Novo motor-foguete é capaz de acelerar e desacelerar
Enviado: Dom Jul 29, 2007 6:01 pm
Novo motor-foguete é capaz de acelerar e desacelerar
A NASA divulgou as primeiras imagens do motor-foguete que deverá equipar as naves que descerão na Lua e em Marte, por volta da próxima década. Ao contrário dos motores dos foguetes tradicionais, que apenas podem ser ligados ou desligados, o novo motor é capaz de acelerar e desacelerar. As pequenas imagens da esquerda mostram seu funcionamento em diversos níveis de aceleração.
O novo motor-foguete é chamado CECE ("Common Extensible Cryogenic Engine": motor criogênico expansível básico). O termo criogênico refere-se à utilização de oxigênio e hidrogênio líquidos como combustível.
Base lunar
Os motores dos módulos lunares faziam o mesmo trabalho, mas funcionavam com outra tecnologia. Neles, um combustível altamente corrosivo e o oxigênio eram mantidos separados em tanques pressurizados - bastava o contato entre os dois para que a combustão se iniciasse. Desacelerá-los era uma questão de diminuir a quantidade de combustível que saía dos tanques. Eles trabalharam bem, mas seu princípio de funcionamento não permite que sejam construídas versões muito maiores, necessárias para fazer pousar com suavidade na Lua os equipamentos muito mais pesados necessários para se construir uma base lunar.
Motor-foguete com acelerador
O CECE não é inteiramente novo. Ele utiliza como base o motor RL10, também da época dos primeiros vôos à Lua e utilizado em várias sondas espaciais. A empresa Pratt & Whitney Rocketdyne agora construiu uma nova versão capaz de acelerar entre um mínimo de 10% de potência até a potência total do motor, de forma totalmente controlável e reversível.
Oxigênio e hidrogênio são combustíveis muito mais eficientes, com uma energia contida bastante superior aos propelentes corrosivos utilizados pelos motores do módulo lunar. Isso permitirá que as espaçonaves que irão para a Lua e Marte possam levar mais carga útil. A flexibilidade do novo motor CECE também significa que essas naves poderão ser muito maiores do que os pequenos módulos lunares.
Fonte: Inovação Tecnologica