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Operações Ribeirinhas

Enviado: Ter Jul 07, 2009 3:07 pm
por Glauber Prestes
Vamos concentrar todos os posts sobre o CB 90, e as necessidades ribeirinhas do EB e do CFN aqui.


Citando o Guerra:
Reunião de Coordenação Doutrinária
O Centro de Operações do Comando Militar da Amazônia realizou, em abril
de 2002, uma reunião de coordenação doutrinária, versando como tema principal os
módulos de embarcações táticas. Essa reunião produziu um relatório aprovado pelo
General-de-Brigada Jarbas Bueno da Costa, então Chefe daquele Centro.
Da citada Reunião os tópicos discutidos de maior interesse para o presente
trabalho, bem como suas respectivas conclusões, são os que se seguem: módulo de
embarcações táticas, companhia de embarcações táticas e tipos de embarcações
táticas.
Um módulo de embarcações táticas passou a ser definido como: “um conjunto
de embarcações que permita a vida vegetativa e o emprego de 01 (um) pelotão de
fuzileiros de selva, com o máximo de eficiência, flexibilidade no emprego dos meios
e economia de recursos”.
De conformidade com a definição, esse módulo seria composto por: 1 (uma)
embarcação base de pelotão, com capacidade para 40 (quarenta) homens; 2 (duas)
embarcações patrulha de grupo, com capacidade para 10 (dez) homens e; 4 (quatro)
embarcações patrulha de esquadra, com capacidade para 6 (seis) homens.
No tocante a criação de companhias de embarcações táticas, essas seriam
organizadas e articuladas de forma a apoiar o CMA como um todo e particularmente
suas GU e os BIS que mais carecem desses instrumentos de combate.
Essas companhias seriam equipadas com embarcações similares às já
empregadas na região, devidamente adaptadas, de forma a facilitar sua aquisição,
operação e manutenção.
Observa-se, dessa forma, que o CMA ainda não possui embarcações táticas
e logísticas suficientes e adequadas para atender às necessidades e carências de
suas tropas, quando empregadas em ambiente ribeirinho.
As companhias de embarcações táticas seriam estruturadas com: 1 (um)
comando, 1 (uma) seção de comando, 3 (três) pelotões de embarcações e 1 (um)
pelotão de manutenção de embarcações.
A seção de comando seria dotada de: 01 (uma) ELTCg do tipo Ferry Boat grande,
01 (uma) EPG, 02 (duas) EPE de alumínio e 1 (uma) EPE pneumática.
Os 1º e 2º pelotões de embarcações seriam dotados de: 2 (duas) ELTCg do tipo
Ferry Boat grandes, 6 (seis) ELTCg do tipo Ferry Boat pequenas, 16 (dezesseis)
EPG, 16 (dezesseis) EPE de alumínio e 16 (dezesseis) EPE pneumáticas.
O 3º pelotão seria dotado de: 4 (quatro) embarcações CB 90 HEX M2003, 1 (uma)
E Emp, 2 (duas) embarcações balsa abertas e 1 (uma) embarcação logística de
transporte de pessoal (ELTPes) tipo regional e 1 (uma) ESau.
O pelotão de manutenção seria dotado de 1 (uma) ELTCg do tipo Ferry Boat
pequena.
embarcação base de pelotão
(EBP); embarcação base de grupo (EBG); embarcação patrulha de grupo (EPG);
embarcação patrulha de esquadra (EPE); embarcação base de comunicações
(EBC); embarcação base de artilharia (EBA); embarcações base de engenharia
(EBE); embarcação pneumática de assalto (EPA); embarcação pneumática de
reconhecimento (EPR); embarcação de manobra (E Man); embarcação leve de
comando (ELC) e embarcação de assalto e escolta (EAE).

Re: Operações Ribeirinhas

Enviado: Ter Jul 07, 2009 3:18 pm
por Glauber Prestes
Exemplos de barcos para operação ribeirinha...

http://www.politicalreps.com/uploaded_images/Fast_Patrol_Craft_%28Swift_boat%29-787647.jpg

http://www.hnsa.org/ships/img/pbrmkiigen1.jpg

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/7b/Riverine_Squadron_2_Iraq_2007.jpg

Re: Operações Ribeirinhas

Enviado: Ter Jul 07, 2009 4:23 pm
por Marino
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Re: Operações Ribeirinhas

Enviado: Ter Jul 07, 2009 6:07 pm
por Grifon
video promocional do CB90 no Brasil

Re: Operações Ribeirinhas

Enviado: Ter Jul 07, 2009 7:55 pm
por Marino
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Re: Operações Ribeirinhas

Enviado: Ter Jul 07, 2009 9:56 pm
por agostinho
ja ia tocar nesse assunto e a melhor opçao que o EB ate estudou e eu nao sei no que deu foi a CB-90:

DOCKSTAVARVET CB-90. Uma super lancha de combate

http://2.bp.blogspot.com/_VoabGNCjIxg/SLNceMEY_6I/AAAAAAAABVA/g-HPZYfE4rE/s400/cb90_27_of_31.jpg

O estaleiro sueco Dockstavarvet projetou e construiu a lancha de combate CB-90 ir de encontro com requisitos do exercito finlandês e norueguês que precisavam de uma embarcação que transportassem 20 soldados equipados de forma rápida e segura e que fosse bem armada para poder se defender e mesmo prestar apoio de fogo as tropas próximas às margens dos rios onde operasse. Hoje há cerca de 300 unidades em suas diversas versões em operações na Finlândia, Noruega, México e Malásia. Recentemente uma CB-90 esteve em testes na Amazônia onde o exercito brasileiro pode avaliar as vantagens do uso desta excelente embarcação naquele ambiente. Porém, a falta de verbas direcionadas a defesa, mais uma vez, ditou a conclusão desta avaliação.
http://3.bp.blogspot.com/_VoabGNCjIxg/SLNkYQxASBI/AAAAAAAABV4/UWQ64qoacCQ/s400/cb90_20_of_31.jpg

Acima: A CB-90 chega a uma velocidade máxima de 74 km/h. Porém uma versão especial equipada com motores mais potentes leva esta lancha a 90 km/h.
É interessante notar que não há no mercado uma lancha que possa ser considerada uma concorrente direta da CB-90 pelo fato de que seu desempenho não é igualado por outra embarcação com uso voltado para o ambiente fluvial e costeiro, sendo considerado impressionante. A CB-90 é capaz de acelerar até 40 nós (74 km/h), executar curvas rápidas e muito fechadas e ainda frear de 74/kmh até parar em 40 metros (2,5 comprimentos da CB-90), o que é considerado ótimo para esse tipo de manobra
http://4.bp.blogspot.com/_VoabGNCjIxg/SLNceogEq5I/AAAAAAAABVY/OQNoDJpVCos/s400/CB-90+s_styrhyttstrb90.jpg
Acima. A Cabine de pilotagem da lancha CB-90 em uma das poucas fotos disponiveis do interior dela. As acomadações dela são consideradas confortaveis para esse tipo de embarcação.
Essa capacidade é proporcionada pelo sistema diferenciado de propulsão usado na CB-90, que é do tipo jato d’água. Dois motores Scania DSI-14 com 625 Hp de potencia cada que comandam duas unidade de jato de água fornecidos pela Rolls Royce. O sistema funciona como nos aviões de combate que usam vetoração de empuxo. O jato de água que sai dos dutos que vem do motor é direcionado por lemes montados na saída desses dutos. A vantagem desse sistema em operações fluviais é clara, pois não há hélices que possam ser danificadas por objetos submersos como troncos ou plantas. Ainda o calado da CB-90 é mínimo permitindo um se uso em águas muito rasas. Uma outra motorização, ainda mais potente pode ser instalada, no caso 2 motores DI-16M com 800 Hp cada.
O Casco da CB-90 é de alumínio e há proteção blindada nível 4 no compartimento onde ficam os soldados e no compartimento onde ficam os lemes. Esse padrão de proteção permite proteção contra tiros diretos de armas leves com calibre até o 7,62 mm
http://2.bp.blogspot.com/_VoabGNCjIxg/SLNfJZmjThI/AAAAAAAABVw/qVcQWQqUj2M/s400/CB-90+s_dsi14.jpg

Acima: O motor Scania DSI-14 é o coração da CB-90. Mesmo com a potencia de 625 Hp sendo suficiente para esta lancha dar um show na agua, há ainda motorizações mais potentes disponiveis caso o cliente assim prefira.
A capacidade de carga da CB-90 é de 20 soldados totalmente equipados que vão sentados e com bom espaço interno ou ainda 3000 kg de carga. O armamento padrão usado na CB-90 é composto por 2 metralhadoras Browning M-2 em calibre .50 (12,7 mm) controladas por controle remoto. Porém outras armas podem ser adaptadas como mais uma metralhadora M-2 operada diretamente por um soldado em cima da lancha, além de morteiros e mísseis Hellfire (o mesmo usado nos helicópteros Apache para destruir tanques de guerra). Podem ser usados também, lançadores automáticos de granadas MK-19 de 40 mm. Embora as armas já instaladas na CB-90 sejam essas, é claro que outros armamentos seriam facilmente integrados a essa lancha, como por exemplo, uma metralhadora de canos giratórios Minigun calibre 7,62X51 mm, que garantiria um volume de fogo espetacular a CB-90. Outro armamento que poderia ser integrado seria algum míssil antiaéreo de curto alcance do tipo MAMPAD como o Igla, Stinger ou Mistral, que seria usado contra helicópteros ou aeronaves de baixo desempenho que operassem sobre o teatro de operações.
http://4.bp.blogspot.com/_VoabGNCjIxg/SLNcecdVZjI/AAAAAAAABVI/mdQw8kE7qO4/s400/CB90.50+800px-CombatBoat90HMG.jpg
Aqui podemos ver as duas metralhadoras M-2 calibre 12,7 mm montadas na proa da CB-90. O comando destas armas é feito de dentro da lancha garantindo segurança para o seu operador.
É lamentável que esse excelente sistema de armas não tenha sido adquirido pelo exercito brasileiro para operar nos rios amazônicos. Certamente que a capacidade de combate da força seria ampliada de forma exponencial com essa embarcação, tanto pela sua capacidade de transportar soldados e cargas com grande rapidez e a distancias de até 600 km como pela sua capacidade de combate.
http://2.bp.blogspot.com/_VoabGNCjIxg/SLNdenC6pNI/AAAAAAAABVg/DmEWxLKy1JM/s400/Combat_Boat_90.jpg
Acima: Uma CB-90H em testes no rio Amazonas. Reparem na bandeira brasileira na popa da embarcação. A CB-90 causou uma impressão muito boa nos militares que tiveram o privilégio de testarem ela.
FICHA TECNICA
Tipo: Lancha de combate
Data do comissionamento: 1991
Velocidade: 40 nós
Autonomia: 600 km
Deslocamento: 20500 kg (Maximo)
Comprimento: 16 Mts
Boca: 3,8 Mts
Calado: 0,9 m
Armamaneto: 2 metralhadoras Browning M-2 calibre 12,7 mm montadas na proa, Lançador de míssil Hellfire, Lançadores de morteiros, Lançadores automáticos de granadas de 40 mm MK-19, Minas navais e cargas de profundidade.
Propulsão: 2 motores Scania DSI-14 com 625 Hp cada e duas unidades de jato d’ água Rolls Royce.
http://1.bp.blogspot.com/_VoabGNCjIxg/SLNdev9pKTI/AAAAAAAABVo/EaA_6LnyOkI/s400/cb90_view.jpg
Acima: Um desenho com transparência da CB-90 para se ter uma idéia de como é por dentro desa engenhosa lancha de combate.
ESSE VIDEO E NA AMAZONIA COM O EB!!!!!!!!!
[/quote]

Re: Operações Ribeirinhas

Enviado: Ter Jul 07, 2009 9:59 pm
por agostinho
po e massa essas embarcaçoes dos americanos no vietna mas elas eram mais bem armadas que um tanque mas sem proteçao entao e fazer igual bala neles fazendo supressaso e crazar para eles nao atirarem.....

Re: Operações Ribeirinhas

Enviado: Ter Jul 07, 2009 10:00 pm
por agostinho
desculpas eu quis dizer fogo de supressao :wink:

Re: Operações Ribeirinhas

Enviado: Qua Jul 08, 2009 9:30 am
por Guerra
EBP – Embarcação Base de Pelotão
Possui um conjunto de instalações que permite acomodar um Pelotão de Fuzileiros de Selva (36 homens), seus reforços mais usuais (até 08 homens), sua tripulação e a tripulação de 2 EPG e 4 EPE (14 homens, sendo 6tripulantes da embarcação propriamente dita, 2 tripulantes por EPG e 1 tripulante por EPE), num total de 58 (cinqüenta e oito) homens. É uma embarcação de médio porte, feita para proporcionar maior segurança para a tropa e suportar impactos ocasionados por obstáculos submersos existentes no leito dos rios amazônicos.
A coordenação e o controle são realizados por meio de estação fixa HF para ligação com as Embarcações Patrulha de Grupo e com o Comando da Subunidade Operacional.
A sua defesa antiaérea pode ser realizada com metralhadoras .50 e mísseis portáteis. O fogo contra alvos terrestres é realizado com metralhadora 7,62 mm, morteiros 81 mm, canhão sem recuo e mísseis portáteis.

EBG – Embarcação Base de Grupo
A embarcação, que mede de nove a doze metros, tem capacidade para deslocar um Grupo de Combate, 10 (dez) homens, além do reforço de até 04 (quatro) homens especialistas e de 02 (dois) homens da tripulação. O calado permite a navegação com carga máxima admissível, nos cursos de água que favoreçam as operações das pequenas frações.
Possui posições de tiro com proteção do atirador à impactos de projetis de calibre 7,62 mm, 02 (dois) suportes de metralhadora 7,62 mm, um na proa e outro na popa, e opera com uma metralhadora 7,62 mm, para segurança durante o deslocamento fluvial, a ser instalada em qualquer uma das posições. Seu equipamento rádio permite a ligação das frações com a Embarcação Base de Pelotão, com a Embarcação Patrulha de Esquadra e com o comando que a destacou, durante o cumprimento das missões.

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EPG – Embarcação Patrulha de Grupo
São embarcações para o efetivo de um Grupo de Combate. Pode levar 10 homens mais a tripulação (total de 12 homens), sua capacidade de carga é de aproximadamente 1200 Kg. A propulsão é realizada normalmente por um motor de popa de 40 HP, que lhe proporciona uma velocidade de 25 nós, compatível com as missões atribuídas ao Grupo de Combate.

EPE – Embarcação Patrulha de Esquadra
São embarcações de comprimento total de cerca de 6,0 (seis) metros, empregadas em cursos d’água rasos e estreitos que ofereçam restrições à Embarcação Patrulha de Grupo.
Tem capacidade para deslocar uma esquadra (cinco homens), além do reforço de dois homens especialistas e mais um homem da tripulação. Pode ser transportada a braço por 06 (seis) homens, por pequenas distâncias, ou içada por helicóptero, nos trechos que ofereçam interrupções à navegação.
Sua propulsão é realizada com um motor de popa de 25HP, podendo ser deslocada a braço por 02 (dois) homens, por pequenas distâncias. Para a sua proteção pode-se utilizar uma metralhadora 7,62 mm na proa durante o deslocamento fluvial.


EBE - Embarcação Base de Engenharia: São embarcações destinadas ao transporte dos meios em material e pessoal de Engenharia.
EPA – Embarcação Pneumática de Assalto: São embarcações pneumáticas de alta velocidade para uso em missões de assalto, de capacidade mínima de 12 (doze) homens.
EPR – Embarcação Pneumática de Reconhecimento: São embarcações pneumáticas com autonomia suficiente para a realização de reconhecimento, de capacidade máxima de 8 (oito) homens.
E Man – Embarcação de Manobra: São embarcações utilizadas na manobra de pontes e portadas.

ELC – Embarcação Leve de Comando: São embarcações para o transporte do comandante de nível subunidade e/ou superior, cabinada e de comprimento acima de 6,0 metros.
EAE – Embarcação de Assalto e Escolta (Jet-Ski): são utilizadas também para pequenos reconhecimentos. Possuem suporte adaptado para um fuzil, sua velocidade e autonomia variam em função da potência do motor.

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Re: Operações Ribeirinhas

Enviado: Qua Jul 08, 2009 9:38 am
por Guerra
A G-boat tb foi testada pelo EB.

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Re: Operações Ribeirinhas

Enviado: Qua Jul 08, 2009 9:43 am
por Guerra
A analise do CECMA

A Embarcação Rápida de Grupo Para Assalto Anfíbio G-Boat apresentou relativa
simplicidade de manutenção e fácil manuseio e dirigibilidade, já que não possui mecanismos
tão complexos como a CB90. A estrutura resiste bem às intempéries climáticas. Suas
limitações estão relacionadas à parte mecânica da unidade de jato d’água, no que tange a
desgaste e reposição de peças e componentes. Este aspecto, intimamente ligado à política de
aquisição e administração de meios, não será aprofundado em nossa análise. Outro item a
considerar foi quanto a fixação de armamento coletivo, particularmente a metralhadoras MAG
e .50, que precisa ser adaptada ao casco.
Neste aspecto, a G-Boat deixa um pouco a desejar, se comparada às embarcações EPG
e EPE, que seriam doutrinariamente as mais similares à referida embarcação. Entretanto, por
sua autonomia, estabilidade em manobras de alta velocidade, pelo conforto proporcionado à
tropa embarcada, permitindo inclusive uma melhor posição para execução do tiro, e ainda por
facilitar o desembarque em situação de combate, ela supera em muito àquelas duas
embarcações.
Em relação à Embarcação de Combate Série CB90 H, os especialistas do CECMA
relataram aspectos de natureza técnica e operacional de grande relevância, como possibilidade
de operar sob condições de pouca visibilidade em virtude de seus sensores giro-estabilizados e
remotamente controlados, possibilidade de servir como base de fogo por ocasião de
desembarque de assalto, tendo em vista o seu armamento remotamente controlado, baixo
calado, permitindo o acesso a águas rasas, capacidade de realizar curvas em alta velocidade e
com pequeno raio, silhueta baixa, rampa de resgate na popa próximo a linha d’água,
possibilitando o transbordo de pessoal e material, bem como o resgate de mergulhadores e
disponibilidade de equipamento de combate a incêndios e salvamento.
Os deslocamentos de tropas através dos rios na região amazônica são medidos em
horas/dias de navegação. Tão importante quanto as distâncias são as condições dos rios, pois
períodos de cheia ou seca e chuvas, alteram, significativamente, as condições de
navegabilidade dos rios.
Não é difícil comparar a CB90 com as embarcações atualmente utilizadas pelas
unidades do CMA. Isto porque, se o fizermos inicialmente em relação às EPG e EPE,
veremos uma indiscutível superioridade nos itens autonomia, capacidade de transporte em
carga e em pessoal, manobrabilidade, potência de fogo, conforto e proteção contra fogos
diretos, facilidade para o desembarque, sem falar nas facilidades para comando e controle (já
que são menos embarcações a operar), orientação (radares e sistema de posicionamento
global) e comunicações. Devido a gama de possibilidades oferecidas pelo projeto da
embarcação, poderíamos discorrer sobre sua utilização como base de artilharia, como posto de
tiro para armas anti-carro e anti-aéreas, ou como embarcação logística, comparando-a com
diversas outras utilizadas na Amazônia. Todavia, só o fato de uma só embarcação permitir
todas essas variações de emprego, ou mesmo complementar um sistema de embarcações aumentando seu poder de fogo, isto por si só já a torna um expoente de operacionalidade em
relação às demais.
Apesar das inúmeras vantagens, evidenciadas pelas características peculiares e
desempenho apresentado, deverão ser questões para estudo e melhoria os seguintes aspectos:
- Redimensionamento do sistema de arrefecimento, para aumentar sua eficiência,
uma vez que apresentou considerável aumento de temperatura do motor;
- Inserção de um mecanismo que facilite a abertura rápida das escotilhas de
desembarque (mesmo que seja mecânico, acionado por sistema de cabos ou molas);
- Necessidade de maior autonomia (600-1000 km), apesar de já ser bem superior a
maioria das embarcações atualmente utilizadas e de proporcionar maior velocidade;
- Necessidade de um sistema de comunicações compatível com os equipamentos
em uso do EB, pois seus conjuntos rádio UHF e AF não se adequam aos atualmente utilizados
pela Força;
- Importância de se elaborar um gráfico com a relação de custo/ beneficio de se
transportar, por exemplo, uma carga de 03 (três) toneladas de MANAUS a TEFÉ,
considerando-se os fatores “tempo” e “custo”, com CB 90 ou com uma embarcação do
CECMA (a de menor porte possível que transporte tal carga) ou com uma aeronave militar
com tal capacidade, logicamente para quando seja utilizada para fins logísticos;
- Necessidade de um período mínimo de 08 (oito) meses para uma avaliação
completa da embarcação em questão, para melhor compreender possíveis problemas
decorrentes do uso intensivo da embarcação, tais como desgaste excessivo de componentes do sistema de arrefecimento, panes elétricas decorrentes da exposição à umidade (inclusive do
sistema de navegação), necessidade de itens de reposição com desgaste subdimensionados e
garantia de ressuprimento com peças disponíveis no mercado brasileiro (representantes),
principalmente do conjunto propulsor (motores e hidrojatos); - Proteção blindada frontal e giratória para o atirador da Mtr .50 ou MAG 7,62
mm (tipo casulo), considerando-se que a compra do sistema de tiro Lemur não seja efetuada
para equipar todas as CB 90 a serem compradas;
- Mecanismo para içamento e transporte de 02 (duas) voadeiras, que poderão ser
instalados, substituindo as plataformas para lançamento de minas marítimas;
- Maior espaçamento entre os assentso do banco do compartimento da tropa
(facilitando a colocação da mochila).

Re: Operações Ribeirinhas

Enviado: Qua Jul 08, 2009 2:01 pm
por Tchelo
Show de Bola as fotos Marino! :wink:

Re: Operações Ribeirinhas

Enviado: Qua Jul 08, 2009 2:31 pm
por Marino
Tchelo escreveu:Show de Bola as fotos Marino! :wink:
[009]

Re: Operações Ribeirinhas

Enviado: Qui Jul 09, 2009 2:53 am
por gil eanes
E viva a Marinha!!!!!