Torre Movel de Integração do VLS-1

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Torre Movel de Integração do VLS-1

#1 Mensagem por Brazilian Space » Seg Jun 08, 2009 9:43 am

Olá amigos!

Como sou novo aqui no forum não sei se já foi postado a concepção artística da Torre Móvel de Integração - TMI do projeto do VLS-1, que comecará a ser construída agora em junho (segundo as últimas informações) no Centro de Lançamento de Alcântara. Como não estou acertando colocar a imagem aqui no forum, aqueles que tiverem interesse em receber por e-mail, por favor entrem em contato pelo seguinte e-mail:

brazilianspace@gmail.com

Terei o maior prazer e enviar uma cópia com boa resolução da concepção artística da torre. Aproveito também para convidar aqueles que ainda não conhecem a visitarem o meu blog de divulgação do programa espacial brasileiro pelo link:

http://brazilianspace.blogspot.com

Abs a todos

Duda Falcão




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henriquejr
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Re: Torre Movel de Integração do VLS-1

#2 Mensagem por henriquejr » Ter Jun 09, 2009 4:29 pm

Seja bem vindo Duda Falcão!

Só uma curiosidade. Você é integrante do Programa Espacial Brasileiro ou é apenas um forista????

Muito bom seu Blog!

Assim que tiver mais informações deixe-nos informados desse importantíssimo programa!

Um abraço




.
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Re: Torre Movel de Integração do VLS-1

#3 Mensagem por Brazilian Space » Ter Jun 09, 2009 4:51 pm

henriquejr escreveu:Seja bem vindo Duda Falcão!

Só uma curiosidade. Você é integrante do Programa Espacial Brasileiro ou é apenas um forista????

Muito bom seu Blog!

Assim que tiver mais informações deixe-nos informados desse importantíssimo programa!

Um abraço
Olá Henrique!

Obrigado pelas boas vindas e pelo reconhecimento ao meu trabalho.

Respondendo a sua pergunta, não, eu não trabalho no PEB. Sou apenas um aficionado pelo tema desde que era garoto nos anos 70. Quanto a sua solicitação, não se preocupe, farei isso sim e peço-lhe a gentileza de divulgar meu blog entre seus amigos e aficionados do assunto. O ano de 2009 é crucial e preparatório para o que será o grande ano de 2010 para o PEB. Ano que vem será um divisor de águas para o programa espacial, caso seja seguido o cronograma pré-estabelecido. Se não vejamos:

Lançamento do VS-40 com a Plataforma Suborbital SARA (previsto para o segundo semestre de 2010)
Lançamento do 1° Vôo Tecnológico do VLS-1 (previsto para dezembro de 2010)
Lançamento do 1° Vôo teste do Cyclone 4 (previsto também para dezembro de 2010)

Forte abraço

Duda Falcão




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Bolovo
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Re: Torre Movel de Integração do VLS-1

#4 Mensagem por Bolovo » Ter Jun 09, 2009 6:43 pm

Não poderia hospedar a imagem no imageshack?




"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
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Re: Torre Movel de Integração do VLS-1

#5 Mensagem por Brazilian Space » Ter Jun 09, 2009 7:11 pm

Bolovo escreveu:Não poderia hospedar a imagem no imageshack?
Desculpe-me Belovo!

Sinceramente não sei o que é isso amigo.

Mas caso queira a imagem, posso lhe enviar via e-mail. É só vc entrar em contato como o e-mail do meu blog que lhe enviarei a concepção artística da torre sem problema, tá ok?

brazilianspace@gmail.com

Forte abraço

Duda Falcão




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Re: Torre Movel de Integração do VLS-1

#6 Mensagem por Brazilian Space » Ter Jul 14, 2009 6:01 pm

Olá amigos!

Segue abaixo uma matéria que saiu hoje 14/07 no jornal “Valor Econômico” sobre o início da construção da Torre Móvel de Integração (TMI) para o Veículo Lançador de Satélites, o VLS-1.

Duda Falcão


País Terá Nova Torre de Lançamento de Foguete


Virgínia Silveira escreve
para o “Valor Econômico”



O consórcio Jaraguá-Lavitta iniciou a construção da nova Torre Móvel de Integração (TMI) para o Veículo Lançador de Satélites brasileiro, o VLS 1. O investimento previsto no projeto é de R$ 43 milhões. Os recursos serão repassados através de um convênio entre a Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

O prazo para a construção do empreendimento, segundo o diretor de Transporte Espacial e Licenciamento da AEB, brigadeiro Antônio Hugo Pereira Chaves, é de 18 meses. As obras foram iniciadas em abril deste ano e já acumulam um atraso de quase quatro anos, devido a pendências judiciais. A concorrência para a construção da Torre foi aberta em 2005 e o resultado saiu no começo do ano seguinte.

A Brasilsat, de Curitiba, que também participou do processo licitatório, decidiu questionar o resultado na justiça. O impasse só foi resolvido no ano passado, depois de um pronunciamento definitivo da Justiça Federal e do Tribunal de Contas da União (TCU), que consideraram correto o processo de contratação do consórcio vencedor.

Em fevereiro deste ano, o Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA) e o consórcio Jaraguá-Lavitta assinaram um termo aditivo ao contrato da torre, para que ele voltasse a ter validade e as empresas pudessem finalmente dar início às obras.

A nova plataforma teve o projeto básico desenvolvido pelo CTA e contou com uma consultoria técnica da russa Space Rocket Center Makeyev, que sugeriu mudanças nos sistemas de segurança da Torre. As mudanças permitiram , adaptar o projeto às normas internacionais. A mesma empresa russa também foi contratada pelo CTA para dar suporte técnico ao projeto do foguete VLS, na parte de segurança e confiabilidade, um contrato estimado em € 1,3 milhão.

Segundo o diretor da AEB, a nova torre, que será instalada no Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, incorpora algumas mudanças em relação à antiga, que foi completamente destruída na explosão com o foguete VLS, em agosto de 2003. "As mudanças mais importantes estão relacionadas aos ambientes pressurizados e às saídas de escape para o caso de acidentes. Trata-se de um moderno sistema de escape, que não existia na estrutura anterior", explica.

Em uma situação de emergência, segundo ele, as pessoas que estiverem trabalhando no local terão mais condições de sobreviver. Ela poderão sair por um túnel subterrâneo e ficar abrigadas de forma segura durante vários dias. Todo o sistema também terá proteção térmica para suportar altas temperaturas.

O projeto da nova torre também vai incorporar um sistema de provisão para foguetes com motores a propulsão líquida, que farão parte da nova geração de foguetes brasileiros. Outra inovação prevista é que todos os procedimentos técnicos dentro da Torre, durante a campanha de lançamento de um veículo, serão automatizados, não sendo necessária a presença de técnicos na estrutura.

A nova TMI terá 330 toneladas de peso e cerca de 33 metros de altura. O projeto envolve a construção de uma torre móvel, mesa de lançamento, torre de umbelicais (cabos que são conectados ao foguete), túnel e torre de escape e todos os equipamentos envolvidos: sistemas elétricos, de climatização, detecção, alarme e combate a incêndio, rede de gerenciamento, circuito fechado de TV, sala de interface e casa de equipamentos de apoio.

As obras civis serão conduzidas pela empresa Lavitta. O grupo Jaraguá, de acordo com o brigadeiro Chaves, já possui grande experiência em projeto e construção de instalações industriais, em particular para a área de prospecção de petróleo.

A expectativa da AEB, segundo seu diretor, é de que a Torre esteja pronta para iniciar os primeiros lançamentos até dezembro de 2010. A Torre de lançamento de Alcântara, além de atender ao programa espacial brasileiro, também deverá ser utilizada por outros países.

O centro de Alcântara, segundo o brigadeiro Chaves, está passando por uma modernização, prevista para ser concluída no fim de 2010. A estrutura atenderá não só ao VLS, mas também o projeto Ciclone 4, feito em parceria com a Ucrânia.
(Valor Econômico, 14/7)


Fonte: Jornal "Valor Econômico" via JC e-mail 3804, de 14 de Julho de 2009

Comentário: Grande notícia, talvez a notícia do ano de 2009 relativa ao Programa Espacial Brasileiro. No entanto, fica claro devido ao prazo estipulado de 18 meses para a conclusão da obra, que será muito difícil o cumprimento do cronograma de lançamento do primeiro vôo teste do VLS-1 em dezembro de 2010. Deverá ficar para o ano seguinte. Outra coisa a se notar que causa certa estranheza é a informação de que a TMI atenderá não só o VLS, mas também o foguete Cyclone 4 da Alcântara Cyclone Space (ACS). Não acredito que essa notícia tenha qualquer fundamento, pois o sítio que a ACS utilizará foi cedido pela Aeronáutica em uma outra área do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). Além disso, foi anunciado há uns dois anos que a plataforma de lançamento do Cyclone 4 e todo equipamento correlato já se encontrava em construção por uma empresa ucraniana. No entanto, pode ser que devido aos atrasos ocorridos a TMI seja utilizada unicamente para o vôo teste do foguete com o satélite japonês abordo, caso o sítio de lançamento do Cyclone 4 até lá não esteja concluído. Uma boa saída para manter o cronograma com os ucranianos.




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Re: Torre Movel de Integração do VLS-1

#7 Mensagem por LeandroGCard » Ter Jul 14, 2009 6:18 pm

Brazilian Space escreveu: Outra coisa a se notar que causa certa estranheza é a informação de que a TMI atenderá não só o VLS, mas também o foguete Cyclone 4 da Alcântara Cyclone Space (ACS). Não acredito que essa notícia tenha qualquer fundamento, pois o sítio que a ACS utilizará foi cedido pela Aeronáutica em uma outra área do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). Além disso, foi anunciado há uns dois anos que a plataforma de lançamento do Cyclone 4 e todo equipamento correlato já se encontrava em construção por uma empresa ucraniana. No entanto, pode ser que devido aos atrasos ocorridos a TMI seja utilizada unicamente para o vôo teste do foguete com o satélite japonês abordo, caso o sítio de lançamento do Cyclone 4 até lá não esteja concluído. Uma boa saída para manter o cronograma com os ucranianos.[/i][/color]
Definitivamente o Cyclone-4 não poderá ser lançado da TMI. O processo de montagem e integração dele é horizontal, as dimensões não batem (o Cyclone-4 é praticamente duas vezes mais alto que o VLS) e abastecê-lo com hydrazina e tetróxido de nitrogênio na TMI, mesmo que houvesse previsão para isso, seria um verdadeiro crime contra todos os conceitos imagináveis de segurança.

O autor da notícia deve ter confundido as informações sobre as bases e os foguetes.

Leandro G. Card




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Re: Torre Movel de Integração do VLS-1

#8 Mensagem por Brazilian Space » Ter Jul 14, 2009 7:07 pm

Olá Leandro!

Sendo assim amigo, a autora da matéria realmente se confundiu dando uma notícia equivocada.

Forte abraço

Duda Falcão




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Re: Torre Movel de Integração do VLS-1

#9 Mensagem por Brazilian Space » Dom Nov 22, 2009 2:42 am

TMI Encontra-se Ainda na Primeira Fase de Reconstrução

Olá amigos!

Segue abaixo uma noticia publicada hoje (22/11) no jornal “O Estado do Maranhão” destacando que a torre de lançamento do CLA ainda esta em sua primeira fase de reconstrução.

Duda Falcão

Torre de Lançamento do CLA Está
na Primeira Fase de Reconstrução


Orçada em R$ 37 milhões e com previsão de ser concluída em 2010, a obra passou por várias reformulações para garantir mais segurança; utilizada para lançamentos de grande porte, plataforma foi destruída por um incêndio em 2003

Bruna Castelo Branco
Da equipe de O Estado
22/11/2009


Seis anos após ser destruída em um incêndio que resultou na morte de 21 técnicos do Programa Espacial Brasileiro, a Torre Móvel de Integração (TMI), utilizada para lançamentos de grande porte no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), está na primeira etapa de reconstrução. A previsão é de que a obra seja concluída no final de 2010 e a primeira operação de lançamento, que deve ser de um Veículo Lançador de Satélites (VLS), ocorra em 2011.

Na semana passada, engenheiros do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) estiveram no CLA para acompanhar parte da obra, executada pelo consórcio Jaraguá/Lavitta, que venceu a licitação há quase dois anos. Segundo o representante da coordenadoria de projetos espaciais do IAE, tenente-coronel Renato Yassuo Tamashiro, a Torre Móvel de Integração é somente uma parte do Sistema Plataforma de Lançamento do VLS, que inclui subsistemas conhecidos como Mesa de Lançamento, a Torre de Umbilicais e a Torre e Túnel de Escape, além de Climatização e Ar Comprimido, Elétricos, de Controle, de Aterramento, de Proteção contra Descargas Atmosféricas e de Detecção e Combate a Incêndios.

Quanto aos serviços, a obra pode ser classificada como na conclusão do primeiro estágio. "Até o presente momento, a reconstrução já envolveu a remoção e recuperação das áreas danificadas, a elaboração de projetos executivos e a fase inicial das construções civis e fabricações mecânicas", explicou o tenente-coronel Tamashiro, em entrevista exclusiva a O Estado.

A próxima fase da obra prevê a finalização das construções civis e fabricações mecânicas, além das montagens de estruturas metálicas e a realização de ensaios de recebimento de todo o PLAT/VLS. A conclusão da obra, envolvendo etapas de treinamento operacional, está planejada para acontecer em dezembro de 2010.

Mudanças - Orçada em R$ 37 milhões, a obra da nova TMI passou por várias reformulações no projeto original, mudanças que dizem respeito à segurança e dimensões. A plataforma terá 30m de altura, dimensões adequadas não só para o lançamento do VLS, mas para foguetes de maior porte que poderão ser lançados no CLA por meio de contratos e parcerias internacionais. O novo projeto prevê possibilidades para operação de sucessor do VLS- 1, com estágio superior munido de propulsor à base de propelente líquido.

"Foi realizado um trabalho intenso de análise do projeto antigo, com a participação de técnicos do Instituto de Aeronáutica e Espaço, organização que desenvolve e opera o foguete. Foram considerados os mais recentes sistemas de controle e automatização, com o objetivo de minimizar a presença de técnicos durante as atividades de risco", frisou o representante da coordenadoria de projetos espaciais do IAE, tenente-coronel Tamashiro.

Em relação à segurança, a nova TMI passou por uma profunda modernização para adequar aos novos padrões de segurança no setor de tecnologia aeroespacial. Entre os aspectos da nova obra, destaca-se o planejamento e a construção a Torre e Túnel de Escape, que é uma saída de emergência, totalmente isolada e com ar pressurizado para evitar a entrada de gases, que propicia uma fuga rápida das pessoas para um local seguro e afastado da zona de risco.

As mudanças são consideradas um avanço natural relacionado à tecnologia. "É importante deixar claro que o projeto da torre anterior agregava soluções de engenharia e atendia aos requisitos de segurança disponíveis naquela época. Hoje, com o avanço tecnológico, houve uma atenção dos técnicos para a automação de diversos procedimentos. Isso viabilizará uma redução substancial de pessoal durante a execução de atividades de risco", explicou.

Após o término da obra no próximo ano, a TMI passará por uma fase de testes funcionais com a utilização de um mock-up do VLS-1, também chamado de VLS-1 MIR. Trata-se de uma maquete em escala real, com as mesmas dimensões e massas da versão de vôo, que possibilitará a realização de todas as etapas de integrações mecânicas do veículo lançador. Por ter em sua composição elementos inertes, esta versão não representa qualquer risco para as pessoas, tendo, desta forma, aplicação exclusiva para treinamento das equipes e simulação de cronologia de lançamento.

"Estima-se que serão necessários seis meses para a formação, capacitação e treinamento das equipes que irão executar todos os procedimentos de integrações, montagens e testes dos sistemas que compões o VLS-1, respeitando todas as normas e regulamentos, de forma que todos os procedimentos sejam executados com precisão e segurança. Desta forma, o próximo lançamento deve ocorrer somente a partir de meados de 2011", concluiu o tenente-coronel Tamashiro.


Fonte: Jornal O Estado do Maranhão

Comentário: Esclarecedora matéria do jornal “O Estado do Maranhão” onde é descrito não só o atual estágio de construção da TMI, mas também alguns detalhes interessantes sobre a sua configuração e seu período de finalização. Fica claro que o primeiro vôo teste do foguete com dois estágios ativos só ocorrerá no segundo semestre de 2011 e também que a plataforma foi construída não só para o uso do VLS-1, como também para o VLS-1B e outros foguetes estrangeiros. Nota-se também o cuidado aparente que o IAE vem tendo com relação à segurança, coisa extremamente importante nessa área e que justamente a sua falta foi um dos grandes fatores que contribuíram para o acidente de 2003. No entanto, essa previsão de lançamento para o segundo semestre de 2011 irá atrasar ainda mais o lançamento do quarto vôo de qualificação do VLS-1, agora previsto para 2014. Aproveitando a oportunidade, gostaria de agradecer de público, uma vez mais, a gentileza do leitor Edvaldo Coqueiro de São Luís (MA), que enviou para o blog a cópia dessa esclarecedora matéria do jornal “O Estado do Maranhão”.




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Re: Torre Movel de Integração do VLS-1

#10 Mensagem por LeandroGCard » Dom Nov 22, 2009 10:51 am

Me deixa muito curioso esta história da torre estar preparada para outros foguetes estrageiros além do VLS. O Cyclone-4 ainda não caberia nela (é praticamente 10m mais alto do que a nova torre, mesmo com a altura desta aumentada), além do problema do abastecimento.

Será que alguém está imaginando futuros lançamentos do Vega à partir de Alcântara? Os 30 m de altura são exatamente a altura deste foguete. Mas será que a Arianespace concordaria em lançá-lo de outra base que não Kourou? O Shavit israelense também caberia na torre (e mesmo na anterior, mais baixa), será que os israelenses teriam interesse em lançar seus foguetes de Alcântara para aumentar a carga útil?

Outro foguete que caberia na torre é o Athena americano, mas não temos acordo de salvaguardas com os EUA. Além disso o Athena não é mais construído, então acho que este não viria para cá de jeito nenhum.


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Re: Torre Movel de Integração do VLS-1

#11 Mensagem por Brazilian Space » Dom Nov 22, 2009 11:48 am

Pois é Leandro, parece que existe realmente algo. O Brasil tem acordos com a Índia e com a ESA que com pequenos ajustes poderiam perfeitamente partir para algo nesse sentido. Já com Israel, está em negociação a nível intergovernamental Executivo/Congresso/Israel para se estabelecer um acordo na área espacial que poderia perfeitamente incluir algo assim.

Abs

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Re: Torre Movel de Integração do VLS-1

#12 Mensagem por Brasileiro » Dom Nov 22, 2009 7:33 pm

Segundo um engenheiro do IAE, imediatamente após a conclusão da obra, começarão os testes com a MIR (maquete de integração de redes) na plataforma, com duração de seis meses.
Após isto, estaremos prontos para lançar o primeiro protótipo de vôo tecnológico do VLS-1.

A obra segue conforme o tempo previsto, já que durante a época de chuvas e tempestades elétricas, fica quase impossível de se fazer construção civil.



abraços]




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Re: Torre Movel de Integração do VLS-1

#13 Mensagem por Brazilian Space » Seg Nov 23, 2009 3:44 pm

É verdade Brasileiro, vamos torcer que dessa vez tudo saia como o previsto e que o foguete alcance sucesso no seu primeiro vôo tecnológico e nos subseqüentes. Em 2011 o PEB completará 50 anos e até lá essas equipes de técnicos e pesquisadores envolvidas com o projeto precisam de vitórias que estimulem as mesmas a se manterem motivadas e coesas para enfrentar os desafios e as trapalhadas políticas e administrativas de gestores e políticos incompetentes que infelizmente ainda circulam pelos bastidores do programa.

Abs

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Re: Torre Movel de Integração do VLS-1

#14 Mensagem por Brazilian Space » Dom Jan 10, 2010 12:10 pm

Olá amigos!

Segue abaixo uma matéria publicada hoje (10/01) no jornal “O Estado do Maranhão” destacando que o comando do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) será substituído nesta quinta-feira dia 14/01. O Cel. Nilo Andrade atual diretor do CLA será substituído pelo Cel. Aviador Ricardo Rangel para uma gestão de dois anos. Leiam a matéria com atenção amigos, pois a mesma tem informações importantes sobre o PEB e principalmente sobre a TMI.

Duda Falcão

Comando do CLA vai Mudar Nesta Semana

Coronel aviador Ricardo Rangel substituirá, quinta-feira, o coronel Nilo
Andrade, que está há dois anos à frente do Centro de Lançamento de Alcântara


Bruna Castelo Branco
Da equipe de O Estado
10/01/2010


O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) terá novo diretor na quinta-feira, dia 14, quando o coronel aviador Ricardo Rodrigues Rangel, que atualmente está na direção do Centro de Lançamento Barreira do Inferno, no Rio Grande do Norte, substituirá o coronel aviador Nilo Andrade. A solenidade de troca de comando será às 9h30, no CLA.

A substituição, a cada dois anos, faz parte da dinâmica de administração dos centros de lançamentos. Andrade será transferido para a Comissão de Implantação do Programa da Aviação de Combate (Copac), em Brasília, mas deverá continuar atuando no Programa Espacial Brasileiro. "Acredito que continuarei trabalhando para a Agência Espacial Brasileira no sentido de que o Programa Espacial continue seu rumo de modernização, possibilitando o lançamento do VLS e Cyclone no menor prazo possível", declarou.

A mudança administrativa acontece em um ano determinante para a visibilidade do CLA dentro das atividades do Programa Espacial Brasileiro. De um lado, a empresa Alcântara Cyclone Space acelera o ritmo para concluir as obras e fazer o primeiro lançamento ainda este ano; do outro, as obras da plataforma de lançamento de grande porte que possibilitará o lançamento do Veículo Lançador de Satélites (VLS) seguem para a segunda etapa de execuções.

Entretanto, as transformações não estão restritas a essas duas obras. O CLA está em fase de modernização de equipamentos, treinamento de recursos humanos e, principalmente, na realização de lançamentos de foguetes de pequeno e médio porte. No ano passado, foram realizados três lançamentos de foguetes de pequeno porte, missões consideradas bem sucedidas. Para o coronel Nilo Andrade, o CLA encontra-se preparado para executar lançamentos de grande porte.

"O desempenho da equipe interna e externa transcorreu de acordo com o planejado e o CLA está preparado para o lançamento de foguetes de qualquer porte. Vale lembrar que antes do lançamento propriamente dito são efetuados treinamentos a fim de que ajustes possam ser realizados tanto na cronologia quanto nas atividades das equipes envolvidas", ressaltou.

Andrade lembrou ainda que nos dois anos de sua gestão foram definidas ações com base nas prioridades do Programa Nacional de Atividades Espaciais, intermediado pela Agência Espacial Brasileira e pelo Departamento de Ciência e Tecnologia Espacial do Comando da Aeronáutica. "As prioridades foram focadas na complementação da infra-estrutura do CLA e na ampliação e modernização dos sistemas operacionais do Centro. Todas estas ações estão voltadas ao atendimento do PNAE (VLS) e a programas comerciais, como o da Alcântara Cyclone Space", afirmou.

Obra da TMI - A mudança mais esperada no CLA este ano está relacionada à finalização da obra da Torre Móvel de Integração ( TMI), prevista para ser concluída até dezembro. A obra está sendo executada pelo consórcio Jaraguá/Lavitta e integra o Sistema Plataforma de Lançamentos do VLS que inclui sistemas - como a mesa de lançamento, a torre e túnel de escape -, subsistemas de climatização, ar comprimido, elétricos, de controle, de aterramento, proteção contra descargas atmosféricas, detecção e combate a incêndios.

Na fase conclusiva da primeira parte, que consiste na estruturação da base da plataforma, os técnicos já se preparam para a segunda etapa dos trabalhos que consistem na finalização das construções civis, fabricações mecânicas e montagem de estruturas metálicas. Orçada em R$37 milhões, a plataforma terá 30 metros de altura com dimensões adequadas não só para o lançamento do VLS como também para foguetes de porte maior, que podem ser lançados a partir do CLA por meio de contratos e parcerias internacionais.

Em relação à segurança, um dos aspectos importantes da nova obra foi a implantação da torre e túnel de escape - uma saída de emergência, totalmente isolada, e com ar pressurizado para evitar a entrada de gases, que propicia uma fuga rápida das pessoas para um local seguro e afastado da zona de risco. Após o término da obra, em 2010, a TMI passará por uma fase de testes funcionais com a utilização de um mock-up, isto é, uma maquete em escala real, com as mesmas dimensões e massas da versão de vôo, que possibilitará a realização simulada de todas as etapas de integrações mecânicas do veículo lançador.


Fonte: Jornal O Estado do Maranhão - 10/01/2010

Comentário: Mais uma matéria interessante do jornal “O Estado do Maranhão” escrita pela competente e atuante jornalista Bruna Castelo Branco que nos passa informações muito interessantes sobre o CLA e principalmente sobre o atual estágio de construção da TMI. Como imaginei, a TMI ficará pronta por volta de dezembro desse ano e posteriormente será testada com um “mock-up” do VLS. Isso significa então que o primeiro vôo teste do foguete deverá ficar mesmo para o segundo semestre de 2011. Acredito que a jornalista Bruna Castelo Branco acompanhará a cerimônia de posse do Cel. Rangel e assim a mesma poderá questioná-lo sobre as missões de lançamentos previstas para esse ano no Centro de Lançamento da Barreira do Inferno, já que o CLA encontra-se fechado para essas missões devido as obras da Torre Móvel de Integração (TMI). Aproveito uma vez mais para agradecer de público o leitor maranhense Edvaldo Coqueiro pela gentileza de ter enviado ao blog o conteúdo dessa matéria.




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Re: Torre Movel de Integração do VLS-1

#15 Mensagem por Brasileiro » Dom Jan 10, 2010 3:00 pm

Muito bom!

O interessante é que a obra em si vai demorar menos do que o processo jurídio anterior a ela... Coisas de Brasil. Não fosse isso, ela já estaria pronta desde pelo menos 2006, o VLS estaria qualificado e já estaríamos pensando em outras coisas.

A MIR (maquete de integração de redes) vai ser testada por 6 meses (treinamento de pessoal e calibração), e depois ocorrerá o vôo tecnológico número 1, que será feito já no próximo governo.

Estranho é ler sobre essa capacidade da mesma lançar foguetes "de porte maior". O que sabemos é que ela será capaz de abastecer os tanques de propelente líquido de uma nova versão do VLS-1, nada mais do que isso.


abraços]




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