a criação de um programa de desenvolvimento tecnológico destinado a promover a capacitação brasileira para atender a demanda pelas futuras gerações de micro e nanossatélites deu origem ao Projeto “Missão ITASAT-1”. Este projeto está inserido no Plano Plurianual “Desenvolvimento e Lançamento de Satélites Tecnológicos de Pequeno Porte” (PPA/Ação 4934), que prevê a realização de uma série de missões destinadas a realizar experimentos, desenvolver e testar inovações tecnológicas de satélites e cargas úteis, além de capacitar a indústria espacial brasileira neste segmento.

O ITASAT tem por objetivo a realização da missão espacial de desenvolvimento, lançamento e operação de um satélite universitário — ITASAT-1 — de pequeno porte (~ 80kg, ~60x60x70 cm) em baixa órbita terrestre (~ 600 km) para prover serviços de coleta de dados em compatibilidade com o Sistema Brasileiro de Coleta de Dados Ambientais, além de possibilitar a realização de testes em cargas úteis experimentais. E, ainda, formar recursos humanos em nível de graduação e pós-graduação em todos os segmentos do projeto. Além de atividades técnicas, organizacionais e gerenciais, o ITASAT é dividido em subsistemas que envolvem: estrutura, controle térmico, suprimento de energia, computador de bordo, controle de atitude, telemetria e telecomando, carga útil: transponder de coleta de dados e experimentos.

A coordenação geral do Projeto cabe à AEB, tendo o ITA como responsável pela execução do projeto e o INPE como provedor de consultoria técnica, de infraestrutura laboratorial e gestor financeiro. Os gerentes técnicos são o Eng. Katuchi Techima (AEB), Eng. Wilson Yamaguti (INPE) e o Prof. David Fernandes (ITA).

Sob a coordenação do ITA participam, além de professores e alunos de graduação e pós-graduação do Instituto, professores e alunos de graduação e de pós-graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), da Universidade Estadual de Londrina (UEL), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), da Universidade de Brasília (UnB), do INPE e da Technical University of Berlin (TU Berlin), esta última através de estudantes bolsistas do Programa UNIBRAL da CAPES/DAAD. Durante 2009 trabalharam no projeto: 32 alunos de graduação, 23 mestrandos e 5 doutorandos.

Está previsto para o final de março de 2010 a Revisão de Requisitos Preliminares (PRR - Preliminary Requiremesnt Review), com a participação de revisores do INPE, da AEB e da TU Berlin.


Fonte: Site do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA)

Comentário: Maiores informações sobre o atual estágio de desenvolvimento desse satélite universitário eram esperadas por mim com grande expectativa, pois há tempos não se lia nada a respeito na mídia especializada. Iniciativas como essas devem ser cada vez mais incentivadas pelas instituições governamentais e universidades brasileiras visando aproveitar e justificar o desenvolvimento do VLS-1. Somente dois projetos estão atualmente em desenvolvimento no Brasil sendo o ITASAT um deles e o NANOSATCBR da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria - RS) o outro, que é muito pequeno para ser lançado pelo VLS, já que o mesmo é um nanosatélite.




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Re: Satélite Universitário Brasileiro - ITASAT

#2 Mensagem por Brazilian Space » Qui Mar 04, 2010 11:47 am

AEB Pretende Lançar o Satélite ITASAT em 2012

Olá amigos!

Segue abaixo uma matéria publicada hoje (04/03) no Jornal “Valor Econômico” destacando que o primeiro "Satélite Universitário Brasileiro (ITASAT)" será lançado em 2012.

Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
http://brazilianspace.blogspot.com/


Primeiro Satélite Universitário Será Lançado em 2012

04/03/2010

A Agência Espacial Brasileira (AEB) está acelerando o desenvolvimento do projeto ITASAT, o primeiro satélite universitário brasileiro, desenvolvido por pesquisadores e alunos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e de várias universidades brasileiras. Com orçamento anual de R$ 1,7 milhão, o ITASAT é um microssatélite de coleta de dados ambientais e meteorológicos, que deverá ser lançado por um foguete nacional, por volta de 2012.

O ITASAT está inserido no Plano Plurianual de Desenvolvimento e Lançamento de Satélites Tecnológicos de Pequeno Porte (PPA), destinado a promover a capacitação brasileira para atender a demanda pelas futuras gerações de micro e nanossatélites. A coordenação geral do projeto é feita pela AEB, tendo o ITA como responsável pela execução do projeto e o INPE como provedor de consultoria técnica, de infraestrutura laboratorial e gestão financeira.

Segundo o diretor de Satélites, Aplicações e Desenvolvimento da AEB, Thyrso Villela, o ITASAT tem como missão principal a formação de especialistas na área de engenharia aeroespacial, com o desenvolvimento de novas tecnologias para o setor. "O primeiro satélite vai levar a bordo um transponder digital, que vai receber e transmitir informações, coletadas da rede de plataformas brasileira e utilizadas hoje na previsão de tempo", diz Villela.

A rede brasileira de Plataforma de Coleta de Dados (PCDs) é formada por mais de 800 estações, espalhadas por todo o território. Elas coletam, armazenam e transmitem, automaticamente, medidas de variáveis meteorológicas e ambientais, realizadas a cada hora e armazenadas na memória da PCD. A transmissão dos dados é feita via satélite, a cada três horas.

O ITASAT conta com a participação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade de Brasília (UNB), e da Technical University of Berlin. Em 2009 o ITASAT envolveu 32 alunos de graduação, 23 de mestrado e cinco de doutorado.

Atualmente, 120 microssatélites universitários de cunho tecnológico são lançados por ano no mundo e apenas 15 países trabalham com esse tipo de projeto. "O ITASAT é um projeto que estimula a participação das universidades no esforço nacional de desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro", ressalta Villela.


Fonte: Jornal Valor Econômico - 04/03/2010

Comentário: Interessante notícia essa do jornal “Valor Econômico”, pois demonstra que a AEB tem a intenção de colocar o ITASAT a bordo do VLS-1 em 2012, ou o que me parece mais provável em 2013 (em 2012 será o primeiro vôo teste do VLS-1 (VLS-1 XVT 01) que será feito somente com o primeiro e segundo estágios do foguete ativos e se tudo ocorrer bem nesse vôo o ITASAT poderia ser colocado abordo do segundo vôo teste, ou seja, no VLS-1 XVT 02, que será realizado com os quatros estagio ativos. No entanto na minha opinião isso seria um grande erro), como eu já havia previsto anteriormente nos meus comentários no blog "BRAZILIAN SPACE". Além disso, o desenvolvimento desse satélite é um alento para o surrado “Sistema Brasileiro de Coleta de Dados” que está funcionando ainda (mesmo com eficiência) com os dois velhos satélites SCD-1 e 2 que já superaram em muito suas expectativas de vida e pelo o atual CBERS-2B. Há de se dizer também que a afirmação de que o ITASAT será o primeiro "Satélite Universitário Brasileiro" não é correta e deveria ser corrigida pelo jornal. O primeiro satélite universitário desenvolvido no Brasil foi o UNOSAT, desenvolvido pelos professores e estudantes de engenharia elétrica da Universidade do Norte do Paraná (UNOPAR). Esse artefato era na realidade um nanossatélite que pesava 8,83 kg e foi destruído junto com o SATEC (Satélite Tecnológico) do INPE no acidente com o VLS-1 V03 que matou os 21 técnicos brasileiros em 2003.




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Re: Satélite Universitário Brasileiro - ITASAT

#3 Mensagem por Brazilian Space » Qui Mar 18, 2010 9:54 am

O Satélite ITASAT Faz Revisão de Missão

Olá amigos!

Segue abaixo uma notícia publicada no informativo “O Suplemento” de n° 91 (Jan. e Fev. de 2010) da “Associação dos Engenheiros do ITA (AEITA)” informando que foi feita a revisão de missão do satélite ITASAT.

Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
http://brazilianspace.blogspot.com/


P&D

ITASAT Faz Revisão de Missão

Representantes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Agência Espacial Brasileira (AEB) e ITA reuniram- se no final de fevereiro para a Revisão de Definição de Missão (MDR) do projeto do satélite universitário ITASAT.

O projeto, que envolve estudantes de graduação e pós-graduação de várias universidades brasileiras e da Technical University of Berlin (TU Berlin), tem o objetivo de desenvolver a competência para a realização de experimentos tecnológicos com aplicação na área espacial. A iniciativa também tem a missão de aproximar o programa espacial das universidades, ao mesmo tempo em que contribui com a formação de novos profissionais, algo essencial tendo em vista a função estratégica das aplicações espaciais para o desenvolvimento do Brasil.

A função principal deste satélite universitário está relacionada ao Sistema Nacional de Coleta de Dados Ambientais. Para isso, levará a bordo um novo transponder, com tecnologia mais atualizada, para retransmissão de dados coletados e enviados pelas Plataformas de Coletas de Dados (PCDs). A função tecnológica está ligada à validação em vôo dos subsistemas e seus equipamentos de controle de atitude, computação, geração e distribuição de potência, estrutura mecânica e controle térmico, bem como avaliação das cargas úteis experimentais com aplicações na área espacial como determinação de atitude por meio de sensores MEMS (MicroElectroMechanical System) e experimento de controle térmico.

Com cerca de 80 kg, o ITASAT será um satélite de baixa altitude e órbita polar, o que significa estar a aproximadamente 600 quilômetros com inclinação de 98 graus. São características compatíveis às dos satélites de coleta de dados SCD-1 e SCD-2, desenvolvidos pelo INPE.

A coordenação geral do Projeto cabe à AEB, tendo o ITA como responsável pela execução do projeto e o INPE como provedor de consultoria técnica, de infraestrutura laboratorial e gestão financeira. Os gerentes técnicos são o Eng. Katuchi Techima (AEB), Eng. Wilson Yamaguti (T76) (INPE) e o Prof. David Fernandes (ITA).

Sob a coordenação do ITA participam professores e alunos de graduação e pós-graduação do Instituto, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), da Universidade Estadual de Londrina (UEL), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), FEG/UNESP, da Universidade de Brasília (UnB) e do INPE. Pela TU Berlin participam estudantes bolsistas do Programa UNIBRAL da CAPES/DAAD. Durante 2009 se envolveram com o projeto 32 alunos de graduação, 23 mestrandos e 5 doutorandos.

Está prevista para o final de março de 2010 a Revisão de Requisitos Preliminares (PRR - Preliminary Requirement Review), com a participação de revisores do INPE, da AEB e da TU Berlin.

Imagem
Concepção Artística do
Satélite Científico ITASAT



Fonte: Informativo “O Suplemento” da AIETA - num. 91 pág. 05 - Jan. e Fev. de 2010

Comentário: Interessante notar amigos que esta notícia publicada pela AEITA em seu informativo tem o cuidado de não prever o lançamento deste satélite para o ano de 2012 e muito menos que o mesmo será feito pelo VLS-1, bem diferente da noticia publicada dias atrás no jornal “Valor Econômico” dando conta do contrário. Sinceramente espera que haja bom senso dos órgãos gestores do Programa Espacial Brasileiro para que não se cometa o erro de se lançar este satélite durante a realização do segundo vôo teste (tecnológico) VLS-1 XVT-02 (quando estará sendo realizado o teste em vôo do terceiro e quarto estágios do foguete), missão esta prevista para acontecer em 2012. O satélite ITASAT é de crucial importância para o surrado “Sistema Nacional de Coleta de Dados Ambientais (SNCDA)” que é atualmente composto pelos velhos satélite SCD-1 e 2 e pelo CBERS 2B e não se pode correr o risco de se perder este satélite num vôo tecnológico de alto risco. O mais sensato seria que o ITASAT fosse lançado por outro foguete (a minha sugestão é que se utilize o acordo assinado com a Índia e faça o lançamento através de um foguete indiano, justamente como previsto para acontecer com o Nanosatc-BR da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) do Rio Grande do Sul) ou então aguardar o ano de 2014, quando então está previsto para ocorrer o quarto vôo de qualificação do VLS-1 (VLS-1 VO4), caso os dois vôo tecnológicos previstos para 2011 (teste do primeiro e segundo estágios em vôo) e 2012 tenham sido exitosos. Se for idéia da AEB e dos órgãos gestores do PEB lançar um conjunto completo (foguete/satélite) já no segundo vôo tecnológico em 2012, que se construa um SATEC (satélite tecnológico), muito mais barato e onde se poderia aproveitar a oportunidade para se testar novas tecnologias. O que não se pode fazer é correr o risco de se perder o ITASAT de extrema importância para o SNCDA. Exemplos não faltam.




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Re: Satélite Universitário Brasileiro - ITASAT

#4 Mensagem por LeandroGCard » Qui Mar 18, 2010 10:50 am

Ai ai,

Um satélite de 80 Kg, em princípio dentro das possibilidades de um VLM, mas se gastarão 4 motores S-43 a mais (alguns milhões de reais, além de maior risco) devido à fixação pelo VLS.

Mudando de assunto: Pelo que me lembro das informações que foram divulgadas à época, os vôos tecnológicos do VLS incompleto (XVT 01 e 02) seriam realizados para não arriscar as poucas plataformas inerciais impotadas que o IAE ainda tinha em estoque. Com o recente desenvolvimento das plataformas inerciais nacionais, é bem possível que estes vôos sejam substituídos pelo lançamento de foguetes completos, já que não vale muito à pena economizar apenas nos estágios superiores do VLS, que são justamente os mais baratos, nem na simplificação da parte eletrônica.

Mas não é muito interessante arriscar um satélite "profissional", que pode custar R$ dezenas de milhões, em um vôo de qualificação. Então é realmente possível que o ITASAT seja lançado já em 2012. O IAE deveria esclarecer este tipo de coisa.


Leandro G. Card




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Re: Satélite Universitário Brasileiro - ITASAT

#5 Mensagem por Brazilian Space » Qui Mar 18, 2010 11:28 am

LeandroGCard escreveu:Ai ai,

Um satélite de 80 Kg, em princípio dentro das possibilidades de um VLM, mas se gastarão 4 motores S-43 a mais (alguns milhões de reais, além de maior risco) devido à fixação pelo VLS.

Mudando de assunto: Pelo que me lembro das informações que foram divulgadas à época, os vôos tecnológicos do VLS incompleto (XVT 01 e 02) seriam realizados para não arriscar as poucas plataformas inerciais impotadas que o IAE ainda tinha em estoque. Com o recente desenvolvimento das plataformas inerciais nacionais, é bem possível que estes vôos sejam substituídos pelo lançamento de foguetes completos, já que não vale muito à pena economizar apenas nos estágios superiores do VLS, que são justamente os mais baratos, nem na simplificação da parte eletrônica.

Mas não é muito interessante arriscar um satélite "profissional", que pode custar R$ dezenas de milhões, em um vôo de qualificação. Então é realmente possível que o ITASAT seja lançado já em 2012. O IAE deveria esclarecer este tipo de coisa.


Leandro G. Card
Olá Leandro!

Pelo que eu sei os vôos tecnológicos XVT 01 e XVT 02 foram propostos pelos russos para testar a interação e operação em vôo dos estágios do foguete (primeiro e segundo estágio ativos – XVT 01 e os quatro estágios ativos – XVT 02, já que no primeiro vôo falhou o primeiro estágio, no segundo vôo falhou o segundo estágio e os outros dois ainda não chegaram a ser testados) visando a sua qualificação para o quarto vôo VLS-1 VO4 em 2014. A espera para que esses vôos acontecessem ocorreu por dois motivos que foram à trapalhada jurídica que houve com a TMI e a demora no desenvolvimento da plataforma inercial que deverá ficar pronta este ano para ser testada em vôo em setembro, no vôo do VSB-30 (Operação Maracati II), já que pelo que parece desde o início foi planejado se colocar uma carga útil no XVT 02. O XVT 01 será realizado pela previsão entre março e maio de 2011, se os testes com a TMI e o mockup do VLS-1 iniciarem em outubro como está previsto. Segundo o cronograma o XVT 02 (testando os quatro estágios) será realizado no segundo semestre de 2012 e é este vôo que (segundo o jornal Valor Econômico) eles querem colocar o ITASAT. Como eu disse no meu comentário essa idéia é uma temeridade, pois o ITASAT é extremamente crucial para o Sistema Brasileiro de Coleta de Dados Ambientais que pode a qualquer momento entrar em colapso, devido aos velhos SCD-1 e SCD-2. O mais sensato seria desenvolver um SATEC, como eu disse em meu comentário.

Forte abraço

Duda Falcão
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Re: Satélite Universitário Brasileiro - ITASAT

#6 Mensagem por Brazilian Space » Qui Mar 25, 2010 9:15 am

Olá amigos!

Segue abaixo uma matéria postada hoje (25/03) no site do jornal “Correio Braziliense” destacando que o Brasil se prepara para lançar, em 2012, seu primeiro satélite universitário.

Duda Falcão
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CIÊNCIA E SAUDE

Tecnologia Universitária no Espaço

Brasil se prepara para lançar, em 2012, seu primeiro satélite produzido
com ampla participação de estudantes. Batizado de ITASAT, o equipamento
ajudará na transmissão de dados ambientais


Gisela Cabral
Publicação: 25/03/2010 - 07:00


Formar profissionais capazes de ampliar, no futuro, a produção brasileira na área aeroespacial. Esse é o principal objetivo do programa de desenvolvimento do ITASAT, primeiro satélite universitário de coleta de dados do país. Projetado com grande participação de alunos de diferentes instituições de ensino, o projeto conta com a coordenação de instituições de grande porte, como os Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), além da Agência Espacial Brasileira (AEB).

Imagem

Amplie a imagem clicando no link abaixo:

http://www.correiobraziliense.com.br/fi ... 59131e.jpg

Segundo os cientistas responsáveis pela iniciativa, o lançamento está previsto para o fim de 2012. Até lá, porém, ainda há muito trabalho a fazer. A intenção é desenvolver técnicas e testar novos componentes buscando o aperfeiçoamento e a redução de custos. Atualmente, o ITASAT possui um orçamento total de R$ 5 milhões. Somente no ano passado, o projeto chegou a envolver 60 jovens cientistas, entre graduandos, mestrandos e doutorandos.

A idéia é lançar o pequeno satélite de 85kg, semelhante a um cubo, em órbita baixa, a cerca de 600km de altitude. Segundo David Fernandes, professor responsável pelo projeto no ITA, o equipamento será enviado ao espaço como carga secundária de um lançador de satélites. “O lançamento como carona é comum, quando se trata de satélites de pequeno porte, para redução dos custos”, explica. O ITASAT deve ficar em órbita por cerca de um ano. “A cada 90 minutos, será dada uma volta completa no planeta. Durante a passagem pelo Brasil, ele será utilizado para a coleta de dados ambientais”, destaca.

De acordo com Fernandes, mais de 700 plataformas em terra transmitirão dados ambientais para o ITASAT. “Ele funcionará como um repetidor, retransmitindo os dados para duas estações no Brasil, uma em Cuiabá e outra em Alcântara (MA). Depois disso, as informações serão enviadas para o INPE em Cachoeira Paulista (SP) e distribuídas aos usuários”, descreve o especialista. Atualmente, no Brasil, os satélites operacionais do INPE — o SCD-1, SCD-2 e CIBRERS-2B — já operam como coletores de dados ambientais das plataformas existentes.

O projeto está inserido em uma ação do plano plurianual de desenvolvimento e lançamento de satélites tecnológicos de pequeno porte. Apesar do trabalho conjunto de ITA, INPE e AEB, cada uma das entidades tem suas próprias responsabilidades. O INPE, por exemplo, possui uma grande experiência na área de satélites e, portanto, vem atuando como consultor, podendo, inclusive, ceder componentes que farão parte do protótipo. Fernandes destaca, no entanto, que a participação de universidades de várias partes do Brasil tem sido fundamental.

“Como diz o próprio nome, o satélite é universitário. Isso significa que ele será projetado e construído por estudantes de graduação, mestrado e doutorado, orientados por especialistas”, enfatiza. Entre as instituições participantes, estão a Universidades de São Paulo (USP), a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), a Universidade Estaduais de Londrina (UEL) e Universidade Estaduais de Campinas (Unicamp), entre outras. Alunos da Universidade de Brasília (UnB) poderão em breve participar do projeto.

Oportunidade

Estudante do quinto ano de engenharia eletrônica do ITA, Antônio Kotsugai, 21 anos, é um dos estudantes que têm a oportunidade de integrar o projeto. Ele participa da elaboração do ITASAT desde fevereiro de 2008. “Estou inserido no grupo do subsistema de suprimento de energia do satélite. Estudamos tecnologias já usadas em outros projetos, avaliamos novos modelos e criamos e testamos os protótipos a serem implementados”, explica. Segundo ele, o trabalho de integração de todos os subsistemas do projeto é feito constantemente, com reuniões periódicas para a definição de parâmetros e requisitos do satélite. “O ITASAT tem como um dos objetivos a formação de profissionais para a área aeroespacial, tendo grande importância estratégica para o nosso país”, conta.

David Fernandes, do ITA, explica que, por se tratar de um produto feito por universitários, o satélite apresenta custos relativamente baixos. “Nossa intenção é testar conceitos, componentes e subsistemas”, informa. De acordo com o professor, até o lançamento, serão desenvolvidos sistemas que precisam ser resistentes aos ambientes de radiação. “O período de vida do satélite também está muito ligado a isso”, enfatiza o especialista.

Para Thyrso Villela, diretor de Satélites, Aplicações e Desenvolvimento da AEB, o treinamento de profissionais que vão atuar na área espacial é mesmo um dos grandes ganhos do projeto. “Esse tipo de iniciativa já ocorre no mundo todo. O treinamento envolve um tempo grande, pois são muitos os riscos envolvidos nessa empreitada”, destaca. O uso de tecnologias que ainda não foram aplicadas em satélites também tem sido um dos trunfos do ITASAT. “O ITA, inclusive, está contando com a colaboração da Universidade de Berlim, na Alemanha. A entidade tem fornecido toda a sua experiência em satélites para o nosso projeto. Precisamos disso, pois o Brasil está começando a formar os primeiros especialistas na área espacial”, finaliza.

Entrevista:

1) O que é o satélite universitário (ITASAT) e qual o objetivo desse projeto?

O ITASAT é um microssatélite que vem sendo desenvolvido desde 2004, totalmente construído por universitários do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (Ita), e escolas de ensino superior associadas ao projeto, como as Universidades Estadual de Londrina (UEL), Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), de São Paulo (USP), entre outras. Como o Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE) tem muita experiência na área de satélites, atua como uma espécie de consultor, sendo também o gestor financeiro dos recursos disponibilizados pela Agência Espacial Brasileira (AEB). De 2004 até 2008, o projeto passou basicamente por uma fase de estudos. Mas em 2009 se concentrou na missão de coleta de dados. Os dados em questão podem ser de ventos, umidade, pressão, temperatura, ou qualquer outra medição ambiental específica, dependendo do interesse do usuário.

2) Quando o microssatélite será lançado e como ele atuará em órbita?

A previsão de lançamento é para 2012. Depois de lançado, o satélite ficará em órbita baixa a uma altura de mais ou menos 600 km. A idéia é que ele fique girando em movimentos de rotação. A cada 90 minutos, uma volta completa em torno do planeta Terra. Ele irá coletar dados, geralmente em regiões remotas, que serão retransmitidos para a Terra. Para que o processo ocorra, serão necessárias antenas no satélite e nas plataformas. Elas farão com que os dados se encontrem e cheguem aos usuários interessados. Os dados em questão serão repassados constantemente aos interessados, formando uma verdadeira rede de comunicação.

3) Depois de quanto tempo o ITASAT retornará à Terra e como será esse procedimento?

Esperamos, inicialmente, que o ITASAT fique em órbita baixa pelo período de um ano. Mas essa previsão ainda não foi totalmente definida. Por ser pequeno, ele não terá um lançamento pago, portanto, terá que ir de carona com lançadores. Tal medida é bem comum no meio espacial, hoje em dia. Ao projetarmos o satélite precisamos levar essa possibilidade em consideração. Procuramos, também, seguir um código de conduta internacional que determine o retorno dele depois de terminada a missão. Uma das alternativas é que ao final de tudo isso ele volte para a atmosfera terrestre e se desintegre. É bom lembrar, ainda, que o satélite universitário não precisará de combustível para funcionar, e como um produto feito por universitários, deverá ter custos mais baixos. Nossa intenção é testar conceitos, componentes e subsistemas.


Fonte: Site do Jornal do Correio Braziliense - 25-03-2010

Comentário: Chamo a atenção dos amigos para o que diz o professor responsável pelo projeto no ITA, o senhor David Fernandes: “o equipamento será enviado ao espaço como carga secundária de um lançador de satélites”. Pelo que o mesmo diz parece que o bom senso prevaleceu e o mesmo não será mais lançado pelo VLS-1 XVT-02 (vôo que está previsto para 2012) como indicado na matéria do jornal Valor Econômico do dia 04/03 (veja a nota acima AEB Pretende Lançar o Satélite ITASAT em 2012), iniciativa que seria uma temeridade, já que neste vôo tecnológico estará se testando a eficiência do terceiro e quarto estágios do foguete. Ficam as perguntas: Qual foguete lançará o ITASAT de carona? Será um foguete Indiano ou um foguete Longa Marcha chinês?




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Re: Satélite Universitário Brasileiro - ITASAT

#7 Mensagem por Brazilian Space » Qui Mai 06, 2010 11:32 pm

Olá amigos!

Segue abaixo uma entrevista publicada na nova edição da Revista Espaço Brasileiro (Jan. Fev. Mar. de 2010) com o tenente-brigadeiro-do-ar Cleonilson Nicácio Silva que na época era ainda diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) acumulando o cargo com o atual cargo de chefe do Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER).

Duda Falcão
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AEB

Renovação no ITASAT

Alunos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA)
Desenvolvem satélite universitário para auxílio
de coletas de dados ambientais


Imagem
Aluno do ITASAT trabalhando no
transponder de coleta de dados


A busca pelo desenvolvimento tecnológico, pela autonomia e domínio de todo desenvolvimento do ciclo espacial tem sido o objetivo da Agência Espacial Brasileira (AEB) como coordenadora do Programa Espacial Brasileiro. Em fevereiro, representantes do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e AEB reuniram-se em São José dos Campos (SP) para discutir o processo de Mission Definition Review (Revisão de Definição de Missão em português), do Projeto ITASAT.

Devido à crescente importância dos satélites de pequeno porte, a Agência propôs a criação de um programa de desenvolvimento de satélites de pequeno porte, cuja a idéia é promover a capacitação brasileira para atender à demanda de futuras gerações de micro e nanossatélites.

Este projeto faz parte do Plano Plurianual (PPA/Ação 4934), “Desenvolvimento e Lançamento de Satélites Tecnológicos de Pequeno Porte”, que prevê a realização de missões destinadas a experimentos, desenvolvimento e teste de inovações tecnológicas de satélites e cargas úteis, além de capacitar a indústria espacial brasileira neste segmento.

“Os satélites de pequeno porte, em geral, apresentam uma série de vantagens que podem ser fundamentais para um desenvolvimento mais rápido do setor espacial, por terem ciclos de desenvolvimento mais curtos, a baixo custo”, afirma o diretor de Satélites, Aplicações e Desenvolvimento da AEB, Thyrso Villela.

Esses satélites são potencialmente viáveis para aplicações científicas, meteorológicas, militares e sensoriamento remoto. Além disso, a tecnologia proveniente, de alto valor agregado, pode ser oferecida ao mercado em larga escala na forma de software pronto – COTS (Commercial off-the-shelf) ou como spin-offs (tecnologia desenvolvida no setor espacial utilizada em outras áreas).

Em 2003, foi criada uma iniciativa, com a participação do ITA e do INPE, para estudar as possíveis formas da interação das universidades com os institutos de pesquisas, indústria e governo, na implementação de um programa voltado à concepção de satélites de pequeno porte.

Segundo o coordenador do projeto pelo ITA, David Fernandes, “O ITASAT é um satélite tecnológico universitário que está sendo produzido sob a responsabilidade do ITA, com a coordenação e patrocínio da AEB, e assistência do INPE”.

O INPE, por sua vez, presta consultoria técnica e de infraestrutura laboratorial, além de ser o gestor financeiro do projeto. “É responsável por transferir a experiência adquirida por meio de reuniões técnicas, principalmente, em engenharia de sistemas, documentação, organização gerencial, apóio logístico e gestão financeira”, relata o coordenador do projeto pelo instituto, Wilson Yamaguti.

Objetivos - Os objetivos da Missão ITASAT são o desenvolvimento do satélite, a capacitação de recursos humanos para o setor aeroespacial, desenvolvimento de pesquisa aplicada, fomento e capacitação da indústria nacional e conceituação, projeto e desenvolvimento de outras missões, além da Missão ITASAT-1.

Outra finalidade primordial do satélite universitário é operar em baixa órbita terrestre, a aproximadamente 600 quilômetros, para oferecer serviços de coleta de dados em compatibilidade com o Sistema Brasileiro de Coleta de Dados Ambientais, que opera com os Satélites de Coleta de Dados (SCD-1) e (SCD-2) e Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (CBERS-2B).

Até 2008, foram feitos o estudo e a análise de diversas configurações e modos de operação do satélite ITASAT, com ênfase na formação de recursos humanos. A partir de 2009, o foco tornou-se a realização do ITASAT-1, com o lançamento previsto para 2013. “Temos foco no Programa Espacial Brasileiro, em uma continuidade de satélites universitários, na formação de recursos humanos, no desenvolvimento e teste de tecnologias, no acesso barato ao espaço e na participação crescente da indústria nacional”, comenta David Fernandes. “mais que restrições e dificuldades, temos desafios. Desafio de implementar um satélite universitário de cunho tecnológico de baixo custo”, complementa.

Para Wilson Yamaguti, os desafios são muitos. “Uma dificuldade importante que tem restringido o desenvolvimento do satélite universitário é a aquisição de componentes e a contratação de serviços”, observa. No entanto, segundo ele, os trabalhos relacionados à parte de engenharia de sistemas começaram a dar resultados promissores.

Alunos - Segundo David Fernandes, em 2009, estiveram envolvidos no projeto 32 alunos de graduação, 23 de mestrado e cinco de doutorado do ITA. Desde 2006, já passaram mais de 200 alunos em áreas como engenharia de sistemas, estruturas, controle térmico, geração e suprimento de energia, telemetria e telecomando, controle de atitude, computador de bordo, carga útil: transponder de coleta de dados e experimentos.

Na visão da aluna de doutorado em Engenharia Eletrônica do ITA, Lidia Hissae Shibuya, o ITASAT é uma oportunidade de colocar em prática os conhecimentos adquiridos. “Tenho trabalhado em projetos de eletrônica aplicada desde 2003, desenvolvendo sistemas eletrônicos principalmente para sistemas embarcados”, conta.

Além disso, segundo a discente, a multidisciplinaridade do projeto exige que se tenha conhecimentos em áreas diversas, o que possibilita uma visão geral. “Dentro do projeto, faço parte do grupo que desenvolve um subsistema para obtenção de um equipamento robusto para missões espaciais, utilizando novas tecnologias e métodos de tolerância a falhas”, completa.

Para o mestrando em Engenharia Aeronáutica, Marcelo Petry Rodrigues, o maior impacto que o ITASAT deve gerar não é o satélite em si, mas a formação de profissionais para o setor aeroespacial. “Hoje me dedico exclusivamente ao mestrado e ao programa. No que concerne tanto ao mestrado quanto ao ITASAT, minha área principal é energia (transferência de calor)”, diz.

Sob coordenação do ITA, também participam do projeto alunos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Universidade de São Paulo de São Carlos (USP-SC), Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), e Technical University of Berlin (TU Berlin), da Alemanha, esta por meio de bolsas do Programa Unibral da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e DAAD.

“O ITASAT é um projeto que estimula a participação das universidades no esforço nacional de desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro”, finaliza Thyrso Villela.

Especificações do modelo
Ilustrativo ITASAT 1:

Imagem

* Peso (até 80 kg)
* Dimensões (60x60x70 cm)


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Participação dos Alunos no Projeto ITASAT


Fonte: Revista Espaço Brasileiro - num. 8 Jan. Fev. Mar. de 2010 - págs 08 e 09

Comentário: Importante projeto não só pelos motivos colocados pela matéria, mas principalmente para o Sistema Brasileiro de Coleta de Dados Ambientais (SBCDA) que apesar de estar operacional, pode a qualquer momento entrar em colapso, já que os satélites que o compõem já passaram em muito a sua expectativa de vida, sendo o CBERS-2B o que esta em melhor condição, mas que também já expirou o seu prazo de validade inicial em pelo menos um ano. No entanto, os programas de satélites no Brasil são verdadeiras novelas e este programa do ITASAT não foge a esta regra. Desde que foi proposto em 2003 até o seu lançamento previsto para 2013, são dez anos, certamente um recorde na história de satélites universitários já produzidos ou em produção. Exemplos como este são inúmeros no PEB e a eles também são incluídos projetos de satélites que nem chegaram a sair do papel. Infelizmente por falta de seriedade por parte de sucessivos governos o INPE foi sensivelmente prejudicado levando o país hoje a perder a hegemonia no setor de satélites para os “hermanos” argentinos. A média internacional para desenvolvimento de satélites (dependendo de sua função) gira em torno de cinco a sete anos e só o satélite Amazônia-1, se levarmos em conta quando o mesmo foi proposto no inicio dos anos 80, já são quase 30 anos. Não se pode conduzir um programa sério de satélites com estes prazos.




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