Diretora da ANAC incentivou aéreas à reação contra Governo

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Diretora da ANAC incentivou aéreas à reação contra Governo

#1 Mensagem por jambockrs » Seg Ago 13, 2007 2:12 am

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Diretora da ANAC incentivou aéreas à reação contra Governo.
Apesar de ser funcionária de um órgão criado para regular e fiscalizar serviços das empresas aéreas, a diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu incentivou as companhias a reagirem contra a decisão do governo de reduzir o tráfego no Aeroporto de Congonhas, zona sul de São Paulo, tirando dele o papel de ponto de conexão para a maioria dos vôos do País. Em reunião no Rio, no dia 26, Denise discutiu abertamente com representantes das empresas uma forma de driblar a proibição das conexões em Congonhas, palco, nove dias antes, da tragédia com o Airbus da TAM, na qual morreram 199 pessoas.
A reportagem do jornal O Estado de S.Paulo apurou com três participantes da reunião, em conversas separadas, que Denise disse, mais de uma vez, que as empresas podiam recorrer à Justiça contra a proibição. "Vocês podem reagir a isso porque têm poder econômico." E acrescentou: "A Anac não pode fazer nada, a Anac só fiscaliza, mas vocês podem."
Outro participante da reunião contou que Denise chegou a pedir que fossem ouvidos advogados do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), que se opõe ao pacote do Anac. "Vamos ouvir o setor legal do Snea", sugeriu.
Oficialmente, Denise estava na reunião para exigir o cumprimento da Resolução nº 6 do Conselho Nacional de Aviação Civil (Conac). A resolução sintetiza um pacote anunciado pelo Conac no dia 20 para desafogar Congonhas. A Anac é subordinada ao conselho. "Ela conduziu a reunião no sentido de criar obstáculos à implantação das medidas", avaliou, taxativo, um participante da reunião.
A reportagem procurou Denise na quarta-feira. Por meio da assessoria de imprensa da Anac, ela disse que recomendou às empresas o cumprimento das normas do Conac. Ontem, por meio de sua assessoria, negou que tenha estimulado as empresas a reagirem. Ela informou que, na reunião, sugeriu que formalizassem dúvidas, queixas e propostas em um documento dirigido à Anac e prometeu encaminhá-lo ao ministro da Defesa, Nelson Jobim. Segundo a assessoria, o que ela disse aos representantes das empresas foi: "Se querem reagir, escrevam um documento e eu encaminho." O documento foi entregue à Anac e será repassado a Jobim nesta semana. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Agencia Estado - 12/8/2007 08:01

Diretora da Anac nega ter incitado aéreas a drilhar normas
SOLANGE SPIGLIATTI - Agencia Estado
SÃO PAULO - A assessoria da diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Denise Abreu, divulgou nota hoje informando que "é totalmente falsa e infundada a afirmação de que tenha havido incitação às empresas aéreas para que desobedecessem ou se rebelassem contra as diretrizes do governo". Ela se referia à matéria publicada hoje pelo jornal O Estado de S. Paulo.
De acordo com a reportagem do jornal, a diretora da Anac teria incentivado as companhias aéreas a reagir à decisão do governo federal de diminuir o movimento no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, palco do maior acidente aéreo do país, com 199 mortes no dia 17 de julho, no vôo 3054 da TAM.
Conforme o Estado apurou, apesar de ser funcionária de um órgão criado para regular e fiscalizar serviços das empresas aéreas, a diretora incentivou as companhias a reagirem contra a decisão do governo de reduzir o tráfego no Aeroporto de Congonhas, zona sul de São Paulo, tirando dele o papel de ponto de conexão para a maioria dos vôos do País. Em reunião no Rio, no dia 26, Denise discutiu abertamente com representantes das empresas uma forma de driblar a proibição das conexões em Congonhas.
Segundo a nota da Anac, durante reunião ocorrida no dia 26 de julho, na sede do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), com representantes das empresas aéreas, "coube à diretora Denise Abreu informar que as diretrizes emanadas pelo Conac terão de ser seguidas pela Anac e que qualquer divergência com as decisões do Conac deveriam ser expostas ao próprio Conac ou ao Ministro da Defesa, Nelson Jobim". Diz a nota que os problemas poderiam ainda ser expostos "ao Poder Judiciário, foro apropriado para a resolução de divergências jurídicas que foram apontadas na ocasião pelo advogado do SNEA, Sindicato Nacional das Empresas Aéreas, Geraldo Vieira".
Entre os presentes à reunião estavam o brigadeiro J. Roberto, do Decea, o presidente do Snea, José Márcio Mollo, e os diretores da Anac Josef Barat e Coronel Jorge Veloso.
A nota diz ainda que "as pessoas de bom senso já devem estar perplexas como a imprensa pode ser tão contraditória". "Uma hora Denise Abreu é tão importante para o Governo Federal que as autoridades se preocupariam em ''''blindá-la''''. Dias depois, a mesma imprensa diz que Denise Abreu faz oposição ao Governo", questiona o texto. "Isso apenas evidencia que há uma deliberada tentativa, por motivos ainda velados, de buscar criar um cenário de desestabilização e dificuldades."
Segundo a nota, "é um absurdo imaginar que uma servidora pública exemplar como Denise Abreu possa rebelar-se dessa forma contra diretrizes superiores. Sua competência de dezenas de anos na gestão pública, em diversos governos, de diferentes partidos, a credencia para a atividade que exerce e sobre a qual está pronta a prestar todos os esclarecimentos necessários".
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#2 Mensagem por faterra » Seg Ago 13, 2007 8:34 pm

Agencia Estado - 13/8/2007 13:22

Jobim promete rever regra que limita vôos em Congonhas
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, prometeu estudar a solicitação das empresas aéreas sobre a mudança nas regras para a decolagem de aviões do Aeroporto de Congonhas. As companhias querem a mudança da determinação que permite somente vôos com até duas horas de duração. O objetivo dos empresários, sugerido hoje na reunião do ministro com três representantes do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (SNEA), é estabelecer o limite com base na quilometragem dos trajetos, que seria de até 1.500 quilômetros.

Jobim pediu que as sugestões apresentadas sejam primeiramente fundamentadas para serem levadas à análise. As empresas reclamam também da dificuldade de cumprir a determinação de que Congonhas deixe de ser o ponto de distribuição de vôo. Durante o encontro, o ministro pediu transparência da relação das empresas com o governo, porque as considera possíveis parceiras no processo de solução da crise aérea. Jobim cobrou ainda solução para o problema do espaço entre as poltronas, que considera pequeno.




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