Novo Fuzil para o EB

[dalton romao]

é verdade, marcelo, acabamento não faz muita diferença mesmo na hora H, com relação a pane de trancamento incompleto que o túlio se refere, realmente não sei se teria "cura", é grave, li relatos de israelenses se queixando disso nos combates nos anos 60 se não me engano. eu, no meu tempo de CPOR, talvez por poucos tiros dados, os fuzis serem novinhos, sei lá, nunca vi acontecer.

[henriquejr]

É bom lembrar que os FALs modernizados pela DSA são destinados para o mercado CIVIL americano, onde realmente o acabamento e a estética da arma faz muita diferença!

[Túlio]

é verdade, marcelo, acabamento não faz muita diferença mesmo na hora H, com relação a pane de trancamento incompleto que o túlio se refere, realmente não sei se teria "cura", é grave, li relatos de israelenses se queixando disso nos combates nos anos 60 se não me engano. eu, no meu tempo de CPOR, talvez por poucos tiros dados, os fuzis serem novinhos, sei lá, nunca vi acontecer.

Mataste a charada do porquê de o FAL ser essa lenda toda entre nós: atira pouco! Mas, como testemunharam Israelenses e Sul-Africanos, te metas em batalhas ferocíssimas em clima quente e verás acontecerem coisas do arco da velha, como fuzil disparar sem pressionar o gatilho ("cook-off") e soldado tendo que desmontar o fz para desencravar cartucho, o qual não pode ser puxado de volta nem enfiado na marra para dentro da câmara porque a alavanca de manejo não é solidária com o ferrolho nem há aquela peça do M16 - replicada no IA2 5,56 - que empurra o cartucho para a câmara...

[dalton romao]

mas aí levanto uma questão, nossos técnicos da IMBEL e o pessoal especializado do Exército sabendo disso, porque não tentaram uma solução? como qualquer arma, de qualquer fábrica, o FAL dá defeito, mas as causas que conheci ou eram por insuficiência de gás e aí bastava uma nova regulagem ou peça com defeito ou gasta, mola, extrator, essas coisas. os relatos eram de arma com extrema confiabilidade.

[Túlio]

Mas há pouco reconheceste que atiraste POUCO, cupincha...

E isso sempre foi PADRÃO no EB. Assim, dificilmente devem ter surgido problemas como os citados, ao menos em quantidade suficiente para acionar a busca por soluções. Aliás, a que os Israelenses e Sul-Africanos encontraram foi trocar de fuzil...

[marcelo bahia]

é verdade, marcelo, acabamento não faz muita diferença mesmo na hora H, com relação a pane de trancamento incompleto que o túlio se refere, realmente não sei se teria "cura", é grave, li relatos de israelenses se queixando disso nos combates nos anos 60 se não me engano. eu, no meu tempo de CPOR, talvez por poucos tiros dados, os fuzis serem novinhos, sei lá, nunca vi acontecer.

Mataste a charada do porquê de o FAL ser essa lenda toda entre nós: atira pouco! Mas, como testemunharam Israelenses e Sul-Africanos, te metas em batalhas ferocíssimas em clima quente e verás acontecerem coisas do arco da velha, como fuzil disparar sem pressionar o gatilho ("cook-off") e soldado tendo que desmontar o fz para desencravar cartucho, o qual não pode ser puxado de volta nem enfiado na marra para dentro da câmara porque a alavanca de manejo não é solidária com o ferrolho nem há aquela peça do M16 - replicada no IA2 5,56 - que empurra o cartucho para a câmara...

Túlio e Dalton,

O nobre colega Túlio pôde relatar casos de pane de trancamento incompleto com o FAL, mas -assim como Dalton- desconheço casos semelhantes a esses que tenham ocorrido com conhecidos meus da PM ou do exército. Como não sou militar (apenas "ex-neto" e sobrinho) nem policial, não tive a oportunidade de disparar com fuzis da IMBEL. Tive oportunidade apenas de experimentar o PARAFAL basicão da DS Arms quando fui à Florida ainda adolescente. Lá fui apresentado a um cara que colecionava rifles. Consegui dar uma escapada da família e fui à fazenda do cara com o amigo que me apresentou. Fiquei fascinado com a possibilidade de ver em ação vários fuzis que eu nunca tinha visto na minha vida. Pude experimentar, além do PARAFAL, o G33 e o M-16. O cara me disse que o FAL era o melhor deles e não me lembro (faz muito tempo) dele ter comentado algo sobre alguma pane. É óbvio que acredito na palavra do colega Túlio. Fora essa experiência "americana", a única arma de cano longo que utilizei com muitos disparos foi um rifle Winchester 1894 que pertence a meu tio.

Sds.

[marcelo bahia]

Mas há pouco reconheceste que atiraste POUCO, cupincha...

E isso sempre foi PADRÃO no EB. Assim, dificilmente devem ter surgido problemas como os citados, ao menos em quantidade suficiente para acionar a busca por soluções. Aliás, a que os Israelenses e Sul-Africanos encontraram foi trocar de fuzil...

Então os israelenses fizeram uma má troca; trocaram por M-16A2 e depois o M-4A1. Certamente nada confiáveis!

Abraço.

[Túlio]

A história é mais complicada do que isso, Marcelo. Pronto o GALIL, os ianques inundaram Israel com M-16/CAR-15 a preço de banana. Já os Sul-Africanos, que não tiveram a mesma "colher de chá", usam até hoje a sua versão do Galil, ele próprio uma modificação do AK-47. O fato restante é que AMBOS combateram com o FAL e ambos o substituíram após verem os resultados...

[dalton romao]

é fato, não se tem como dizer que um fuzil baseado no AK seja pior no item incidentes do que um FAL ou outro qualquer. a mecânica do AK é mesmo imbatível pela sua simplicidade. e pode mesmo ser esse o fato, túlio, poucos disparos para ocorrerem esses relatos. mas depois de 40 anos de uso não deveria ser assim. servi em 71 no CPOR RJ e depois passei mais um ano como segundo tenente no Sampaio.

[Bolovo]

A história é mais complicada do que isso, Marcelo. Pronto o GALIL, os ianques inundaram Israel com M-16/CAR-15 a preço de banana. Já os Sul-Africanos, que não tiveram a mesma "colher de chá", usam até hoje a sua versão do Galil, ele próprio uma modificação do AK-47. O fato restante é que AMBOS combateram com o FAL e ambos o substituíram após verem os resultados...

Na boa. Todo mundo que teve o FAL trocou. Bélgica, Reino Unido, Israel, África do Sul. Essa joça só é cultuada aqui. E não me venha falar que são países ricos blá blá blá. Nosso PIB é maior do que qualquer um desses que eu citei.

[dalton romao]

trocaram por causa da troca de calibre na OTAN e não porque eram problemáticos. aliás os fuzis ingleses que substituíram o FAL deram problemas pacas até a HK intervir. eram uma porcaria e muitos soldados preferiam ter de volta o velho e bom FAL.

[Bolovo]

Se fosse só por causa do calibre eles poderiam ter feito um MD-2... só colocar o 556. Vc sabe que não foi só isso.

[henriquejr]

O FAL foi, sem dúvidas, um dos melhores fuzis de sua geração! E outra, não concordo com o Túlio quando ele diz que o EB (e consequentemente o CFN) é uma lenda nessas forças porque atiraram pouco com ele!! Tem unidades do EB que se atira muito, quem não costuma dar tantos tiros são os conscritos, que recebem apenas treinamento básico. Os formadores de opinião do EB, geralmente especialistas de unidades mais operacionais, é que devem ter suas opiniões levadas em conta. Lógico que o tempo do FAL já passou, é um projeto antigo e ultrapassado para os padrões atuais, e é por isso que o CFN trocou os seus e o EB ta se movimentando no mesmo sentido.

É muito fácil comparar M-16 (das versões atuais), G36, HK-416/417, etc... que adotaram mecanismos mais modernos e soluções para os problemas apresentados nos fuzis de geração anterior com um FAL. Cada um no seu lugar. Essa é a minha opinião!

[dalton romao]

os problemas eram mais relacionados com tamanho, peso e munição que estavam fora de padrão pro combate da época. hoje parece que o 5.56 não é unanimidade, bolovo. é lógico que o ferrolho rotativo vem demonstrando ser superior, isso não dá mesmo pra se questionar. o que quero dizer com relação ao FAL IA2, é que pelo menos ele incorporou uma certa modularidade e teve alguns pontos críticos melhorados, o que pra nós, como dominamos toda sua expertise, de certa forma é vantajoso.

[prp]

Nao vejo vantagem em fabricar um dinossauro.