A difícil decolagem de Regionais, no Sul
Enviado: Sex Ago 22, 2008 5:23 pm
Meus prezados:
O Rio Grande do Sul é terreno fértil para o desenvolvimento da aviação comercial em municípios do Interior.
Mais de 70% das microrregiões gaúchas identificadas em um estudo da economista Lucia Helena Salgado, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), são classificadas como áreas de potencial "inexplorado ou pouco explorado" e de "retorno elevado" para as empresas. As conclusões foram apresentadas ontem em evento realizado em Porto Alegre que reuniu autoridades e especialistas do setor aéreo para discutir formas de desenvolver o atendimento de cidades pequenas e médias com vôos regulares.
No entanto, o aproveitamento da demanda depende de incentivos para as empresas ou mudanças na legislação que possam favorecer companhias da aviação regional, alertou Lucia Helena em coro com palestrantes convidados para a 1ª Seminário de Transporte Aéreo Regional e Logística Integrada ao Turismo, promovido pela Associação Brasileira de Empresas de Transporte Aéreo Regional (Abetar).
O presidente da Abetar, Apostole Lazaro Chryssafidis, já pediu ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, que assumiu defendendo o incentivo à aviação regional, uma regulação específica para diferenciar as grandes companhias das que operam em aeroportos pequenos.
– São mercados totalmente diferentes. O custo (da aviação regional) é exorbitante. Uma coisa é comprar combustível em Porto Alegre e outra, em Uruguaiana – diz Chryssafidis.
Conforme o dirigente, a diferença no preço do querosene pode chegar a 100% entre cidades grandes e afastadas. Além disso, companhias de porte podem diluir os custos entre um grupo maior de passageiros.
Apesar das dificuldades, Chryssafidis acredita ser possível dobrar o número de cidades servidas pelas companhias menores nos próximos anos – hoje, cerca de 150 municípios brasileiros estão na rota das aéreas.
O Estado é atendido apenas pela NHT, que voa para nove cidades. A operação, no entanto, apresenta dificuldades, segundo o diretor-geral da companhia, Reinaldo Herrmann:
– Nem todas as cidades são viáveis. Nós acreditamos no potencial, mas isso não tem se confirmado.
Os lucros vêm apenas dos principais centros econômicos, como Porto Alegre e Rio Grande. Em breve, a NHT vai receber o sexto turboélice Let 410, mas o equipamento não voará pelos céus gaúchos e deve ser utilizado para atender ao mercado paranaense.
fonte: ALEXANDRE DE SANTI - jornal "Zero Hora" 22 ago 2008
Um abraço e até mais...
O Rio Grande do Sul é terreno fértil para o desenvolvimento da aviação comercial em municípios do Interior.
Mais de 70% das microrregiões gaúchas identificadas em um estudo da economista Lucia Helena Salgado, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), são classificadas como áreas de potencial "inexplorado ou pouco explorado" e de "retorno elevado" para as empresas. As conclusões foram apresentadas ontem em evento realizado em Porto Alegre que reuniu autoridades e especialistas do setor aéreo para discutir formas de desenvolver o atendimento de cidades pequenas e médias com vôos regulares.
No entanto, o aproveitamento da demanda depende de incentivos para as empresas ou mudanças na legislação que possam favorecer companhias da aviação regional, alertou Lucia Helena em coro com palestrantes convidados para a 1ª Seminário de Transporte Aéreo Regional e Logística Integrada ao Turismo, promovido pela Associação Brasileira de Empresas de Transporte Aéreo Regional (Abetar).
O presidente da Abetar, Apostole Lazaro Chryssafidis, já pediu ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, que assumiu defendendo o incentivo à aviação regional, uma regulação específica para diferenciar as grandes companhias das que operam em aeroportos pequenos.
– São mercados totalmente diferentes. O custo (da aviação regional) é exorbitante. Uma coisa é comprar combustível em Porto Alegre e outra, em Uruguaiana – diz Chryssafidis.
Conforme o dirigente, a diferença no preço do querosene pode chegar a 100% entre cidades grandes e afastadas. Além disso, companhias de porte podem diluir os custos entre um grupo maior de passageiros.
Apesar das dificuldades, Chryssafidis acredita ser possível dobrar o número de cidades servidas pelas companhias menores nos próximos anos – hoje, cerca de 150 municípios brasileiros estão na rota das aéreas.
O Estado é atendido apenas pela NHT, que voa para nove cidades. A operação, no entanto, apresenta dificuldades, segundo o diretor-geral da companhia, Reinaldo Herrmann:
– Nem todas as cidades são viáveis. Nós acreditamos no potencial, mas isso não tem se confirmado.
Os lucros vêm apenas dos principais centros econômicos, como Porto Alegre e Rio Grande. Em breve, a NHT vai receber o sexto turboélice Let 410, mas o equipamento não voará pelos céus gaúchos e deve ser utilizado para atender ao mercado paranaense.
fonte: ALEXANDRE DE SANTI - jornal "Zero Hora" 22 ago 2008
Um abraço e até mais...