Iata pede ao Brasil subsídios para querosene de jatos

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jambockrs
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Iata pede ao Brasil subsídios para querosene de jatos

#1 Mensagem por jambockrs » Seg Set 10, 2007 1:52 am

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Iata pede ao Brasil subsídios para querosene de jatos
Assis Moreira - Valor Econômico 10/09/2007
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) está pedindo ao governo brasileiro para, na prática, dar subsídios de R$ 1,2 bilhão por ano às companhias aéreas, para evitar que a ligação do país com o resto do mundo seja afetada.
Em documento enviado ao Ministério da Defesa, a entidade pede mudança "imediata" na política de preços do querosene para jatos. A Iata alega que as taxas atuais ameaçam a sustentabilidade econômica do transporte aéreo no Brasil e adverte que, se persistirem, podem reduzir o tráfego do país com o exterior.
A entidade pede para o governo "ajustar" a paridade de preços, que hoje causaria fatura adicional de 15%. A Iata firma que 95% do querosene utilizado em jatos no país é produzido internamente e 5% importados da Venezuela. No entanto, o país pega o preço do produto importado dos Estados Unidos, acrescenta valor de transporte e de seguro, aumentando o custo.
De acordo com a entidade, o Ministério da Defesa fez estudo mostrando que o impacto de "ajustar" o preço não afetaria significativamente os resultados da Petrobras e representaria para as companhias aéreas uma economia de US$ 360 milhões ao ano.
A Iata pede também a harmonização a 12% do ICMS sobre a compra do produto e reclama que São Paulo impõe taxa de 25%, a mais cara do país. No Rio, o imposto fica em 4% e em Minas Gerais menos ainda, para atrair vôos internacionais, segundo fonte do setor. A entidade alega que a taxa de 12% alinha o país com outros da América Latina. A economia de custos para o transporte aéreo seria de até US$ 200 milhões por ano.
A entidade representativa do setor aéreo no mundo cobra ainda o que parece ter sido uma prometida eliminação do PIS/Cofins na compra do combustível, o que permitiria economia de US$ 60 milhões anuais para as companhias aéreas.
Entre a reivindicações, a Iata pede igualmente a redução de taxas aeroportuárias "discriminatórias" contra companhias aéreas estrangeiras e reclama que a maioria dos recursos sequer foi reinvestido em aviação e sim retido pelo governo.
No documento, a entidade calcula que as companhias perderam mais de US$ 70 milhões desde a tragédia com o avião da Gol - em setembro de 2006 - com os freqüentes de atrasos e problemas em aeroportos. A Iata qualifica o sistema de controle aéreo no Brasil como "instável e ineficiente" e o acusa de comprometer a segurança dos vôos. O documento aponta ainda que em 2006 a taxa de acidentes aéreos no país foi 3,5 vezes mais alta do que a média mundial e 1,25 vez maior que na América Latina.
A Iata aponta a preocupação do setor de que treinamento apropriado para tráfego aéreo e apoio técnico não estão sendo dados no país e prevê que os problemas nos aeroportos vão continuar.
Fonte: Valor Econômico de 10/09/2007
É aquela história. De que nos serve sermos autosuficientes em petróleo se o combustível que compramos segue preços internacionais? Uma vez, um tal de Dutra (não o General) disse que tal se devia para atender os interesses dos sócios internacionais. A Petrobrás tinha que dar muito lucro para que seus papéis ficassem atraentes nas bolsas de valores!
Um abraço e até mais...




Um abraço e até mais...
Cláudio Severino da Silva
claudioseverinodasilva41@gmail.com
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