Viegas pode ser substituido...
Enviado: Sex Jun 11, 2004 9:41 am
Aldo Rebelo pode substituir Viegas
"Fritura" do ministro coincide com insatisfação das Forças Armadas
Com seu poder esvaziado no Ministério da Defesa, o ministro José Viegas poderá vir a ser substituído. A saída de Viegas – conforme noticiou o colunista Cláudio Humberto, do Jornal de Brasília – já é dada como certa por assessores próximos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Alguns falam, por exemplo, até em possíveis nomes para seu lugar. Hoje, um dos mais cotados, é Aldo Rebelo, ministro da Articulação Política. O nome de Rebelo foi cogitado para o cargo, em 2003, durante a formação do ministério de Lula.
Além de estar sendo "fritado" no governo, Viegas também foi "alvejado" no meio militar. Em março, durante viagem a Lima, no Peru, o próprio Lula reclamou da atuação de Viegas na pasta. A queixa, comenta-se no bastidores do Planalto, foi feita a Eliane Karp, mulher do presidente peruano Alejandro Toledo. O ministro José Viegas foi embaixador do Brasil naquele país no governo de Alberto Fujimori, hoje exilado no Japão, por conta de uma série de escândalos que pipocaram em sua administração.
O inferno astral de Viegas começou com a indicação de sua assessoria e agravou-se, em abril, com o panelaço de familiares de militares por reajuste salarial. Lula ficou irritado. E, a partir disso, reivindicou para si as negociações com os militares, tirando poderes do auxiliar. "Ele (Viegas) está entre a cruz e a espada", avalia um oficial da reserva. Esse militar explica que, além de tropeçar na questão dos salários, Viegas caiu em desgraça com os próprios comandantes das Forças Armadas.
O estopim teria sido a escolha de oficiais de patente inferior a dos comandantes militares (do Exército, da Marina e da Aeronáutica) para cargos de assessoria no Ministério da Defesa. Viegas tem, hoje, dois coronéis da reserva - Orlando e Gonçalves - como assessores diretos, o que, de acordo com outra fonte militar, tem contribuído para aumentar o desgaste dele perante a tropa.
A nomeação dos assessores de baixa patente não foi bem recebida pelos oficiais superiores, em particular pelos generais. Eles vêm "chiando" com as ordens preparadas por esses assessores. "O oficialiato está se sentindo desprestigiado com esse fato", conta um militar.
Além disso, oficiais tem reclamado do desinteresse que Viegas estaria demonstrando no tocante às reivindicações da tropa. E, nesse particular, o reajuste tem sido pano de fundo, a ponto de ser havido atrito entre um dos comandantes com Viegas. Consta que esse comandante enviou a proposta salarial a Viegas, mas ele não teria dado prosseguimento, o que reforçou o panelaço dos familiares de militares, em abril. Depois do episódio, Viegas recebeu pressão do Planalto e, segundo fontes, teria argumentado que não recebera a proposta de aumento. Os comandantes, então, receberam o gesto como quebra de confiança.
Fonte: Jornal de Brasília via NOTIMP/FAB
Exilio italiano
César Giobbi
Ouve-se em Brasília que o ministro da Defesa, José Viegas, poderá ser o substituto de Itamar Franco na Embaixada de Roma, quando o ex-presidente assumir, pela segunda vez, a representação brasileira na OEA, em Nova York, dentro de alguns meses. Não é impossível. Viegas é embaixador de carreira, tendo servido em Moscou e Lima. E, segundo se comenta na capital, anda bastante queimado com o presidente Lula.
Fonte: O Estado de São Paulo via NOTIMP/FAB
Abraços
"Fritura" do ministro coincide com insatisfação das Forças Armadas
Com seu poder esvaziado no Ministério da Defesa, o ministro José Viegas poderá vir a ser substituído. A saída de Viegas – conforme noticiou o colunista Cláudio Humberto, do Jornal de Brasília – já é dada como certa por assessores próximos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Alguns falam, por exemplo, até em possíveis nomes para seu lugar. Hoje, um dos mais cotados, é Aldo Rebelo, ministro da Articulação Política. O nome de Rebelo foi cogitado para o cargo, em 2003, durante a formação do ministério de Lula.
Além de estar sendo "fritado" no governo, Viegas também foi "alvejado" no meio militar. Em março, durante viagem a Lima, no Peru, o próprio Lula reclamou da atuação de Viegas na pasta. A queixa, comenta-se no bastidores do Planalto, foi feita a Eliane Karp, mulher do presidente peruano Alejandro Toledo. O ministro José Viegas foi embaixador do Brasil naquele país no governo de Alberto Fujimori, hoje exilado no Japão, por conta de uma série de escândalos que pipocaram em sua administração.
O inferno astral de Viegas começou com a indicação de sua assessoria e agravou-se, em abril, com o panelaço de familiares de militares por reajuste salarial. Lula ficou irritado. E, a partir disso, reivindicou para si as negociações com os militares, tirando poderes do auxiliar. "Ele (Viegas) está entre a cruz e a espada", avalia um oficial da reserva. Esse militar explica que, além de tropeçar na questão dos salários, Viegas caiu em desgraça com os próprios comandantes das Forças Armadas.
O estopim teria sido a escolha de oficiais de patente inferior a dos comandantes militares (do Exército, da Marina e da Aeronáutica) para cargos de assessoria no Ministério da Defesa. Viegas tem, hoje, dois coronéis da reserva - Orlando e Gonçalves - como assessores diretos, o que, de acordo com outra fonte militar, tem contribuído para aumentar o desgaste dele perante a tropa.
A nomeação dos assessores de baixa patente não foi bem recebida pelos oficiais superiores, em particular pelos generais. Eles vêm "chiando" com as ordens preparadas por esses assessores. "O oficialiato está se sentindo desprestigiado com esse fato", conta um militar.
Além disso, oficiais tem reclamado do desinteresse que Viegas estaria demonstrando no tocante às reivindicações da tropa. E, nesse particular, o reajuste tem sido pano de fundo, a ponto de ser havido atrito entre um dos comandantes com Viegas. Consta que esse comandante enviou a proposta salarial a Viegas, mas ele não teria dado prosseguimento, o que reforçou o panelaço dos familiares de militares, em abril. Depois do episódio, Viegas recebeu pressão do Planalto e, segundo fontes, teria argumentado que não recebera a proposta de aumento. Os comandantes, então, receberam o gesto como quebra de confiança.
Fonte: Jornal de Brasília via NOTIMP/FAB
Exilio italiano
César Giobbi
Ouve-se em Brasília que o ministro da Defesa, José Viegas, poderá ser o substituto de Itamar Franco na Embaixada de Roma, quando o ex-presidente assumir, pela segunda vez, a representação brasileira na OEA, em Nova York, dentro de alguns meses. Não é impossível. Viegas é embaixador de carreira, tendo servido em Moscou e Lima. E, segundo se comenta na capital, anda bastante queimado com o presidente Lula.
Fonte: O Estado de São Paulo via NOTIMP/FAB
Abraços