O futuro da AAAe no Brasil
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- FCarvalho
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Em termos práticos, a corrida que hora se inicia será entre sistemas AAe israelenses, europeus, turcos e chineses. Os russos podem tentar a sorte, mas só por descarrego de consciência e para encher o saco dos norte americanos.
A meu ver, o Barak MX é o sistema mais completo e abrangente que se pode oferecer no momento. Ele tem qualidades e flexibilidade organizacional mais que suficiente para atender às demandas das três forças.
Por fora, os turcos concorrem com o seu HISAR nas versões A, O e U, esta também chamada por eles de SIPER. Todos estão em uso e\ou fase final de desenvolvimento. E se encaixam nos requisitos do processo.
Não creio que um sistema europeu tenha muitas chances visto que os custos literalmente explodiram na Europa em termos de material de defesa. E eles estão tendo muitos problemas com a cadência de produção de qualquer coisa por lá em face da ajuda à guerra na Ucrânia.
A posição do governo atual é bem avessa a qualquer negócios com Israel, e o MD e militares sabem bem disso. Portanto, este processo será levado a conta gotas de forma a que o tempo faça o seu trabalho, assim como a diplomacia e os negociadores de ambos os lados. Israel tem abertura suficiente para trabalhar junto com as ffaa's a fim de inserir os radares e demais sistemas C4I nacionais que se planeja para a AAe. Mas os turcos também podem, assim como os europeus. A questão é qual deles nos oferecerá a melhor relação custo x benefício. Ou seja, quem vai oferecer mais por menos.
A ver.
A meu ver, o Barak MX é o sistema mais completo e abrangente que se pode oferecer no momento. Ele tem qualidades e flexibilidade organizacional mais que suficiente para atender às demandas das três forças.
Por fora, os turcos concorrem com o seu HISAR nas versões A, O e U, esta também chamada por eles de SIPER. Todos estão em uso e\ou fase final de desenvolvimento. E se encaixam nos requisitos do processo.
Não creio que um sistema europeu tenha muitas chances visto que os custos literalmente explodiram na Europa em termos de material de defesa. E eles estão tendo muitos problemas com a cadência de produção de qualquer coisa por lá em face da ajuda à guerra na Ucrânia.
A posição do governo atual é bem avessa a qualquer negócios com Israel, e o MD e militares sabem bem disso. Portanto, este processo será levado a conta gotas de forma a que o tempo faça o seu trabalho, assim como a diplomacia e os negociadores de ambos os lados. Israel tem abertura suficiente para trabalhar junto com as ffaa's a fim de inserir os radares e demais sistemas C4I nacionais que se planeja para a AAe. Mas os turcos também podem, assim como os europeus. A questão é qual deles nos oferecerá a melhor relação custo x benefício. Ou seja, quem vai oferecer mais por menos.
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- knigh7
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Os planos plurianuais para as FFAA foram aprovados em setembro. Até 2027 o EB não gastaria com a AAAe de Média Altura pois os valores são numa média de R$18 milhões, o que é justamnete o que a AAAe recebe por ano de média. De AAAe de Média ele pode receber M200Multimissão, já que começou a receber por essa rúbrica o M200 Vigilante. Mas não é orçamento para sistemas de Média Altura:
Com o lobby da Embraer conseguiram antecipar o programa.
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- FCarvalho
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
A Embraer está fazendo o seu dever de casa e não deixando que as politiquices governamentais atrapalhem todo o esforço que a empresa vem fazendo no que tange o desenvolvimento dos radares e demais sistemas anexos para a AAe. E isto é bom porque vai nos permitir dar mais tempo a que outros processos no EB encontrem o seu caminho, sem deixar contudo que influenciem o desenvolvimento de seus produtos. Isto pro si só já é uma grande vitória da empresa, que tem o seu peso junto aos agentes públicos que garantem o mínimo necessário do orçamento.
Quando o EB puder decidir quem vai levar a AAe Média Altura espera-se todo o ciclo referente aos sistemas C4I e radares em desenvolvimento estejam maduros e prontos para operação. Aí é só ver quem se dispõe a integrar os seus mísseis.
Bem, são mais 4 a 5 anos até que algo seja decidido. Ano que vem tem a decisão da VBCOAP SR, com reflexos no orçamento de 2025. E ainda há a renovação da artilharia de campanha AR juntamente. E ainda temos que encarar orçamento para VBTP e VBE Guarani, LMV e Centauro II, que pelo jeito estão sendo salvos pelas emendas parlamentares. Mas isso também tem o seu custo em outras áreas das ffaa's que podem ser atingidas pelos cortes da fazenda nacional. VBC CC e VBC Fuz só devem ter um RFQ talvez em 2027 ou 2028, com qualquer negócio tendo efeitos no orçamento apenas em 2029 ou 2030.
De qualquer forma recursos para a AAe Média Altura vão concorrer com programas de peso dentro do EB, e também com outros nas demais forças, tão importantes quanto a cada uma delas. Agora, fica a saber se todo esse esforço para nacionalizar sistemas terá alguma representatividade real na economia orçamentária na hora de fazer os cálculos de aquisição do sistema a ser escolhido.
A ver.
Quando o EB puder decidir quem vai levar a AAe Média Altura espera-se todo o ciclo referente aos sistemas C4I e radares em desenvolvimento estejam maduros e prontos para operação. Aí é só ver quem se dispõe a integrar os seus mísseis.
Bem, são mais 4 a 5 anos até que algo seja decidido. Ano que vem tem a decisão da VBCOAP SR, com reflexos no orçamento de 2025. E ainda há a renovação da artilharia de campanha AR juntamente. E ainda temos que encarar orçamento para VBTP e VBE Guarani, LMV e Centauro II, que pelo jeito estão sendo salvos pelas emendas parlamentares. Mas isso também tem o seu custo em outras áreas das ffaa's que podem ser atingidas pelos cortes da fazenda nacional. VBC CC e VBC Fuz só devem ter um RFQ talvez em 2027 ou 2028, com qualquer negócio tendo efeitos no orçamento apenas em 2029 ou 2030.
De qualquer forma recursos para a AAe Média Altura vão concorrer com programas de peso dentro do EB, e também com outros nas demais forças, tão importantes quanto a cada uma delas. Agora, fica a saber se todo esse esforço para nacionalizar sistemas terá alguma representatividade real na economia orçamentária na hora de fazer os cálculos de aquisição do sistema a ser escolhido.
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- FCarvalho
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Um possível candidato muitíssimo discreto e menos ainda comentado nos fóruns brasileiros para o Programa Defesa AAe Média Altura.
Cheolmae-2
Está em serviço na Coréia do Sul e nos EAU.
Alcance e altura dentro dos requisitos emanados pelo EB para o sistema AAe Média Altura.
A versão atual é a block II, que entrou em operação recentemente.
Vamos ver se os sul coreanos se empolgam em oferecer o seu sistema por aqui.
Não seria nenhum problema a eles atenderem na íntegra os muitos requisitos da parte técnica, industrial e logística aposta neste programa.
E recursos para financiamento também não seriam um problema.
Cheolmae-2
Está em serviço na Coréia do Sul e nos EAU.
Alcance e altura dentro dos requisitos emanados pelo EB para o sistema AAe Média Altura.
A versão atual é a block II, que entrou em operação recentemente.
Vamos ver se os sul coreanos se empolgam em oferecer o seu sistema por aqui.
Não seria nenhum problema a eles atenderem na íntegra os muitos requisitos da parte técnica, industrial e logística aposta neste programa.
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- FCarvalho
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Neste momento, a defesa AAe da região amazônica está nas mãos desta figurinha aqui. Contadas a dedo, claro.
E se por acaso precisar de mais, vamos ter que entrar na fila. E ela está grande em todos os mercados.
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- knigh7
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Do mesmo modo que o EB "antecipou" a aqusição de um ATGM, o EB também precisa "antecipar" a aquisição dos sistemas C-RAM cujo cronograma atual está previsto para 2028. Nós só temos os Gepards para essa função.
Drones são fundamentais, são baratos e comuns nos T.Os atuais e vamor precisar de abatê-los com canhões e não mísseis. A não ser que sejam drones estratégicos, que sãi raros aqui na AL.
Sem nos esquecer da AAAe de média altura cujo processo (o RFQ) está correndo.
Drones são fundamentais, são baratos e comuns nos T.Os atuais e vamor precisar de abatê-los com canhões e não mísseis. A não ser que sejam drones estratégicos, que sãi raros aqui na AL.
Sem nos esquecer da AAAe de média altura cujo processo (o RFQ) está correndo.
- FIGHTERCOM
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Os Manpads e ATGMs deveriam ser ítens tão essenciais nas Forças Armadas quanto é um fuzil. É tão díficil assim adquirir a licença de produção?! Eu sou a favor do desenvolvimento nacional, mas para alguns itens não vale esse esforço todo.
Abraços,
Wesley
Abraços,
Wesley
"A medida que a complexidade aumenta, as declarações precisas perdem relevância e as declarações relevantes perdem precisão." Lofti Zadeh
- gabriel219
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Cara, acho até relativamente fácil comprarmos a licença do Igla e produzir sob licença com outro nome, principalmente pelos Russos estar substituindo eles pelo Verba como se fosse manteiga, até PMC estava com Verba. Aqui bastaríamos desenvolver a cabeça-de-guerra, que chegou a ser desenvolvida e testada, uma atualização daquele sensor seria extremamente válido.
Quanto a ATGM, a mesma coisa, o Irã produz Kornet via aquisição de licença, acho que o mesmo míssil ou até outro poderia ser facilmente o futuro míssil do MSS 2.0. Ainda há outros, como Ingwe, MAPATS e por ai vai, mísseis já antigos, mas atualizando a eletrônica, já está bom demais, se transformam em sistemas baratos para produção em massa.
Enquanto damos esses "pulos" de desenvolvimento, o certo mesmo é focarmos no básico, como produção de novas ogivas, FPVs e por ai vai, mas é assunto pra outro tópico.
Quanto a ATGM, a mesma coisa, o Irã produz Kornet via aquisição de licença, acho que o mesmo míssil ou até outro poderia ser facilmente o futuro míssil do MSS 2.0. Ainda há outros, como Ingwe, MAPATS e por ai vai, mísseis já antigos, mas atualizando a eletrônica, já está bom demais, se transformam em sistemas baratos para produção em massa.
Enquanto damos esses "pulos" de desenvolvimento, o certo mesmo é focarmos no básico, como produção de novas ogivas, FPVs e por ai vai, mas é assunto pra outro tópico.
- FCarvalho
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
O Edge Group aparentemente comprou a licença e\ou patente deste sistema sul africano, que não chegou a ser fabricado ou teve seu desenvolvimento terminado aparentemente.
Se ele teve continuidade ou não nas mãos dos árabes, a saber.
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- gabriel219
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- knigh7
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Espero, seja o caso do MD conversar com os árabes e ver o que se pode fazer ou não em relação a este sistema.
A princípio seria adequado à defesa de curto alcance para toda a infraestrutura militar e civil de comando e controle do país.
Mas comprar uma única bateria para cada ffaa's a fim de "manter doutrina" não vale nem a conversa.
E com certeza não é um sistema barato, se for comprado na íntegra com todos os imputs que aparecem na imagem.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Os COAAe são estes veículos aqui.
Quanto a sensores radar e optrônicos devem estar se referindo à compra de mais radares M-60, e talvez, a compra de um lote inicial de M-200 Vigilante a título de abertura de linha de produção e, provimento da operacionalidade ativa do sistema, que ainda não foi homologado pelo EB, salvo engano.
Com a aposentadoria dos Bofors 40\70 e dos Oerlinkon 35mm, hoje os 5 GAAe do EB estão apenas equipados com os RBS-70NG. Os que chegaram a receber este sistema, claro. Não saberia dizer quantos e\ou quais possuem os mísseis suecos. O 12o GAAe Slv creio foi um dos grupos que receberam, operando-os junto aos Iglas-S.
Atenção para os itens 1.1.6.3 e 1.1.6.4 que podem ou não ser complementares, uma vez que este último fala em desenvolvimento, teste e\ou avaliação de sistemas AAe.
A novidade fica por conta de que o processo de aquisição dos sistemas de média altura será deslanchado na prática durante este período, o que suscita dizer que as parte nacional que couber na arquitetura do mesmo deve receber recursos a fim de ser introduzida junto com o material selecionado. A ver.
Aparentemente o susto com os venezuelanos fez com que diversos programas e projetos no EB tivessem um salto, ou de importância, ou de prioridade em termos de recursos e cronograma.
A ver se o programa de desenvolvimento dos radares M-200 Vigilante e Multimissão também recebe tal prioridade e atenção.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
O sistema do Grupo Edge que mereceria atenção como complemento ao que se pretende no Programa AAe Média Altura.
https://edgegroup.ae/solutions/skyknight
Envolver a SIATT e outras empresas da BIDS não seria um problema para a "nacionalização" do mesmo.
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Envolver a SIATT e outras empresas da BIDS não seria um problema para a "nacionalização" do mesmo.
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- cabeça de martelo
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