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Sindicato vê controlador sob pressão e teme 'tragédia'
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Tráfego Aéreo do Rio, Jorge Botelho, advertiu ontem que a população está sendo colocada em risco, por causa da postura da Aeronáutica de pressionar os controladores de vôo nos interrogatórios do Inquérito Policial Militar (IPM) aberto para investigar o motim de 30 de março. “O problema maior é que muitos deles saem do interrogatório completamente abalados e são obrigados a assumir seus postos nas mesas de controle de tráfego aéreo, colocando em suas mãos a vida das pessoas. O risco de acontecer uma tragédia é muito grande.”
Ele acrescentou que “teme pelo que possa acontecer”. “E aí não adianta dizer que não houve um aviso.” A Aeronáutica informou que conduz o IPM dentro das formalidades que o inquérito exige e em nenhum momento houve comprometimento da segurança de vôo.
Botelho disse estar “muito preocupado” com o estado emocional dos sargentos-controladores. “As ameaças têm sido enormes nos interrogatórios e o ambiente nos Cindactas está muito pesado.” Ele ressaltou que há também preocupação com o fato de a Polícia Federal pedir o indiciamento de três sargentos que estavam monitorando o vôo Legacy que se chocou com o Boeing da Gol, em setembro, no maior acidente aéreo da história do Brasil.
O sindicalista defende que, com os militares, seja usado o mesmo procedimento de funcionários civis. Ou seja, enquanto eles estiverem sob investigação, devem ficar afastados do trabalho. A FAB não se pronunciou sobre afastamentos.
fonte: jornal "Estado de São Paulo" - Tania Monteiro
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Controladores estão sob pressão
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