Já a proposta de financiamento é bastante concreta e atraente...
(...)
Afora esses aspectos, Janér acredita ter em mãos um outro trunfo de peso: condições de financiamento extremamente vantajosas. "
Nossa proposta prevê 100% de financiamento do valor do contrato, estimado em US$ 4,5 bilhões, que é metade do preço do concorrente francês, oito anos de carência, 15 anos para pagar e juros de 4,21% ao ano”.
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Mais trechos do
Especial Gripen:
http://www.cnmcut.org.br/sgc_data/publi ... BCD_1a.pdf
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Na reserva da
Aeronáutica brasileira, o brigadeiro do ar
Fernando Cima, assessor da SAAB no Brasil,
defende com o mesmo entusiasmo a aeronáutica
brasileira e a alternativa Gripen
NG para a FAB.
Para ele, a Aeronáutica
está muito tranqüila em relação ao posicionamento
do presidente Lula ao lado do resultado
pró Gripen obtido na concorrência
feita pela FAB. “Comparar o Gripen NG
com as alternativas disponíveis é o mesmo
que comparar a atual geração de telefones
celulares com os tijolões oferecidos aos consumidores
há 12 anos”, brinca.
Para Fernando Cima, o que está sendo oferecido
ao Brasil é a oportunidade de participar,
ao lado de um país que já produziu duas
gerações de caças militares de um projeto de
desenvolvimento de uma nova geração do
Gripen. Com metade dos custos, o dobro de
autonomia e motor 20% mais potente, será
capaz de conquistar uma fatia substancial do
mercado internacional desta aeronave.
No caso do acordo com a SAAB, segundo
o brigadeiro, a indústria aeronáutica nacional
vai ganhar novos conhecimentos em
varias áreas. Vai ser capaz de estabelecer um
domínio completo sobre os software de integração
de novos sistemas e novos armamentos.
Terá acesso, enfim, a uma serie de conhecimentos
e “tecnologias duais negadas”,
reivindicadas ao comando da aeronáutica
pela indústria aeroespacial: material composto;
fusão de dados; integração de motores,
de sistemas em geral e homologação de
produtos para validação internacional.
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Para o ex-diretor de Estratégias de Mercado
e Defesa da Embraer, hoje assessor da
SAAB, o engenheiro Anastácio Katsanos,
a experiência junto aos franceses não foi
animadora. “Durante oito anos a Dassault
foi membro do Conselho de administração
da Embraer, com 20% do capital. Ao longo
desse período, nunca aportaram recursos
para desenvolver nenhum projeto conjunto
com a empresa”, afirma.
(...)
(...)
“
Falei com autoridades da FAB
que me garantiram que o Gripen é o melhor
projeto tecnológico e o que oferece a melhor
relação custo/benefício tanto no aspecto de
aquisição como no de manutenção.”
Na defesa assumida da proposta da
SAAB, Marinho, que foi Ministro do Trabalho
e da Previdência, chegou a cutucar o
ex-colega do Ministério da Defesa Nelson
Jobim. Em declaração à repórter Karen
Marchetti, do Jornal ABCD Maior, afirmou:
“O Jobim foi voar no Rafale e não foi
sequer conhecer o Gripen. Então me parece
que aí tem falta de transparência por parte
de quem está conduzindo o processo”. Algo
como dizer todos podem ter seu time de
futebol de coração, mas que os juízes precisam,
ao menos, ter um comportamento
pautado pela isonomia.
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