Programa Espacial Sul-Coreano

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Programa Espacial Sul-Coreano

#1 Mensagem por Brazilian Space » Sex Jun 12, 2009 6:02 am

Coreia do Sul Inaugura o Centro Espacial Naro

Editoria: Exploração Espacial
Quinta-feira, 11 jun 2009 - 11h12


A Coreia do Sul inaugurou hoje o primeiro centro espacial do país com a presença do presidente sul-coreano Lee Myung- bak. As informações são da agência local Yonhap.

O Centro Espacial Naro, administrado pela agência espacial sul-coreana, fica localizado no sul do país, na província de Jeollanam-do. O centro ocupa uma área de 507 hectares e está equipado com uma plataforma de lançamento e instalações de controle. O custo do projeto foi de US$ 178 milhões.

O lançamento de um satélite científico já está previsto para o dia 30 de julho. Ele será lançado a bordo do foguete KSLV-1 (Korean Space Launch Vehicle-1).

Esta primeira versão do KSLV foi construída com ajuda russa, mas o governo da Coréia do Sul pretende ter seu primeiro foguete independente em até nove anos.

Fonte: Site Apollo11.com

Comentário: Só a sociedade brasileira não encherga o que esta acontecendo e assim estamos perdendo espaço que no futuro nos trará grandes problemas. O mundo caminha para o espaço e até nações que antes não sabiam nem fazer bombinha de São João estão passando a nossa frente. Só informando os que não sabem que 60% dos produtos que hoje em dia sai das fábricas tem alguma influência em seu desenvolvimento ou são sub-produtos da tecnologia espacial. Estamos perdendo o bonde da história. Acorda Brasil.




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Re: Programa Espacial Sul-Coreano

#2 Mensagem por LeandroGCard » Sex Jun 12, 2009 8:49 am

Brazilian Space escreveu:Coreia do Sul Inaugura o Centro Espacial Naro

Editoria: Exploração Espacial
Quinta-feira, 11 jun 2009 - 11h12


A Coreia do Sul inaugurou hoje o primeiro centro espacial do país com a presença do presidente sul-coreano Lee Myung- bak. As informações são da agência local Yonhap.

O Centro Espacial Naro, administrado pela agência espacial sul-coreana, fica localizado no sul do país, na província de Jeollanam-do. O centro ocupa uma área de 507 hectares e está equipado com uma plataforma de lançamento e instalações de controle. O custo do projeto foi de US$ 178 milhões.

O lançamento de um satélite científico já está previsto para o dia 30 de julho. Ele será lançado a bordo do foguete KSLV-1 (Korean Space Launch Vehicle-1).

Esta primeira versão do KSLV foi construída com ajuda russa, mas o governo da Coréia do Sul pretende ter seu primeiro foguete independente em até nove anos.

Fonte: Site Apollo11.com

Comentário: Só a sociedade brasileira não encherga o que esta acontecendo e assim estamos perdendo espaço que no futuro nos trará grandes problemas. O mundo caminha para o espaço e até nações que antes não sabiam nem fazer bombinha de São João estão passando a nossa frente. Só informando os que não sabem que 60% dos produtos que hoje em dia sai das fábricas tem alguma influência em seu desenvolvimento ou são sub-produtos da tecnologia espacial. Estamos perdendo o bonde da história. Acorda Brasil.
O governo brasileiro já apresentou a solução para o Brasil ingressar de vez na era espacial, e a sociedade brasileira recebeu esta solução de braços abertos. Vamos lançar foguetes ucranianos! Não é o máximo!

Leandro G. Card




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Re: Programa Espacial Sul-Coreano

#3 Mensagem por Brazilian Space » Sex Jun 12, 2009 10:54 am

Pois é Leandro!

Apesar e eu ter uma posição diferente da sua quanto a ACS, tenho de concordar que em parte você tem toda a razão. Infelizmente estamos perdendo o bonde da história, pois estamos chegando com um atraso enorme (isso se chegarmos) e nenhum programa espacial consegue alavancar sem o apoio da sociedade. Os exemplos estão na história do desenvolvimento espacial desde os seus primórdios como também na época recente e contemporânea.

Além disso, nosso programa tem problemas estruturais enormes, se não vejamos:

- Temos uma agencia espacial que não agencia nada, só é uma mera repassadora de recursos. (Exemplos de modelos que deram certo não faltam : NASA, JAXA, ESA, NASAU)

- Falta foco, seriedade e comprometimento dos órgãos e das pessoas que comandam o programa espacial com os objetivos pré-determinados (o PNAE parece um joguete na mão de crianças que não sabem o que querem)

- Falta um maior esclarecimento a sociedade sobre o porquê da existência de um programa espacial, quais são os objetivos do programa e como alcançar esses objetivos.

- Falta representatividade política (uma Força Tarefa Espacial) junto aos poderes políticos, bem organizada e formada por profissionais preparados para auxiliarem os políticos que defenderão os interesses em seus respectivos fóruns. (como a NASA tem no Congresso Americano)

- Falta uma maior aproximação com a sociedade, e isso é feito através do contato direto com as organizações que representam essa mesma sociedade e através da divulgação do dia-dia do programa. Sugiro a criação da AEB TV (como o canal da NASA) nos moldes da TV Senado e TV Câmara com o sinal aberto para todo o país.

- Faltam mais programas que tragam a comunidade científica para dentro do programa espacial. Existem sim o Programa Microgravidade e Uniespaço, mais ainda são tímidos, devido a quantidade de operações de vôos dos foguetes de sondagem. Precisamos aumentar a quantidade desses vôos e criar novos programas. Sugiro a criação de Prêmios que estimulem grupos acadêmicos e grupos científicos tanto na área publica como na privada a buscar soluções para resolver os gargalos do programa espacial (a NASA faz muito isso com sucesso).

- Nenhum programa em qualquer área não funciona sem recursos humanos, portanto a criação do programa AEB Escola por parte da AEB é louvável, mais ainda é tímida e precisa urgentemente ser ampliada para todos os cantos do país. Em minha opinião esse programa é imprescindível e uma forma de atrair o interesse e a curiosidade de nossas crianças e adolescentes (nossa divisão de base) para as atividades espaciais. São daí que poderão em longo prazo sair os recursos humanos que o programa espacial necessitará no futuro.

Já quanto ACS Leandro, eu tenho uma visão diferente da sua, mais como se diz no interior da Bahia, isso é conversa pra mais de metro.

Forte abraço

Duda Falcão




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Re: Programa Espacial Sul-Coreano

#4 Mensagem por LeandroGCard » Sex Jun 12, 2009 11:37 am

Brazilian Space escreveu:Pois é Leandro!

Apesar e eu ter uma posição diferente da sua quanto a ACS, tenho de concordar que em parte você tem toda a razão. Infelizmente estamos perdendo o bonde da história, pois estamos chegando com um atraso enorme (isso se chegarmos) e nenhum programa espacial consegue alavancar sem o apoio da sociedade. Os exemplos estão na história do desenvolvimento espacial desde os seus primórdios como também na época recente e contemporânea.

Além disso, nosso programa tem problemas estruturais enormes, se não vejamos:

- Temos uma agencia espacial que não agencia nada, só é uma mera repassadora de recursos. (Exemplos de modelos que deram certo não faltam : NASA, JAXA, ESA, NASAU)

- Falta foco, seriedade e comprometimento dos órgãos e das pessoas que comandam o programa espacial com os objetivos pré-determinados (o PNAE parece um joguete na mão de crianças que não sabem o que querem)

- Falta um maior esclarecimento a sociedade sobre o porquê da existência de um programa espacial, quais são os objetivos do programa e como alcançar esses objetivos.

- Falta representatividade política (uma Força Tarefa Espacial) junto aos poderes políticos, bem organizada e formada por profissionais preparados para auxiliarem os políticos que defenderão os interesses em seus respectivos fóruns. (como a NASA tem no Congresso Americano)

- Falta uma maior aproximação com a sociedade, e isso é feito através do contato direto com as organizações que representam essa mesma sociedade e através da divulgação do dia-dia do programa. Sugiro a criação da AEB TV (como o canal da NASA) nos moldes da TV Senado e TV Câmara com o sinal aberto para todo o país.

- Faltam mais programas que tragam a comunidade científica para dentro do programa espacial. Existem sim o Programa Microgravidade e Uniespaço, mais ainda são tímidos, devido a quantidade de operações de vôos dos foguetes de sondagem. Precisamos aumentar a quantidade desses vôos e criar novos programas. Sugiro a criação de Prêmios que estimulem grupos acadêmicos e grupos científicos tanto na área publica como na privada a buscar soluções para resolver os gargalos do programa espacial (a NASA faz muito isso com sucesso).

- Nenhum programa em qualquer área não funciona sem recursos humanos, portanto a criação do programa AEB Escola por parte da AEB é louvável, mais ainda é tímida e precisa urgentemente ser ampliada para todos os cantos do país. Em minha opinião esse programa é imprescindível e uma forma de atrair o interesse e a curiosidade de nossas crianças e adolescentes (nossa divisão de base) para as atividades espaciais. São daí que poderão em longo prazo sair os recursos humanos que o programa espacial necessitará no futuro.

Já quanto ACS Leandro, eu tenho uma visão diferente da sua, mais como se diz no interior da Bahia, isso é conversa pra mais de metro.

Forte abraço

Duda Falcão
Olá Duda,

Concordo integralmente com seu post, inclusive acho que não dá para chegar a concusões diferentes se você realmente pesquisa o histórico do programa espacial brasileiro com mais detalhes. Inclusive as sugestões que você colocou são as que eu faria, com uma poucas alterações em detalhes. Um canal próprio de TV por exemplo acho exagero, nem haveriam eventos suficientes para preencher a programação e o custo não valeria à pena. Mas uma rede de sites na internet (AEB, IAE, INPE,etc...) com notícias detalhadas e sempre atualizadas além de um fórum de dircussão direta com os responsáveis técnicos e administrativos pelo programa já seria uma estratégia de comunicação muito boa. A NASA possui algo assim.

Outra coisa fundamental é realizar logo lançamentos de satélites, mesmo que sejam apenas experimentais. Fico exasperado ao ver o IAE preparando durante anos cada lançamento de VLS, e não termos ainda o VLM pronto e em uso. Só falta o último estágio (que seria o mais simples!), e ao contrário do VLS ele poderia ser integrado na horizontal, sem a necessidade de esperar pela torre de integração. Poderíamos estar lançando um a cada 4 ou 6 meses já há anos, e muito do que o INPE tem que desenvolver em longas campanhas de simulação poderia ser testado diretamente no espaço (fora o que não pode ser testado em simulações). Duvido que não apareceriam várias empresas ao redor do mundo para colocar em órbita componentes de seus satélites maiores para testá-los, se o custo fosse baixo (o que seria possível com a produção em série do foguete).


Com relação à ACS, qual é exatamente a sua opinião? A minha é que poderia até ser muito interessante e útil se não afetasse as verbas para o programa espacial nacional. Ela é uma empresa privada, e se precisa de dinheiro para rampas de lançamento ou estradas até elas ótimo, o BNDES está aí mesmo e poderia financiá-la até com uma linha de crédito especial com carência e taxas de juros exclusivas. E quando os lançamentos comerciais começassem ela pagaria o dinheiro de volta, como toda empresa privada. Usaríamos os seus serviços quando precisássemos lançar cargas mais pesadas ao espaço (como o SGB), e continuaríamos desenvolvendo nossos próprios foguetes para os satélites de tamanho pequeno e médio até a faixa das 3 ou 4 ton LEO. Com isso teríamos toda a autonomia para lançar satélites de observação terrestre, reconhecimento militar, etc..., além das plataformas como a PMM e SARA (em versões maiores).

Mas doar o dinheiro (centenas de milhões!) na forma de obras de infra-estrutura pagas pelo estado brasileiro para os ucranianos não ficarem mais nas mãos dos americanos e suas plataformas flutuantes, e depois definir orçamentos ridiculamente baixos e ainda contingenciar as verbas do nosso próprio programa espacial, aí sou realmente contra.


Um grande abraço,


Leandro G. Card




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Re: Programa Espacial Sul-Coreano

#5 Mensagem por cabeça de martelo » Sex Jun 12, 2009 12:08 pm

KSLV-1 Naro

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"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

Portugal está morto e enterrado!!!

https://i.postimg.cc/QdsVdRtD/exwqs.jpg
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Re: Programa Espacial Sul-Coreano

#6 Mensagem por cabeça de martelo » Sex Jun 12, 2009 12:08 pm

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"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

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Re: Programa Espacial Sul-Coreano

#7 Mensagem por Brazilian Space » Sex Jun 12, 2009 2:44 pm

Olá Leandro!

Quem bom que pelo menos concordarmos em grande parte, né verdade? E pena que não temos poder de decisão, pois se assim fosse, chegaríamos com facilidade a um ponto em comum.

No entanto, permita-me a discordar de você quanto ao canal de TV, ele é essencial para a divulgação (principalmente pela facilidade de acesso da população e pelo poder que tem de formar opinião) para população brasileira o que significa um programa espacial. Quanto a sua programação, é só fazer parcerias com a NASA, JAXA e ESA e mostrar também o que esta sendo feito lá fora, além de abrir espaço para o que esta sendo feito aqui no Brasil não só no programa espacial como também em astronomia, coisas correlatas, entende? Não faltaria material para programação.

Quanto a lançar satélites experimentais é para isso que o VLS esta sendo desenvolvido ou seja, para pequenos satélites científicos, tecnológicos e universitários como o ITASAT que será lançado no quarto vôo do VLS-1 em 2012. Quanto ao que Você colocou sobre o VLM, não sou engenheiro aeronáutico e não tenho como concordar contigo e nem discordar de você, mas concordo que certamente haverá interesse da comunidade científica internacional na existência de um lançador para pequenos satélites de baixo custo operacional, coisa que o VLS-1 atende perfeitamente, basta ele esta disponível e ser seguro.

Quanto ACS, ela em minha opinião é muito bem vinda, apesar do saque (eu diria investimento a médio prazo que pode trazer bons frutos) ao já cambaleante orçamento do programa espacial. No entanto, sua informação não é correta, pois a ACS é uma empresa estatal formada por dois sócios que são o Governo Brasileiro e o Governo Ucraniano e tendo em seu conselho administrativo a AEB e a Agencia Espacial Ucraniana ou seja de privada ela não tem nada. Porém a sua idéia de usar financiamento do BNDES seria muito boa e uma forma de aliviar o orçamento do programa espacial. No entanto, estamos falando de políticos, que estão no comando de uma empresa em grande parte política, com interesses políticos envolvidos, sem falar é claro da incompetência gerencial instalada. Se a empresa fosse privada, tenha certeza, isso não teria acontecido. Quanto ao SGB (se realmente ficar pronto), relaxe, ele será mesmo lançado pelo Cyclone 4 em 2011 ou no mais tardar em 2012. Já a SARA um modelo suborbital será lançado no segundo semestre de 2010 pelo VS-40.

Quanto às obras Leandro, não é doação de dinheiro e sim a contrapartida brasileira que faz parte do contrato que foi assinado pelos dois governos para a formação da empresa. Dito de outra forma, os ucranianos entraram com o foguete e a gente com o sítio de lançamento. Mas concordo contigo que poderia ter sido feito da forma que sugeriu, através do financiamento do BNDES, aliviando assim o orçamento do programa. No entanto, na verdade precisamos sim aumentar esse orçamento ridículo para algo em torno de pelo menos hum milhão de reais anuais e é ai que entra a Força Tarefa Espacial que havia comentado contigo na postagem anterior.

Forte abraço amigo,

Duda Falcão.


OBS: Cabeça de Martelo, valeu pelas fotos amigo. Parabéns aos sul-coreanos por estarem antenados com o futuro da humanidade. Espero que sirva de exemplo a um povo que é conhecido como os tupiniquis do hemisfério sul. Esse foguete é o segundo mais bonito que eu vi até hoje. O primeiro é o SATURNO V, pela sua real imponência.




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Re: Programa Espacial Sul-Coreano

#8 Mensagem por LeandroGCard » Sex Jun 12, 2009 5:45 pm

Olá Duda,

Realmente é muito bom poder debater com mais alguém interessado nestes assuntos, coisa bastante rara nesta país. Aqui no fórum DB pelo menos existem alguns companheiros como o Brasileiro e o Delta 22 que estão sempre contribuindo para o debate, e é muito bom contar agora com você também.

Com relação ao fato de que o programa espacial brasileiro ser importante e que deveria ser mais divulgado vejo que estamos basicamente de acordo, então deixe-me desenvolver alguns outros pontos:
Brazilian Space escreveu:Quanto a lançar satélites experimentais é para isso que o VLS esta sendo desenvolvido ou seja, para pequenos satélites científicos, tecnológicos e universitários como o ITASAT que será lançado no quarto vôo do VLS-1 em 2012. Quanto ao que Você colocou sobre o VLM, não sou engenheiro aeronáutico e não tenho como concordar contigo e nem discordar de você, mas concordo que certamente haverá interesse da comunidade científica internacional na existência de um lançador para pequenos satélites de baixo custo operacional, coisa que o VLS-1 atende perfeitamente, basta ele esta disponível e ser seguro.
O VLS foi desenvolvido desde o princípio como uma espécie de "experimento prático", cujo objetivo era mostrar aos "donos" do programa de foguetes na época em que ele foi concebido (militares da FAB) que a tecnologia de foguetes de médio porte usando combustível sólido já estava dominada. Em princípio o programa era militar, e o passo seguinte seria desenvolver mísseis de médio alcance com o mesmo motor do VLS, e muito provavelmente continuar o desenvolvimento de motores ainda maiores.

Com a desistência por parte do governo e dos militares brasileiros de construir um arsenal atômico o programa perdeu seu objetivo maior, mas como grande parte da tecnologia e infra-estrutura necessária para ele já estava pronta então decidiu-se terminá-lo assim mesmo, e ele passaria a servir como ponto de partida para um programa espacial brasileiro de caráter civil. Mas por utilizar uma configuração extendida ao máximo de um motor relativamente pequeno e ainda por cima de impulso específico relativamente baixo (típico do combustível sólido), o VLS é muito complicado de montar e preparar para o vôo, que envolve uma quantidade muito grande de eventos e portanto alto risco de falhas. Só para citar um exemplo ele é um dos poucos foguetes lançadores que precisa ser integrado na vertical, exigindo a construção de uma complexa torre de integração e um tempo de preparação muito longo. Normalmente apenas foguetes muito maiores do que ele costumam ser montados assim, a maioria é montada na posição horizontal e só é elevada para abastecimento (quando o combustível é líquido) e lançamento. Vieram as sucessivas crises econômicas e estas, aliadas à própria complexidade do VLS, fez com que seu primeiro lançamento atrasasse demais. Com as sucessivas falhas nos lançamentos a coisa veio se arrastando até chegarmos à situação atual, em que o primeiro lançamento bem sucedido já está décadas atrasado e nem faz mais muito sentido, já que o foguete ainda é muito pequeno para a maioria dos usos práticos (embora seja maior que o VLM) e sua concepção não permite crescimento significativo. Se o lançamento do VLS fosse a coroação de uma etapa do programa espacial que já lançasse rotineiramente satélites como VLM há muitos anos faria algum sentido (não muito na verdade), mas na situação atual ela não tem nenhum objetivo além de simplesmente terminar algo que já se começou, mesmo que não existam mais razões para isso. Se quisermos manter um programa espacial com um mínimo de futuro temos que partir para novos foguetes.


Brazilian Space escreveu:Quanto ACS, ela em minha opinião é muito bem vinda, apesar do saque (eu diria investimento a médio prazo que pode trazer bons frutos) ao já cambaleante orçamento do programa espacial. No entanto, sua informação não é correta, pois a ACS é uma empresa estatal formada por dois sócios que são o Governo Brasileiro e o Governo Ucraniano e tendo em seu conselho administrativo a AEB e a Agencia Espacial Ucraniana ou seja de privada ela não tem nada. Porém a sua idéia de usar financiamento do BNDES seria muito boa e uma forma de aliviar o orçamento do programa espacial. No entanto, estamos falando de políticos, que estão no comando de uma empresa em grande parte política, com interesses políticos envolvidos, sem falar é claro da incompetência gerencial instalada. Se a empresa fosse privada, tenha certeza, isso não teria acontecido. Quanto ao SGB (se realmente ficar pronto), relaxe, ele será mesmo lançado pelo Cyclone 4 em 2011 ou no mais tardar em 2012. Já a SARA um modelo suborbital será lançado no segundo semestre de 2010 pelo VS-40.

Quanto às obras Leandro, não é doação de dinheiro e sim a contrapartida brasileira que faz parte do contrato que foi assinado pelos dois governos para a formação da empresa. Dito de outra forma, os ucranianos entraram com o foguete e a gente com o sítio de lançamento. Mas concordo contigo que poderia ter sido feito da forma que sugeriu, através do financiamento do BNDES, aliviando assim o orçamento do programa. No entanto, na verdade precisamos sim aumentar esse orçamento ridículo para algo em torno de pelo menos hum milhão de reais anuais e é ai que entra a Força Tarefa Espacial que havia comentado contigo na postagem anterior.
Na verdade eu quis dizer que a ACS era uma empresa (estatal é verdade, não privada), e como tal visa o lucro e deve buscar financiamento dos órgãos de fomento corretos como o BNDES. E depois deve pagar pelo dinheiro recebido, como fazem Petrobrás, embraer, etc... . Mas vejo que você até concorda comigo.

Meu maior medo é que a sociedade brasileira aceite a idéia (já colocada pelos responsáveis pela dita empresa) de que a ACS é uma sucedânea válida para um verdadeiro programa espacial brasileiro. A forma de alocação de verbas para ela já indica que isto está acontecendo, e o risco neste caso será imenso. Primeiro porque ela será especializada em apenas um mercado específico de satélites, já que terá apenas um modelo de foguete lançador (O cyclone). E ele é grande demais para a PMM, o SARA, os CERB's, e qualquer outro sistema espacial hoje em concepção em nosso país com excessão possível do SGB (que quase certamente será comprado em um fornecedor externo). E como este foguete será integralmente adquirido fora do país, sem nenhuma transferência de tecnologia prevista nos contratos, no momento em que os ucranianos quiserem (por vontade própria ou pressionados por outrem) eles podem parar de fornecer os foguetes, e nosso programa espacial voltaria à estaca zero!

Estamos gastando centenas de milhões de reais apenas para dizer que lançamos foguetes de Alcântara, e para ficar em uma situação extremamente vulnerável. Realmente não consigo ver qual a grande vantagem disso.

Na minha opinião o primeiro passo de um verdadeiro programa espacial brasileiro deveria ser uma ampla discussão envolvendo o governo, os centros de pesquisa, os militares, e a sociedade civil sobre onde queremos chegar com ele, e a partir daí definiría-mos os foguetes que queremos e as formas mais simples e baratas de se chegar até eles, assim como os prazos desejados. Só depois disso poderiam ser calculadas as verbas realmente necessárias, que pessoalmente acho que nem precisariam chegar a 1 bilhão de reais por ano (acho que foi 1 bilhão que você quis dizer). Mas nunca vejo o debate colocado nestes termos, então fico com a impressão de que ainda estamos na mesma situação das últimas décadas, correndo atrás do rabo sem perspectiva de chegarmos a lugar nenhum.


Um grande abraço,


Leandro G. Card




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Re: Programa Espacial Sul-Coreano

#9 Mensagem por LeandroGCard » Sex Jun 12, 2009 5:53 pm

Brazilian Space escreveu: OBS: Cabeça de Martelo, valeu pelas fotos amigo. Parabéns aos sul-coreanos por estarem antenados com o futuro da humanidade. Espero que sirva de exemplo a um povo que é conhecido como os tupiniquis do hemisfério sul. Esse foguete é o segundo mais bonito que eu vi até hoje. O primeiro é o SATURNO V, pela sua real imponência.
Mais uma vez concordo em grande parte contigo, o foguete mais belo já construído foi o Saturno V, sem sombra de dúvida. Já o segundo para mim foi o Atlas, elegante e com soluções de engenharia inovadoras levando à um projeto extremamente simples e eficiente.

Já o título de "Melhor de Todos os Tempos" vai para o Lançador-A (que é como eu chamo coletivamente a família derivada do míssil R7), que foi o primeiro, o mais lançado, o que levou mais homens ao espaço e até hoje é o de melhor relação custo-benefício em todo o mundo, mais de 50 anos após ter lançado um satélite pela primeiríssima vez!

Leandro G. Card




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Re: Programa Espacial Sul-Coreano

#10 Mensagem por Brasileiro » Sex Jun 12, 2009 9:25 pm

Brazilian Space,

O veículo VLS-1 não é um foguete seguro, por mais que melhorem e modernizem, não dá para avançar muita coisa num foguete que tem 4 estágios e sete motores, tudo isso para lançar um satélite de não mais que 350 kg no limite do que se pode chamar de órbita baixa.

Em algumas fontes, pode-se atestar que os próprios engenheiros e gerentes do IAE são favoráveis à interrupção dos planos para lançar um foguete completo no começo da próxima década, em favor apenas dos testes com "meio" foguete e em seguida do VLS-1B, um veículo que pelo menos tem uma utilidade no programa espacial, lançar a PMM.
No nosso programa espacial não há nada com menos de 500 kg, então, não faz sentido desenvolver algo pra menos que isso.
Eles só não abandonam de vez o projeto do VLS-1 porque são pressionados "por de cima" para inisistirem (dinheiro e esforço) nesse projeto.

Não estou dizendo que vai dar errado. Mas não acho que seja a melhor opção gastar dinheiro e trabalho num projeto concebido nos anos 80, com as dificuldades e limitações da época, se podemos hoje com a tecnologia que acumulamos nesses mais de 25 anos desenvolver algo muito melhor, seguro e útil.




abraços]




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Re: Programa Espacial Sul-Coreano

#11 Mensagem por Brazilian Space » Sáb Jun 13, 2009 5:28 am

Olá Leandro!

É verdade amigo, os foristas “Brasileiro” e “Delta 22” são dois grandes companheiros de luta e eu tenho tido contato com ambos ultimamente. Inclusive eles têm me ajudado muito com informações importantes que tenho postado para meus leitores em meu blog. Aproveito para agradecer a ambos pela ajuda e pela luta em nome do Programa Espacial Brasileiro. Quem sabe um dia a gente possa nos reunir ou até mesmo organizar o evento de debate sobre o tema.

Olha, Leandro, desculpe-me por discordar mais uma vez amigo, mais o histórico que você relatou sobre o VLS não esta correto. O projeto do VLS começou a nascer no inicio dos anos 70 (1971 ou 1972) quando um cientista brasileiro especializado no projeto de foguetes que trabalhava na Agencia Espacial Francesa (não me recordo o nome dele, mais o mesmo tinha um sobrenome russo ou checo, coisa assim e posteriormente ficaria conhecido como o pai do Programa Espacial Brasileiro) foi convidado pela FAB a voltar ao Brasil e coordenar o programa brasileiro.

Ele concordou voltando ao Brasil mais impondo uma condição a FAB que era o apoio incondicional para que num prazo de 10 anos fosse desenvolvido o lançador de satélites que ele estava projetando. Com a concordância da FAB ele deixou a agencia espacial francesa voltando ao Brasil com o projeto do SONDA III e Sonda IV embaixo do braço. Três anos depois era lançado do CLBI o Sonda III e devido a falta de verbas e de interesse político o Sonda IV só faria seu primeiro vôo em 21/11/1984 (nessa época eu me encontrava nos EUA como estudante de intercâmbio cultural e era sócio da NATIONAL SPACE SOCIETY que editava a revista SPACE WORLD hoje extinta), 4 anos após a criação da MECB Missão Espacial Completa Brasileira que foi em grande parte elaborada por ele.

É verdade que existia na época alguns militares da FAB (motivados por militares do Exercito que tinha um projeto secreto paralelo ao da Marinha que visava à construção da bomba atômica e foram eles que chegaram a construir na Serra do Cachimbo um local de teste para essa bomba) que tinha o interesse de utilizar o foguete como um míssil, mais em momento algum os militares que comandavam a operação que era coordenada pelo cientista considerou qualquer hipótese nesse sentido. Inclusive eles passaram anos pressionando o governo brasileiro para assinar o tal tratado de não ploriferação de mísseis, para que assim o Brasil conseguisse adquirir em outros países (principalmente nos EUA e na França) tecnologias que não dominava, queimando assim etapas no desenvolvimento do VLS. Havia uma desconfiança internacional muito grande na época que como o projeto era da FAB que o Brasil usasse o conhecimento adquirido para a construção de mísseis capazes de lançar artefatos nucleares.

Houve sim por parte da FAB o uso da tecnologia dos Sonda I e II para desenvolvimento de mísseis que levaria anos depois a criação da Avibrás e posteriomente ao da Mectron.

Quanto à parte técnica ao qual você se refere Leandro eu não posso opinar, pois não sou engenheiro aeronáutico e não tenho o conhecimento necessário. No entanto, após o acidente de 2003 com o VLS, uma empresa russa muito conceituada em desenvolvimento de foguetes foi contratada para junto com uma comissão brasileira averiguar as causas do acidente e posteriormente fazer um relatório apontado às falhas do projeto e as soluções para o aprimoramento do mesmo. Portanto, não me parece muito lógico que caso os russos achassem que o projeto do foguete não fosse viável que eles não aconselhassem o abandono do mesmo, entende?

Quanto ao seu uso pratico Leandro ele esta sendo construído para satisfazer as necessidades para qual ele foi projetado desde o inicio, ou seja, o lançamento de satélites na faixa de 100 a 300 kg em órbita equatorial de até 1000 km. Tais como satélites científicos, tecnológicos, experimentais e universitários, tipo o ITASAT que esta previsto para ser lançado em 2012 no quarto vôo do VLS.

Além de que como tudo leva a crer que o motor L75 já esta ao nosso alcance o cronograma para o lançamento do VLS-1B (Alfa - que será o foguete responsável por lançar os satélites baseados na PMM) deverá ser cumprindo com o seu lançamento já em 2012 ou no mais tardar em 2013. Quem sabe com o Amazônia 1 abordo o que eu não aconselharia, pois o foguete pode falar e a gente perder o satélite. Porém sou otimista e por isso acredito no programa, apesar da falta de foco de uma agencia que não agencia nada.

Quanto a ACS, é aquilo que lhe falei, acho que a criação dela é importante, mas compreendo o seu receio, mas sinceramente não acredito que isso aconteça, até porque o Programa Brasileiro existe para possibilitar a comunidade científica brasileira a ter um meio de acesso ao espaço e para lançar os satélites de interesse do mesmo.

Já ACS é uma empresa estatal que visa à comercialização do acesso ao espaço em um mercado que o Brasil não tem como suprir no momento. Além de que o sucesso da empresa resultará em recursos que serão aplicados no próprio programa espacial, condição do congresso para que o acordo fosse assinado.

Outra coisa que não me parece correta em sua afirmação é que a empresa não tenha planos de novos foguetes, pois o próprio Roberto Amaral anunciou que a cúpula da empresa já esta estudando o desenvolvimento em conjunto de Cyclone 5, pois a expectativa é que o primeiro lançamento do Cyclone 4 seja realizado em dezembro de 2010 (com um satélite universitário japonês abordo e talvez um satélite tecnológico brasileiro) e já em 2011 entraria em operação visando chegar a seis lançamentos em já 2012. Portanto com o sucesso do veículo eles estão preocupados em buscar um novo mercado e para isso necessitarão de um novo foguete. Fala-se até em desenvolvimento de satélites conjuntos também.

Quanto a sua idéia de uma ampla discussão ela é muito boa e deveria mesmo ser realizada, pois além da definição de metas e objetivos concretos, como subproduto desse encontro teríamos durante um bom tempo a cobertura da mídia chamando assim a atenção da população para o programa espacial. Não da forma como é feito hoje em dia o PNAE que estabelece metas e objetivos que não são cumpridos e modificados a cada dois anos como se fosse um joguete na mão de crianças que não sabem o que querem.

Desculpe-me Leandro, você tem toda razão, eu quis dizer 1 bilhão de reais, me expressei mal. Mas tenha certeza que para o programa espacial não ter de se preocupar com recursos o valor é em torno disso. Esse problema de falta de recursos Leandro melhoraria bastante em um curto prazo de tempo se o governo brasileiro transforma-se o programa e um programa de estado.

E tenha esperança amigo, pois a coisa não é tão ruim assim. É verdade que o programa poderia esta em outro patamar, mais é como lhe disse, enquanto não obtivermos o apoio incondicional da sociedade avançaremos, mais a passo de tartaruga. Acorda Brasil.

Quanto ao SATURNO V era um foguete admirável, imponente, poderoso e belo. Até hoje não entendi a decisão americana de destruir o projeto do mesmo. Muito estranho. Já quanto ao Atlas que se não me engano pertence à USAF, não tenho muitas informações, mas e muito bonito mesmo. No entanto, esse foguete coreano em minha opinião é mais bonito. Já quanto ao Lançador-A soviético, já ouvir falar maravilhas sobre o mesmo, mas nunca vi uma foto do foguete, pelo menos nenhuma que pudesse identificá-lo.

Forte abraço amigo

Duda Falcão




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Re: Programa Espacial Sul-Coreano

#12 Mensagem por Brazilian Space » Sáb Jun 13, 2009 6:11 am

Olá Brasileiro! Tudo bem contigo amigo?

Olha, essa sua afirmação que o VLS não é um foguete seguro pode até ser verdade Brasileiro, mas eu prefiro esperar para vê. Afinal se assim fosse à empresa russa altamente conceituada e especializada em desenvolvimento de foguetes que foi contratada para identificar as falhas e a viabilidade ou não do projeto teria em seu relatório aconselhado o IAE a abandonar o projeto. Na realidade eles aconselharam foi se fazer mudanças apontando soluções justamente visando à segurança e modernização do mesmo. Portanto amigo vamos aguardar e torcer que tudo saia bem.

Quanto à insatisfação de alguns engenheiros e gerentes do IAE pode até ser relevante, entretanto enquanto não se prove o contrário, sinceramente isso não quer dizer muita coisa, pois até em minha empresa onde eu trabalho existe isso e em nosso caso motivado por ansiedade demasiada. Além do que não me parece muito lógico abandonar um projeto no limiar de sua finalização e partir para um outro que levará anos para ser concluído atrasando ainda mais o já super-atrasado programa.

Quanto a capacidade de carga do VLS-1 (lançamento de satélites 100 Kg a 300 Kg em órbita equatorial de até 1000 km) o mesmo atende perfeitamente as necessidades para o qual ele foi inicialmente projeto ou seja atender a necessidade da comunidade científica brasileira (que aumentará muito quando o mesmo estiver disponível, já que varias universidades e centro de pesquisas já tem seu planos de satélites) de ter um meio de acesso ao espaço de baixo custo visando o lançamento de satélites científicos, tecnológicos e experimentais e universitários, tipo o ITASAT que esta programado para ser lançado pelo VLS em 2012. Portanto diferentemente ao que você esta pensando amigo, ele será utilíssimo. Além disso, não esqueça que se espera esta lançando o VLS-1B visando o atendimento de acesso ao espaço dos satélites brasileiros que serão baseados na PMM em 2012 ou no mais tardar em 2013. Vamos aguardar e torcer, pois esses planos dependem do sucesso dos dois vôos testes do VLS-1 em 2010 e 2011 e no sucesso do quarto vôo do modelo em 2012.

Forte abraço

Duda Falcão




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Re: Programa Espacial Sul-Coreano

#13 Mensagem por Brazilian Space » Sáb Jun 13, 2009 6:30 am

Outra coisa Brasileiro!

Estou descofiado que como o segundo vôo teste do VLS-1 em 2011 já será com os quatro estágios, é bem provável que venha a ser desenvolvido uma satélite tecnológico igual ao SATEC-1 (do segundo vôo do modelo) para testar em vôo o desempenho do motor do ultimo estagio do foguete.

Forte abraço

Duda Falcão




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Re: Programa Espacial Sul-Coreano

#14 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Jun 13, 2009 8:13 am

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Re: Programa Espacial Sul-Coreano

#15 Mensagem por Brazilian Space » Sáb Jun 13, 2009 9:51 am

Valeu Cabeça de Martelo!

Vendo essas imagens, principalmete a do motor me deixa triste em ver que poderíamos estar no patamar de desenvolvimento alcançado pelo sul-coreanos ou até bem mais desenvolvidos se desde os anos 70 a sociedade brasileira como um todo tivesse apoiado incondicionalmente o programa espacial, fator preponderante para o desenvolvimento de qualquer programa espacial no mundo e a história é testemunha disso. Infelizmente não foi assim e o que é pior ainda não o é. Se luta ainda nesse país em pleno século 21 para fazer a sociedade tupinikim entender os benefícios e a extrema necessidade de aplicar recursos no programa espacial. Estamos perdendo o bonde da história e isso acarretará no futuro um prejuíso ao país que não tem nem como ser dimensionado. Não é possivel que a sociedade brasileira e seus políticos não encheguem o que esta acontecendo no mundo, tanto na área da busca do conhecimento, como na área tecnológica, como na área industrial. O Mundo caminha para o espaço e quem não perceber isso será engolido pelas nações que detentarem esse conhecimento. Acorda Brasil

Forte abraço

Duda Falcão




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