Notícias Ferroviárias

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Clermont
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Re: Notícias Ferroviárias

#151 Mensagem por Clermont » Dom Abr 09, 2017 4:19 pm

Batalhões ferroviários do Exército estão parados por falta de demanda.

Margareth Lourenço - Especial para o Correio Braziliense, 7.04.17.

O Exército Brasileiro está pronto para voltar a atuar em obras ferroviárias pelo país. “Queremos fazer ferrovias”, diz enfaticamente o chefe do Departamento de Engenharia e Construção da força militar, general Oswaldo de Jesus Ferreira, 62 anos. E essa preparação já vem ocorrendo ao longo dos últimos dois anos, tanto que, no final de 2015, foi publicada portaria renomeando o 10º e o 11º Batalhões de Engenharia e Construção para os seus antigos nomes: 1º e 2º Batalhões Ferroviários.

Em cada um desses batalhões - o primeiro situado em Lages (SC) e o outro em Araguari (MG) - há pequenos núcleos ferroviários “para manter acesa essa chama”, diz o general. E no Instituto Militar de Engenharia (IME) há matérias específicas para a construção de linhas férreas. “Nossos engenheiros já aprendem, temos pessoal capacitado e tecnologia”, enfatiza o general Ferreira. Porém, falta a demanda pelo serviço. “Se recebermos essa missão, estamos prontos para atuar, como já fizemos em outras épocas.”

Desde a renomeação dos batalhões, o Exército fez contatos com a Valec - a estatal encarregada pela construção de ferrovias - e com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). “As conversas com a Valec não prosperaram e com o Dnit não houve condições de trabalharmos porque, de lá para cá, o departamento não investiu mais em ferrovias”, informa o general.

O Dnit informou que, apesar de não haver ação em andamento em relação à retomada de obras em estradas de ferro com a cooperação do Exército, o departamento tem “interesse na parceria”. Para que avance nesse sentido, é necessário haver dotação no Orçamento Geral da União para o Dnit.

A participação dos militares em obras férreas veio à tona ontem, no cinquentenário da chegada dos trilhos à capital federal, obra executada pelo 2º Batalhão Ferroviário. O evento, na antiga Rodoferroviária de Brasília, reuniu 200 pessoas. No final da década de 1960, estava pronta a ligação de Brasília com o centro-sul do país.

À época, o trem chegou na estação Bernardo Sayão, localizada no Núcleo Bandeirante, com uma faixa à frente da locomotiva onde lia-se “Salve Brasília”. Ontem, um único vagão percorreu poucos metros. Apesar das palmas, o cenário era de nostalgia em uma estação que sequer existe. À frente da linha, podiam ser vistos diversos vagões de carga enferrujados entre o mato alto.

Quatro perguntas para o general Oswaldo Ferreira, chefe do Departamento de Engenharia e Construção do Exército:

Porque as ferrovias foram abandonadas no Brasil?

O colapso das ferrovias veio com a vocação rodoviária. A maior parte da nossa malha ferroviária foi fechada por conta da preferência pelo transporte rodoviário. Há uma inversão, enormes perdas. Áreas produtoras de grãos, como Mato Grosso, têm que escoar a produção até o porto de Paranaguá (PR) por estrada.

Por que os projetos em ferrovias estão emperrados?

O Brasil precisa fazer projetos de infraestrutura à altura das nossas possibilidades econômicas. O bom planejador é o que vê o seu planejamento se transformar em realidade. Infelizmente, ainda somos um país de commodities. É só ver o exemplo de Carajás, uma província mineral que, devido à visão empresarial da Vale, já está construindo a segunda ferrovia para escoar a produção. Não adianta aumentar a produção em Mato Grosso sem ter como escoar. Linhas férreas demandam altos investimentos devido à sua complexidade e muitos anos, até uma década. Não podem ser projetos de governo. São projetos de Estado.

Os batalhões estão prontos para atuar na construção de ferrovias?

Há cerca de 20 anos não estamos envolvidos com obras férreas. Nosso foco passou a ser obras em rodovias, mas temos condições, se nos derem a missão. Sem dúvida, vamos nos articular, nos preparar e vamos cumprir. Nosso anseio é voltar a fazer ferrovias e colocamos esta vontade na pauta junto à mais alta esfera nacional: queremos fazer. É só nos chamarem. Não perdemos a nossa história.

Quais os desafios para que o Brasil volte a investir em ferrovias?

Tem que ter orçamento e é preciso que não seja um investimento imediatista. É projeto de longo prazo, mas o seu funcionamento contribui essencialmente para o desenvolvimento do país.




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Re: Notícias Ferroviárias

#152 Mensagem por Wingate » Dom Abr 09, 2017 7:28 pm

Clermont escreveu:Batalhões ferroviários do Exército estão parados por falta de demanda.

Margareth Lourenço - Especial para o Correio Braziliense, 7.04.17.

O Exército Brasileiro está pronto para voltar a atuar em obras ferroviárias pelo país. “Queremos fazer ferrovias”, diz enfaticamente o chefe do Departamento de Engenharia e Construção da força militar, general Oswaldo de Jesus Ferreira, 62 anos. E essa preparação já vem ocorrendo ao longo dos últimos dois anos, tanto que, no final de 2015, foi publicada portaria renomeando o 10º e o 11º Batalhões de Engenharia e Construção para os seus antigos nomes: 1º e 2º Batalhões Ferroviários.

Em cada um desses batalhões - o primeiro situado em Lages (SC) e o outro em Araguari (MG) - há pequenos núcleos ferroviários “para manter acesa essa chama”, diz o general. E no Instituto Militar de Engenharia (IME) há matérias específicas para a construção de linhas férreas. “Nossos engenheiros já aprendem, temos pessoal capacitado e tecnologia”, enfatiza o general Ferreira. Porém, falta a demanda pelo serviço. “Se recebermos essa missão, estamos prontos para atuar, como já fizemos em outras épocas.”

Desde a renomeação dos batalhões, o Exército fez contatos com a Valec - a estatal encarregada pela construção de ferrovias - e com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). “As conversas com a Valec não prosperaram e com o Dnit não houve condições de trabalharmos porque, de lá para cá, o departamento não investiu mais em ferrovias”, informa o general.

O Dnit informou que, apesar de não haver ação em andamento em relação à retomada de obras em estradas de ferro com a cooperação do Exército, o departamento tem “interesse na parceria”. Para que avance nesse sentido, é necessário haver dotação no Orçamento Geral da União para o Dnit.

A participação dos militares em obras férreas veio à tona ontem, no cinquentenário da chegada dos trilhos à capital federal, obra executada pelo 2º Batalhão Ferroviário. O evento, na antiga Rodoferroviária de Brasília, reuniu 200 pessoas. No final da década de 1960, estava pronta a ligação de Brasília com o centro-sul do país.

À época, o trem chegou na estação Bernardo Sayão, localizada no Núcleo Bandeirante, com uma faixa à frente da locomotiva onde lia-se “Salve Brasília”. Ontem, um único vagão percorreu poucos metros. Apesar das palmas, o cenário era de nostalgia em uma estação que sequer existe. À frente da linha, podiam ser vistos diversos vagões de carga enferrujados entre o mato alto.

Quatro perguntas para o general Oswaldo Ferreira, chefe do Departamento de Engenharia e Construção do Exército:

Porque as ferrovias foram abandonadas no Brasil?

O colapso das ferrovias veio com a vocação rodoviária. A maior parte da nossa malha ferroviária foi fechada por conta da preferência pelo transporte rodoviário. Há uma inversão, enormes perdas. Áreas produtoras de grãos, como Mato Grosso, têm que escoar a produção até o porto de Paranaguá (PR) por estrada.

Por que os projetos em ferrovias estão emperrados?

O Brasil precisa fazer projetos de infraestrutura à altura das nossas possibilidades econômicas. O bom planejador é o que vê o seu planejamento se transformar em realidade. Infelizmente, ainda somos um país de commodities. É só ver o exemplo de Carajás, uma província mineral que, devido à visão empresarial da Vale, já está construindo a segunda ferrovia para escoar a produção. Não adianta aumentar a produção em Mato Grosso sem ter como escoar. Linhas férreas demandam altos investimentos devido à sua complexidade e muitos anos, até uma década. Não podem ser projetos de governo. São projetos de Estado.

Os batalhões estão prontos para atuar na construção de ferrovias?

Há cerca de 20 anos não estamos envolvidos com obras férreas. Nosso foco passou a ser obras em rodovias, mas temos condições, se nos derem a missão. Sem dúvida, vamos nos articular, nos preparar e vamos cumprir. Nosso anseio é voltar a fazer ferrovias e colocamos esta vontade na pauta junto à mais alta esfera nacional: queremos fazer. É só nos chamarem. Não perdemos a nossa história.

Quais os desafios para que o Brasil volte a investir em ferrovias?

Tem que ter orçamento e é preciso que não seja um investimento imediatista. É projeto de longo prazo, mas o seu funcionamento contribui essencialmente para o desenvolvimento do país.
Nobre colega Clermont, se o Exército voltar a trabalhar as ferrovias vão ser concluídas no prazo estipulado, totalmente prontas e funcionando perfeitamente.

E onde fica o ganho das empreiteiras? Quem é que vai morder no fim? E o "meu" (deles, é claro) onde é que fica?

Assim caminha esta Terra de Santa (?) Cruz.

Wingate




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Re: Notícias Ferroviárias

#153 Mensagem por Juniorbombeiro » Seg Abr 10, 2017 9:50 am

É antigo, não sei se repetido, se for desculpem, não estou com tempo de voltar o tópico.





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Re: Notícias Ferroviárias

#154 Mensagem por gusmano » Seg Abr 10, 2017 10:54 am

Wingate escreveu:
Clermont escreveu:Batalhões ferroviários do Exército estão parados por falta de demanda.

Margareth Lourenço - Especial para o Correio Braziliense, 7.04.17.

O Exército Brasileiro está pronto para voltar a atuar em obras ferroviárias pelo país. “Queremos fazer ferrovias”, diz enfaticamente o chefe do Departamento de Engenharia e Construção da força militar, general Oswaldo de Jesus Ferreira, 62 anos. E essa preparação já vem ocorrendo ao longo dos últimos dois anos, tanto que, no final de 2015, foi publicada portaria renomeando o 10º e o 11º Batalhões de Engenharia e Construção para os seus antigos nomes: 1º e 2º Batalhões Ferroviários.

Em cada um desses batalhões - o primeiro situado em Lages (SC) e o outro em Araguari (MG) - há pequenos núcleos ferroviários “para manter acesa essa chama”, diz o general. E no Instituto Militar de Engenharia (IME) há matérias específicas para a construção de linhas férreas. “Nossos engenheiros já aprendem, temos pessoal capacitado e tecnologia”, enfatiza o general Ferreira. Porém, falta a demanda pelo serviço. “Se recebermos essa missão, estamos prontos para atuar, como já fizemos em outras épocas.”

Desde a renomeação dos batalhões, o Exército fez contatos com a Valec - a estatal encarregada pela construção de ferrovias - e com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). “As conversas com a Valec não prosperaram e com o Dnit não houve condições de trabalharmos porque, de lá para cá, o departamento não investiu mais em ferrovias”, informa o general.

O Dnit informou que, apesar de não haver ação em andamento em relação à retomada de obras em estradas de ferro com a cooperação do Exército, o departamento tem “interesse na parceria”. Para que avance nesse sentido, é necessário haver dotação no Orçamento Geral da União para o Dnit.

A participação dos militares em obras férreas veio à tona ontem, no cinquentenário da chegada dos trilhos à capital federal, obra executada pelo 2º Batalhão Ferroviário. O evento, na antiga Rodoferroviária de Brasília, reuniu 200 pessoas. No final da década de 1960, estava pronta a ligação de Brasília com o centro-sul do país.

À época, o trem chegou na estação Bernardo Sayão, localizada no Núcleo Bandeirante, com uma faixa à frente da locomotiva onde lia-se “Salve Brasília”. Ontem, um único vagão percorreu poucos metros. Apesar das palmas, o cenário era de nostalgia em uma estação que sequer existe. À frente da linha, podiam ser vistos diversos vagões de carga enferrujados entre o mato alto.

Quatro perguntas para o general Oswaldo Ferreira, chefe do Departamento de Engenharia e Construção do Exército:

Porque as ferrovias foram abandonadas no Brasil?

O colapso das ferrovias veio com a vocação rodoviária. A maior parte da nossa malha ferroviária foi fechada por conta da preferência pelo transporte rodoviário. Há uma inversão, enormes perdas. Áreas produtoras de grãos, como Mato Grosso, têm que escoar a produção até o porto de Paranaguá (PR) por estrada.

Por que os projetos em ferrovias estão emperrados?

O Brasil precisa fazer projetos de infraestrutura à altura das nossas possibilidades econômicas. O bom planejador é o que vê o seu planejamento se transformar em realidade. Infelizmente, ainda somos um país de commodities. É só ver o exemplo de Carajás, uma província mineral que, devido à visão empresarial da Vale, já está construindo a segunda ferrovia para escoar a produção. Não adianta aumentar a produção em Mato Grosso sem ter como escoar. Linhas férreas demandam altos investimentos devido à sua complexidade e muitos anos, até uma década. Não podem ser projetos de governo. São projetos de Estado.

Os batalhões estão prontos para atuar na construção de ferrovias?

Há cerca de 20 anos não estamos envolvidos com obras férreas. Nosso foco passou a ser obras em rodovias, mas temos condições, se nos derem a missão. Sem dúvida, vamos nos articular, nos preparar e vamos cumprir. Nosso anseio é voltar a fazer ferrovias e colocamos esta vontade na pauta junto à mais alta esfera nacional: queremos fazer. É só nos chamarem. Não perdemos a nossa história.

Quais os desafios para que o Brasil volte a investir em ferrovias?

Tem que ter orçamento e é preciso que não seja um investimento imediatista. É projeto de longo prazo, mas o seu funcionamento contribui essencialmente para o desenvolvimento do país.
Nobre colega Clermont, se o Exército voltar a trabalhar as ferrovias vão ser concluídas no prazo estipulado, totalmente prontas e funcionando perfeitamente.

E onde fica o ganho das empreiteiras? Quem é que vai morder no fim? E o "meu" (deles, é claro) onde é que fica?

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Wingate
Não é bem assim rs




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Re: Notícias Ferroviárias

#155 Mensagem por Juniorbombeiro » Seg Abr 10, 2017 11:30 am

gusmano escreveu:
Wingate escreveu: Nobre colega Clermont, se o Exército voltar a trabalhar as ferrovias vão ser concluídas no prazo estipulado, totalmente prontas e funcionando perfeitamente.

E onde fica o ganho das empreiteiras? Quem é que vai morder no fim? E o "meu" (deles, é claro) onde é que fica?

Assim caminha esta Terra de Santa (?) Cruz.

Wingate
Não é bem assim rs
O exército, fazendo essas obras, teria que subcontratar muita coisa, na verdade quase tudo, a não ser que queiram ficar construindo uma ferrovia até 2117. A Marinha demorou 20 anos para costruir uma corvetinha, sozinha. E aí é que está o grande X da questão, não tem como fugir das empreiteiras, talvez consiga-se escapar das grandes, atrair as estrangeiras, mas ambas as opções tem riscos. Abrir mão de grandes empreiteiras em obras de grande complexidade, orçamentos apertados e prazos exíguos é um dos maiores tiros no pé que se pode dar nesse país, falo com conhecimento de causa. A quantidade de "gatinhas" (termo muito utilizado pela peonada para designar as pequenas empreiteiras) que quebram executando obras para as quais não tem capacidade de gestão, é absurda. Existem obras de pequeno porte de infraestrutura no Brasil (estações de bombeamento, terminais, subestações), por exemplo, que já foram licitadas mais de três vezes, pq a empresa que "pega" a licitação quebra, aí tem que licitar de novo, muitas vezes a massa falida (equipamentos e materiais) fica retida no canteiro, atrapalhando ainda mais a contração, muita coisa já feita se deteriora ou fica obsoleta e tem que ser refeito. E com as estrangeiras, que não se enganem, também pagam propina, é enviar divisas para fora do país.
O que me deixa preocupado, é que deixar o pessoal "puro e honesto" do exército fazer esse tipo de obra, tem grande chance de sair mais caro do que pelas empreiteiras, com propina e tudo, aí eu quero ver como vão se explicar. Melhor o exercito baixar a bolinha dele e se preocupar com o que sabe e o que deve fazer, a capacidade ferroviária do exercito deve ser a de poder usufruir da malha em caso de necessidade e poder efetuar reparos emergenciais ou ramais alternativos em caso de necessidade, construir as ferrovias não é escopo deles (não estamos mais no império), devem participar para acumular e repassar experiências, mas não devem ser os gestores. Ferrovias são equipamentos muito caros, que precisam de um bom planejamento para dar retorno (coisa que nunca coube no nosso modelo imediatista de gestão de infraestrutura), se fazer ferrovias baseadas nas prioridades e necessidades da economia já é difícil, fazer baseado nas do exército então, não tem como dar certo.




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Re: Notícias Ferroviárias

#156 Mensagem por gusmano » Seg Abr 10, 2017 1:02 pm

Acho que é uma questão de conceito... não tem essa de "puro e honesto", são brasileiros rs. Nem pista de aeroporto nego consegue construir, imagina ferrovia.

abs




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Re: Notícias Ferroviárias

#157 Mensagem por Juniorbombeiro » Seg Abr 10, 2017 1:31 pm

gusmano escreveu:Acho que é uma questão de conceito... não tem essa de "puro e honesto", são brasileiros rs. Nem pista de aeroporto nego consegue construir, imagina ferrovia.

abs
É que eu gosto de enfatizar isso, pq tem muita gente aqui que acredita na cantilena da pureza das FA's, inclusive, pasmem, que os generais presidentes morreram pobres [003] . Aqueles cavalos do Figueiredo eram todos de pangarés de rua recolhidos de carroceiros que os mal tratavam, e o haras era uma ONG que fazia um trabalho tão espetacular que depois de recuperados, eles pareciam garanhões Arábes e PSI, eu realmente acredito na nobreza do ser humano. :roll:
Deixa eu contar uma história, pode ser repetida, mas azar. O marido de uma tia minha de Porto Alegre, teve uma tia, que foi modelo e manequim nas décadas de 50 e 60 (eu nem sabia que isso já existia, mas eles me mostraram as fotos, e a véia foi realmente um belo exemplar da espécie "gaúcha morena espetacular da fronteira", Bagé eu acho). Bem quando a véia faleceu e era solteirona (como uma mulher tão espetacular na juventude não casou???) , ela deixou um apartamento de herança, ela teve mais coisas, mas ela aproveitou bem a vida antes do implacável tempo a alcançar, consta que ela tinha sido amante de um dos generais presidentes gaúchos, ou de alguém muito próximo dentro do staff e o AP teria sido presente. Quem era??? Não fazemos a menor ideia, a véia levou esse segredo para o túmulo.




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Re: Notícias Ferroviárias

#158 Mensagem por joao fernando » Seg Abr 10, 2017 2:01 pm

"Mas o governo não sabe fazer"...

Aqui no Vale tem o Aerovale, que é privado e não conseguiram tirar do papel. E ai?




Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
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Re: Notícias Ferroviárias

#159 Mensagem por Juniorbombeiro » Seg Abr 10, 2017 4:12 pm

joao fernando escreveu:"Mas o governo não sabe fazer"...

Aqui no Vale tem o Aerovale, que é privado e não conseguiram tirar do papel. E ai?
O governo sabe fazer, quem, eu acho, que não deve fazer é o exército, pode participar para se atualizar e até repassar experiências e opiniões que possam ser importantes para o dimensionamento dos equipamentos, mas fazer não.




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Re: Notícias Ferroviárias

#160 Mensagem por Clermont » Seg Abr 10, 2017 7:11 pm

Juniorbombeiro escreveu:O exército, fazendo essas obras, teria que subcontratar muita coisa, na verdade quase tudo, a não ser que queiram ficar construindo uma ferrovia até 2117.

(...)

O que me deixa preocupado, é que deixar o pessoal "puro e honesto" do exército fazer esse tipo de obra, tem grande chance de sair mais caro do que pelas empreiteiras, com propina e tudo, aí eu quero ver como vão se explicar. Melhor o exercito baixar a bolinha dele e se preocupar com o que sabe e o que deve fazer, a capacidade ferroviária do exercito deve ser a de poder usufruir da malha em caso de necessidade e poder efetuar reparos emergenciais ou ramais alternativos em caso de necessidade, construir as ferrovias não é escopo deles (não estamos mais no império), devem participar para acumular e repassar experiências, mas não devem ser os gestores. Ferrovias são equipamentos muito caros, que precisam de um bom planejamento para dar retorno (coisa que nunca coube no nosso modelo imediatista de gestão de infraestrutura), se fazer ferrovias baseadas nas prioridades e necessidades da economia já é difícil, fazer baseado nas do exército então, não tem como dar certo.
Além destes problemas, ainda tem o fato de que os recrutas do SMO não são remunerados pra essa função. Portanto, utilizá-los desta forma tem uma certa conotação com trabalho forçado.




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Re: Notícias Ferroviárias

#161 Mensagem por Juniorbombeiro » Seg Abr 10, 2017 7:26 pm

Pois é, vejo que seria uma boa maneira de formar mão de obra, por exemplo, estágios e cursos com posterior aproveitamento após a baixa. Está faltando exercer essa vocação social, hoje eu vejo, pelo menos onde tive mais contato, que a única coisa que as FA tem formado mão de obra, são vigilantes patrimoniais, 90% dos vigilantes terceirizados na refinaria de Canoas são originários do BinFA e dos quartéis do exército das redondezas. Claro que tem que passar por qualificação, que não é muito barata. Apesar das situações vexatória dá segurança pública, não deixa de ser um alento saber que parte dessa rapaziada está sendo aproveitada.




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Re: Notícias Ferroviárias

#162 Mensagem por Frederico Vitor » Seg Abr 10, 2017 11:53 pm

Juniorbombeiro escreveu:Pois é, vejo que seria uma boa maneira de formar mão de obra, por exemplo, estágios e cursos com posterior aproveitamento após a baixa. Está faltando exercer essa vocação social, hoje eu vejo, pelo menos onde tive mais contato, que a única coisa que as FA tem formado mão de obra, são vigilantes patrimoniais, 90% dos vigilantes terceirizados na refinaria de Canoas são originários do BinFA e dos quartéis do exército das redondezas. Claro que tem que passar por qualificação, que não é muito barata. Apesar das situações vexatória dá segurança pública, não deixa de ser um alento saber que parte dessa rapaziada está sendo aproveitada.
Pois é, mas mesmo assim essa questão precisa ser debatida melhor na caserna. Aqui em Goiânia, por exemplo, está cheia de vigilantes COMANDOS. Isso mesmo, COMANDOS.

Acho que, soldados, que dão baixa com cursos no currículo como este de Comandos, deveriam ter um melhor direcionamento no meio civil.




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Re: Notícias Ferroviárias

#163 Mensagem por Juniorbombeiro » Ter Abr 11, 2017 12:54 am

Poderiam ser instrutores de forças de segurança pública talvez, fora disso não vejo muito mercado no Brasil, pelo menos não na legalidade.




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Re: Notícias Ferroviárias

#164 Mensagem por Bourne » Dom Dez 31, 2017 10:35 am

Encontrei esse canal sobre ferrovias e trens feito por um maquinista da VLI. Interessante.

http://www.youtube.com/channel/UCU4L1811epPmOxch687SquA
Você conhece o interior de uma LOCOMOTIVA? Conheça a EMD SD70ACe-BB





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Re: Notícias Ferroviárias

#165 Mensagem por Clermont » Dom Jun 03, 2018 4:16 pm

A aposta equivocada no transporte rodoviário.


Editorial de O Globo, 3-06-18.

A greve de caminhoneiros, que durou dez dias e paralisou o país, causando desabastecimento, afetando o funcionamento de escolas e hospitais, prejudicando a operação de termelétricas, deixando trabalhadores a pé, impondo prejuízos bilionários ao setor produtivo e levando o caos a aeroportos, expôs a incrível dependência ao transporte rodoviário, seja de cargas ou de passageiros.

Não se pode dizer que esse equívoco, que vai na contramão do que ocorre em outras grandes economias do mundo — até porque, como se sabe, os combustíveis fósseis são um dos vilões do meio ambiente —, seja problema recente, mas, até por isso mesmo, houve tempo para que fosse ao menos atenuado.

Nos anos 50, o país passou a priorizar o transporte rodoviário, a partir da indústria automobilística, e na abertura de estradas. Parecia um caminho bem pavimentado para o futuro. Mas vieram as crises do petróleo, no início e no fim dos anos 70. O modelo rateou, mas, essencialmente, não mudou. O transporte rodoviário até hoje mantém hegemonia avassaladora sobre o ferroviário, marítimo ou fluvial.

Como mostrou reportagem do GLOBO publicada domingo passado, 66% das mercadorias do país circulam por caminhão. Um contrassenso quando comparado com outros países. Na China, são apenas 32%; na Rússia, 5%; e nos Estados Unidos, 43%. E, é bom lembrar, o setor rodoviário está longe de ser bem resolvido — não é segredo que as estradas brasileiras estão em péssimo estado.

Especialistas dizem que problemas como falta de planejamento de longo prazo e modelos de concessão que despertam pouco interesse da iniciativa privada são alguns dos responsáveis pelo nó da infraestrutura. Outro dado que explica essa distorção é o do investimento público em transporte. Em meados da década de 1970, ele se aproximava de 2% do PIB. No ano passado, foi de apenas 0,16%.

Importante destacar que o transporte ferroviário não apenas deixou de avançar, como andou para trás. A malha de ferrovias em operação hoje é menor do que a que existia antes da privatização da RFFSA, nos anos 90. No Rio, os trens chegaram a transportar, nos anos 80, um milhão de passageiros por dia. Hoje, estão na faixa dos 700 mil.

O cenário poderia ser menos grave se, por exemplo, o trecho de 855 quilômetros da Ferrovia Norte-Sul, inaugurado por Dilma Rousseff em 2014, cumprisse o seu papel. Como mostrou reportagem do “Fantástico”, até hoje apenas sete composições, uma a cada sete meses, passaram pela estrada de ferro de R$ 8 bilhões, que liga Palmas (TO) a Anápolis (GO).

Que a greve dos caminhoneiros sirva de alerta para as autoridades públicas. Se o transporte no Brasil não fosse tão dependente de caminhões, ônibus e carros, talvez os efeitos para a população não fossem tão danosos, como se viu. E quem sabe o país ficasse menos vulnerável diante da intransigência de uma única categoria.




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