Favela Rio das Pedras - bandido não tem vez!

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ZeRo4
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Favela Rio das Pedras - bandido não tem vez!

#1 Mensagem por ZeRo4 » Ter Jul 27, 2004 2:04 am

Contrapondo o texto escrito por um ideologista e intelectual, postado em outro tópico pelo nosso amigo Clermont, venho por intermédio desde fórum apresentar outro texto que mostra claramento o lado oposto, e que o texto em si contém falhas (graves, como acusações) e que se baseia em apenas algumas "idas" para um bate-bola ou uma cervejinja em uma favela.

A comunidade Rio das Pedras é a única comunidade carioca onde não temos o tráfico de drogas, informação claramente certificada por moradores e pela própria PMERJ. Fica claro, que quando os moradores não compactuam com a Vagabundagem Opressora (Traficantes), e com a Vagabundagem "Coitadinha" (Vagabundos que se dizem doentes), a coisa muda de figura.

http://www.incorreto.com.br/seg_favela_ ... edras.html




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Balena
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#2 Mensagem por Balena » Ter Jul 27, 2004 3:22 pm

Eu já havia assistido uma matéria na TV, eu acho, falando sobre o aglomerado comunidade Rio das Pedras, só que não me lembrava onde (em que canal e programa). Achei bem interessante a forma simples e pouco sociológica com que o povão se mobilizava para manter a ordem e a paz em sua pacata comunidade. Se não me engano havia um trecho da reportagem que falava que teve uns vagabundos que foram espulsos de lá na base da pedrada, da paulada e de outras "armas" as quais o povo dispunha para tal. Achei uma solução bem interessante e simples que, infelizmente, não é copiada por outras comunidades ainda, mas quando for a frase abaixo terá que ser mudada em todo o Brasil:

de... "Vão embora, cadeia ou caixão!"
para... "Cadeia ou Caixão!!!"

Felizmente o povo brasileiro ainda está a força que tem para tornar este país melhor.




Editado pela última vez por Balena em Seg Mar 27, 2006 10:14 am, em um total de 1 vez.
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Clermont
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#3 Mensagem por Clermont » Ter Jul 27, 2004 9:24 pm

Mais um texto interessante daquele, como é mesmo: "coisólogo"; "cervejólogo"; "peladaólogo"; o tal de Marcos "não-sei-o-quê". Aquele que publicou um livro pela Fundação Getúlio Vargas - famosa editora especializada em poster de mulher pelada pra pendurar em borracharia. E um dos mais jovens professores a ter ingressado na prestigiosa Universidade Federal Fluminense, célebre no Brasil inteiro pela excelência dos seus cursos de dança do ventre...


Resenha do livro:

A utopia da comunidade:Rio das Pedras, uma favela carioca.

BURGOS,Marcelo (Org.). Rio de Janeiro:PUC Rio:Loyola,2002.249pp.


www.opandeiro.net

“Numa vasta extensão/ Onde não há plantação/ Nem ninguém morando lá/ Cada um pobre que passa por ali/ Só pensa em construir seu lar (...) É aí que o lugar / Então passa a se chamar/ Favela”
Padeirinho da Mangueira

Segundo um estudo recente publicado pelo Instituto Pereira Passos, as favelas de Jacarepaguá crescem 7,5% ao ano e as da Barra da Tijuca ainda mais rapidamente: 10% ao ano. Nesse ritmo, a maioria da população de Jacarepaguá residirá em favelas daqui a 20 anos. Localizada nesta região, a 4a. maior favela do Rio de Janeiro, com cerca de 40 mil habitantes, Rio das Pedras foi alvo de uma pesquisa exemplar agora publicada em livro. É o resultado do trabalho de uma equipe composta por 3 professores e 22 alunos do Departamento de Sociologia e Política da PUC-Rio, que inicialmente se lançou a um levantamento estatístico, posteriormente complementado por entrevistas e trabalho de campo.

Com uma população maior do que mais da metade dos municípios brasileiros, Rio das Pedras apresenta uma dinâmica extremamente interessante. Em primeiro lugar, pela história da sua ocupação, a qual, longe de se dar de forma contínua e linear, resultou de um processo variado. A permanência do núcleo inicial de Rio das Pedras foi garantida graças à pressão sobre o governador Negrão de Lima, mas o crescimento posterior deu-se ora por invasão de terrenos, ora por doação do poder público. Daí surgiram seis ou sete sub-áreas que entre si apresentam diferenças significativas em termos de padrão de ocupação espacial, status, grau de escolaridade e situação econômica dos moradores. Este leque vai desde o Pantanal, “a favela da favela” exposta a enchentes, afundamento do solo, cobras e ratazanas, até a área mais antiga onde está concentrado o rico comércio da localidade e cujos moradores desfrutam de maior capital social.

Os nove artigos que compõem o livro fazem um retrato aprofundado e amplo de Rio das Pedras. Além de dados acerca do crescimento da favela e da sua estrutura espacial, há estudos sobre a situação do ensino pré-escolar, sobre o comércio e até sobre a construção de uma oposição entre nordestinos e cariocas - enaltecendo uma pretensa superioridade ética dos migrantes - nas escolas públicas da região. E há também uma preciosa fotoetnografia de Rio das Pedras, permitindo ao leitor visualizar muitas das questões levantadas.

Mas o que torna este livro uma obra indispensável é a questão do controle social existente em Rio das Pedras, uma favela não dominada por quadrilhas de traficantes e cuja “tranqüilidade” é vista como a principal qualidade por boa parte dos moradores. Acontece que esta “paz” deve-se à atuação da toda-poderosa Associação de Moradores de Rio das Pedras. A entidade é o verdadeiro centro político da favela, organizando atividades esportivas, profissionalizantes e até mesmo de apoio às famílias mais necessitadas, sobretudo das áreas mais pobres de Rio das Pedras. Segundo uma história contada localmente, tudo teria começado na década de 70, quando um paraibano “de sangue no olho”, depois de tomar um tiro durante um assalto, teria formado com mais dois amigos um grupo para reprimir e exterminar os “vagabundos” do local, formando aquilo que é popularmente chamado de “polícia mineira” ou “grupo de extermínio”. Pode-se supor que atualmente esta “função” tenha sido herdada pela associação de moradores, pois, como ensina um morador (denotando aceitação da prática) “só quem faz besteira, some”. Embora os autores do livro abordem o assunto com cautela - devemos lembrar que a entrada e a segurança dos pesquisadores foram garantidas pelas lideranças comunitárias - fica bastante claro o papel coercitivo desempenhado pela associação. Ela acaba por se constituir em instância máxima de resolução de conflitos, fiscalizando obras, arbitrando direitos à herança e até brigas de casais; sem falar na atuação moralizadora, como quando do fechamento de um prostíbulo existente na comunidade. Um tema implícito, embora não explorado, é a relação entre os membros da associação de moradores e o poder público, acabando por legitimar o controle autoritário e violento exercido sobre a população de Rio das Pedras. Lembremos que o presidente da associação chegou a ser nomeado administrador regional pelo prefeito do município do Rio de Janeiro.

O mais dramático de tudo isso é a naturalização desta atuação violenta, que não é vista como tal por boa parcela dos moradores, cuja primeira preocupação é a preservação da vida e não da liberdade e da autonomia. A Utopia da Comunidade é um livro indispensável para todos aqueles que queiram entender não somente a favela, mas sim a própria cidade em que vivem.


Marcos Alvito
Prof. Depto. História da UFF
Autor de As Cores de Acari
Rio de Janeiro, 25 de fevereiro de 2003


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À propósito, não tem nada a ver com o assunto em questão. Mas se houver alguém aí com curiosidade sobre o modo de guerrear na Grécia antiga - das Guerras Médicas até Alexandre, O Grande - irá adorar um livrinho "A Guerra na Grécia Antiga" - Editora Ática, 1988. O autor é o já conhecido peladeiro e cervejeiro aí de cima...




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#4 Mensagem por ZeRo4 » Qua Jul 28, 2004 12:05 am

Perguntem aos moradores então, se eles preferem o CV, TCP ou ADA! Se for ADA, eu falo pros mlk aki da favela plantar uma boca lá! Ok ?!

Onde já se viu, nego nunca ta satisfeito com nada velho! O Engraçado é que sempre aparece um pra defender a bandidagem... Ontem traficantes da favela do Sapo (Ou Coréia...) atiraram contra uma viatura do 14o Batalhão (Bangú), balearam dois PMs, um de raspão e o outro teve o braço esfolado... pq esse "sociólogo" não escreve textos sobre isso ?!

E quando eu disse "contraponto" Clermont, me referi ao texto da favela de Acari, onde o sociólogo diz que os Moradores não gostam dos traficantes... grande parte gosta SIM! grande parte apoia a vagabundagem, até pq tem vagabundo que substitui o poder eleito pelo povo e todos sabemos disso. Em comunidade que o traficante não é apoiado ele rapidamente cai...

Lembram do caso da Rocinha ?! quantas pessoas foram ao enterro do Lulu?! e ainda cantaram pro "Dudu" que a hora dele "iria chegar". Não bebendo cerveja e nem jogando bola com favelado que vai se entender alguma coisa meu caro, a bem mais coisas embaixo disso! Sobre os méritos dele como pesquisador, escritor e etc. Acho que nem interessa, pois tem gente que não tem metade do nível escolar (talvez até intelectual...) que ele, mas que produzem textos melhor elaborados! o livro Cidade de Deus foi um belo exemplo disso (guardado as devidas proporções...)

E ahhh, Clermont, não leve isso como uma guerra pessoal! Escrevo apenas pq há anos vejo esses "ólgos" escreverem asneiras sobre comunidades carentes.




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#5 Mensagem por Spetznaz » Qua Jul 28, 2004 10:22 am

Mais um texto interessante daquele, como é mesmo: "coisólogo"; "cervejólogo"; "peladaólogo"; o tal de Marcos "não-sei-o-quê". Aquele que publicou um livro pela Fundação Getúlio Vargas - famosa editora especializada em poster de mulher pelada pra pendurar em borracharia. E um dos mais jovens professores a ter ingressado na prestigiosa Universidade Federal Fluminense, célebre no Brasil inteiro pela excelência dos seus cursos de dança do ventre...


Na boa. Nao me atingiu em nada este comentário que fizeste aí em cima, mas acho que deverias maneirar um pouco. Desmerecer faculdades dessa forma nao é nada interessante para o Forum.
Só é uma opinião e um conselho.....

valeu.....




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#6 Mensagem por jif_jr » Qua Jul 28, 2004 6:17 pm

Na boa. Nao me atingiu em nada este comentário que fizeste aí em cima, mas acho que deverias maneirar um pouco. Desmerecer faculdades dessa forma nao é nada interessante para o Forum.
Só é uma opinião e um conselho.....

valeu.....



Não sei se a falha de interpretação foi minha ou sua, pois no meu entender quando o Clermont disse aquilo estava ironizando a galera da conservadora do fórum que em outro tópico desmereceu os intelectuais, quando ele falou da faculdadee foi ironicamente .... não quis denegri sua imagem, pelo contrário ...




... e se preciso for até mesmo com a perda da própria vida!!!!


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#7 Mensagem por FRAJOLA PORCO » Qui Jul 29, 2004 8:59 am

é? entao aguardem.........
porque aqui em ribeirao preto foi só falarem que era a california brasileira
que a cidade virou um caos ,todo mundo veio pra cá,o desemprego aumentou,o numero de favelas triplicou.....
rio das pedras nunca mais será a mesma




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#8 Mensagem por Spetznaz » Sex Jul 30, 2004 12:34 am

Bom.
Eu nao estava nem prestando atençao.
Acho q isto deve ser algum problema entre os 2, eu nao deveria ter me metido.

Desculpe Clermont. A falha foi minha. Nao analisei o contexto. Para falar a verdade nao estou mais lendo textos grandes......estou meio sem tempo.

Em todo caso desculpe....... :wink:




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