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#1 Mensagem por tagos » Sex Jul 25, 2008 11:12 am

Lisboa acolhe Cimeira de chefes de Estado e de governo da CPLP

A capital portuguesa acolhe até sexta-feira a VII Cimeira da CPLP. Seis chefes de Estado e dois chefes de governo reúnem-se em Lisboa para um encontro cujo tema principal é a promoção e divulgação da Língua Portuguesa. A Guiné Equatorial, país com estatuto de observador, é representada pelo Presidente Teodoro Obiang Nguema, figura de proa de um regime totalitário.


Durante dois dias, os líderes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa vão debruçar-se sobre o funcionamento do Instituto Internacional da Língua Portuguesa e a livre circulação de cidadãos entre as nações de expressão oficial portuguesa.

Neste sétimo encontro, o ex-ministro guineense Domingos Simões Pereira deverá suceder ao diplomata cabo-verdiano Luís Fonseca no cargo de secretário-executivo da CPLP. Em cima da mesa dos trabalhos está também a recondução de Amélia Mingas à cabeça do Instituto Internacional de Língua Portuguesa.

Ao todo serão aprovadas 14 resoluções, destacando-se a integração do Senegal com o estatuto de observador associado da Comunidade, como já acontece com a Guiné Equatorial de Obiang Nguema e as Ilhas Maurícias, o combate à SIDA, a circulação de bens culturais no universo da lusofonia e a promoção da participação da sociedade civil nas actividades da organização.

Representado na Cimeira pelo Presidente da República, Cavaco Silva, e pelo primeiro-ministro José Sócrates, Portugal passa a deter a presidência rotativa da CPLP, recebendo o testemunho da Guiné-Bissau. O ministro português dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, sucede à homóloga guineense, Maria da Conceição Nobre Cabral, na presidência do Conselho de Ministros.

O encontro de chefes de Estado e de governo, previsto para sexta-feira, é antecedido pela reunião preparatória dos ministros dos Negócios Estrangeiros. Do encontro resultará a declaração final a submeter na sexta-feira aos líderes dos países-membros da CPLP.

Estão confirmadas as ausências do Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, e do Presidente de Moçambique, Armando Guebuza.

São seis os chefes de Estado com presença confirmada: Cavaco Silva (Portugal), Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Pedro Pires (Cabo Verde), “Nino” Vieira (Guiné-Bissau), José Ramos-Horta (Timor-Leste) e Fradique de Menezes (São Tomé e Príncipe).

Angola e Moçambique são representados, respectivamente, pelos primeiros-ministros Fernando Dias dos Santos Piedade “Nandó” e Luísa Diogo.

Presidência portuguesa

Em debate na Cimeira de Lisboa estará o programa da presidência portuguesa da CPLP para o biénio 2008-2010. A promoção da Língua Portuguesa é um objectivo “essencial” da CPLP. Isso mesmo foi sublinhado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, em entrevista à Agência Lusa. O governante reconhece que essa é uma meta que foi “descurada” ao longo dos 12 anos da organização.

“O que Portugal pretende é dar um novo impulso e uma maior dinâmica para atingir os objectivos importantes que estão traçados para os próximos dois anos”, frisou Amado.

Uma posição partilhada pelo Presidente brasileiro, Lula da Silva, que em declarações citadas pela Agência Lusa descreveu a Cimeira da CPLP como uma “valiosa oportunidade” para reforçar a promoção da Língua Portuguesa e acertar posições nas questões da segurança energética e da crise alimentar.

“Representa uma valiosa oportunidade para os presidentes e chefes de Governo discutirem meios de fortalecer a presença da Língua Portuguesa nos nossos países e de fazer da nossa identidade linguística e cultural cada vez mais uma realidade com voz e peso na comunidade internacional”, afirmou o Presidente do Brasil.

Teodoro Obiang Nguema em Lisboa

A Guiné Equatorial participa na Cimeira da CPLP com o estatuto de país observador e a aspiração de entrar para o seio da Comunidade.

O pequeno país da África Central – com pouco mais de 500 mil habitantes – é dominado pelo regime totalitário do Presidente Teodoro Obiang Nguemam, que chegou ao poder em 1979 por meio de um golpe de Estado.

O país, marcado pela repressão de todos os movimentos oposicionistas e pela corrupção, figura nas listas negras das organizações de defesa dos Direitos Humanos. Mas é também rico em reservas de petróleo e gás natural, cobiçadas pelas maiores petrolíferas internacionais.

Em declarações à Antena 1, o secretário-executivo da CPLP desvalorizou o significado da presença do Chefe de Estado da Guiné Equatorial na capital portuguesa, sublinhando que a Comunidade não visa julgar o que cada um dos seus países-membros faz.

Carlos Santos Neves, RTP
2008-07-24 10:34:09




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Re: CPLP

#2 Mensagem por tagos » Sex Jul 25, 2008 11:14 am

Língua Portuguesa e cidadania são prioridades para a CPLP


Os chefes de Estado e de governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa aprovam esta sexta-feira as linhas de acção para o biénio 2008-2010, que terá Portugal à frente dos destinos da organização. No início dos trabalhos da VII Cimeira da CPLP, o primeiro-ministro José Sócrates estabeleceu as prioridades da presidência: Língua Portuguesa, cidadania, concertação diplomática e reforço da cooperação.


Nos trabalhos da Cimeira, organizada sob o mote “Língua Portuguesa: Um Património Comum, Um Futuro Global”, os chefes de Estado e de governo da CPLP têm em cima da mesa as recomendações produzidas pela reunião do Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros, adoptadas na quinta-feira.

A reunião preparatória da Cimeira de líderes da CPLP permitiu aprovar todos os pontos em discussão, incluindo a escolha unânime do ex-ministro guineense Domingos Simões Pereira para suceder ao diplomata cabo-verdiano Luís Fonseca no cargo de secretário-executivo da organização.

Os planos da presidência portuguesa para o próximo biénio foram também adoptados e endossados para aprovação pelos chefes de Estado e de governo. A promoção da Língua Portuguesa à escala global é o eixo da agenda de Lisboa, que recebe a presidência da CPLP da Guiné-Bissau.

Prioridades

“O programa da presidência portuguesa pretende estar à altura deste novo tempo, pretende estar à altura desta fase de maturidade e de ambição da CPLP”, afirmou o primeiro-ministro português perante os chefes de Estado e de Governo reunidos em Lisboa.

O programa estrutura-se, segundo José Sócrates, em quatro prioridades: “A Língua, a cidadania, a concertação diplomática e o reforço da cooperação nas áreas da educação, da cultura e da energia”.

No plano da cidadania, o chefe do Governo português colocou a ênfase na proposta de adopção da convenção do estatuto do cidadão lusófono.

“A CPLP é, antes de mais, a comunidade dos povos e sociedades que aqui representamos”, sublinhou José Sócrates. “A cidadania tem por isso um lugar central na presidência portuguesa. Nela assenta a nossa pertença à comunidade. É por isso que vamos propor o reconhecimento de direitos de cidadania e a adopção da convenção relativa ao estatuto do cidadão lusófono”, indicou.

Língua Portuguesa é “activo fundamental”

Na abertura da Cimeira, o Presidente português considerou que a Língua Portuguesa constitui, “num mundo crescentemente globalizado”, um “activo fundamental para a defesa e a afirmação internacional” dos países-membros da CPLP

“Estou seguro de que esta cimeira proporcionará um amplo e profundo debate de onde sairão orientações para o aprofundamento de uma estratégia comum para a promoção e a valorização da Língua Portuguesa no Mundo”, afirmou Cavaco Silva.

Agenda

Entre as 14 resoluções que recebem a chancela dos líderes políticos destaca-se a integração do Senegal como observador associado da Comunidade, em paridade com a Guiné Equatorial, do Presidente Presidente Teodoro Obiang Nguema, e as Ilhas Maurícias.

Amélia Mingas, linguista angolana, é reconduzida no cargo de directora do Instituto Internacional de Língua Portuguesa.

Na agenda dos líderes da CPLP estão também as resoluções sobre o combate à SIDA, a circulação de bens culturais no espaço lusófono e a promoção da participação da sociedade civil nas actividades da organização.

A Cimeira conta a presença dos presidentes de Portugal, Cavaco Silva, Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, Cabo Verde, Pedro Pires, Guiné-Bissau, João Bernardo “Nino” Vieira, São Tomé e Príncipe, Fradique de Menezes, e de Timor-Leste, José Ramos-Horta. A delegação angolana é encabeçada pelo primeiro-ministro Fernando Dias dos Santos Piedade “Nandó”. Já a delegação de Moçambique é liderada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Oldemiro Balói.

Carlos Santos Neves, RTP
2008-07-25 13:26:27




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Re: CPLP

#3 Mensagem por P44 » Sex Jul 25, 2008 11:15 am

a única prioridade é o "pitrol", para isso até convidaram o Ditador da Guiné Equatorial , onde se fala "espanhol"

Deixemo-nos de hipócrisias




Triste sina ter nascido português 👎
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Re: CPLP

#4 Mensagem por Sniper » Sex Jul 25, 2008 11:46 am

O que vem a ser essa "cidadania" citada pelo vosso chefe de estado?

Abraços!




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delmar
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Re: CPLP

#5 Mensagem por delmar » Sex Jul 25, 2008 1:39 pm

O nosso amigo e companheiro Sierra vai surtar com esta reunião do mundo português. O LULA, ao que parece, vai com a proposta de criar uma "Universidade Lusa". algo nos moldes da antiga universidade Patrice Lumumba que havia, ou ainda há, em Moscou.

saudações




Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
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Re: CPLP

#6 Mensagem por Paisano » Sex Jul 25, 2008 5:42 pm

Aos poucos e na surdina, o Quinto Império vai tomando forma. :twisted: :wink:




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Re: CPLP

#7 Mensagem por Internauta » Dom Jul 27, 2008 12:49 pm

CPLP/Cimeira: MNE brasileiro defende política permanente de promoção da língua portuguesa

Rio de Janeiro, Brasil, 21 Jul (Lusa) - O ministro das Relações Exteriores brasileiro, Celso Amorim, defendeu uma política permanente de promoção da língua portuguesa no âmbito da CPLP e apontou como estratégica a posição do Brasil para a difusão do idioma.

"Independentemente de toda a cooperação bilateral ou plurilateral que existe, tem que haver uma política da língua portuguesa. É preciso haver uma política de divulgação e difusão permanente", afirmou Amorim, em declarações à Lusa.

A língua portuguesa é o tema da VII Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que se realiza quinta e sexta-feira, em Lisboa, e uma das prioridades da presidência portuguesa da organização, nos próximos dois anos.

O Governo português aprovou na semana passada uma nova estratégia para a promoção e divulgação da língua portuguesa, que inclui a criação de um fundo com este objectivo, dotado com uma verba inicial de 30 milhões de euros, mas aberto à contribuição de outros países.

Referindo-se à cimeira de Lisboa, o chefe da diplomacia brasileira afirmou que vai ser "um grande encontro".

"A CPLP é de grande importância. Será uma cimeira para debater os problemas e a maneira de cooperar. Continuaremos a dar o nosso apoio", realçou Amorim, destacando que o Brasil tem a intenção de criar uma universidade da língua portuguesa voltada para os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).

A previsão do Governo brasileiro é de que a Universidade da CPLP (UniCPLP) ou Universidade da Integração Luso-Afro-Brasileira - o nome ainda não está definido - comece a funcionar em 2010, no Estado do Ceará.


Questionado sobre o Acordo Ortográfico que vai entrar em vigor nos países da CPLP que já o ratificaram (Portugal, Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe), Amorim disse que a sua adopção vai "simplificar" o uso da língua, além de facilitar a divulgação de livros didácticos e atingir comunidades que falam português em outros países.

O ministro Brasileiro afirmou, no entanto, que ainda há muitos desafios a enfrentar e destacou a disposição do Brasil em contribuir para a divulgação da língua portuguesa.

"O acordo ortográfico foi um grande passo nesse sentido, mas há muito que pode ser feito. O Brasil tem uma posição estratégica, com quase 200 milhões de pessoas que falam o português. Daremos a assistência necessária para que essas mudanças se concretizem", disse.

Mais de 240 milhões de pessoas falam a língua portuguesa no mundo. O Brasil concentra o maior número de falantes - cerca de 192 milhões de pessoas, seguido por Moçambique com uma população de 21,2 milhões de habitantes, Angola com 12,5 milhões e Portugal com uma população inferior a 11 milhões de falantes.




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Re: CPLP

#8 Mensagem por Al Zarqawi » Seg Jul 28, 2008 8:46 am

Paisano escreveu:Aos poucos e na surdina, o Quinto Império vai tomando forma. :twisted: :wink:
Eu diria uma nova Reconquista.A atual Guiné Equatorial,foi descoberta pelo português Fernando Pó.

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Guiné Equatorial
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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República da Guiné Equatorial
République de Guinée Équatoriale
República de Guinea Ecuatorial
(Imagem ampliada) (Imagem ampliada)

Lema: Unidade, Paz, Justiça - Unité, Paix, Justice - Unidad, Paz, Justicia

Línguas oficiais Espanhol, Francês, Português[1].
Capital Malabo
Coordenadas da capital 3°21'0" N, 8°40'0" E
Maior cidade Malabo
Presidente Teodoro Obiang Nguema Mbasogo
Primeiro-ministro Ignacio Milam Tang
Independência
- Data Da Espanha
12 de Outubro de 1968
Área
- Total
- % água 141º maior
28 051 km²
Negligível
População
- Total (2005)
- Densidade 166º mais populoso
504 000
18,0 h/km²
PIB (PPP)
- Total (2007)
- PIB per capita 107º com maior PIB
25,690 milhões USD
44 000 USD
IDH 0,642 (127º) – médio
Moeda Franco CFA (XAF)
Fuso horário UTC +1
Hino nacional Marchemos pelo trilho da nossa imensa felicidade - Marchons sur le chemin de notre immense bonheur - Caminemos Pisando la Senda de Nuestra Inmensa Felicidad
Domínio de topo .gq
Código telefónico 240
A Guiné Equatorial é um país da África ocidental, dividido em três territórios descontínuos, um continental e os restantes insulares. A norte, no Golfo da Guiné, a ilha de Bioko é o território mais importante e alberga a capital do país, Malabo. O vizinho mais próximo é os Camarões, a nordeste, seguindo-se a Nigéria, a noroeste, Mbini, a sueste, e São Tomé e Príncipe, a sudoeste. O segundo território é a parte continental do país, Mbini, encravado entre os Camarões, a norte, o Gabão a leste e sul e o Golfo da Guiné a oeste. Partes deste território estão mais próximas de São Tomé e Príncipe do que de Bioko. Finalmente, a sudoeste, a pequena ilha de Pagalu completa o país, tendo como vizinhos mais próximos São Tomé e Príncipe, a nordeste, e o Gabão a leste.

O presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, decretou que o português seria uma das línguas oficiais, ao lado do espanhol e do francês, condição prévia para poder entrar na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). O país deseja ainda o apoio dos oito países membros (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste) para difundir o ensino da língua portuguesa no país, para formação profissional e acolhimento dos seus estudantes pelos países da comunidade lusófona.

A Guiné Equatorial tem ainda o maior PIB per capita do continente Africano, embora o seu IDH seja ainda muito baixo.

Índice [esconder]
1 História
1.1 Colonização
2 Subdivisões
3 Geografia
4 Economia
5 Demografia
6 Religião
7 Referências
8 Ver também
9 Ligações externas



[editar] História
Ver artigo principal: História da Guiné Equatorial
Em 1909, as colónias espanholas de Elobey, Annobón, Corisco, Fernando Póo e Guinea Continental Española foram unidos sob uma administração única, formando os Territorios Españoles del Golfo de Guinea ou Guinea Española. Em 1935, a colónia foi subdividida em dois distritos: Fernando Póo (a ilha de Annobón, com a capital Santa Isabel) e Guinea Continental (com a capital Bata, e as pequenas ilhas de Corisco e Elobey). Em 1960, os dois distritos tornaram-se províncias ultramarinas de Espanha e designadas Fernando Póo e Río Muni. Em 1963 as províncias foram combinadas na região autónoma da Guinea Ecuatorial e, finalmente, em 12 de Outubro de 1968 tornaram-se num país independente.

Foi governado por dez anos, na década de 1970, por Francisco Nguema, que assassinou milhares de opositores. Nguema usou a ignorância do povo e muita propaganda para se manter no governo pelo terror, até que foi deposto, em 1979.

O atual presidente, Teodoro Obiang foi eleito pela revista Forbes o oitavo governante mais rico do mundo.


[editar] Colonização

Mapa de 1729 mostrando o área geográfica do Golfo de Guiné onde se desenvolvem as culturas bubi, fang e benga, entre outrasForam navegantes portugueses os primeiros europeus que com certeza exploraram o golfo de Guiné em 1471. Fernão do Pó situou a ilha de Bioko nos mapas europeus nesse ano, procurando uma rota para a Índia, a qual baptizou Formosa (no entanto, foi no início conhecida pelo nome de seu descobridor).

Para 1493, D. João II de Portugal proclamou-se juntamente ao resto dos seus títulos reais como Senhor de Guiné e o primeiro Senhor de Corisco. Os portugueses colonizaram as ilhas de Bioko, Annobón e Corisco em 1494, e converteram-nas em postos para o tráfico de escravos.

Em 1641 a Companhia das Índias Holandesas estabeleceu-se sem o consentimento português na ilha de Bioko, centralizando ali, temporariamente, o comércio de escravos do golfo de Guiné, até os portugueses voltarem a fazer sentir a sua presença na ilha em 1648, substituindo a Companhia Holandesa por uma própria Companhia de Corisco dedicada ao mesmo comércio, construindo uma das primeiras edificações européias na ilha, o forte de Ponta Joko.


Malabo (ou Santa Isabel), capital do país.Portugal vendeu mão de obra escrava a partir de Corisco com contratos especiais à França, a qual contratou até 49000 guineenses escravos, à Espanha e à Inglaterra em 1713 e 1753, sendo os principais colaboradores neste comércio os bengas, que tinham boas relações com as autoridades coloniais européias (as quais por sua vez não intervinham na política interna do país, o que sem dúvida ajudava), e que também possuíam um sistema económico esclavista próprio, sendo geralmente seus os servidores particulares os pamues e os nvikos.

As ilhas permaneceram em mãos portuguesas até março de 1778, depois dos tratados de San Ildefonso (1777) e do Pardo (1778), pelos quais cediam-se a Espanha as ilhas, juntamente com os direitos de livre comércio num sector da costa do Golfo de Guiné entre os rios Níger e Ogooué, a mudança da disputada Colónia do Sacramento.


[editar] Subdivisões

Províncias da Guiné Equatorial.Ver artigo principal: Subdivisões da Guiné Equatorial
A Guiné Equatorial está dividida administrativamente em sete províncias (capitais entre parênteses):

Ano Bom (San Antonio de Palé)
Bioko Norte (Malabo)
Bioko Sur (Luba)
Centro Sur (Evinayong)
Kie Ntem (Ebebiyin)
Litoral (Bata)
Wele Nzas (Mongomo)

[editar] Geografia
Ver artigo principal: Geografia da Guiné Equatorial
A República da Guiné Equatorial situa-se no oeste da África central. A ilha de Bioko dista cerca de 40 quilómetros dos Camarões. A ilha de Ano Bom fica cerca de 595 quilómetros a sudoeste de Bioko. A região continental de Rio Muni, de maior área, fica entre o Gabão e os Camarões e inclui as ilhas de Corisco, Elobey Grande, Elobey Pequeno e ilhotas adjacentes.


[editar] Economia
Ver artigo principal: Economia da Guiné Equatorial

Bioko vista da costa camaronesa.A principal riqueza da Guiné Equatorial é a agricultura e a pesca, com produtos como o algodão, café, cana-de-açucar, várias frutas etc. Também depende do gado, da exportação de madeira e de minerais.

Desde o fim do século XX, com a exportação de petróleo, a renda per capita tem aumentado espetacularmente, ainda que a riqueza se concentre nas mãos de uma minoria, em sua maior parte, propiedade do clã no governo ou de companhias internacionais. A exportação do barril por habitante é similar á do Kuwait.


[editar] Demografia

Gráfico da demografia da Guiné Equatorial.Ver artigo principal: Demografia da Guiné Equatorial
A Guiné Equatorial tem uma população jovem (45% não supera os 15 anos) com uma taxa de natalidade por volta de 42 por mil e uma taxa de mortalidade de 16 por mil. A esperança de vida é de 49 anos para os homens e 53 para as mulheres. Em torno de 4% da população têm mais de 65 anos. A taxa de alfabetização entre os adultos estava em 1992 em 52%, mas tería subido para 80% até 1999. A maioria da população ainda vive nas zonas rurais.





[editar] Religião
O país é de maioria católica, reflectindo assim, o colonialismo ocidental. 88,8% da população intitula-se católica e 4,6% têm religiões tribais. Já o islamismo representa apenas 0,5% da população, enquanto que os ateus representam 5,9

Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)
Membros Angola • Brasil • Cabo Verde • Guiné-Bissau • Moçambique • Portugal • São Tomé e Príncipe • Timor-Leste
Observadores Guiné Equatorial • Maurícias

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Re: CPLP

#9 Mensagem por bruno mt » Ter Jul 29, 2008 7:48 pm

o que que tem demais nessa comunidade que as outras não tem ??




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Re: CPLP

#10 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Jul 30, 2008 6:54 am

Quais outras? A francófona?




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

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#11 Mensagem por manuel.liste » Qua Jul 30, 2008 7:27 am

Tinhan que fazer uns jogos lusófonos, é para o que serve a Commonwealth. O problema é quen os paga :mrgreen:




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#12 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Jul 30, 2008 8:11 am

Já se fazem (acho).




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

Portugal está morto e enterrado!!!

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Re: CPLP

#13 Mensagem por Al Zarqawi » Qua Jul 30, 2008 8:40 am

Sim,Cabeça

Em 2006,em Macau teve os jogos da Lusofonia,inclusive vi alguns eventos como a cerimônia de abertura e encerramento e alguns jogos de algumas modalidades.Em 2009, será em Lisboa,os jogos da Lusofonia.




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Re: CPLP

#14 Mensagem por Al Zarqawi » Qua Jul 30, 2008 8:42 am

bruno mt escreveu:o que que tem demais nessa comunidade que as outras não tem ??
A língua portuguesa!




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Re: CPLP

#15 Mensagem por manuel.liste » Qua Jul 30, 2008 9:44 am

zocuni escreveu:Sim,Cabeça

Em 2006,em Macau teve os jogos da Lusofonia,inclusive vi alguns eventos como a cerimônia de abertura e encerramento e alguns jogos de algumas modalidades.Em 2009, será em Lisboa,os jogos da Lusofonia.
Ah, nao sabía. Obrigado :P




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