Não é uma nação o país que não apóia suas Forças Armadas
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Não é uma nação o país que não apóia suas Forças Armadas
Cristovam Buarque
Na Comissão de Relações Exteriores assistimos ao depoimento do Almirante Júlio Soares sobre a situação da Marinha no Brasil. Amanhã, é fácil imaginar quais serão as possíveis manchetes dos jornais. Provavelmente sobre a subida do dólar, sobre algum vazamento da Polícia Federal, alguma notícia de corrupção, alguma notícia sobre violência urbana.
Mas eu creio que a mais importante manchete amanhã, se ela fosse refletir o que eu assisti hoje, a maior manchete, a de maior repercussão para o futuro do Brasil seria dizer: em 2025, a Marinha do Brasil não existirá mais.
Foi isso que o Almirante, Comandante da Marinha, com muita competência, com muita franqueza, colocou para nós: um quadro onde ele mostrava o que vai acontecer se não houver uma reversão da tendência, o que vai acontecer se a tendência continuar, em 2025.
E ele colocou em letras garrafais a palavra “fim” da Marinha no Brasil.
Lamentavelmente, essa não vai ser a manchete, porque, lamentavelmente, enquanto isso acontece o que vemos? O Ministro da Defesa, recém-chegado, não passa hoje do gerente do tráfego aéreo brasileiro.
Não é um Ministro da Defesa, é um gerente, um diretor, um presidente da Infraero. Não assumiu! E ainda mais grave: preocupado, entre outras coisas, com a distância entre as cadeiras, esquecendo que não é só gente alta que tem problemas nos aviões. O gordo e o deficiente físico também têm. Não apenas os altos como ele.
Um Ministro da Defesa é para pensar a segurança nacional; onde estarão a Marinha, a Aeronáutica, as Forças Armadas em 2025, 2050, 2100. Não vemos essa preocupação. E não me digam que essa preocupação não é urgente.
Ela é urgente! E não me digam que isso não está na cabeça das pessoas, porque se não está na cabeça das pessoas, nós, como líderes, temos de colocar nas cabeças do povo brasileiro o que de fato é importante.
Claro que o problema do tráfego aéreo é importante. Mas basta um bom gerente cuidando disso na Infraero. Basta chamar o comandante da Aeronáutica e dizer “ponha ordem nisso, senão eu o demito”.
É nomear um gerente e dizer: “ponha ordem nisso, senão você não fica mais de um mês”. E deixe o Ministro cuidar dos problemas fundamentais da defesa nacional. Mas não é só o Ministro.
E enquanto a Marinha caminha para isso, o que vemos neste Senado? Preocupados nós com os problemas que ameaçam o Presidente do Senado; preocupados com pequenas coisas de um lado para outro, no máximo convidando aqui o comandante da Marinha para falar para um pequeno grupo de senadores na Comissão de Relações Exteriores.
Será que a gente não tem por obrigação, cada um de nós, de mostrar ao povo brasileiro o que vai acontecer no momento em que nossa Marinha se transformar em fantasmas?
Será que não é importante dizer que este País tem 8,5 milhões de km2 de terra, mas tem 4,5 milhões de km2 de mar? É mais da metade do território brasileiro o espaço marítimo que o Brasil tem.
Será que não vale a pena lembrar que 90% do comércio chega e sai do Brasil por vias marítimas? Que 80% do petróleo vem por vias marítimas? Que a perda do controle das fronteiras marítimas e a falta de uma Marinha podem, sim, ameaçar isso? É uma tragédia nacional.
Será que a gente não tem que alertar que grande parte dos recursos nacionais, não só petróleo, estão debaixo do mar? É lá que vamos encontrar a fonte de recursos. Lamentavelmente, não vemos isso no Ministro da Defesa, nem entre nós senadores.
Diante de nós, uma tragédia está sendo escrita, e a gente não está lendo. E 2025 é depois de amanhã. Mas, o mais grave, para se reverter isso: levam-se cinco anos só para fazer um navio; levam-se dez anos para se trazer uma nova estratégia.
Se começarmos hoje, talvez já estejamos chegando atrasados. E o pior é que a gente sabe que não vai começar hoje, nem no próximo ano, E não sabemos se vamos começar no ano seguinte. A tragédia se anuncia, e a gente, discutindo outras coisas.
Eu não disse coisas menores, porque as coisas todas são importantes, mas coisas cujas conseqüências não terão a tragédia do que é fundamental. E uma das coisas fundamentais, em um país que tem o espaço aéreo brasileiro, que é o quarto ou quinto maior do mundo, que tem 7.540Km de costa, talvez a terceira ou quarta maior do mundo inteiro.
Temos uma Amazônia cobiçada internacionalmente, cuja defesa, em parte, será feita pela Marinha, ou não será feita. Temos fronteiras com dez países e talvez poucos tenham tantas fronteiras terrestres como nós temos.
São 14 mil quilômetros de fronteiras a serem preservadas, protegidas, não só de governos estrangeiros, protegidas porque em algum momento a migração internacional pode ameaçar a estabilidade brasileira, protegidas porque o tráfico penetra por elas, protegidas porque a cobiça internacional por recursos entra por elas, e um dos recursos mais escassos futuros será água, e o Brasil é um portador desses recursos na maior quantidade.
Hoje, estamos abandonando a Marinha, a Aeronáutica, o Exército como se fôssemos uma nação pequena, menor e não um país com a necessidade de se comportar como potência.
Fala-se em potência com base no PIB. É claro que o Produto Interno Bruto é um indicador, mas mais importante do que o Produto Interno Bruto de hoje é a capacidade de produzir mais amanhã e isso a gente não está tendo.
Não está tendo porque, daqui para frente, o Produto Interno Bruto será criado pela ciência e pela tecnologia, será defendido por Forças Armadas preparadas, competentes e patrióticas. Isso a gente não está vendo do ponto de vista de nós, os líderes nacionais, darmos às Forças Armadas.
Eu imaginava que um Almirante pudesse vir ao Senado para falar do cenário do futuro, das estratégias de como a gente vai se comportar no Atlântico Sul, como vamos nos comportar nas vias fluviais que fazem fronteira com outros países. Quais são os cenários para proteger a Amazônia através do Rio Amazonas?
Quais são os cenários de estratégia para fazer da Marinha um importante centro de formação da consciência nacional e nacionalista brasileira. Lamentavelmente, em vez disso, o Almirante é obrigado a usar de sua competência e firmeza para dizer: nós estamos pedindo socorro.
Vejam a situação em que vive a nossa Marinha. Dos 21 navios existentes, 11 estão imobilizados – 10 operam com restrições. Dos 5 submarinos, 2 imobilizados e 2 operando com restrições. Então, só tem 1. Dos 58 helicópteros, 27 estão imobilizados e 31 operando com restrições – todos. Das aeronaves, 23 – 21 delas imobilizadas e 2 operando com restrições.
Não é a Marinha que nós precisamos para o tamanho do Brasil. Agora, isto explica porque. Se nós analisamos os dados da vida do arsenal, dos submarinos – que há necessidade – 12. Só temos 5. Sabem qual a idade deles? Em média, 10 anos. A idade dos navios-patrulha – 14 anos.
A idade do porta-aviões – 46 anos, antes da revolução eletrônica, antes da revolução de grande parte da arquitetura naval. Dos navios-escola, a idade média é de 27 anos; navios de apoio logístico móvel – a idade média é de 31 anos; navios varredores e caça-minas – a idade média é de 34 anos. Navios-patrulha fluviais a idade média é de 33 anos. Navios de transporte a idade média é de 36 anos.
Se olharmos as embarcações de desembarque, 28 anos é a idade média. Os navios de assistência hospitalar têm 17 anos de idade média; os helicópteros têm idade média de 15 anos e os aviões, 30 anos. Aqui não precisamos falar em Tamandaré. Seria bem capaz de Santos Dumont pilotar um avião desses.
Como se pode considerar que tem futuro um País do tamanho brasileiro se não realizarmos a discussão de como resolver esse problema. A Marinha tem competência se dermos recursos, que sendo aplicados a Marinha será fortalecida, criará emprego, dinamizará o setor de ciência e tecnologia.
Os Estados Unidos desenvolveram o setor de ciência e tecnologia em grande parte graças à defesa do próprio País. Foi a pesquisa, para levar adiante a defesa, que permitiu as descobertas que transformaram este País nas últimas décadas.
Confesso que não sabia que durante a Guerra do Paraguai, há 140 anos, a Marinha de Guerra Brasileira era a mais potente do mundo inteiro. Ou seja, a Marinha mais potente do mundo, em torno dos anos de 1860 a 1870, no tempo da Guerra do Paraguai, era a nossa.
E hoje? Um País que se transformou na oitava potência em PIB é uma das últimas em educação, é uma das últimas na proteção à saúde, é uma das últimas em moradia, é a última em concentração de renda e, sem dúvida alguma, é uma das últimas em termos Forças Armadas que correspondam à dimensão do nosso País de hoje, e, sobretudo, à dimensão do que a gente espera para o futuro.
Lamentavelmente, fica difícil levar esse sonho de Forças Armadas casadas com um País crescendo potente quando a gente vê. Espero que tentemos casar os sonhos que temos para um país potente com as Forças Armadas que correspondam a essa potência.
Não vamos ter uma boa defesa se não tivermos a perspectiva de longo prazo e o sentimento de nação. Hoje, essas duas coisas estão faltando no Brasil. Não há sentimento de nação nem perspectiva de longo prazo e de futuro.
Um país que não é uma nação é um país que não apóia suas Forças Armadas. E nós, Senadores, não estamos fazendo o dever de casa para que as próximas gerações tenham a tranqüilidade de contar com forças democráticas, de Forças Armadas, que, além de democráticas, sejam também eficientes e competentes para defender o Brasil.
Cristovam Buarque é senador pelo PDT do Distrito Federal. Correio eletrônico: cristovam@senador.gov.br.
"É permitida a reprodução total ou parcial, desde que citada a fonte"
Fonte: http://www.inforel.org
Na Comissão de Relações Exteriores assistimos ao depoimento do Almirante Júlio Soares sobre a situação da Marinha no Brasil. Amanhã, é fácil imaginar quais serão as possíveis manchetes dos jornais. Provavelmente sobre a subida do dólar, sobre algum vazamento da Polícia Federal, alguma notícia de corrupção, alguma notícia sobre violência urbana.
Mas eu creio que a mais importante manchete amanhã, se ela fosse refletir o que eu assisti hoje, a maior manchete, a de maior repercussão para o futuro do Brasil seria dizer: em 2025, a Marinha do Brasil não existirá mais.
Foi isso que o Almirante, Comandante da Marinha, com muita competência, com muita franqueza, colocou para nós: um quadro onde ele mostrava o que vai acontecer se não houver uma reversão da tendência, o que vai acontecer se a tendência continuar, em 2025.
E ele colocou em letras garrafais a palavra “fim” da Marinha no Brasil.
Lamentavelmente, essa não vai ser a manchete, porque, lamentavelmente, enquanto isso acontece o que vemos? O Ministro da Defesa, recém-chegado, não passa hoje do gerente do tráfego aéreo brasileiro.
Não é um Ministro da Defesa, é um gerente, um diretor, um presidente da Infraero. Não assumiu! E ainda mais grave: preocupado, entre outras coisas, com a distância entre as cadeiras, esquecendo que não é só gente alta que tem problemas nos aviões. O gordo e o deficiente físico também têm. Não apenas os altos como ele.
Um Ministro da Defesa é para pensar a segurança nacional; onde estarão a Marinha, a Aeronáutica, as Forças Armadas em 2025, 2050, 2100. Não vemos essa preocupação. E não me digam que essa preocupação não é urgente.
Ela é urgente! E não me digam que isso não está na cabeça das pessoas, porque se não está na cabeça das pessoas, nós, como líderes, temos de colocar nas cabeças do povo brasileiro o que de fato é importante.
Claro que o problema do tráfego aéreo é importante. Mas basta um bom gerente cuidando disso na Infraero. Basta chamar o comandante da Aeronáutica e dizer “ponha ordem nisso, senão eu o demito”.
É nomear um gerente e dizer: “ponha ordem nisso, senão você não fica mais de um mês”. E deixe o Ministro cuidar dos problemas fundamentais da defesa nacional. Mas não é só o Ministro.
E enquanto a Marinha caminha para isso, o que vemos neste Senado? Preocupados nós com os problemas que ameaçam o Presidente do Senado; preocupados com pequenas coisas de um lado para outro, no máximo convidando aqui o comandante da Marinha para falar para um pequeno grupo de senadores na Comissão de Relações Exteriores.
Será que a gente não tem por obrigação, cada um de nós, de mostrar ao povo brasileiro o que vai acontecer no momento em que nossa Marinha se transformar em fantasmas?
Será que não é importante dizer que este País tem 8,5 milhões de km2 de terra, mas tem 4,5 milhões de km2 de mar? É mais da metade do território brasileiro o espaço marítimo que o Brasil tem.
Será que não vale a pena lembrar que 90% do comércio chega e sai do Brasil por vias marítimas? Que 80% do petróleo vem por vias marítimas? Que a perda do controle das fronteiras marítimas e a falta de uma Marinha podem, sim, ameaçar isso? É uma tragédia nacional.
Será que a gente não tem que alertar que grande parte dos recursos nacionais, não só petróleo, estão debaixo do mar? É lá que vamos encontrar a fonte de recursos. Lamentavelmente, não vemos isso no Ministro da Defesa, nem entre nós senadores.
Diante de nós, uma tragédia está sendo escrita, e a gente não está lendo. E 2025 é depois de amanhã. Mas, o mais grave, para se reverter isso: levam-se cinco anos só para fazer um navio; levam-se dez anos para se trazer uma nova estratégia.
Se começarmos hoje, talvez já estejamos chegando atrasados. E o pior é que a gente sabe que não vai começar hoje, nem no próximo ano, E não sabemos se vamos começar no ano seguinte. A tragédia se anuncia, e a gente, discutindo outras coisas.
Eu não disse coisas menores, porque as coisas todas são importantes, mas coisas cujas conseqüências não terão a tragédia do que é fundamental. E uma das coisas fundamentais, em um país que tem o espaço aéreo brasileiro, que é o quarto ou quinto maior do mundo, que tem 7.540Km de costa, talvez a terceira ou quarta maior do mundo inteiro.
Temos uma Amazônia cobiçada internacionalmente, cuja defesa, em parte, será feita pela Marinha, ou não será feita. Temos fronteiras com dez países e talvez poucos tenham tantas fronteiras terrestres como nós temos.
São 14 mil quilômetros de fronteiras a serem preservadas, protegidas, não só de governos estrangeiros, protegidas porque em algum momento a migração internacional pode ameaçar a estabilidade brasileira, protegidas porque o tráfico penetra por elas, protegidas porque a cobiça internacional por recursos entra por elas, e um dos recursos mais escassos futuros será água, e o Brasil é um portador desses recursos na maior quantidade.
Hoje, estamos abandonando a Marinha, a Aeronáutica, o Exército como se fôssemos uma nação pequena, menor e não um país com a necessidade de se comportar como potência.
Fala-se em potência com base no PIB. É claro que o Produto Interno Bruto é um indicador, mas mais importante do que o Produto Interno Bruto de hoje é a capacidade de produzir mais amanhã e isso a gente não está tendo.
Não está tendo porque, daqui para frente, o Produto Interno Bruto será criado pela ciência e pela tecnologia, será defendido por Forças Armadas preparadas, competentes e patrióticas. Isso a gente não está vendo do ponto de vista de nós, os líderes nacionais, darmos às Forças Armadas.
Eu imaginava que um Almirante pudesse vir ao Senado para falar do cenário do futuro, das estratégias de como a gente vai se comportar no Atlântico Sul, como vamos nos comportar nas vias fluviais que fazem fronteira com outros países. Quais são os cenários para proteger a Amazônia através do Rio Amazonas?
Quais são os cenários de estratégia para fazer da Marinha um importante centro de formação da consciência nacional e nacionalista brasileira. Lamentavelmente, em vez disso, o Almirante é obrigado a usar de sua competência e firmeza para dizer: nós estamos pedindo socorro.
Vejam a situação em que vive a nossa Marinha. Dos 21 navios existentes, 11 estão imobilizados – 10 operam com restrições. Dos 5 submarinos, 2 imobilizados e 2 operando com restrições. Então, só tem 1. Dos 58 helicópteros, 27 estão imobilizados e 31 operando com restrições – todos. Das aeronaves, 23 – 21 delas imobilizadas e 2 operando com restrições.
Não é a Marinha que nós precisamos para o tamanho do Brasil. Agora, isto explica porque. Se nós analisamos os dados da vida do arsenal, dos submarinos – que há necessidade – 12. Só temos 5. Sabem qual a idade deles? Em média, 10 anos. A idade dos navios-patrulha – 14 anos.
A idade do porta-aviões – 46 anos, antes da revolução eletrônica, antes da revolução de grande parte da arquitetura naval. Dos navios-escola, a idade média é de 27 anos; navios de apoio logístico móvel – a idade média é de 31 anos; navios varredores e caça-minas – a idade média é de 34 anos. Navios-patrulha fluviais a idade média é de 33 anos. Navios de transporte a idade média é de 36 anos.
Se olharmos as embarcações de desembarque, 28 anos é a idade média. Os navios de assistência hospitalar têm 17 anos de idade média; os helicópteros têm idade média de 15 anos e os aviões, 30 anos. Aqui não precisamos falar em Tamandaré. Seria bem capaz de Santos Dumont pilotar um avião desses.
Como se pode considerar que tem futuro um País do tamanho brasileiro se não realizarmos a discussão de como resolver esse problema. A Marinha tem competência se dermos recursos, que sendo aplicados a Marinha será fortalecida, criará emprego, dinamizará o setor de ciência e tecnologia.
Os Estados Unidos desenvolveram o setor de ciência e tecnologia em grande parte graças à defesa do próprio País. Foi a pesquisa, para levar adiante a defesa, que permitiu as descobertas que transformaram este País nas últimas décadas.
Confesso que não sabia que durante a Guerra do Paraguai, há 140 anos, a Marinha de Guerra Brasileira era a mais potente do mundo inteiro. Ou seja, a Marinha mais potente do mundo, em torno dos anos de 1860 a 1870, no tempo da Guerra do Paraguai, era a nossa.
E hoje? Um País que se transformou na oitava potência em PIB é uma das últimas em educação, é uma das últimas na proteção à saúde, é uma das últimas em moradia, é a última em concentração de renda e, sem dúvida alguma, é uma das últimas em termos Forças Armadas que correspondam à dimensão do nosso País de hoje, e, sobretudo, à dimensão do que a gente espera para o futuro.
Lamentavelmente, fica difícil levar esse sonho de Forças Armadas casadas com um País crescendo potente quando a gente vê. Espero que tentemos casar os sonhos que temos para um país potente com as Forças Armadas que correspondam a essa potência.
Não vamos ter uma boa defesa se não tivermos a perspectiva de longo prazo e o sentimento de nação. Hoje, essas duas coisas estão faltando no Brasil. Não há sentimento de nação nem perspectiva de longo prazo e de futuro.
Um país que não é uma nação é um país que não apóia suas Forças Armadas. E nós, Senadores, não estamos fazendo o dever de casa para que as próximas gerações tenham a tranqüilidade de contar com forças democráticas, de Forças Armadas, que, além de democráticas, sejam também eficientes e competentes para defender o Brasil.
Cristovam Buarque é senador pelo PDT do Distrito Federal. Correio eletrônico: cristovam@senador.gov.br.
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- Edu Lopes
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Re: Não é uma nação o país que não apóia suas Forças Armadas
jauro escreveu:Se olharmos as embarcações de desembarque, 28 anos é a idade média. Os navios de assistência hospitalar têm 17 anos de idade média; os helicópteros têm idade média de 15 anos e os aviões, 30 anos. Aqui não precisamos falar em Tamandaré. Seria bem capaz de Santos Dumont pilotar um avião desses.
E isso não se aplica somente a Marinha .
jauro escreveu:Confesso que não sabia que durante a Guerra do Paraguai, há 140 anos, a Marinha de Guerra Brasileira era a mais potente do mundo inteiro. Ou seja, a Marinha mais potente do mundo, em torno dos anos de 1860 a 1870, no tempo da Guerra do Paraguai, era a nossa.
Eu tinha ouvido falar que éramos a segunda marinha mais poderosa, só não sabia a época. Agora sei. Um belíssimo texto do Senador Cristovam Buarque.
- Dieneces
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Re: Não é uma nação o país que não apóia suas Forças Armadas
Maior é meio exagerado , a marinha britânica era mais poderosa , salvo melhor juízo. Mas o texto todo tá muito bom.Edu Lopes escreveu:jauro escreveu:Se olharmos as embarcações de desembarque, 28 anos é a idade média. Os navios de assistência hospitalar têm 17 anos de idade média; os helicópteros têm idade média de 15 anos e os aviões, 30 anos. Aqui não precisamos falar em Tamandaré. Seria bem capaz de Santos Dumont pilotar um avião desses.
E isso não se aplica somente a Marinha .jauro escreveu:Confesso que não sabia que durante a Guerra do Paraguai, há 140 anos, a Marinha de Guerra Brasileira era a mais potente do mundo inteiro. Ou seja, a Marinha mais potente do mundo, em torno dos anos de 1860 a 1870, no tempo da Guerra do Paraguai, era a nossa.
Eu tinha ouvido falar que éramos a segunda marinha mais poderosa, só não sabia a época. Agora sei. Um belíssimo texto do Senador Cristovam Buarque.
Brotei no Ventre da Pampa,que é Pátria na minha Terra/Sou resumo de uma Guerra,que ainda tem importância/Sou Raiz,sou Sangue,sou Verso/Sou maior que a História Grega/Eu sou Gaúcho e me chega,p'ra ser Feliz no Universo.
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Kratos escreveu:Em 2020 a FAB é história. Tá foda a situação, vamos ter de ser invadido pra essa população nossa e a classe política aprenderem que de todos os ministérios o único que não pode sofrer restrições é o da DEFESA. Revanchismo maldito.
O horatio disse que veio exatamente para acabar com essa história de revanchismo debilitar as FAs. Se ele conseguir fazer isso, eu voto nele para presidente em 2010, mesmo ele se candidatanto pelo PMDBunda.(desde que a escrecência do calheiros não esteja mais sob a face da terra)
sds
Walter
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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cicloneprojekt escreveu:Kratos escreveu:Em 2020 a FAB é história. Tá foda a situação, vamos ter de ser invadido pra essa população nossa e a classe política aprenderem que de todos os ministérios o único que não pode sofrer restrições é o da DEFESA. Revanchismo maldito.
O horatio disse que veio exatamente para acabar com essa história de revanchismo debilitar as FAs. Se ele conseguir fazer isso, eu voto nele para presidente em 2010, mesmo ele se candidatanto pelo PMDBunda.(desde que a escrecência do calheiros não esteja mais sob a face da terra)
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Walter
Se o cara conseguir fazer isso eu voto nele também. Mesmo se o PTralhas estiver coligado com o PMDBunda.
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18 Ago 07
Ministro da Defesa quer orçamento maior para o setor militar
Agência Brasil
RIO - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, defendeu neste sábado um orçamento maior para as Forças Armadas e o reaparelhamento do setor militar.
- O presidente Lula já determinou este ano que nós elevássemos o teto para R$ 9 bilhões, e nós vamos caminhar para o reaparelhamento das Forças Armadas no sentido de que elas possam cumprir suas funções constitucionais e fazer com que a defesa seja exatamente uma questão nacional, algo que seja da agenda nacional - disse.
Jobim participou da solenidade de entrega de espadins a 392 cadetes do primeiro ano da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em Resende, sul do estado do Rio de Janeiro. Em discurso, ele ressaltou que uma nação não pode, nem deve, depender da sorte ou armas alheias para assegurar sua soberania e definir seu destino.
O ministro comentou a importância de reativar a indústria de armamento brasileira, que no passado já teve maior destaque. Segundo Jobim, para que isso aconteça é importante uma integração entre as Forças Armadas e o setor privado.
- Nós vamos fazer isso [tornar a defesa parte da agenda nacional] em termos de possibilitar a integração das Forças Armadas com o desenvolvimento nacional.
O ministro também demonstrou apoio para o projeto do submarino nuclear brasileiro.
- Já foi assegurado dar ao orçamento do ano que vem R$ 130 milhões para o programa nuclear. E nisto está inserido o projeto Aramar [centro tecnológico experimental da Marinha, em Iperó (SP)].
Perguntado se havia recebido algum pedido dos militares na Aman, Jobim respondeu:
- O que os comandantes deixaram muito claro é que o patriotismo das Forças Armadas tem que ser honrado pelo setor civil.
"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
Jauro.
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Governo libera mais R$ 1,2 bilhão
Alexandra Bicca
O governo liberou R$ 1,2 bilhão para obras de infra-estrutura na sexta-feira. O lote de crédito extraordinário tem o objetivo de acelerar obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Os recursos vão para Secretaria de Portos da Presidência da República e outros seis ministérios. O Ministério das Cidades vai ficar com a maior parte, R$ 855,4 milhões, para serem aplicados principalmente em obras de saneamento. O crédito extraordinário para custeio, financiamento e recursos para obras do PAC foi autorizado pela Medida Provisória 386, publicada no Diário Oficial da União.
O Ministério dos Transportes recebeu R$ 154 milhões para financiar obras que, em sua maioria, constam do PAC, como por exemplo as de manutenção e construção da malha rodoviária federal. Também saiu dinheiro para recuperação e reforço dos portos de Ilhéus (BA) e Natal (RN) que, juntos, vão receber R$ 21,4 milhões, dos R$ 42 milhões da Secretaria de Portos. O restante dos recursos previstos para a pasta destina-se ao aumento do capital da Companhia Docas do Estado da Bahia e Companhia Docas do Estado do Rio Grande do Norte.
O ministro das Cidades, Márcio Fortes, disse que os recursos liberados para a pasta serão aplicados em obras de saneamento básico, urbanização e regularização fundiária.
- O presidente já tinha autorizado a liberação de um primeiro lote de recursos para obras descritas no PAC. Esse empenho será feito imediatamente - disse Fortes.
Do total de investimentos previstos para obras do PAC este ano - R$ 15,8 bilhões - o governo liberou R$ 2,3 bilhões para o ministério.
Para o Ministério da Defesa foram liberados R$ 100 milhões, mas esse montante não prevê investimentos no setor aeroviário. Serão R$ 60 milhões para missão das Nações Unidas para o Haiti e R$ 40 milhões para a reestruturação de material bélico.
JB on Line
Alexandra Bicca
O governo liberou R$ 1,2 bilhão para obras de infra-estrutura na sexta-feira. O lote de crédito extraordinário tem o objetivo de acelerar obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Os recursos vão para Secretaria de Portos da Presidência da República e outros seis ministérios. O Ministério das Cidades vai ficar com a maior parte, R$ 855,4 milhões, para serem aplicados principalmente em obras de saneamento. O crédito extraordinário para custeio, financiamento e recursos para obras do PAC foi autorizado pela Medida Provisória 386, publicada no Diário Oficial da União.
O Ministério dos Transportes recebeu R$ 154 milhões para financiar obras que, em sua maioria, constam do PAC, como por exemplo as de manutenção e construção da malha rodoviária federal. Também saiu dinheiro para recuperação e reforço dos portos de Ilhéus (BA) e Natal (RN) que, juntos, vão receber R$ 21,4 milhões, dos R$ 42 milhões da Secretaria de Portos. O restante dos recursos previstos para a pasta destina-se ao aumento do capital da Companhia Docas do Estado da Bahia e Companhia Docas do Estado do Rio Grande do Norte.
O ministro das Cidades, Márcio Fortes, disse que os recursos liberados para a pasta serão aplicados em obras de saneamento básico, urbanização e regularização fundiária.
- O presidente já tinha autorizado a liberação de um primeiro lote de recursos para obras descritas no PAC. Esse empenho será feito imediatamente - disse Fortes.
Do total de investimentos previstos para obras do PAC este ano - R$ 15,8 bilhões - o governo liberou R$ 2,3 bilhões para o ministério.
Para o Ministério da Defesa foram liberados R$ 100 milhões, mas esse montante não prevê investimentos no setor aeroviário. Serão R$ 60 milhões para missão das Nações Unidas para o Haiti e R$ 40 milhões para a reestruturação de material bélico.
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DEFESA
Defesanet 22 Agosto 2007
AFP 20 Agosto 2007
Ministro de Defesa promete mais
Recursos para Forças Armadas
O novo ministro de Defesa, Nelson Jobim, prometeu sábado (18 Ago) aumentar o teto do orçamento militar e ratificou o compromisso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de liberar recursos para fabricar um submarino a propulsão nuclear.
"O presidente Lula já determinou que neste ano elevássemos o teto (do orçamento) para 9 Bilhões de Reais (4,5 Bilhões de Dólares) e avançaremos no re-equipamento das Forças Armadas, para que estas possam cumprir com suas funções constitucionais", afirmou Jobim na Academia Militar de Agulhas Negras, em Resende (estado do Rio de Janeiro).
Os 9 Bilhões correspondem a gastos de custeio da tropa (exclui salários) e de aquisição de equipamentos; essa cifra foi de 6 Bilhões em 2007, e a intenção de Lula é dar um aumento de 50% já em 2008, informou a AFP um porta-voz do Ministério da Defesa.
Jobim ratificou o compromisso assumido por Lula no mês passado de alocar os recursos necessários - 130 milhões de reais anuais durante oito anos - para que a marinha conclua o programa de submarino com reator nuclear.
Este valor "já está assegurado no orçamento do ano que vem", afirmou.
O ministro instou pela reativação da indústria de armamento, integrando-a com o setor privado.
Jobim assumiu o cargo em julho para por ordem no setor aéreo, envolvido em uma crise que atingiu o ápice quando um Airbus da companhia TAM se acidentou, no dia 17 de julho, em São Paulo, com um saldo de 199 mortos.
Os comandantes das três armas devem entregar proximamente ao presidente Lula una lista de prioridades, que pode ser muito um livro de lamentos.
O comandante da Marinha, Almirante Júlio Soares de Moura Neto, afirmo una quinta-feira (16Ago), perante a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa do Congresso que sua força teve que desativar recentemente 21 navios e seis aviões e que não dispõe de recursos para a manutenção do material naval.
O comandante do Exército, General Enzo Martins Peri, planeja aumentar a presença militar na Região Amazônica, renovar o equipamento e melhorar as condições de vida da tropa, em uma entrevista publicada na quinta-feira no portal especializado Defesanet (http://www.defesanet.com.br).
O General Peri também informou que a Indústria Brasileira de Material Bélico (IMBEL) buscava "ampliar sua participação no mercado de armas ligeiras", como a pistola calibre .45 que já é exportada para países da América Latina, sudeste asiático e os Estados Unidos (FBI).
Defesanet 22 Agosto 2007
AFP 20 Agosto 2007
Ministro de Defesa promete mais
Recursos para Forças Armadas
O novo ministro de Defesa, Nelson Jobim, prometeu sábado (18 Ago) aumentar o teto do orçamento militar e ratificou o compromisso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de liberar recursos para fabricar um submarino a propulsão nuclear.
"O presidente Lula já determinou que neste ano elevássemos o teto (do orçamento) para 9 Bilhões de Reais (4,5 Bilhões de Dólares) e avançaremos no re-equipamento das Forças Armadas, para que estas possam cumprir com suas funções constitucionais", afirmou Jobim na Academia Militar de Agulhas Negras, em Resende (estado do Rio de Janeiro).
Os 9 Bilhões correspondem a gastos de custeio da tropa (exclui salários) e de aquisição de equipamentos; essa cifra foi de 6 Bilhões em 2007, e a intenção de Lula é dar um aumento de 50% já em 2008, informou a AFP um porta-voz do Ministério da Defesa.
Jobim ratificou o compromisso assumido por Lula no mês passado de alocar os recursos necessários - 130 milhões de reais anuais durante oito anos - para que a marinha conclua o programa de submarino com reator nuclear.
Este valor "já está assegurado no orçamento do ano que vem", afirmou.
O ministro instou pela reativação da indústria de armamento, integrando-a com o setor privado.
Jobim assumiu o cargo em julho para por ordem no setor aéreo, envolvido em uma crise que atingiu o ápice quando um Airbus da companhia TAM se acidentou, no dia 17 de julho, em São Paulo, com um saldo de 199 mortos.
Os comandantes das três armas devem entregar proximamente ao presidente Lula una lista de prioridades, que pode ser muito um livro de lamentos.
O comandante da Marinha, Almirante Júlio Soares de Moura Neto, afirmo una quinta-feira (16Ago), perante a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa do Congresso que sua força teve que desativar recentemente 21 navios e seis aviões e que não dispõe de recursos para a manutenção do material naval.
O comandante do Exército, General Enzo Martins Peri, planeja aumentar a presença militar na Região Amazônica, renovar o equipamento e melhorar as condições de vida da tropa, em uma entrevista publicada na quinta-feira no portal especializado Defesanet (http://www.defesanet.com.br).
O General Peri também informou que a Indústria Brasileira de Material Bélico (IMBEL) buscava "ampliar sua participação no mercado de armas ligeiras", como a pistola calibre .45 que já é exportada para países da América Latina, sudeste asiático e os Estados Unidos (FBI).
"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
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Meu nobre amigo "Exu Tranca Tudo", fechou o outro tópico (rsrsrs), assim, resolvi postar o que havia escrito, mesmo assim. Mesmo não sendo a matéria nova o assunto deve ser debatido de alguma forma. Então vamos ao "replay"..
Não vou analisar o pensamento e as intenções do senador, mas penso assim: a MB (e indiretamente, todas as três forças) ganhou um aliado (já era há tempos). A vantagem é que o está promovendo o debate sobre Defesa, está provocando o ministro e o governo, está tentando sensiblizar a sociedade.
Nesta altura do campeonato, não me importa se o discurso é panfletário ou demagógico, o importante é que a mídia de um jeito ou outro divulgue o assunto, principalmente defesa. Não me importa o viés ideológico ou partidário, ou ainda as intenções "eleitoreiras" do senador, as FFAA merecem algum espaço na mídia.
Discursos e artigos assim, promovem o debate, sensibiliza os vários segmentos da imprensa a buscar informações sobre o assunto e divulgar, independentemente da compreensão popular.
O senador em seu texto busca o desgaste do ministro e principalmente do governo (não me preocupo neste momento, política é assim), levanta dúvida sobre as prerrogativas do cargo do ministro, mostra que está sendo um "gerantão" e não um verdadeiro ministro da defesa.
Não podemos nos esquecer que recentemente o ministro deu declarações à imprensa defendendo o reaparelhamento das FFAA e o aumento orçamentário, disse inclusive que o mesmo já está assegurado. Ou seja, as "cutucadas" estão surtindo algum efeito.
Retórica do senador? Não me importa, o jogo dele é esse mesmo. Retórica do ministro após a matéria publicada? Não sei... Já estamos escaldados...
Porém, uma coisa é certa, enquanto a mídia divulgar os problemas sobre Defesa e procurar associar o colapso do setor aéreo a falência múltipla do sistema de defesa como um todo, podemos dizer que é ponto para as FFAA.
É necessário mostrar para a sociedade que a falha do setor aéreo não é pontual, mas que esta é a ponta do "iceberg" de uma degeneração "mais ampla": a falência das FFAA por omissão e descaso.
Providências!
Sds,
Orestes
Não vou analisar o pensamento e as intenções do senador, mas penso assim: a MB (e indiretamente, todas as três forças) ganhou um aliado (já era há tempos). A vantagem é que o está promovendo o debate sobre Defesa, está provocando o ministro e o governo, está tentando sensiblizar a sociedade.
Nesta altura do campeonato, não me importa se o discurso é panfletário ou demagógico, o importante é que a mídia de um jeito ou outro divulgue o assunto, principalmente defesa. Não me importa o viés ideológico ou partidário, ou ainda as intenções "eleitoreiras" do senador, as FFAA merecem algum espaço na mídia.
Discursos e artigos assim, promovem o debate, sensibiliza os vários segmentos da imprensa a buscar informações sobre o assunto e divulgar, independentemente da compreensão popular.
O senador em seu texto busca o desgaste do ministro e principalmente do governo (não me preocupo neste momento, política é assim), levanta dúvida sobre as prerrogativas do cargo do ministro, mostra que está sendo um "gerantão" e não um verdadeiro ministro da defesa.
Não podemos nos esquecer que recentemente o ministro deu declarações à imprensa defendendo o reaparelhamento das FFAA e o aumento orçamentário, disse inclusive que o mesmo já está assegurado. Ou seja, as "cutucadas" estão surtindo algum efeito.
Retórica do senador? Não me importa, o jogo dele é esse mesmo. Retórica do ministro após a matéria publicada? Não sei... Já estamos escaldados...
Porém, uma coisa é certa, enquanto a mídia divulgar os problemas sobre Defesa e procurar associar o colapso do setor aéreo a falência múltipla do sistema de defesa como um todo, podemos dizer que é ponto para as FFAA.
É necessário mostrar para a sociedade que a falha do setor aéreo não é pontual, mas que esta é a ponta do "iceberg" de uma degeneração "mais ampla": a falência das FFAA por omissão e descaso.
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orestespf escreveu:Meu nobre amigo "Exu Tranca Tudo", fechou o outro tópico (rsrsrs), assim, resolvi postar o que havia escrito, mesmo assim. Mesmo não sendo a matéria nova o assunto deve ser debatido de alguma forma. Então vamos ao "replay"..
Não vou analisar o pensamento e as intenções do senador, mas penso assim: a MB (e indiretamente, todas as três forças) ganhou um aliado (já era há tempos). A vantagem é que o está promovendo o debate sobre Defesa, está provocando o ministro e o governo, está tentando sensiblizar a sociedade.
Nesta altura do campeonato, não me importa se o discurso é panfletário ou demagógico, o importante é que a mídia de um jeito ou outro divulgue o assunto, principalmente defesa. Não me importa o viés ideológico ou partidário, ou ainda as intenções "eleitoreiras" do senador, as FFAA merecem algum espaço na mídia.
Discursos e artigos assim, promovem o debate, sensibiliza os vários segmentos da imprensa a buscar informações sobre o assunto e divulgar, independentemente da compreensão popular.
O senador em seu texto busca o desgaste do ministro e principalmente do governo (não me preocupo neste momento, política é assim), levanta dúvida sobre as prerrogativas do cargo do ministro, mostra que está sendo um "gerantão" e não um verdadeiro ministro da defesa.
Não podemos nos esquecer que recentemente o ministro deu declarações à imprensa defendendo o reaparelhamento das FFAA e o aumento orçamentário, disse inclusive que o mesmo já está assegurado. Ou seja, as "cutucadas" estão surtindo algum efeito.
Retórica do senador? Não me importa, o jogo dele é esse mesmo. Retórica do ministro após a matéria publicada? Não sei... Já estamos escaldados...
Porém, uma coisa é certa, enquanto a mídia divulgar os problemas sobre Defesa e procurar associar o colapso do setor aéreo a falência múltipla do sistema de defesa como um todo, podemos dizer que é ponto para as FFAA.
É necessário mostrar para a sociedade que a falha do setor aéreo não é pontual, mas que esta é a ponta do "iceberg" de uma degeneração "mais ampla": a falência das FFAA por omissão e descaso.
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É, Cel.Jauro, desde que não seja lembrar do jeito que este governo gosta...
Pelo amor de Deus...
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08/02/2007 - 10h28
Ministra Dilma Rousseff receberá indenização por tortura
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ITALO NOGUEIRA
da Folha de S.Paulo, no Rio
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, receberá do governo do Rio uma indenização de R$ 20 mil por ter sido presa e torturada nas dependências do quartel da Polícia Especial do Exército, na Tijuca, durante o regime militar.
A indenização por pouco não foi negada pela Comissão de Reparação por falta de provas. O depoimento de Vânia Abrantes, do grupo Tortura Nunca Mais e integrante da comissão, foi essencial ao deferimento.
Abrantes foi transferida junto com Rousseff de São Paulo para o quartel no Rio e testemunhou em favor da ministra. O reconhecimento, concedido no dia 14 de dezembro, foi confirmado por 4 votos a 3.
"Muitos dos que entram com processo na comissão querem só reconhecimento da prisão e tortura. Não necessariamente o dinheiro", explicou o subsecretário de Direitos Humanos, Lourival Casula. A comissão só avisa sobre o resultado dos processos aos solicitantes que tiveram reconhecimento negado.
A ministra foi presa em 1969, em Mongaguá, litoral paulista. Assumiu ter participado do planejamento do assalto à casa de uma amante do ex-governador de São Paulo, Adhemar Barros.
Criada pela lei 3.744 em dezembro de 2001, a comissão iniciou os trabalhos em 2004 e foi fechada no final do ano passado. Casula afirmou que pretende reativá-la por, ao menos, seis meses, já que restam ainda 173 processos a serem julgados.
Dos 1.115 processos já apreciados, 755 foram confirmados. O reconhecimento não é garantia de recebimento da indenização. A comissão é formada por quatro representantes do governo, dois representantes da Ordem dos Advogados do Brasil, um do Conselho Regional de Medicina e um da Associação Brasileira de Imprensa.
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Assuntos da Folha SP para o dia do Soldado.
Governo culpa ditadura por tortura e mortes
Livro diz que "enfrentamento produziu vítimas" militares
Secretário foi preso político por cinco anos
Livro põe em xeque anistia a militares
SILÊNCIO: EXÉRCITO NEM MINISTÉRIO DA DEFESA SE MANIFESTAM SOBRE ASSUNTO
Este pasquinzinho paulista é o mais revanchista de todos, não publicou uma linha sobre o Dia do Soldado.
Governo culpa ditadura por tortura e mortes
Livro diz que "enfrentamento produziu vítimas" militares
Secretário foi preso político por cinco anos
Livro põe em xeque anistia a militares
SILÊNCIO: EXÉRCITO NEM MINISTÉRIO DA DEFESA SE MANIFESTAM SOBRE ASSUNTO
Este pasquinzinho paulista é o mais revanchista de todos, não publicou uma linha sobre o Dia do Soldado.
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