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Conceito MLA (Airbone Micro Launcher)

Enviado: Seg Out 13, 2008 4:27 pm
por Alexandre Abreu
Fonte: http://www.tecnodefesa.com.br/mznews/cl ... 7bd9a22e20

Conceito MLA (Airbone Micro Launcher) para lançamento de microssatélites por meio do caça francês Rafale

Rafale pode se tornar lançador espacial

Institutos de pesquisas espaciais da França, Alemanha e Espanha e várias empresas européias do setor aeroespacial estudam o conceito MLA (Airbone Micro Launcher) para lançamento de microssatélites por meio do caça francês Rafale, que concorre no Programa F-X2 da Força Aérea Brasileira (FAB). O projeto, iniciado no final de 2004, é denominado Aldebaran e conta com a colaboração da Dassault Aviation, EADS Astrium e CASA, SNPE, Safran (SNECMA), entre outras indústrias.

Diferentes configurações do sistema de lançamento são analisadas, com capacidades de inserção de cargas úteis na órbita terrestre variando de 50 kg a 150 kg a 800 km de altitude. Os estudos devem ser finalizados até o final de 2008, e se levado adiante, espera-se que o primeiro vôo real do Aldebaran ocorra em 2014.

Na 59a edição do Congresso Internacional de Astronáutica (IAC 2008), realizado em Glasgow, na Escócia, entre os dias 29 de setembro e 3 de outubro, foi divulgada uma animação de demonstração do conceito do Aldebaran.

Veja o vídeo/animação do lançamento:


Re: Conceito MLA (Airbone Micro Launcher)

Enviado: Seg Out 13, 2008 6:40 pm
por LeandroGCard
É um projeto interessante, na mesma linha do N.T.O.S (um projeto americano da década de 50), do Pegasus (já em uso nos EUA, tendo inclusive sido utilizado para lançar um satélite brasileiro), e do PanAero, um micro lançador que utilizaria um F-14 como lançador (aparentemente o projeto foi abandonado). A diferença do projeto francês é que seus estágios ficam colocados lado-à-lado, e os americanos tem/teriam os estágios em tandem.

Infelizmente não há muita informação disponível sobre os detalhes técnicos destes foguetes. Eu gostaria de saber qual a complicação extra devido ao fato deles precisarem prever sua fixação na barriga das aeronaves, em posição horizontal. Isto deve aumentar a complexidade estrutural e prejudicar a relação de massa. Sem informações sobre este tipo de coisa não dá para avaliar a vantagem destes sistemas sobre o simples aumento do primeiro estágio do foguete, ou a utilização de boosters laterais.

De qualquer modo acho que a redução do custo de lançamento deve estar mais associada à eliminação da base de lançamento ou de efeitos aerodinâmicos (de baixa altitude) que a qualquer vantagem em altitude e velocidade do avião lançador. Isto porque por mais alto e rápido que o avião esteja no momento do lançamento ele só irá reduzir em cerca de 20% a altitude e menos de 10% a velocidade necessárias para que um satélite entre em órbita.

O nosso amigo Brasileiro aqui do fórum também propôs um conceito semelhante, só que ao invés de lançar à partir de um B-52 (Pégasus) ou Rafale (Aldebaran), o lançamento seria feito à partir da rampa traseira de um cargueiro. Pelo que me recordo na época ele sugeriu um C-130, e hoje talvez pudéssemos pensar em um C-390. A vantagem é que seria possível lançar foquetes maiores, com uma infra-estrutura de lançamento mais elaborada e sem a necessidade de adaptações do avião lançador, que poderia simplesmente ser alugado para cada lançamento.

Leandro G. Card