A Batalha do "La Moneda" - Chile

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A Batalha do "La Moneda" - Chile

#1 Mensagem por Paisano » Sex Nov 13, 2009 1:16 pm

A batalha do La Moneda, local da morte de Allende

Fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/inte ... 82,00.html
O palácio presidencial de La Moneda, obra do arquiteto italiano Joaquín Toesca, destaca-se no centro de Santiago. Hoje, branco e restaurado, não ostenta mais as marcas do bombardeio dos aviões Hawker Hunter que, há 30 anos, fizeram do prédio a imagem da destruição da democracia no Chile.

No dia 11 de setembro de 1973, o presidente socialista Salvador Allende apareceu pela última vez na varanda do segundo andar. Com um capacete de batalha e uma metralhadora em punho ele observou o cerco dos militares ao redor da casa, em estilo colonial. O político, eleito três anos antes, voltou a seu escritório, de onde escreveu a última mensagem transmitida ao país através da Rádio Magallanes, antes de se suicidar com tiro do fuzil presenteado pelo líder cubano Fidel Castro. Enquanto isto as chamas e a fumaça invadiam o prédio.

O general da reserva Mario López Tobar, então chefe da esquadrilha de quatro aviões britânicos que atacaram a sede do governo e residência do presidente com mísseis, garante num livro-depoimento que só dois aviões atacaram o La Moneda. Ao lembrar da incursão dos Hawker Hunter, Tobar reflete sobre o confronto que via nas ruas de Santiago, onde focos isolados de franco-atiradores resistiam ao golpe que colocou no poder o general Augusto Pinochet por quase 17 anos, até março de 1990. "Preferiria ter enfrentado adversários no ar" - afirma - "Lá ninguém tem tempo de se assustar ou fugir, ou derrubamos o adversário ou ele nos derruba".

Em terra, os tanques cercavam o palácio. Mensagens militares se repetiam nas emissoras de rádio controladas pelos militares, enquanto grupos de operários tentavam resistir ao golpe nos cordões industriais de Vicuña Mackenna e Cerrillos, e surgiam franco-atiradores em alguns edifícios do centro da capital. No assalto final, um destacamento militar sob o comando do general Javier Palacios tomou o palácio, capturou os últimos partidários de Allende e os obrigou a se deitar na calçada com as mãos na nuca, a pouca distância de um dos tanques que estava a ponto de avançar sobre eles.

Num caminhão militar, foram transportados para o Regimento Tacna, comandado pelo general Luis Ramírez Pineda, detido em 13 de setembro de 2002 na Argentina e cuja extradição para o Chile foi pedida pela Suprema Corte. No Chile, o juiz Juan Carlos Urrutia tenta submetê-lo a um processo pelo desaparecimento de 11 prisioneiros levados do La Moneda para um recinto militar sem que, até agora, se conheça seu destino. Entre estes prisioneiros está o médico francês Georges Klein Pipper, assessor da Secretaria Geral do Governo sob a presidência de Allende (1970-1973).

Hoje, 30 anos depois do golpe, a casa dos presidentes do Chile recebe diariamente visitantes e turistas que visitam o Pátio dos Canhões ou o Pátio dos Laranjais, desde que em março de 2000 o presidente Ricardo Lagos ordenou sua reabertura à visitação pública. Um sinal dos novos tempos vividos no país.




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Re: A batalha do "La Moneda" - Chile

#2 Mensagem por Paisano » Sex Nov 13, 2009 1:24 pm

O bombardeio do La Moneda e a morte de Salvador Allende

Fonte: http://afp.google.com/article/ALeqM5iHd ... GuyN70VQ3Q
SANTIAGO (AFP - 21 de Junho de 2008) — Os últimos tiros da metralhadora soviética Aka (um presente de Fidel Castro) foram dados pelo presidente Salvador Allende contra a própria cabeça, por volta das duas horas da tarde de 11 de setembro de 1973, poucas horas depois do início do golpe de Estado que acabou com o governo da Unidade Popular.

A rebelião militar havia começado na madrugada daquele dia, quando o almirante José Toribio Merino prendeu o comandante-em-chefe da Marinha e sitiou as grandes cidades costeiras de Valparaíso, Viña del Mar e Talcahuano.

O Exército, com Augusto Pinochet à frente, dominou a capital Santiago e as cidades do Norte e do Sul pela manhã, com tanques e infantaria, e o general Gustavo Leigh, chefe da Força Aérea, ordenou que seus caças Hawker Hunter bombardeassem o Palácio presidencial de La Moneda.

O supostamente leal chefe da polícia dos Carabineiros, César Mendoza, negou defesa ao governo e se colocou sob o comando dos militares, fechando o cerco contra "o câncer comunista" (palavras de Leigh).

Mas o último a aderir ao golpe, a apenas poucas horas da rebelião militar, foi Pinochet, lembrou em 1987 um livro de Nathaniel Davis, um dos embaixadores dos Estados Unidos em Santiago na época de Allende.

"Tenho certeza de que meu sacrifício não será em vão... que pelo menos será uma lição de moral que castigará a traição e a covardia", disse Allende em sua última mensagem de rádio transmitida de La Moneda, quando os aviões militares já voavam rumo a Santiago.

"Podem subjugar, mas os processos sociais não serão detidos nem com o crime nem com a força" (...) "continuem vocês sabendo que muito mais cedo do que tarde, de novo se abrirão as grandes avenidas por onde passará o homem livre para construir uma sociedade melhor", profetizou o presidente de 64 anos.

Depois de uns poucos disparos feitos do Palácio sitiado de La Moneda contra tanques e aviões, Allende recusou as propostas de rendição, tanto dos novos comandantes militares quanto de seus próprios colegas no palácio, que somavam cerca de 40 homens. Nos bairros da capital Santiago, uma esperada resistência cívica aos golpistas se desfez em minutos.

Os Hawker Hunter haviam disparado sobre La Moneda quase 50 foguetes, segundo Danilo Bartulin, um dos guarda-costas sobreventes do combate.

"Creio que (Allende) se suicidou de pé, não sentado numa poltrona, como acreditei no começo", relatou anos depois Patricio Guijon, médico pessoal e amigo do presidente que estava mais próximo de Allende na hora do suicídio.

Doutor em Medicina, político desde jovem, ministro e parlamentar, Allende havia conquistado a presidência em 4 de setembro de 1970, como o primeiro marxista declarado eleito chefe de Estado através das urnas na América Latina.

"O Chile (com um esquerdista) tinha a possibilidade de subverter outras nações de forma mais acentuada que Cuba", explicaria em 1982 Henry Kissinger, o secretário de estado do presidente norte-americano Richard Nixon.

Com Allende, Nixon havia lamentado a nacionalização das minas chilenas de cobre, a maior riqueza do país, historicamente nas mãos de empresas norte-americanas.

Apesar de admirador do regime cubano, Allende havia comemorado sua vitória eleitoral e a derrota da Democracia Cristã e das direitas em 1970 como o começo de uma revolução pacífica, com "sabor de vinho tinto e empadas", a tradicional guloseima nas festas nacionais.

Com Allende "se instalou o caos e o ódio e o Chile estava à beira da guerra civil e de uma tirania comunista em 1973", acusaria depois Pinochet, reivindicando para si a derrubada do presidente.

De comandante do Exército, Pinochet passou a chefe da Junta Militar de Governo, a presidente do grupo colegiado e finalmente a Presidente da República, cargo que ocupou até 1990.

Pinochet se tornou depois senador vitalício, mas perdeu a imunidade inerente ao cargo no mês passado por decisão da Corte Suprema e agora enfrenta 170 denúncias por desrespeito aos direitos humanos sob seu regime, que deixou de herança uma economia ultraliberal elogiada no mundo e a dor de cerca de 3.000 opositores assassinados.

"A Unidade Popular cometeu grandes erros, mas não crimes", segundo Jacques Chonchol, ministro da Reforma Agrária do governo Allende.

Quando as tropas tomavam o poder em 1973, nem a agricultura nem a indústria, em sua quase totalidade em mãos do Estado, eran incapazes de satisfazer a demanda e o abastecimento mínimo.

Resta farinha para fazer o pão de dois ou três dias, advertia Allende em setembro, enquanto o Chile vivia ao compasso das sabotagens dos ultraconservadores, das lutas políticas de grêmios empresariais e da oposição da direita tradicional e da democracia cristã e, por outro lado, das greves sindicais incentivadas pelos mesmos allendistas.

"Nós militares não buscávamos o poder... vieram bater às portas dos quartéis para que salvássemos o Chile", assegurou Pinochet pouco antes de deixar o poder, derrotado no plebiscito de 1988 pela União dos Partidos pela Democracia, a até então inimaginável coalizão dos inimigos do passado, a esquerda socialista e os democratas-cristãos.




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Re: A batalha do "La Moneda" - Chile

#3 Mensagem por Paisano » Sex Nov 13, 2009 1:31 pm

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Re: A batalha do "La Moneda" - Chile

#4 Mensagem por rodrigo » Sex Nov 13, 2009 1:39 pm

A decisão de resistir, tomada por Allende e sua guarda pessoal, foi tomada com base na esperança que unidades do Exército ficassem leais ao governo, nos mesmos moldes da rebelião anterior em 29 de junho. Existe ainda uma discussão se o episódio, conhecido como tanquetazo, era apenas um laboratório para saber quais seriam as defesas do palácio, para incluir as informações para a operação em 11 de setembro.




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Re: A batalha do "La Moneda" - Chile

#5 Mensagem por Enlil » Sáb Nov 14, 2009 2:17 pm

Paisano escreveu:Imagem
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Paisano, há um documentário muito interessante sobre o assunto e q já tornou-se um clássico: La Batalla De Chile (Patricio Guzmán, 1979), não sei se tu já ouviu falar? É facilmente encontrado em hospedeiros e torrents.




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Re: A Batalha do "La Moneda" - Chile

#6 Mensagem por rodrigo » Qua Nov 18, 2009 3:54 pm

Muito significativa a posse de fuzis AK-47 e lançadores RPG-7 na posse de Allende e sua segurança. Essas armas nunca foram de dotação das forças armadas, policiais e de segurança chilenas, mostrando assim a influência soviética-cubana no falecido presidente chileno.




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Re: A Batalha do "La Moneda" - Chile

#7 Mensagem por U-27 » Qua Nov 18, 2009 4:41 pm

verdade rodrigo
bem notado isto




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Re: A Batalha do "La Moneda" - Chile

#8 Mensagem por Bolovo » Qui Nov 19, 2009 3:27 am

Eles tinham RPG-7?




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Re: A Batalha do "La Moneda" - Chile

#9 Mensagem por P44 » Qui Nov 19, 2009 9:40 am


Português > Mundo > América Latina
Um olhar sobre o regime Pinochet

José Zepeda*

12-12-2006

PinochetO ex-ditador Augusto Pinochet foi cremado no Chile. José Zepeda, colaborador da Radio Nederland e vítima do regime de Pinochet, faz uma retrospectiva.

Se alguém recorda o começo da ditadura não pode deixar de reconhecer a imensa quantidade de chilenos que se regozijaram, nos primeiros dias, com a derrota da Unidade Popular. A forma habitual de explicar as prisões políticas foram aquelas frases eloqüentes: "devem ter feito algo" ou "estão metidos em algo".

O consentimento sufocado de horror. O digo porque foi o que vivi. Mais tarde, os anos de cárcere me mostraram que a máquina de repressão não eram "excessos" como era chamado pelo governo de Pinochet.

Apesar desta polarização extrema do país, o golpe de Estado surpreendeu à maioria de uma população acostumada com a convivência democrática, poucas vezes alterada em sua história. Com exceção dos inteirados, ninguém esperava um golpe militar. O presidente Salvador Allende sabia que o seu governo havia entrado em uma crise profunda e decidiu convocar um plebiscito para evitar um golpe de Estado.

A partir de 11 de setembro de 1973, os otimistas pensavam que após alguns meses, alguns exílios internos e poucos mortos, tudo voltaria ao normal. Os pessimistas sabiam que eram tempos de tirania. Os militares haviam chegado para ficar.

Nestes dias, surgiu a maior mentira da ditadura: "estamos em guerra". Nada mais distante da realidade. Com exceção de alguns enfrentamentos insignificantes, os golpistas não encontraram resistência. Até as armas que haviam entrado clandestinamente no país foram confiscadas. O resto foi estratégia da inteligência militar para atemorizar a população.

Carlos Prats, por exemplo, não estava em guerra quando foi assassinado, junto com a sua esposa, pelo agente da DINA Michal Townley, em Buenos Aires, em 30 de setembro de 1974; Orlando Letelier não empunhava armas quando foi morto em Washington junto ao seu assistente estadunidense Ron Moffite, em 21 de setembro de 1976; Bernard Leighton não estava na guerra quando sofreu um atentado na Itália, planejado pela DINA, o serviço secreto de Pinochet, em 5 de outubro de 1975. Eduardo Frei Montalva não estava na guerra quando foi assassinado, supostamente mediante um envenenamento. Muito menos os espanhóis Carmelo Soria e Antoni Llidó, o primeiro assassinado e o segundo desaparecido.

O último ato político de Pinochet foi uma carta pública, quando completou 91 anos. Ele diz assumir a responsabilidade dos fatos, mas não reconhece seus crimes. Ao contrário, reivindica sua conduta, dizendo que "graças a sua coragem e decisão, o Chile pode transitar entre a ameaça totalitária e a plena democracia que restabelecemos e da qual gozam todos os nossos compatriotas". E acrescenta: "Se ao final de 30 anos, àqueles que provocaram o caos e o enfrentamento inseriram-se novamente em um estado de direito, não é possível pedir castigo àqueles que evitaram que o caos se ampliasse e aprofundasse". Ou seja, nada de arrependimentos.

As festas populares em Santiago, após a morte do ex-ditador, são provas autênticas de que o passado ainda não foi superado. É compreensível, se levarmos em conta que ainda não se sabe o destino de muitos dos desaparecidos. O paradoxo é que não existem muitas razões para o júbilo. Espera-se que a justiça chilena não tenha a idéia de condená-lo em ausência, seria um ato de covardia que afetaria a credibilidade democrática do Chile. Era preciso integridade ontem.

É possível caracterizar os partidários do ditador em três categorias: os que aparecem na televisão são a expressão do fascismo puro, incluindo a saudação com a mão erguida. Os políticos, com a exceção de alguns, o abandonaram em massa. E finalmente os vergonhosos, aqueles que o estimam, mas que se escondem sob a máscara de democrata.

As cortinas se fecharam, muitos estão decepcionados com a justiça chilena, mas não se pode negar que, sob os governos democráticos, centenas de uniformizados foram julgados por graves violações aos direitos humanos.

Pinochet morre com a carga de muitos processos contra ele, além de um último estigma: ter enriquecido de maneira ilícita, mediante a corrupção. Juridicamente, não recebeu castigo, mas o seu nome está estigmatizado, dentro e fora do país. Nem à glória, nem a honra, simplesmente a celebridade mesquinha de déspota.
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Re: A Batalha do "La Moneda" - Chile

#10 Mensagem por U-27 » Qui Nov 19, 2009 10:20 am

e como sempre a tipica demonização da direita...




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Re: A Batalha do "La Moneda" - Chile

#11 Mensagem por Paisano » Qui Nov 19, 2009 10:58 am

U-27, a demonização não é da direita, mas sim do chamado estado de exceção.




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Re: A Batalha do "La Moneda" - Chile

#12 Mensagem por U-27 » Qui Nov 19, 2009 11:56 am

pois é
desculpe




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Re: A Batalha do "La Moneda" - Chile

#13 Mensagem por Dieneces » Qui Nov 19, 2009 1:57 pm

Foi o Allende que provocou sua queda , assim como foi a esquerda brasileira que provocou os 21 anos de governos militares...Se ao menos fosse uma esquerda moderada , o período militar no Brasil teria durado somente 5 ou 6 anos. A esquerda é sempre responsável pelo estado de exceção . Podem pesquisar . Isso vale para todo o mundo .É uma regra universal . A esquerda é o lobo da esquerda.




Brotei no Ventre da Pampa,que é Pátria na minha Terra/Sou resumo de uma Guerra,que ainda tem importância/Sou Raiz,sou Sangue,sou Verso/Sou maior que a História Grega/Eu sou Gaúcho e me chega,p'ra ser Feliz no Universo.
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Re: A Batalha do "La Moneda" - Chile

#14 Mensagem por rodrigo » Qui Nov 19, 2009 3:02 pm

Eles tinham RPG-7?
Sim. Se sabiam usar era outra estória.




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Re: A Batalha do "La Moneda" - Chile

#15 Mensagem por P44 » Seg Dez 07, 2009 7:51 am

Victor Jara assassinado há 36 anos

06/12 12:41 CET

O Chile presta homenagem ao simbolo da resistência nacional, o artista Victor Jara, trinta e seis anos depois de ter sido assassinado pela ditadura de Pinochet.
Uma cerimónia de dois dias que começou ontem com um velório simbólico na sede da fundação com o seu nome, na Praça Brasil, em Santiago do Chile onde não faltaram os depoimentos entre os quais o da filha Manuela Jara. As cerimónias foram acompanhadas por milhares de pessoas. A família pretende transformar este ritual numa celebração de três dias ininterruptos, com canto, música, dança e poesia. Vítor Jara foi detido a 11 de Setembro de 1973, horas depois de iniciado o golpe de Estado desencadeado por Augusto Pinochet contra o governo de unidade popular de Salvador Allende.

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VIDEO :arrow: http://pt.euronews.net/2009/12/06/victo ... a-36-anos/

Chile: um funeral apropriado para Víctor Jara

Trinta e seis anos após sua morte, o cantor e compositor chileno Victor Jara teve um funeral apropriado. Uma multidão de milhares de artistas, personalidades, militantes e fãs se reuniram no dia 3 de dezembro em Santiago [es] para homenagear o músico, diretor de teatro e ativista que foi assassinado durante o golpe militar de Pinochet.

O funeral foi assistido também pela presidente chilena, Michelle Bachelet, e a viúva de Jara, Joan Turner. O usuário Medrparada forneceu um vídeo da comunidade chilena marchando em comemoração pela avenida Santos Dumont:

Jara, parte central do movimento Nueva Canción, foi um apoiador de Salvador Allende nos anos 60 e no começo dos 70. Como a investigação de sua morte violenta, em 1973, foi retomada nos últimos anos, um recruta do exército de Pinochet foi acusado do assassinato [en] e o corpo de Jara foi exumado [en] em Junho, para uma autópsia.

Embora a comunidade já soubesse que o cantor foi torturado, os detalhes foram confirmados pelo Servicio Médico Legal (Serviço Médico Legal) em novembro [es]: ele morreu com fraturas produzidas por objetos contundentes, assim como 44 ferimentos a bala em diferentes partes de seu corpo.
http://pt.globalvoicesonline.org/2009/1 ... ctor-jara/




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