Avião da TAP retido em Kinshasa e piloto preso
Enviado: Qua Out 01, 2008 6:25 am
Avião da TAP retido em Kinshasa e piloto preso
FRANCISCO ALMEIDA LEITE
Diplomacia. Alto general angolano estava a bordo
Autoridades locais não aceitaram pagamento do combustível com cartão
Um avião da TAP que saiu de Lisboa no domingo em direcção a Luanda (Angola) ficou várias horas retido em Kinshasa (República Democrática do Congo), tendo as autoridades locais conduzido o piloto português sob detenção. O caso motivou a intervenção do embaixador de Portugal em Kinshasa, João Perestrello.
O caso tem contornos rocambolescos e começou quando o avião da TAP sobrevoou Luanda e se viu impedido de aterrar no aeroporto angolano porque existiam problemas e o acesso estava encerrado. Motivo: uma aeronave estava avariada numa das pistas. Depois disto, o comandante teve que solicitar nova rota e dirigiu-se ao aeroporto internacional N'Dili, em Kinshasa.
O avião da TAP, que transportava 250 passageiros e uma alta individualidade angolana, aterrou às seis da manhã em Kinchasa e só conseguiu sair várias horas depois, por volta da uma da tarde. O avião português acabou por ficar completamente imobilizado na pista durante horas e, a certa altura, os passageiros aperceberam-se de que algo de estranho se estaria a passar, com as autoridades locais a levarem o piloto português sob detenção.
É nessa altura que, sabe o DN, o general João Baptista de Matos, antigo chefe de Estado Maior General das Forças Armadas de Angola, que seguia a bordo, entra em campo e faz vários telefonemas, um dos quais para a embaixada de Portugal em Kinshasa. Após as conversas com João Perestrello e deste com o Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Democrática do Congo, o avião acaba finalmente por ser autorizado a levantar voo.
A razão para este incidente está ainda por conhecer em toda a sua amplitude, mas o DN sabe que o atraso esteve relacionado com o pagamento do combustível, já que o avião teve que ser reabastecido. O problema é que as autoridades locais terão recusado o cartão de crédito apresentado pela tripulação. António Monteiro, director de comunicação da TAP, confirmou o incidente, mas escusou-se a adiantar pormenores sobre os passageiros a bordo. "Houve um problema de pagamento, as tripulações não viajam com notas", explicou o responsável da companhia. Kinshasa tem mais de sete milhões de habitantes e é a terceira maior cidade de África.
FRANCISCO ALMEIDA LEITE
Diplomacia. Alto general angolano estava a bordo
Autoridades locais não aceitaram pagamento do combustível com cartão
Um avião da TAP que saiu de Lisboa no domingo em direcção a Luanda (Angola) ficou várias horas retido em Kinshasa (República Democrática do Congo), tendo as autoridades locais conduzido o piloto português sob detenção. O caso motivou a intervenção do embaixador de Portugal em Kinshasa, João Perestrello.
O caso tem contornos rocambolescos e começou quando o avião da TAP sobrevoou Luanda e se viu impedido de aterrar no aeroporto angolano porque existiam problemas e o acesso estava encerrado. Motivo: uma aeronave estava avariada numa das pistas. Depois disto, o comandante teve que solicitar nova rota e dirigiu-se ao aeroporto internacional N'Dili, em Kinshasa.
O avião da TAP, que transportava 250 passageiros e uma alta individualidade angolana, aterrou às seis da manhã em Kinchasa e só conseguiu sair várias horas depois, por volta da uma da tarde. O avião português acabou por ficar completamente imobilizado na pista durante horas e, a certa altura, os passageiros aperceberam-se de que algo de estranho se estaria a passar, com as autoridades locais a levarem o piloto português sob detenção.
É nessa altura que, sabe o DN, o general João Baptista de Matos, antigo chefe de Estado Maior General das Forças Armadas de Angola, que seguia a bordo, entra em campo e faz vários telefonemas, um dos quais para a embaixada de Portugal em Kinshasa. Após as conversas com João Perestrello e deste com o Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Democrática do Congo, o avião acaba finalmente por ser autorizado a levantar voo.
A razão para este incidente está ainda por conhecer em toda a sua amplitude, mas o DN sabe que o atraso esteve relacionado com o pagamento do combustível, já que o avião teve que ser reabastecido. O problema é que as autoridades locais terão recusado o cartão de crédito apresentado pela tripulação. António Monteiro, director de comunicação da TAP, confirmou o incidente, mas escusou-se a adiantar pormenores sobre os passageiros a bordo. "Houve um problema de pagamento, as tripulações não viajam com notas", explicou o responsável da companhia. Kinshasa tem mais de sete milhões de habitantes e é a terceira maior cidade de África.