EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani

[gabriel219]

Seria interessante ter mobilidade estratégica mas o Centauro, mesmo vazio (27 ton), tem um peso que excede a capacidade máxima do C-390.

O que pode manter a aeromobilidade estratégica serão as Bdas de Infantaria Mecanizadas que podem, inclusive, participar de missões internacionais. Caso no futuro a Bda for equipada com Centauros no Esquadrão de Cav Mecanizado, só serão 6 unidades. E a Bda não terá tanta dependência deles pois terá uma Cia Anticarro.

Mas, por ser sobre rodas, ele ainda mantém uma Mobilidade Estratégica se considerar que trafega bem mais rápido e de forma mais versátil que uma viatura sob lagartas. Esse conceito de Mobilidade Estratégica sem a utilização de transporte aéreo também é válido, vide as Brigadas Médias na Itália, que tinham essa exata função, desconsiderando a aerotransportabilidade. Um M60, por exemplo, leva 17 dias pra ir de Campo Grande até Roraima e já ouvi um rumor que um Guarani leva menos do que 5 dias.

O ideal, claro, seria reposicionar as Bda Cav Mec, como eu vivo mencionando.

Eu até vejo a questão de aerotransportabilidade de Inf Mec no Brasil um tanto quanto dúbia, pois no máximo, com extremo esforço, enviaríamos talvez uma Cia completa. Seria diferente se tivéssemos aeronaves de transporte estratégico.

[knigh7]

Seria interessante ter mobilidade estratégica mas o Centauro, mesmo vazio (27 ton), tem um peso que excede a capacidade máxima do C-390.

O que pode manter a aeromobilidade estratégica serão as Bdas de Infantaria Mecanizadas que podem, inclusive, participar de missões internacionais. Caso no futuro a Bda for equipada com Centauros no Esquadrão de Cav Mecanizado, só serão 6 unidades. E a Bda não terá tanta dependência deles pois terá uma Cia Anticarro.

Mas, por ser sobre rodas, ele ainda mantém uma Mobilidade Estratégica se considerar que trafega bem mais rápido e de forma mais versátil que uma viatura sob lagartas. Esse conceito de Mobilidade Estratégica sem a utilização de transporte aéreo também é válido, vide as Brigadas Médias na Itália, que tinham essa exata função, desconsiderando a aerotransportabilidade. Um M60, por exemplo, leva 17 dias pra ir de Campo Grande até Roraima e já ouvi um rumor que um Guarani leva menos do que 5 dias.

O ideal, claro, seria reposicionar as Bda Cav Mec, como eu vivo mencionando.

Eu até vejo a questão de aerotransportabilidade de Inf Mec no Brasil um tanto quanto dúbia, pois no máximo, com extremo esforço, enviaríamos talvez uma Cia completa. Seria diferente se tivéssemos aeronaves de transporte estratégico.

No passado eu já havia levantado essa questão com um Coronel do EB.

Segundo ele, é possivel compor os regimentos de Cavalaria Mecanizados com umidades de outras brigadas. Aliás, cada DE deve ter um regimento de Cavalaria subordinado diretamente a ela e pode fazer essa composição.
Contimuando com a argumentação dele: o EB realizou uma pesquisa com 12 países com experiência em combate e ainda consideram as viaturas sob lagartas muito importantes para missões.

O EB vai ter muitas unidades sobre rodas. Se tirassem as lagartas, apenas sobrariam as 2 Bdas Blindadas com elas.

Se o EB optar por se desfazer dos RCBs (SL, friza-se) nas Bdas Cav Mecanizadas vai ser por questão de custos, pois qualquer CC e IFV que prestem (portanto não estou falando de um TAM da vida) são mais caros de adquirir e operar que os blindados SR.

E concordo com vc que em RR deve-se ter um RCB.

[gabriel219]

No passado eu já havia levantado essa questão com um Coronel do EB.

Segundo ele, é possivel compor os regimentos de Cavalaria Mecanizados com umidades de outras brigadas. Aliás, cada DE deve ter um regimento de Cavalaria subordinado diretamente a ela e pode fazer essa composição.
Contimuando com a argumentação dele: o EB realizou uma pesquisa com 12 países com experiência em combate e ainda consideram as viaturas sob lagartas muito importantes para missões.

O EB vai ter muitas unidades sobre rodas. Se tirassem as lagartas, apenas sobrariam as 2 Bdas Blindadas com elas.

Se o EB optar por se desfazer dos RCBs (SL, friza-se) nas Bdas Cav Mecanizadas vai ser por questão de custos, pois qualquer CC e IFV que prestem (portanto não estou falando de um TAM da vida) são mais caros de adquirir e operar que os blindados SR.

E concordo com vc que em RR deve-se ter um RCB.

Ao contrário, a ideia não é se desfazer das RCBs, mas reaproveitá-las para formar uma nova Bda Blind, que pra mim deveria ser estacionada em algum ponto do Centro-Oeste, especialmente MT.

Na minha opinião, o melhor uso da Bda Cav Mec seria uma Bda Cav Mec "Coringa", modernizando as doutrinas atuais, porém criando talvez a mais importante:

Brigada FAR-E de Choque: basicamente, seria o uso extenso das rodovias e dos próprios meios, considerando extenso equipamento com canhões 120 mm, 30 mm e Msl AC, com prospecção para drones - loitering ou convencional - para dar um poder de choque em operações de Defesa Externa. Por isso eu removeria os RCBs, transformava em uma Bda Blind e transferia duas Bdas Cav Mec para outras regiões, uma no Norte (penso em Rondônia) e outra no Nordeste (penso no Piauí). Outra opção interessante seria uma Bda Cav Mec em Macabá, transferindo a 23ª Bda Slv para a margem Norte do Amazonas, neste caso, sendo a Bda Cav Mec que seria transferida pro Norte sendo esta, enquanto a outra ficaria no Piauí, com fácil acesso a toda região e ao interior do País, com caminho direto para Brasília.

Cada Bda Cav Mec estaria a, ao menos, cinco dias de qualquer ponto do país, 48 horas de qualquer ponto de sua região de responsabilidade.

[FCarvalho]

Esqueçam qualquer coisa mecanizada que não seja no Pará ou em Roraima. O resto da região não existe trafegabilidade para veículos bldos.
Uma brigada mecanizada ou um RCM subordinado à 23a Bda Inf Slv - OM da reserva estratégica do EB para a região - já estaria de bom tamanho para eventualidades na foz do Amazonas.
Um RCM em Roraima também está de bom tamanho, embora o estado só possua um único batalhão de selva, no caso o 7o BIS.
E o estado tem de cerca mil km de fronteira com Venezuela e Guiana.

[knigh7]

Relatório de Gestão -2022 do EB:

[knigh7]

do relatório de gestão do MD:

[FCarvalho]

Apenas 6 Remax compradas durante o ano inteiro. Não sei como a Ares não foi à falência até hoje. A empresa deve ter um portfólio muito grande de produtos para não depende apenas das encomendas do exército.
Dá para entender porque defenestraram o desenvolvimento da TORC30 pela empresa.

[Viktor Reznov]

Apenas 6 Remax compradas durante o ano inteiro. Não sei como a Ares não foi à falência até hoje. A empresa deve ter um portfólio muito grande de produtos para não depende apenas das encomendas do exército.
Dá para entender porque defenestraram o desenvolvimento da TORC30 pela empresa.

Nem eu. A linha de montagem das torres REMAX deve ser dois caras que trabalham 5 dias por semana em meio período.

[Pablo Maica]

Apenas 6 Remax compradas durante o ano inteiro. Não sei como a Ares não foi à falência até hoje. A empresa deve ter um portfólio muito grande de produtos para não depende apenas das encomendas do exército.
Dá para entender porque defenestraram o desenvolvimento da TORC30 pela empresa.

Nem eu. A linha de montagem das torres REMAX deve ser dois caras que trabalham 5 dias por semana em meio período.

Só se o da manhã faz a montagem e o da tarde revisa o trabalho feito pela manhã, dois candango na montagem devem finalizar pelo menos umas 12 por ano.

Na aviação civil existe um ditado que diz que a maneira mais rápida de um bilionário virar um milionário, é comprar uma companhia aérea. Investindo na área da defesa no brasil, se sobrar uns milhões é sucesso.


Um abraço e t+

[FCarvalho]

Eu simplesmente fico impressionado como eles conseguem manter uma linha de produção deste sistema. E olha que não faltam veículos que possam receber as Remax. Mas parece que os caras do EB só entendem um produto para um tipo de veículo e pronto. Como se cada vetor tivesse que ter uma versão da Remax para chamar de sua.

Pior é notar que as bdas inf e cav mec terão mais veículos equipados com Reman\Remax do que UT30, indo na contramão do que se vê lá fora há décadas. Faz sentido, visto que o EB até hoje não sabe o que fazer e como usar nada que não seja uma .50 em cima dos seus bldos.

Fizeram até teste nos M-113 e nada, apesar dos ganhos demonstrados para o veículo. E dizer que não tem grana para comprar mais do 6 por ano chega a ser ofensivo, quando se verifica o tipo de gastos que se tem no orçamento.

[knigh7]

Há 2 anos atrás o diretor da divisão de Defesa da IVECO no Brasil disse que só iriam abrir uma linha de montagem do LMV aqui se a cadência fosse de pelo menos 50 veículos ao ano.

(e provavelmente se tivesse em contrato, com multa e tudo mais...)

Ele sabe como são as coisas aqui.

Mas pelo menos com relaçao ao ritmo de entregas das viaturas Guarani 6x6 bem como o planejado para as versões específicas é possível constatar que o EB mantém a disposição de ter 4 brigadas de Infantaria Mecanizadas.

[knigh7]

As Bda C Mec possuem normalmente 2 RCM. Apenas a 4ª Bda C Mec possui 3 RCM.

Ao todo o EB possui 15 RCM. São 9 vinculados as Bda C Mec, 1 (15º) na 9ª Bda Inf Mtz, 1 (13º) na 11ª Bda Inf Mec, 1 (14º) na 15ª Bda Inf Mec, 1 (19º) na 3ª DE, 1 (12º) na 6ª DE e 1 (16º) na 7º DE.

Por isso que talvez fosse mais interessante um rearranjo de tudo, apostando num Centauro II fazendo o papel de MGS e um VBR Guarani 6x6 para missões de reconhecimento. Teríamos uma viatura altamente capaz porém mais barata que o Centauro II, tudo para completá-lo, mas está sendo mais interessante pagar quase R$ 100 milhões pra um projeto que nem sabemos se irá vingar ou não, isso só na parte dos protótipos.

Se vc notar no planejamento em vigor do EB de modernizar 52 Leo 1A5 e obter até 2040 65 novos CC, os RCBs vão ficar sem um Carro de Combate.
Provavelmente o EB está cogitando em empregar maior poder de fogo trazido pelo Centauro nos Regimentos de Cavalaria Mecanizados.

[knigh7]

Por isso que talvez fosse mais interessante um rearranjo de tudo, apostando num Centauro II fazendo o papel de MGS e um VBR Guarani 6x6 para missões de reconhecimento. Teríamos uma viatura altamente capaz porém mais barata que o Centauro II, tudo para completá-lo, mas está sendo mais interessante pagar quase R$ 100 milhões pra um projeto que nem sabemos se irá vingar ou não, isso só na parte dos protótipos.

Os quantitativos que o EB tem divulgado como pretensão de compra de novos CC e de "modernização" dos Leo 1A5 indicam que a intenção é de se manter 9 SU de CC. Isso me dá entender que o EB pretende manter apenas 3 RCC, provavelmente 2 na 5ª Bda C Bld e 1 na 6ª Bda Inf Blindada, que voltariam a ser ternárias, com 1 BIB na 5ª e 2 BIB na 6ª.

Com isso, as Bda C Mec não teriam mais CC, até porque os Centauros II já as deixarão com um poder de combate (assim entendo) mais elevado que o atual. Mas seria interessante concentrar os Centauros II nas Bda Cav Mec e uma VBR Guarani 6 X 6 para as demais brigadas.

Porém, a distribuição dos Centauros II divulgadas pelo EB, indica a simples substituição de Cascavel pelo Centauro em parte dos RCM, enquanto que outros RCM e os Esqd C Mec ficarão, provavelmente, só com LMV ("Guaicurus").

Os outros manterão os Cascavéis que serão modernizados. O EB planeja ter um total de 296-319 Cascavéis/Centauros:

Aquisição de Centauros até 2037: 98 a 221
Modernização de Cascavéis: 198 a 98
total: 296 a 319 (a diferença de 23 Centauros nessa opção maior provavelmente iriam para as Escolas)

Diga-se de passagem, o EB irá trabalhar com 90 Cascavéis e no futuro Centauros a menos. Cortará 22%. Ele vai reduzir os pelotões de Cavalaria Mec de 7 para 6 Centauros/Cascaveis Modernizados e os esquadrões de Cavalaria Leve (das Brigadas de Inf Leve) não tem o EE-9 na dotação e o EB pretende ficar com apenas 1 brigada Motoriada. Ou seja, as que não forem Mecanizadas e Blindadas +1 serão todas Bdas de Inf Leves não tendo, portanto, Cascavéis/Centauros.

Neste quadro que eu citei, ao substituir os Cascaveis pelos Centauros e eventualmente equipando 2 pelotões anticarro nas Bdas de Inf Mec+ Escolas dariam aprox. de 319 Centauros.

[FCarvalho]

Há 2 anos atrás o diretor da divisão de Defesa da IVECO no Brasil disse que só iriam abrir uma linha de montagem do LMV aqui se a cadência fosse de pelo menos 50 veículos ao ano.
(e provavelmente se tivesse em contrato, com multa e tudo mais...)
Ele sabe como são as coisas aqui.
Mas pelo menos com relaçao ao ritmo de entregas das viaturas Guarani 6x6 bem como o planejado para as versões específicas é possível constatar que o EB mantém a disposição de ter 4 brigadas de Infantaria Mecanizadas.

O exército está tão enrolado com esse problema da falta de orçamento, e por agora o cnte atual não faz questão nenhuma de colocar isso para o público e menos ainda para o congresso, as soluções vão ser cada vez mais azedas daqui para frente. É só ver o caso do PAC Defesa, em que todos os investimentos que não estavam amarrados em contratos foram jogados para a próxima gestão, e quem ganhar que se vire e resolva o que fazer. Neste quadriênio não haverá novidades em investimentos. E se puder cortar mais ainda melhor.

Comprar mais LMV é a fórmula encontrada pelo exército a fim de tentar mobiliar as 4 únicas bdas inf mec que se pretende, já que botar dinheiro no Cascavel 2.0 e Centauro II vai ser algo muito complicado. E isso permite a Iveco manter a linha aberta em MG, já que as quantidades de Guarani tendem a diminuir com o tempo, com as entregas das VBTP sendo substituídas paulatinamente pelas VBE e VBC pretendidas, ambas em quantidades muito inferiores aquela versão, mas bem mais caras.

Infelizmente é a realidade em que estamos metidos há tempos, e da qual não temos como fugir. Defesa está cada vez mais sendo jogada para escanteio, seja por direita, esquerda, meio de campo político. E os oficiais generais estão mais preocupados com soldo e outros benefícios do que em produzir soluções para seus problemas operacionais.

Fazer o que.

[FCarvalho]

Mais um brinquedinho israelense para o EB se divertir com os Guarani.