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Salgado Filho necessita de controladores
Vistoria aponta equipamentos precários e carga de trabalho excessiva
A torre de controle aéreo do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre,precisa de atualização de equipamentos. Também exigiria a contratação de cinco controladores de vôo. As conclusões foram apresentadas ontem por um grupo de procuradores do Ministério Público do Trabalho que investiga as condições de trabalho dos profissionais que atuam no monitoramento do espaço aéreo.
Os procuradores já haviam apresentado os resultados da investigação no dia 4 de junho na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo. Na ocasião, apontaram 40 soluções para a crise, sendo a contratação de 600 controladores a mais importante delas. O grupo fez uma vistoria ontem no Salgado Filho, atualizando as conclusões do relatório.
Segunda Aline Bottari Brasil, procuradora do trabalho no Rio Grande do Sul, o aeroporto opera com 48 controladores, sendo 44 militares e quatro civis. Hoje, os profissionais controlam de 10 a 12 aeronaves simultaneamente, sendo que os horários de pico do Salgado Filho são as quintas, sextas e domingos à tarde, acrescentou Aline. Os controladores ficam sobrecarregados quando atingem o índice de 14 aeronaves monitoradas ao mesmo tempo - o que vem ocorrendo em regiões mais movimentadas.
Segundo Alessandro Santos de Miranda, procurador do trabalho em Brasília e coordenador do relatório, o Salgado Filho tem "nota sete" em termos de condições de trabalho na comparação aos outros 34 aeroportos visitados. As telas dos computadores, compradas na década de 80, foram consideradas outra dificuldade para o monitoramento do tráfego na torre de Porto Alegre.
Os procuradores vão recomendar a atualização dos equipamentos à Infraero. A estatal informou que não vai se pronunciar sobre as conclusões antes de receber o relatório.
As causas do caos aéreo
Outras conclusões do Ministério Público do Trabalho:
1) Número insuficiente de técnicos para resolver problemas com equipamentos;
2) Ausência de quadro reserva de controladores;
3) Salários considerados baixos pela categoria devido ao alto grau de responsabilidade da atividade;
4) Ausência ou insuficiência de mobília ergonômica nos centros de controle;
5) Fadiga e outros transtornos de saúde ocasionados pela sobrecarga de trabalho;
6) Esforço mental exacerbado quando os equipamentos apresentam defeitos;
7) Tríplice regime legal regendo os controladores, o que cria distorções de hierarquia e salários
fonte: jornal "Zero Hora" 17 jul 2007
Um abraço e até mais...

Mas que coisa, não é mesmo? Como ousam pagar pouco a gente especializada deste calibre? Acho engraçado isto...Na hora em que a "bomba" explode, ninguém pensa em fadiga, stress, etc...O culpado sempre aparece e paga caro...