Página 1 de 1
Novo site do IAE/CTA (gostei!)
Enviado: Sex Ago 29, 2008 10:52 pm
por Brasileiro
http://www.iae.cta.br/index.htm
-Lançamento do VS-40 V03 em 2010 com grandes melhorias e carga útil SARA suborbital (que será lançado em 2012).
-Programa Cruzeiro do Sul.
-Outros detalhes
abraços]
Re: Novo site do IAE/CTA (gostei!)
Enviado: Sáb Ago 30, 2008 1:24 am
por Vinicius Pimenta
Muito bacana esse site. Segue um pouco o layout do portal da FAB.
Re: Novo site do IAE/CTA (gostei!)
Enviado: Sáb Ago 30, 2008 1:37 pm
por joao fernando
http://www.iae.cta.br/AMR/GE022.pdf
Ó o que achei lá, o sistema do MARE
Re: Novo site do IAE/CTA (gostei!)
Enviado: Sáb Ago 30, 2008 7:41 pm
por Bolovo
O site ficou bom, mas o Programa Cruzeiro do Sul não vai passar do VLS ALPHA.
Re: Novo site do IAE/CTA (gostei!)
Enviado: Dom Ago 31, 2008 12:31 am
por Centurião
Bolovo escreveu:O site ficou bom, mas o Programa Cruzeiro do Sul não vai passar do VLS ALPHA.
Talvez isso seja informação antiga. Por um tempo o Cruzeiro do Sul desapareceu dos planos do IEA e da AEB. Agora parece que voltou. O que será que mudou?
Re: Novo site do IAE/CTA (gostei!)
Enviado: Dom Ago 31, 2008 3:22 am
por Bolovo
Centurião escreveu:Bolovo escreveu:O site ficou bom, mas o Programa Cruzeiro do Sul não vai passar do VLS ALPHA.
Talvez isso seja informação antiga. Por um tempo o Cruzeiro do Sul desapareceu dos planos do IEA e da AEB. Agora parece que voltou. O que será que mudou?
Vai por mim.
Se o VLS ALPHA tiver sido lançado com sucesso umas boas vezes até 2022, considere-se muito feliz.
Re: Novo site do IAE/CTA (gostei!)
Enviado: Dom Ago 31, 2008 10:15 am
por LeandroGCard
Centurião escreveu:Bolovo escreveu:O site ficou bom, mas o Programa Cruzeiro do Sul não vai passar do VLS ALPHA.
Talvez isso seja informação antiga. Por um tempo o Cruzeiro do Sul desapareceu dos planos do IEA e da AEB. Agora parece que voltou. O que será que mudou?
Nada mudou, inclusive a informação falsa de que o Programa Cruzeiro do Sul teria sido fruto de estudos sérios feios por brasileiros a respeito do desenvolvimento de uma família de lançadores modernos, informação esta que ainda consta do site. Na verdade ele foi uma proposta russa (baseada no conceito do programa Angara).
Se e quando o Cyclone for lançado com os ucranianos é bem provável que o governo brasileiro simplesmente deixe o programa nacional morrer à mingua. Em nosso país não se faz distinção entre o que acontece aqui e o que é nacional, e o simples fato de que foguetes espaciais de um certo porte estarão sendo lançados de uma base brasileira poderá facilmente ser confundido com o sucesso do próprio programa espacial brasileiro, e não se cobrará mais nenhuma realização.
Se consegirmos chegar ao VLS Alfa (me recuso a grafar alpha), que é apenas uma evolução meio exótica do VLS-1, até que será muito. Infelizmente.
Leandro G. Card
Re: Novo site do IAE/CTA (gostei!)
Enviado: Dom Ago 31, 2008 11:31 am
por Brasileiro
O próximo passo, consolidado no veículo VLS GAMA, será o da substituição do estágio inferior a propelente sólido por um estágio a propelente líquido de 150 t de empuxo. Os estágios superiores seriam os mesmos do VLS BETA, alterando-se apenas as quantidades de combustível e de oxidante nos tanques para permitir o atendimento da missão.
Pelo menos sãom veículos altamente viáveis e modulares, diminuindo grandemente o tempo e o investimento para o desenvolvimento dos mesmos. Todos os foguetes utilizarão basicamente os mesmos motores.
E vejam, que, lançado o Gama, todos os seus subsequentes já estarão automaticamente desenvolvidos, já que seus motores boosters já estarão testados em outros foguetes.
abraços]
Re: Novo site do IAE/CTA (gostei!)
Enviado: Dom Ago 31, 2008 1:35 pm
por LeandroGCard
Brasileiro escreveu: O próximo passo, consolidado no veículo VLS GAMA, será o da substituição do estágio inferior a propelente sólido por um estágio a propelente líquido de 150 t de empuxo. Os estágios superiores seriam os mesmos do VLS BETA, alterando-se apenas as quantidades de combustível e de oxidante nos tanques para permitir o atendimento da missão.
Pelo menos sãom veículos altamente viáveis e modulares, diminuindo grandemente o tempo e o investimento para o desenvolvimento dos mesmos. Todos os foguetes utilizarão basicamente os mesmos motores.
E vejam, que, lançado o Gama, todos os seus subsequentes já estarão automaticamente desenvolvidos, já que seus motores boosters já estarão testados em outros foguetes.
abraços]
Brasileiro,
Este seria o conceito básico do programa, mas as autoridades da área (ministérios da Ciência e Tecnologia e da Aeronáutica) já disseram que não há planos concretos sequer para a construção do VLS-Beta. A opção do governo foi pela parceria com os ucranianos para lançar o Cyclone, cuja versão 4 já seria da categoria do VLS-Delta ou seja, cobriria todas as faixas de capacidade previstas para o programa Cruzeiro do Sul menos a última (e maior). Não consigo nem em meus sonhos mais delirantes imaginar o Brasil gastando dinheiro e esforços para desenvolver um programa paralelo ao Cyclone que só faria diferença no lançamento de cargas geo-estacionárias mais pesadas. A necessidade deste tipo de carga para nosso país é muito pequena, com apenas um ou dois satélites a cada 7-10 anos. Para isso seria muito mais fácil contratar um lançamento no estrangeiro.
Ou seja, com o programa Cyclone em operação, não existe espaço para outro lançador brasileiro muito maior que o VLS-alfa ou seja, o máximo que poderemos sonhar para algum dia seria o VLS-Beta, e ainda assim ele sequer está sendo cogitado hoje em dia. O VLS-Gama e seus sucessores já estão mortos e enterrados (a menos que o acordo com a Ucrânia dê para trás).
É uma pena, mas assim é.
Um grande abraço,
Leandro G. Card
Re: Novo site do IAE/CTA (gostei!)
Enviado: Dom Ago 31, 2008 4:20 pm
por Centurião
LeandroGCard escreveu:Brasileiro escreveu:
Pelo menos sãom veículos altamente viáveis e modulares, diminuindo grandemente o tempo e o investimento para o desenvolvimento dos mesmos. Todos os foguetes utilizarão basicamente os mesmos motores.
E vejam, que, lançado o Gama, todos os seus subsequentes já estarão automaticamente desenvolvidos, já que seus motores boosters já estarão testados em outros foguetes.
abraços]
Brasileiro,
Este seria o conceito básico do programa, mas as autoridades da área (ministérios da Ciência e Tecnologia e da Aeronáutica) já disseram que não há planos concretos sequer para a construção do VLS-Beta. A opção do governo foi pela parceria com os ucranianos para lançar o Cyclone, cuja versão 4 já seria da categoria do VLS-Delta ou seja, cobriria todas as faixas de capacidade previstas para o programa Cruzeiro do Sul menos a última (e maior). Não consigo nem em meus sonhos mais delirantes imaginar o Brasil gastando dinheiro e esforços para desenvolver um programa paralelo ao Cyclone que só faria diferença no lançamento de cargas geo-estacionárias mais pesadas. A necessidade deste tipo de carga para nosso país é muito pequena, com apenas um ou dois satélites a cada 7-10 anos. Para isso seria muito mais fácil contratar um lançamento no estrangeiro.
Ou seja, com o programa Cyclone em operação, não existe espaço para outro lançador brasileiro muito maior que o VLS-alfa ou seja, o máximo que poderemos sonhar para algum dia seria o VLS-Beta, e ainda assim ele sequer está sendo cogitado hoje em dia. O VLS-Gama e seus sucessores já estão mortos e enterrados (a menos que o acordo com a Ucrânia dê para trás).
É uma pena, mas assim é.
Um grande abraço,
Leandro G. Card
É uma pena mesmo. Leandro, existe a possibilidade de transferência tecnológica nesse acordo com os ucranianos? Eu li um comentário sobre o desenvolvimento conjunto do Cyclone 5. Os ucranianos dominam essa tecnologia a ponto de começarem um novo projeto, ou eles são somente modificações de mísseis balísticos?
Quem souber pode responder essas perguntas.
Re: Novo site do IAE/CTA (gostei!)
Enviado: Dom Ago 31, 2008 4:29 pm
por Bolovo
Os ucranianos são tão amadores quanto nós se querem saber. Sabem quantos Cyclone 4 já voaram? NENHUM.
Alcantara não vai virar Baikonour e nem Cape Canaveral...
Re: Novo site do IAE/CTA (gostei!)
Enviado: Dom Ago 31, 2008 7:54 pm
por LeandroGCard
Centurião escreveu:
É uma pena mesmo. Leandro, existe a possibilidade de transferência tecnológica nesse acordo com os ucranianos? Eu li um comentário sobre o desenvolvimento conjunto do Cyclone 5. Os ucranianos dominam essa tecnologia a ponto de começarem um novo projeto, ou eles são somente modificações de mísseis balísticos?
Quem souber pode responder essas perguntas.
As informações que vejo por aí são de que os ucranianos estão brigando muito para manter o projeto do foguete Cyclone após a dissolução da União Soviética. Grande parte da tecnologia envolvida no foguete era de propriedade russa e não ucraniana, e eles estão tentando desenvolver o que não tinham ( e que russos só fornecem quando lhes interessa) para manter o programa funcionando. Não há garantias de que a evolução do modelo 4, que seria o lançado à partir de Alcântara, venha a ser completada como programado.
Eles parecem contar bastante com o Brasil para manterem uma base de lançamento viável, já que as bases em território ucraniano são distantes do equador e por isso os lançamentos ficam um pouco prejudicados. Mas não vi nenhuma referência à transferência de tecnologia de foguetes decorrente do acordo Brasil-Ucrânia, somente o uso da base e eventualmente alguma coisa no desenvolvimento de cargas-úteis (satélites) em conjunto.
A tecnologia do Cyclone, de combustíveis líquidos estocáveis, é hoje considerada antiga e meio ultrapassada embora ainda seja utilizada na China e na Índia por exemplo. É possível que surjam restrições ao seu uso para o lançamento de cargas comerciais.
Vamos ver no que vai dar isso.
Leandro G. Card
Re: Novo site do IAE/CTA (gostei!)
Enviado: Sáb Set 06, 2008 8:35 am
por Centurião
Bolovo e Leandro,
Agradeço as respostas. Vamos esperar por mais notícias.
Re: Novo site do IAE/CTA (gostei!)
Enviado: Sáb Set 06, 2008 2:00 pm
por Bolovo
LeandroGCard escreveu:Centurião escreveu:
É uma pena mesmo. Leandro, existe a possibilidade de transferência tecnológica nesse acordo com os ucranianos? Eu li um comentário sobre o desenvolvimento conjunto do Cyclone 5. Os ucranianos dominam essa tecnologia a ponto de começarem um novo projeto, ou eles são somente modificações de mísseis balísticos?
Quem souber pode responder essas perguntas.
As informações que vejo por aí são de que os ucranianos estão brigando muito para manter o projeto do foguete Cyclone após a dissolução da União Soviética. Grande parte da tecnologia envolvida no foguete era de propriedade russa e não ucraniana, e eles estão tentando desenvolver o que não tinham ( e que russos só fornecem quando lhes interessa) para manter o programa funcionando. Não há garantias de que a evolução do modelo 4, que seria o lançado à partir de Alcântara, venha a ser completada como programado.
Eles parecem contar bastante com o Brasil para manterem uma base de lançamento viável, já que as bases em território ucraniano são distantes do equador e por isso os lançamentos ficam um pouco prejudicados. Mas não vi nenhuma referência à transferência de tecnologia de foguetes decorrente do acordo Brasil-Ucrânia, somente o uso da base e eventualmente alguma coisa no desenvolvimento de cargas-úteis (satélites) em conjunto.
A tecnologia do Cyclone, de combustíveis líquidos estocáveis, é hoje considerada antiga e meio ultrapassada embora ainda seja utilizada na China e na Índia por exemplo. É possível que surjam restrições ao seu uso para o lançamento de cargas comerciais.
Vamos ver no que vai dar isso.
Leandro G. Card
Os ucranianos lançam seus foguetes naquela plataforma SEA LAUNCH também, se não me engano.
Re: Novo site do IAE/CTA (gostei!)
Enviado: Sáb Set 06, 2008 3:07 pm
por LeandroGCard
Bolovo escreveu:LeandroGCard escreveu:
As informações que vejo por aí são de que os ucranianos estão brigando muito para manter o projeto do foguete Cyclone após a dissolução da União Soviética. Grande parte da tecnologia envolvida no foguete era de propriedade russa e não ucraniana, e eles estão tentando desenvolver o que não tinham ( e que russos só fornecem quando lhes interessa) para manter o programa funcionando. Não há garantias de que a evolução do modelo 4, que seria o lançado à partir de Alcântara, venha a ser completada como programado.
Eles parecem contar bastante com o Brasil para manterem uma base de lançamento viável, já que as bases em território ucraniano são distantes do equador e por isso os lançamentos ficam um pouco prejudicados. Mas não vi nenhuma referência à transferência de tecnologia de foguetes decorrente do acordo Brasil-Ucrânia, somente o uso da base e eventualmente alguma coisa no desenvolvimento de cargas-úteis (satélites) em conjunto.
A tecnologia do Cyclone, de combustíveis líquidos estocáveis, é hoje considerada antiga e meio ultrapassada embora ainda seja utilizada na China e na Índia por exemplo. É possível que surjam restrições ao seu uso para o lançamento de cargas comerciais.
Vamos ver no que vai dar isso.
Leandro G. Card
Os ucranianos lançam seus foguetes naquela plataforma SEA LAUNCH também, se não me engano.
Sim, na versão 3.
Mas parece que não estão satisfeitos com a parte comercial, pois há muitas empresas americanas envolvidas e além de possivelmente ficarem com a maior parte dos lucros elas colocam os preços de lançamento nos padrões americanos ou seja, muito caros para competir com a China, Índia, etc... .
Na verdade este arranjo (empresas americanas grandemente envolvidas e levando boa parte dos lucros) é que garante acesso ao mercado de satélites americano, pois de outra forma o governo dos EUA muito provavelmente iriam inventar alguma restrição para bloquear qualquer contrato entre empresas deles e os ucranianos. Mas fica difícil competir quando a empresa contratante não é americana, e como o mercado dos EUA é grande mas em boa parte protegido (principalmente por salvaguardas tecnológicas) isto acaba limitando o número de lançamentos para os ucranianos.
Aí entra o acordo com o Brasil. Eles poderão vender lançamentos feitos à partir daqui para quem quiserem (menos é claro os EUA), com um preço mais competitivo e ficando com a maior parte dos lucros. Poderão praticamente duplicar seu mercado, ou até mesmo mais.
Leandro G. Card