Missilhouse do Brasil

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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gabriel219
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Re: Missilhouse do Brasil

#3406 Mensagem por gabriel219 » Qua Nov 22, 2023 12:13 pm

pewdiepie escreveu: Qua Nov 22, 2023 11:01 am Uma coisa que pouca gente notou: A EDGE "Papa Armas" Group não levou o MSS 1.2 para a feira e nem fez questão de adicionar o ATGM ao seu portfólio.
Pelos motivos levantados acima, o míssil é tão obsoleto que não há como produzir em massa pois seus componentes já saíram de linha há décadas, vão ter que projetar um novo míssil. O CLU acredito que deverão manter, com atualizações, mas o míssil em si deverá surgir algo novo.

Só gente que viaja muito na maionese acha que o MSS será incorporado pela Edge só porque eles não tem Msl AC no portfólio, isso se não compraram direitos sobre o Ingwe.




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Re: Missilhouse do Brasil

#3407 Mensagem por FCarvalho » Qua Nov 22, 2023 1:50 pm

Matheus escreveu: Qua Nov 22, 2023 8:42 am O ER é só mockup, não? Desses aí, acho que valeria a pena o MAR. O resto iria se tornar os piranha 3.0.
Sim, na feira era apenas o mockup, que é o que se leva para esse tipo de evento. Mas o míssil verdadeiro não tem problema em sair logo mais. É apenas um Mansup com booster e equipado com uma nova turbina.

Essas modificações com certeza já haviam sido consideradas dentro do projeto anteriormente, e só não saiu pela eterna falta de recursos por aqui. Tanto que os árabes apresentaram apenas a versão ER, que era o que interessava a eles, e não o Mansup básico.

O MAR-1 pode ser retomado, assim como o A-Darter, praticamente um míssil pronto e homologado pela FAB. O que falta nele é uma linha de produção. Aliás, ambos podem ser retomados no curto prazo, pois os projetos pararam quando praticamente só faltava iniciar a produção seriada.




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: Missilhouse do Brasil

#3408 Mensagem por FCarvalho » Qua Nov 22, 2023 1:57 pm

Aliás, com os recursos dos petrodólares, poderíamos mesmo rever os projetos dos MAA-1 da FAB e ver o que poderia ser feito com eles em termos de modificação e adaptação para as mesmas tarefas originais e para outras como AAe. A modernização destes mísseis com base nos aprendizados do A-Darter seriam bem interessante para nós a fim de compor sistemas de defesa de baixa altura.

Há tantos projetos negligenciados e deixados para trás por pura e simples irresponsabilidade do Estado com a Defesa, que só mesmo com alguém de fora e com dinheiro no bolso, e outra visão do setor, para tirar do ostracismos quase tudo o que ficamos aqui anos a fio tentando fazer sem resultados.

O projeto das SMKB e outras, como a própria Dagger da MacJee podem ter o seu futuro garantido com o dinheiro árabe, já que por aqui nenhum governo quer se dar o trabalho de investir na defesa do país.




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Re: Missilhouse do Brasil

#3409 Mensagem por Viktor Reznov » Qua Nov 22, 2023 5:08 pm

gabriel219 escreveu: Qua Nov 22, 2023 10:55 am Aliás, vejam a fala do CEO da SIATT sobre o MSS. Pelo o que ele disse, terão que reprojetar o míssil.
Essa fala está disponível no Youtube ou em alguma revista?




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Re: Missilhouse do Brasil

#3410 Mensagem por FCarvalho » Qua Nov 22, 2023 5:17 pm

Viktor Reznov escreveu: Qua Nov 22, 2023 5:08 pm
gabriel219 escreveu: Qua Nov 22, 2023 10:55 am Aliás, vejam a fala do CEO da SIATT sobre o MSS. Pelo o que ele disse, terão que reprojetar o míssil.
Essa fala está disponível no Youtube ou em alguma revista?
No canal do Youtube do Base Militar Vídeo Magazine




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Re: Missilhouse do Brasil

#3411 Mensagem por gabriel219 » Sáb Nov 25, 2023 5:23 pm

Viktor Reznov escreveu: Qua Nov 22, 2023 5:08 pm Essa fala está disponível no Youtube ou em alguma revista?
Entrevista no Base Militar. Tô em viagem, não consigo puxar o link agora mas está lá.




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Re: Missilhouse do Brasil

#3412 Mensagem por Matheus » Dom Dez 10, 2023 10:17 pm

Interessante...

Exército Argentino realiza primeira demonstração da HERO-30 e HERO-120

https://www.defesaaereanaval.com.br/exe ... e-hero-120




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Re: Missilhouse do Brasil

#3413 Mensagem por EduClau » Sex Fev 09, 2024 2:11 pm

História do MAA-1 em Pucará Defesa:

https://www.pucara.org/revistapucara

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Re: Missilhouse do Brasil

#3414 Mensagem por FIGHTERCOM » Sex Fev 23, 2024 8:07 pm

Bem que a FAB podia...
Entrega dos primeiros mísseis A-Darter operacionais programada para dezembro

https://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads/2016/11/A-Darter_Missile-1024x576.jpg

https://www.aereo.jor.br/2024/02/23/ent ... -dezembro/




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Re: Missilhouse do Brasil

#3415 Mensagem por FCarvalho » Sáb Fev 24, 2024 1:08 pm

Para um projeto que a FAB jurava de pé junto que estava morto e enterrado, até que o A-Darter parece bem. Mas como compramos um lote de IRIS-T, a conta gotas, a fim de não deixar o F-39 pelado, vamos ver se mais para frente a Denel consegue provar que pode dar conta do seu míssil em termos operacionais, funcionais e tecnológicos, e se a FAB se empolga com ele novamente.

Apenas a título de lembrança, a FAB afirmou que não encomendou o A-Darter porque o fabricante sul africano não tinha como dispor o míssil em caráter industrial à época. E sem ter ninguém aqui que o fizesse :roll: , detonou o projeto todo. Horas, a demanda para 36 F-39 era de apenas 72 unidades, sem considerar reservas e outras questões logísticas e operacionais quando se faz este tipo de compra. Ou seja, poderíamos comprar uns 100 mísseis facilmente, a priori, o que suponho, daria o respiro necessário à Denel para resolver, ainda que parcialmente, os seus problemas financeiros e gerenciais.

Mas ficamos nisso. O Iris-T está vindo aí, e perdemos mais essa oportunidade de avanço tecnológico, autonomia industrial e bélica porque alguém na gestão do projeto não conseguiu pensar em algo tão simples quanto lógico que era fixar o devido respaldo industrial para o A-Darter por aqui, independente da situação da Denel.

Vai entender.




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: Missilhouse do Brasil

#3416 Mensagem por FIGHTERCOM » Dom Fev 25, 2024 8:29 am

[Maionese Mode = ON]
E se a FAB realmente comprasse aqueles tão mencionados F-16 usados e modernizasse sua eletrônica, conferindo-lhe a capacidade de integrar outros mísseis?

Paralelamente, como parte de um acordo de recuperação com a Avibrás, o GOV.BR (por meio da FAB) repassasse para ela a produção do A-Darter.

Com 36 Gripens + 14 Gripens (aditivo do contrato) + 24 F-16 (???), acrescidos de "reservas e outras questões logísticas e operacionais" (by FCarvalho), poderíamos chegar facilmente às 200 unidades.

De tabela, um amplo mercado para uma solução independente integrada em duas plataformas operadas por diversos países. Na América do Sul, temos a Argentina em vias de selecionar o F-16 e a Colômbia tendo que selecionar entre F-16 ou Gripen. Potenciais clientes, claro [003] .

[Maionese Mode = OFF]

Aí eu acordei... :twisted:




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Re: Missilhouse do Brasil

#3417 Mensagem por gabriel219 » Dom Fev 25, 2024 2:02 pm

De adquirir mais 14 Gripens e houver qualquer conversa sobre adquirir F-16, é caso de lesa pátria e traição, mas como nosso Alto-Comando das Forças Armadas é formada por traidores vagabundos, não duvido.




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Re: Missilhouse do Brasil

#3418 Mensagem por FCarvalho » Seg Fev 26, 2024 12:23 am

FIGHTERCOM escreveu: Dom Fev 25, 2024 8:29 am [Maionese Mode = ON]
E se a FAB realmente comprasse aqueles tão mencionados F-16 usados e modernizasse sua eletrônica, conferindo-lhe a capacidade de integrar outros mísseis?
Paralelamente, como parte de um acordo de recuperação com a Avibrás, o GOV.BR (por meio da FAB) repassasse para ela a produção do A-Darter.
Com 36 Gripens + 14 Gripens (aditivo do contrato) + 24 F-16 (???), acrescidos de "reservas e outras questões logísticas e operacionais" (by FCarvalho), poderíamos chegar facilmente às 200 unidades.
De tabela, um amplo mercado para uma solução independente integrada em duas plataformas operadas por diversos países. Na América do Sul, temos a Argentina em vias de selecionar o F-16 e a Colômbia tendo que selecionar entre F-16 ou Gripen. Potenciais clientes, claro [003] .
[Maionese Mode = OFF]
Aí eu acordei... :twisted:
Infelizmente deixamos esse trem do A-Darte passar e perdemos a vez. Não sei como ficou a nossa parte neste projeto, mas como o míssil parece estar vivo comercial e industrial, ao menos para a força aérea sul africana, melhor deixar rolar e ver até onde esse negócio vai. Não temos ninguém por aqui capaz de industrializar o míssil e se tornar um fornecedor, e apoiador logístico, crível dele. E depender da Denel não é exatamente uma boa ideia.

Quanto a potenciais compras, com a possível recepção pela FAB no curto prazo de até 51 Gripen E\F, leia-se 2030, seriam pelo menos 100 unidades do A-Darter que se poderia encomendar junto à Denel para fabricação por lá mesmo.

Conquanto, em qualquer força aérea que se preze, e que não compra material bélico apenas para enfeitar as paredes dos seus paios de armamento, o manual reza que se disponha de 1,5 a 2x da quantidade original de vetores a adquirir.

Não sei a quantas anda a vida da Denel, e menos ainda do míssil dela, mas considerando que colocamos muito dinheiro nele, seria no mínimo de bom alvitre verificar em que pé está a situação real dele, já que, ao menos em teoria, teríamos direito aos royalties de qualquer venda. E não estamos em posição de ficar dando de ombros mesmo para qualquer valor que entre no caixa da FAB.




Editado pela última vez por FCarvalho em Seg Fev 26, 2024 12:40 am, em um total de 1 vez.
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Re: Missilhouse do Brasil

#3419 Mensagem por FCarvalho » Seg Fev 26, 2024 12:28 am

gabriel219 escreveu: Dom Fev 25, 2024 2:02 pm De adquirir mais 14 Gripens e houver qualquer conversa sobre adquirir F-16, é caso de lesa pátria e traição, mas como nosso Alto-Comando das Forças Armadas é formada por traidores vagabundos, não duvido.
Acredite, é mais fácil a FAB encampar os Gripen opcionais do contrato atual e ainda arrumar mais 36 do segundo lote como planejado inicialmente, no apagar das luzes da gestão atual, do que comprarem F-16 do deserto.
Os militares estão empolgados com a ideia dos 2% do PIB para a Defesa, e no congresso a ideia começa a ganhar corpo.
Quem sabe até o final desta década o MD ganha na loteria vendo ser aprovada essa lei, para enfim tentar colocar a vida em dia.
A ver.




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Re: Missilhouse do Brasil

#3420 Mensagem por FCarvalho » Seg Fev 26, 2024 12:34 am

https://tecnodefesa.com.br/wp-content/uploads/2023/05/MAR-1_Missile_7.jpg

Se podem ressuscitar o A-Darter, espero e quero crer que de algum modo o MAR-1 também possa ser redivivo dos mortos.
Como o Gripen E\F pode levar até 7 mísseis sob as asas e fuselagem central, podemos começar por aí a pensar na linha de produção necessária para equipar os 36 caças que serão recebidos, além do que eventualmente se conseguir a mais neste lote.

E para o futuro, quem sabe pensar em algo assim, com as devidas modernizações necessárias.

https://cdn-defesaaereanaval.nuneshost.com/wp-content/uploads/2014/09/Marlin1.jpg




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