A Embraer na encruzilhada

Área para discussão de tudo que envolve a aviação civil e atividades aeroespaciais em geral como aeronaves, empresas aéreas, fabricantes, foguetes entre outros.

Moderador: Conselho de Moderação

Mensagem
Autor
Avatar do usuário
jambockrs
Sênior
Sênior
Mensagens: 2617
Registrado em: Sex Jun 10, 2005 1:45 am
Localização: Porto Alegre/RS
Agradeceram: 180 vezes

A Embraer na encruzilhada

#1 Mensagem por jambockrs » Seg Mai 21, 2007 6:22 pm

Meus prezados:
A Embraer na encruzilhada
17/05/2007 - Publicidade Por Marcelo Onagaexame
A empresa deve registrar em 2007 o melhor ano de sua história. Mas os dias de crescimento supersônico podem estar no fim
A Embraer, terceira maior fabricante de aviões do mundo, vive um momento paradoxal. Neste ano, a empresa atingirá aquele que deve ser o melhor resultado de sua história de 37 anos. Se tudo correr de acordo com as previsões, a Embraer entregará até dezembro pelo menos 160 aviões comerciais, crescimento de 60% sobre as vendas de 2006. De acordo com os cálculos dos analistas, seu faturamento vai ultrapassar os 5 bilhões de dólares. Os números são o ápice de uma trajetória de crescimento fulminante. Desde 1998, as vendas da Embraer se expandem aos saltos, numa média de 65% anuais. Mas em São José dos Campos, cidade no interior de São Paulo onde fica a sede da companhia, esse desempenho vem sendo comemorado com certa dose de preocupação. O motivo é uma percepção que ganha força entre investidores e especialistas: a de que o ano de 2007 deve ser uma espécie de divisor de águas, que marcará um novo ciclo na história da Embraer. Os anos de crescimento frenético dificilmente se repetirão. "As projeções para a expansão da Embraer são de cerca de 10% ao ano já a partir de 2008", diz Luiz Olimpio Campos, analista de aviação do banco de investimentos Credit Suisse.
As origens da encruzilhada em que a Embraer se situa podem ser encontradas em seu próprio sucesso. No final dos anos 90, os executivos da empresa decidiram investir em um mercado praticamente inexplorado pelos concorrentes, os jatos com capacidade entre 70 e 120 lugares. A estratégia deu certo, incrivelmente certo -- mais que isso, transformou o mercado de aviação regional no mundo. Com o movimento, a Embraer deixou para trás sua maior concorrente, a canadense Bombardier, com quem disputou por uma década o mercado de aviões pequenos (com no máximo 50 lugares). As linhas ERJ 145 e EMB 170/190, desenvolvidas após a privatização da Embraer em 1994, deram origem a um fluxo de pedidos que explica o crescimento visto nos últimos anos. A má notícia é que, justamente pelo sucesso da estratégia, esse mercado se esgotou. Há pouco espaço para o lançamento de novos produtos. O executivo Maurício Botelho, que presidiu a empresa desde sua privatização até o mês passado, afirmou que seria uma loucura fabricar aviões maiores do que o EMB 195, com capacidade para transportar até 118 pessoas. A razão é prosaica. Um jato maior incomodaria a americana Boeing e a francesa Airbus, as maiores fabricantes do mundo. "Competir com Boeing e Airbus é pouco recomendável", disse Botelho antes de deixar o comando da companhia. (Em abril, ele foi substituído por Frederico Fleury Curado na presidência.)
A falta de espaço é o grande problema da Embraer. Ao mesmo tempo que se vê limitada para crescer no mercado das maiores potências da aviação civil, a empresa começa a ser incomodada em seu mercado cativo. A Bombardier lançou um avião de 100 lugares. E fabricantes russos e chineses também já anunciaram que vão entrar na briga. Diante dessa sinuca estratégica, a empresa começou a buscar alternativas. Seus novos lançamentos serão concentrados em dois segmentos. Um deles é o mercado de jatos executivos, que responde por 15% de seu faturamento. Foram anunciados recentemente novos projetos nessa área. Os principais são os Phenom 100 e 300 (com capacidade para até nove passageiros) e o grandalhão Lineage 1000, um dos maiores jatos executivos do mundo. O lance mais ousado veio em abril, quando a Embraer anunciou que pretende entrar com força redobrada na aviação militar, hoje uma atividade marginal, responsável por apenas 6% de suas receitas. A companhia estuda fabricar um avião militar de transporte com capacidade de 19 toneladas para concorrer com o consagrado Hercules C 130, da americana Lockheed Martin, um titã que domina o mercado há cerca de 50 anos. De acordo com Luiz Carlos Aguiar, vice-presidente da Embraer para a área de defesa, há um mercado potencial de 700 aviões nessa categoria.
Um abraço e até mais...




Um abraço e até mais...
Cláudio Severino da Silva
claudioseverinodasilva41@gmail.com
Responder