Operação de guerra do Cigs
Enviado: Seg Set 24, 2007 1:46 pm
http://www.exercito.gov.br/resenha/complemento.htm
Operação de guerra do Cigs dispara 6 mil tiros
Juca Queiroz
Embarcações militares avançam no igarapé do Mainá rumo ao palco de combate na base do Cigs no Puraquequara
Antonio Ximenes
Da equipe de A CRÍTICA
Seis mil tiros disparados de metralhadoras posicionadas em terra, duas embarcações e um helicóptero fizeram tremer uma faixa de praia às margens do igarapé do Mainá, Zona Leste, nas proximidades do lago do Puraquequara, no perímetro da Base nº 4, do Centro de Instrução de Guerra na Selva (Cigs).
A operação contou com o desembarque de atiradores de elite saltando da aeronave do 4º Batalhão de Aviação do Exército sobre o igarapé e com o transporte de um "ferido" a bala por cordas a uma altura superior a cem metros, de altíssimo risco. Este tipo de ação é empregada pelos combatentes nos 28 pelotões de fronteira da Amazônia.
Na ocasião, 165 majores, tenentes-coronéis e coronéis alunos da Escola de Comando e Estado Maior do Exército (Eceme), na Urca, no Rio de Janeiro, acompanharam o exercício com munição real. Morteiros também lançaram obuses sobre a "linha inimiga", que fechava a navegação com uma mortífera metralhadora Mag 7,62 milímetros, com capacidade para mais de 250 tiros por minuto.
Toda a operação custou R$ 20 mil e faz parte dos treinamentos especiais de risco de morte do Cigs, a vanguarda de guerra na selva do Exército brasileiro. Entre os alunos convidados da Eceme havia nove oficiais estrangeiros. As nações amigas presentes eram: Alemanha, Estados Unidos da América, Guatemala, Chile, Equador, Argentina, Nigéria, República Dominicana e Venezuela.
Além das operações de combate na água e em terra, os militares brasileiros revelaram, pela primeira vez, as instalações de um comando subterrâneo. A exemplo dos guerrilheiros do Vietnã, que venceram os norte-americanos nos anos sessenta e setenta, no Sudeste Asiático; também o Exército brasileiro usará da estratégia de resistência, para combater as tropas de nações militarmente superiores, que, por ventura, tentarem um dia invadir a Amazônia em função de suas riquezas.