UCRÂNIA

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Re: UCRÂNIA

#9601 Mensagem por Suetham » Qui Mai 04, 2023 12:50 pm

gabriel219 escreveu: Qui Mai 04, 2023 2:10 am
Suetham escreveu: Qui Mai 04, 2023 12:07 am
Estão relatando que foram 2 drones kamikaze nesse ataque. Um drone foi abatido pelo Pantsir(9M335???) devido ao efeito da ogiva de fragmentação de haste contínua do míssil. O segundo drone não foi abatido pq o Pantsir lançou o míssil mas não chegou a tempo de interceptar.
Aparentemente não causou muitos danos:
A razão deve ser porque é relativamente normal não deixar todos os tanques cheios. Claramente isso dependeria da política envolvida em torno dos estoques estratégicos, ainda mais essa política envolvida em caso de uma guerra que a Rússia enfrenta atualmente, eu não saberia informar, mas pode ter alguma implicação nesse ataque, além claro, em razão do segundo drone não ter atingido o tanque por causa da interceptação.
gabriel219 escreveu: Qui Mai 04, 2023 2:10 am Mais tarde devo responder o post.
[009]

Só para deixar claro, eu sei mt bem que a Ucrânia teria problemas em várias coisas que eu abordei, como por exemplo, na inviabilização da logística russa, pois, todas as locomotivas da Rússia usados na Ucrânia são a diesel, dessa forma, a Ucrânia não teria como inviabilizar atacando por exemplo os interruptores e/ou subestações de energia, além de atacar os trilhos não seria a melhor forma:


Os russos tem uma tropa ferroviária bastante competente. Apenas declarando um curso de ação ucraniano para capturar territórios ao sul do T.O.




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Re: UCRÂNIA

#9602 Mensagem por Suetham » Qui Mai 04, 2023 12:53 pm

gabriel219 escreveu: Qui Mai 04, 2023 11:15 am Pra quem não poderia produzir mais BMPs, segundo uma tal de Patrícia:

Ela tá ganhando visibilidade mt rápido. Falta mt pouco para ela começar a ser citada em canais oficiais.

Aparentemente, todos com o Sodema. Será o mesmo tipo de mira para o Sprut-SDM1:
https://eurasiantimes.com/offered-to-in ... prut-sdm1/




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Re: UCRÂNIA

#9603 Mensagem por Suetham » Qui Mai 04, 2023 12:57 pm


Com o Pion, os projéteis são poderosos o suficiente para destruir armazéns inteiros com apenas 2 rodadas. Eles são eficazes e se encaixam mt bem no exército russo. Eu esperaria alguma evolução do Pion pela AFU com a sofisticação e inteligência da OTAN.


Bastante interessante o lançamento do Geran-2 mostrando o propulsor de foguete auxiliar, o Geran-2 ganhando altitude, esse motor é dispensado e o motor a pistão começa a funcionar.

https://www.gzeromedia.com/by-ian-bremm ... -and-peace
Ukraine’s counteroffensive: Prospects for success, unity, and peace

Um dos primeiros vídeos do IRIS-T em ação na Ucrânia
(Este sistema é o mais moderno que o ucraniano tem até hoje)



Com Lancet, a Rússia atacou um radar de vigilância aérea 36D6 recentemente e foram divulgados as imagens de um ataque(de fev de 2023) a um lançador do S-300.



Muito interessante a abordagem de ambos os lados usarem drones FPV para atacar as trincheiras.




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Re: UCRÂNIA

#9604 Mensagem por Suetham » Qui Mai 04, 2023 12:58 pm






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Re: UCRÂNIA

#9605 Mensagem por gabriel219 » Qui Mai 04, 2023 1:41 pm

Fiz um rearranjo aqui das suas palavras para poder responder melhor.
Suetham escreveu: Qua Mai 03, 2023 10:50 pm Essa infiltração pode ser feito utilizando lanchas pequenas ou médias, com outros tipos de barcos sendo utilizados para o emprego de tropas mais pesadas, o uso de barcaças em si só seria utilizado quando o grosso das tropas pesadas começassem a constituir os escalões necessários para o translado pelas For Dbq, na qual constituem as forças de segundo e terceiro escalão, inclusive as dotadas de CC e equipamentos mais pesados. Antes disso tudo, haverá o emprego de DRGs, seja para realizar o trabalho de reconhecimento em profundidade, ou mesmo em assalto aéreo à noite entre outros, inclusive sabotagem.

Talvez 1 ou 2 dos possíveis pontos de desembarque que eu mencionei pela falta de infraestrutura que não sejam passíveis de transposição dos equipamentos pesados no momento do assalto, já todos que eu citei possuem capacidade de qualquer unidade leve realizar a transposição, por isso a necessidade da operação de junção das cabeças de pontes, assim que as tropas constituírem e consolidarem as cabeça de pontes, os locais possíveis de serem permissivos de transposição das unidades mais pesadas começaria a entrar em operação.

Eu sei exatamente o que vc está pensando, colocando que a AFU precisaria transportar nas primeiras levas as unidades pesadas para consolidar a cabeça de ponte, só que isso não é realmente necessário e isso tem um motivo bem claro na operação visada, a AFU seria totalmente antiprofissional em tentar transpor o rio onde o inimigo estaria fortemente defendido, uma das preposições na transposição do rio é justamente evitar onde o inimigo está altamente capacitado com materiais pesados na outra margem, a AFU consegue explorar isso na área de Dnipro em torno de Energodar pq existem muitos pontos onde a Rússia não está fortemente defensável.

Voltamos ao mapa.
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As únicas áreas que tem alguma barreira ou fortificação é Ivanivka e Mala Lepetykha. O resto dos locais não possuem a mínima barreira e mesmo assim, as barreiras e fortificações em Ivanivka e Mala Lepetykha serão imediatamente bombardeados antes de qualquer translado, com elementos DRGs transmitindo as coordenadas ou mesmo já contando com a geolocalização através dos satélites, tudo isso torna mais possível qualquer unidade leve realizar o assalto ribeirinho, incluindo com Op Amv.

(...)Eles não precisariam construir cais. Basta contar com balsas assim como os russos fizeram em Kherson após a inviabilidade da travessia de material pesado para a margem direita de Kherson. Com balsas, há muitas opções para os russos desembarcar material pesado, não necessariamente contando com cais, onde locais com orla que dá acesso as vias já são possíveis.
Não, não, entendeste errado. A primeira leva deverá ser somente Infantaria Leve - provavelmente da 35ª, se existir tropas dessa Brigada disponíveis, pois sofreram perdas catastróficas durante a ofensiva em Kherson, foram utilizadas como ponta de lança - pois assim

Após um estabelecimento de cabeça-de-praia, terão que transportar carros de combate, viaturas anfíbias - podem ir por próprios meios - e peças de artilharia, pois passando 4 km a partir de Energodar, o apoio da artilharia fica impossibilitado. Mesmo que a Ucrânia tenha recebido peças que disparam por volta das 36 km, o tiro de artilharia se dá bem antes. Um exemplo é nosso uso próprio dos Obuses, como por exemplo os M114, onde mesmo que tenha 14,600 m de alcance, seu disparo prático preciso é de 9-10 km, para que se tenha um CEP aceitável para suprimir posições inimigas. Uma prova de que os Ukrs não operam diferente são M777 sendo abatidos muito próximo da cidade de Kherson, bombardeando posições Russas marginais ao Dniper, praticamente na metade do alcance dos M777.

Então o que quero dizer é a infantaria leve Ucraniana construindo uma cabeça-de-praia segura, infantaria aeromóvel iria nos Mi-8 tomar posições com mísseis anticarro à frente para quebrar reforços - manobra semelhante a Egípcia em Yom Kippur - e após, numa segunda onda, transportar material pesado. O que eu questiono aqui é como conseguirão manter a cabeça-de-praia no primeiro momento, se não mantiverem, acaba a operação e até agora as três maiores tentativas, que no total foi algo próximo a 700 tropas - juntando as três - mal conseguiram se estabelecer nos locais de desembarque muito devido a artilharia e ação da VKS, nem muito da Infantaria.
Suetham escreveu: Qua Mai 03, 2023 10:50 pmO mapeamento não mostra nenhuma série de fortificações em Velyka Lepetykha, apenas na vizinha Mala Lepetykha que está em torno de 13 km de distância de Velyka Lepetykha, além disso, não acredito que tenha material pesado ali pq seria mt difícil para a logística russa manter armamentos pesados nessa direção, talvez tenha em Ivanivka por estar mais próximo da linha ferroviária e mais próximo de Energodar, mas não em Velyka Lepetykha. O que tem em Velyka Lepetykha é isso aqui:


Como eu disse, se os russos tivessem uma série de fortificações em toda essa faixa que compreende desde Velyka Lepetykha até Dniprorudne, eu concordaria com vc que seria extremamente impossível para a AFU realizar qualquer transposição quando existe mt material pesado do inimigo na outra margem dando apoio à defesa constituída à frente ao rio, mas não há, apenas em 2 assentamentos em toda essa faixa de 120 km de costa. Com o apoio combinado da AFU, seria possível realizar e constituir cabeças de pontes mesmo com a primeira leva sendo só unidades leves.
Não material pesado Russo, mas a AFU desembarcar material pesado nessa região. Não há pontos bons para ferry boats desembarcar carros de combate e artilharia, teria que achar locais mais próprios para isso, cheguei a citar três.

O por que da cidade não ser adequada? É basicamente uma cidade muito pequena e com construções abertas, muito semelhante a Povrovsk na península de Kinburn, onde a VVS destroçou um desembarque feito pela SBU e dizem talvez a 35ª lá. A AFU precisará desembarcar em áreas mais edificadas para utilizar tais edificações como escudo contra a aviação, já que a capacidade antiaérea contra as aeronaves Russas será mínima ou terão que fazer a escolha de sofia: retirar defesa antiaérea de médio/longo alcance da ofensiva em Zaporizhzhia e das posições de comando em Kiev e Odessa (onde está uma das baterias do Iris-T) para defender tal desembarque. Se for de médio alcance, as bombas planadoras dão a VVS capacidade Standoff.
Suetham escreveu: Qua Mai 03, 2023 10:50 pmEles não precisariam construir cais. Basta contar com balsas assim como os russos fizeram em Kherson após a inviabilidade da travessia de material pesado para a margem direita de Kherson. Com balsas, há muitas opções para os russos desembarcar material pesado, não necessariamente contando com cais, onde locais com orla que dá acesso as vias já são possíveis.
Imagem
A imagem mostra o que eu estou querendo dizer.

Obviamente que isso a longo prazo não seria viável, seria preciso um esforço para constituir uma ponte flutuante ligando ambas as margens, dá para se conseguir essa capacidade com blocos de empresas de engenharia civil pré-montados onde encaixariam embaixo das pontes criando a sustentação, já mencionei isso aqui:
https://defesabrasil.com/forum/viewtopi ... 3#p5628513

Tal bloco seria construído em algum lugar na Ucrânia. Dessa forma, os ucranianos poderiam realizar o transporte delas por via terrestre ou descendo o rio Dnieper. A mesma coisa com relação as balsas. Isso não seria difícil. Ainda mais contando com apoio ocidental. Não é o bicho de 7 cabeças.

Alguma capacidade eles detém, só que o rio Dnieper é mt mais complicado, embora possível:
Entendeste errado novamente.

Quanto a construir cais, estava falando exclusivamente quanto ao desembarque da Operação Overlord e na incapacidade da AFU em construir tais cais para transportar melhor as tropas. Terão que desembarcar em cidades que já possuam tal estrutura e que sejam cidades grandes para se proteger da artilharia e da VVS.

Mais uma vez, translado de ferry boat contando com a sorte de que os Russos não farão nada a respeito, pois um Lancet é o suficiente pra fazer a ferry afundar junto com o que tem nela, nem precisa explodir tudo. Acho que estás contando demais com a passividade dos Russos vendo os Ucranianos estabelecerem cabeça-de-praia e desembarque aeromóvel, passíveis e ainda permitir translado de barcas com material pesado. Fogo de artilharia Ucraniano não impedirá bombas planadoras e nem drones como Lancet como contrabateria ou visando as ferry.
Suetham escreveu: Qua Mai 03, 2023 10:50 pmVocê novamente não está considerando o emprego de armas combinadas da AFU. A tentativa de capturar Dachi foi uma infiltração ucraniana como um assalto tático surpreso, tentando se infiltrar de maneira furtiva, os russos tinham dispositivos de vigilância que reconheceram a tentativa de desembarque. Além disso, a largura do rio nessa área é de apenas 500 metros, bem diferente das demais áreas do rio Dnieper acima desde Velyka Lepetykha até Dniprorudne que vão desde 4 km até 11 km ou mais de largura. Não há comparação. Ainda assim, como eu já volto a repetir, a Rússia não está totalmente vigilante nessa área pq são poucas tropas e elementos de reconhecimento nessas áreas, talvez mais em relação a Nova Kakhovka, a faixa que estende Kherson e Energodar, não o resto.
Sim, estou considerando, cheguei a citar isso no primeiro post. A questão é que estás superestimando a capacidade da artilharia da Ucrânia e deixando o lado Russo simplesmente passível, assim fica fácil criar um cenário ideal para a AFU. Como eu disse antes, já houve uma tentativa de desembarque em Energodar e deu muito, mas muito errado, já conhecemos o modus operandi dos Russos contra um desembarque no Dniper e não estás considerando tal capacidade.
Suetham escreveu: Qua Mai 03, 2023 10:50 pmSim. Concordo.
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Veja como exemplo. Na medida que a Ucrânia tenha conseguido estabelecer a cabeça de ponte, os sistemas SAMs seriam puxados próximo a margem estendendo o alcance dos mísseis dando maior coberta as suas For Dbq de todos os escalões, com o S-300 eles conseguem cobrir toda a área de operação que eu exemplifiquei no post https://defesabrasil.com/forum/viewtopi ... 1#p5632801

O alcance que eu coloquei do S-300 foi de 90 km, se quisermos nos aprofundar melhor e jogar o Patriot lá, esse raio vai aumentar no mínimo 50% em relação ao S-300 considerando a faixa de alcance do PAC-2 GEM-T, então o alcance varia desde 120 km até 160 km, então vai ser um incremento importante aos ucranianos, mas eu não seria tão imprudente a fazer isso, considerando que eles vão colocar o Patriot para defender instalações sensíveis, além disso, o S-300 tem maior mobilidade operacional, algo que o Patriot é inferior ao S-300, então se for SAM de longo alcance dando cobertura as operações, será o S-300.

Com relação ao Ka-52, eles teriam que sobrevoar no mínimo 30 km adentro para caçar e eliminar o S-300, isso sendo bastante otimista, considerando o quão avançado está o S-300 em relação as For Dbq, o que eu duvido mt, não há necessidade de fazer isso, o longo alcance permitiria o S-300 ficar mais em profundidade. Além disso, com o Ka-52 tendo que sobrevoar 30 km em profundidade em direção da outra margem, estão mt vulneráveis a interceptações MANPADS pela AFU, já vimos isso ocorrer bastante na guerra, os russos não utilizariam o Ka-52 dessa forma, o emprego seria de Geran-2/Lancet para caçar, validar, processar e eliminar o S-300, com toda a certeza.
A probabilidade de colocarem Patriot nessa operação é basicamente nula, vão manter em Kiev ou em cidades HUBs.

Sim, do mesmo jeito que o Ka-52 pode estar vulnerável a MANPADS, os Mi-8 para operação aeromóvel também, mas neste caso aparentemente achas que os Mi-8 voarão impune a baixa altura e desembarcar infantaria. Pra estar vulnerável a MANPADS, a Infantaria Leve terá que desembarcar e conseguir derrotar toda a Akhmat antes que os Ka-52 sejam acionados e cheguem até o local de desembarque, algo que não conseguiram fazer da última vez que tentaram. Se o Ka-52 operar somente na margem Russa do Dniper, ficará Stand-off para operar mísseis Hermes e Vikhr contra tropas da AFU que estejam na margem controlada pelos Ucranianos.

Há grande presença de MANPADS pelos Russos nas margens do Dniper, não é a toa a quantidade de helicópteros e aeronaves que eles abateram, em várias regiões, então acho irrealista achar que Mi-8 vai sobrevoar rente ao chão e desembarcar tropas praticamente ileso:



Ka-52 não será responsável por caçar os S-300, os Russos usarão novamente sistemas eletrônicos para detecção de radar e drones kamikaze, como já tem feito ultimamente, vide as baterias destruídas por Lancet em Kherson. Ka-52 será utilizado contra as tropas em operação de desembarque. Se o S-300 ficar muito atrás das posições onde estará feito o ataque, perderão uma grande porção da detecção a baixa altura, se ficarem muito perto, não demorará muito para algum Lancet ou até pior, um Kh-31.

Acho que estás subestimando demais a capacidade de reação Russa, que o relatado aqui não é nem com base teórica, mas no que já chegou a ocorrer.
Suetham escreveu: Qua Mai 03, 2023 10:50 pm Vimos sim o emprego de contrabateria russa em outros cenários. Dificilmente haverá supressão da artilharia ucraniana em Energodar, pq não há tantas tropas de emprego geral lá.

Então vc acha que a Rússia tem artilharia "à vontade" em Energodar. Primeiro que isso não seria possível. O emprego de artilharia é mt mais visado em outros T.O, em Kherson, eu sei que há algumas unidades de artilharia na reserva operacional(pq há chances claras de desembarque), já em Energodar, o seu uso seria ainda menor do que os demais teatros(pq não há chances claras de desembarque). Como eu disse, a Ucrânia teria o fator surpresa aqui, a Rússia não conseguirá deslocar artilharia no T.O quando seria necessário em outras frentes, os russos tem que priorizar as peças de artilharia, o fator surpresa pesa bastante para a Ucrânia deslocar o necessário para suprimir a artilharia russa. Segundo, acho que você está enganado. A Ucrânia consegue em tese suprimir a artilharia russa na área, se deslocar o necessário para o desembarque priorizando de outras frentes, como no C Ex em Poltava, colocando como prioridade a maioria dos suprimentos e peças de artilharia para o C Ex em Dnipro. Terceiro, a artilharia russa não seria o principal obstáculo aqui, mas sim as bombas planadoras do VKS, onde até a aviação tática consegue apoiar a defesa da margem lançando os mísseis e bombas de longo alcance.

(...)O erro de se analisar isso estar em achar que possivelmente seria apenas um único ponto de desembarque. Não será. O erro dos ucranianos foi ter tido a exposição dos meios ofensivos de translado dando chances e tempo de reação aos russos, incluindo o apoio aéreo pelo Ka-52. Esse é o mesmo problema que a AFU vai enfrentar se quiser realizar o desembarque na frente ampla em Energodar, eles vão ter que encontrar maneiras de obscurecer a intenção de desembarcar, o fator surpresa é essencial no sucesso ou fracasso dessa operação. Foi o mesmo tipo de erro que os russos tiveram na tentativa de travessia no rio Seversky Donets, com a AFU se antecipando dos locais de transposição do rio.(...)

(...)Não foi só com apoio do Mi-8, mas de artilharia tbm. Parece-me que os ucranianos atacaram um prédio lá, não lembro bem o que era, mas fontes russas disseram que era um prédio residencial, além do apoio Amv possibilitado pelo Mi-8. Se eu bem me lembro foram 6 grupos de desembarque, com centenas de efetivos. O fator fundamental aqui é que os russos já sabiam da tentativa de desembarque. Não houve efeito surpresa aqui, o fator fundamental para esse tipo de operação. Uma das maiores razões do fracasso e sucesso de uma transposição de curso d'água é o efeito surpresa. Aqui os ucranianos não tiveram. Assim como na tentativa de desembarcar em Kherson.(...)

(...)Como eu disse anteriormente, sobre uma pronta-resposta do VKS, ainda há um intervalo longo entre as etapas da cadeia de comando russo, principalmente no cenário operacional-estratégico, os russos realmente melhoraram esse intervalo de resposta e comando no decorrer da guerra, embora tenham melhorado, ainda assim estão muito atrás do padrão ocidental onde a liberdade operacional dos comandantes em campo ainda prevalece sob o microgerenciamento das decisões tomada a nível de controle estratégico, a Ucrânia treinando há 8 anos com a OTAN, ainda mais após a guerra teria que estar mais avançado do que os russos nesse parâmetro, embora eu não tenho como comprovar isso, mas é bastante verídico que os russos ainda possuem essa deficiência, isso atrasará a resposta do VKS, embora claramente depende de n variáveis. A única certeza é que o VKS não conseguirá realizar o CAP consistentemente na área, a liberdade de ação estará com os ucranianos, não com os russos, pelo fator surpresa.

Sobre a artilharia, concordo. Mas era outro cenário. Se visualizarmos o cenário em que houve o desembarque em outubro de 2022 na área que estamos falando, os russos tiveram antecipação de planejamento e preparação pq os ucranianos foram reconhecidos na tentativa de desembarcar, embora a artilharia russa claramente estaria na operação, ainda assim, mt difícil achar que a Ucrânia seria suprimida, ainda mais se contarmos com o efeito não só da artilharia e aviação, mas SAMs.(...)
Eu não disse isso, disse que os Russos devolveriam com artilharia e não falo somente de artilharia de tubo, mas mísseis, drones kamikaze e bombas da aviação também são artilharia. Inclusive, o principal meio de contrabateria dos Russos são os Kub e os Lancet, não os obuseiros e a aviação.

Quanto a "fator surpresa", desculpa, mas há como ter isso em Energodar. Os Russos de vez em quando destroem armazéns de munição em Nikopol e possuem alta vigilância no Rio, isso não é algo teórico, é algo que já vimos diversas vezes. Possuem tropas com ópticos de sensores cobrindo a maior parte do Rio, se não todo. A AFU levará tempo e estará a mostra ao colocar vários e vários barcos para realizar o translado nas margens, assim iniciando a operação, não sairão do nada debaixo de cavernas e surpreenderam os Russos e ainda sim a o ponto em estabelecer a cabeça-de-praia ilesos. Aqui não digo que todo mundo da AFU sairá de Nikopol, mas se eles conseguem detectar armazenamento de munições, muito provavelmente através do trânsito incomum de veículos médios e pesados em locais com área edificada, que prejudica a visão dos drones, qualquer outro vilarejo qualquer com casas baixas eles conseguem ver claramente tropas da AFU se reunindo perto de barcos.







Mais uma vez, estás subestimando demais a capacidade Russa, quase anulando qualquer ação deles. O desembarque próximo a Dachi só saiu ileso por alguns minutos pois os Russos optaram por não colocar tropas nas ilhas fluviais e nem fortificações, nos demais locais não foi bem assim, como propriamente em Energodar.

Os Russos operam muitos drones na região, então não há como haver um ataque surpresa e a AFU consiga chegar ilesa na margem Russa do rio e só assim os Russos reagirem, é um cenário irreal. A AFU terá que realizar concentração de forças ou terá que optar pro fragmentar em diversos pontos de desembarque, o que praticamente elimina a capacidade de tomarem as posições com presença Russa, pois o fator mínimo de operações ofensivas é possuir 3:1 e não estabelecer cabeça-de-praia, trocar isso por vitória de propaganda e ainda sim seriam vistos se caso tentaram enviar pequenos destacamentos por várias margens do Rio.







É uma operação em que levará semanas para a AFU fazer todo arranjo para realizá-la. Achar que deslocamento de barcas, tropas e alta atividade de veículos de transporte, como caminhões, até civis na região não trará nenhuma suspeita por parte dos Russos é bem difícil. No mínimo os Russos vão ver uma atividade anormal no trânsito de veículos do outro lado do Dniper e vão pensar "hum, tem alguma coisa acontecendo, vou preparar as tropas e aviação".

A não ser que haja um enorme erro Russo, de sei lá estarem dormindo ou bêbados, a AFU consiga o elemento surpresa.

Digamos que a AFU tenha o barco mais veloz possível, operando a 40 nós. Eles levariam 03:14 minutos pra atravessar o rio no trecho mais curto do Dniper, não é possível que ninguém no lado Russo veja isso e ainda mais vários barcos. Piora se houver uma preparação de artilharia por parte da AFU, pois ai nem precisa ver os barcos, os Russos terão certeza que a AFU tentará algo na região.

A AFU só obteve um elemento surpresa em apenas uma região de todo o Dniper e era justamente onde não havia presença Russa, que também não tem relevância estratégica, pois é uma área pantanosa, mas agora os Russos estão na mesma região. Tropas Spetnaz ainda patrulham vários pontos com botes e drones orgânicos.

Basicamente todo seu plano se baseia num elemento surpresa que eu não consigo enxergar com base no que os Russos fazem no Dniper. Não é possível que tenham piorado a vigilância de 2022 até hoje.

Sobre o tempo de resposta da VVS ou da VKS como um todo, bastaria que as tropas Akhmat segurassem por um tempo as tropas da AFU em desembarque. Vai ser Infantaria Leve vs Infantaria Leve e a AFU terá que constantemente fazer várias e várias levas para tentar sobrepujar a infantaria Russa nas cidades e acho muito difícil que façam isso em 10 minutos.

Aeronaves como Ka-52 e Su-30 levarão tempo até chegarem pro combate, porém drones kamikazes já estarão lá atacando o lado Ucraniano do Rio tentando diminuir a frequência de reforços e apoio logístico. A AFU ainda terá que limpar toda a região, criar uma zona bolsão de uns 7 km em torno da cabeça-de-praia, conquistando Velyka Znamyanka, Dniprovka, Novovodyane e Dniprorudne, além de outras ao redor, se entrincheirando, entupindo a região de armas anticarro, pois com toda certeza haveria um ataque blindado Russo a caminho. Vários Mi-8 voando nessas cidades e desembarcando Infantaria, enquanto a outra combate a Russa nas cidades logo atrás. Achas que conseguem realizar isso tudo com base em elemento surpresa e a VKS chegando atrasada?

DETALHE IMPORTANTE: quando falo do emprego da VKS, não estou falando no bombardeio em apoio as tropas Russas nas cidades que estão sendo atacadas, mas sim na margem Ucraniana do Dniper, para cortar as linhas de suprimento.

Se cortar a rota de suprimentos, acabou a operação anfíbia, não precisa nem se preocupar com contrabateria num primeiro momento.
Suetham escreveu: Qua Mai 03, 2023 10:50 pm A AFU já bombardeou pesadamente Energodar e Nova Kakhovka diversas vezes, essa última cerca de 47 desde Outubro 2022. Da mesma forma, os Russos contra-atacaram todas as tentativas com sistemas de foguetes e artilharia de tubo posicionadas em ambas as cidades contra alvos do outro lado do Dniper, antes e após o recuo das tropas Russas da cidade de Kherson. Isso tudo ocorreu após o ataque da AFU contra as usinas de fertilizantes em Nova Kakhovka e deste então houve até envio de Tochka-U dos estoques Russos para a região, segundo fontes. Aliás, a própria ponte em Nova Kakhovka está destruída, assim como a própria Antonovskiy.

Pode ter certeza que o bombardeio será mais intenso. Inclusive com bombas JDAM-ER ou o que for. Se o planejamento deles é desembarcar na outra margem, os elementos DRGs localização e fornecerão as coordenadas para a artilharia ou para a força aérea da AFU lançar as bombas aéreas, isso seria praticável pq não há tanta atividade de aviação de caça lá, os ucranianos podem usar da baixa altitude e lançar próximo dos alvos, como os russos sempre fizeram, o problema aqui começa a ser quando a aviação de caça do VKS for acionada, daí concordo que para a AFU ficaria bastante complicado, mas existe um intervalo de tempo na reação na cadeia de comando, ainda é longo, pelo menos a nível operacional-estratégico, além disso, os russos não podem realizar o CAS em toda a linha de frente persistentemente, eles não tem tantas aeronaves pra isso, sem contar que outras áreas do teatro ainda teriam que ter o apoio aéreo do VKS.
Veja que durante o desembarque em Povroske, em Kinburn, é relatado que a AFU operou Caesar e até Hellfire para apoiar as tropas que desembarcaram na região, mas novamente não impediu da VKS frustrar o desembarque.

Quanto ao uso de JDAM-ER, duvido demais, os Ucranianos não possuem grandes quantidades dessas e devem ser utilizadas em Zaporizhzhia. Não faz sentido o uso de JDAM-ER nas cidades adjacentes a Energodar, até porque não estamos falando especificamente de fortificações e trincheiras, mas de áreas edificadas, ainda correndo um risco enorme de se atingir a Usina e condenando o resto da Ucrânia inteira.

Artilharia de tubo mesmo, M777, TRF1 e mais o que tiverem vai ser mais útil que JDAM-ER nesse cenário.
Suetham escreveu: Qua Mai 03, 2023 10:50 pm Vamos novamente ao mesmo tipo de questionamento referente a área de desembarque. Os ucranianos não desembarcariam onde os russos teriam vantagem defensiva, o provável curso de ação vai ser onde os russos têm menor defesa, incluindo antiaéreas de modo a possibilitar a Op Amv, atacar frontalmente uma área de desembarque com russos fortemente equipados seria uma imprudência. Além disso, os DRGs vão oferecer bastante dados sobre os pontos fortificados, seja com os russos empregando canhões antiaéreos, SAMs, de ombros ou o que for. Uma outra coisa, as unidades AAe só estariam em alerta máximo se houvesse a informação de uma tentativa de desembarque no setor, quando não houvesse essa informação de comando, isso inviabilizaria até mesmo a distribuição dos operadores de MANPADS na faixa de operação compreendida pela sua própria SU.

(...)Novamente o mesmo questionamento. Por qual motivo os ucranianos tentariam forçar um desembarque frontal contra uma margem fortemente defensável pelos russos? É mt imprudência. Eu duvidaria mt disso, ainda mais pensando que as tropas prováveis de assaltos sob obstáculos de água estão sendo treinados pela OTAN.(...)

(...)Lembrando novamente que os Ka-52 só foram acionados pq já estavam em prontidão sabendo-se antecipadamente da área de desembarque, pq os ucranianos conseguiram se expor. Agora, vc imagina o que aconteceria se não tivesse esse alerta e o Ka-52 não estivesse em prontidão e a AFU conseguisse realizar o assalto aéreo, com ajuda da artilharia. No mínimo teria um sucesso tático. É exatamente isso que eu estou tentando te informar.(...)
Os Ucranianos não podem simplesmente desviar pontos fortemente fortificados, se não seus flancos estarão fatalmente expostos. Outro ponto é que o mapa revela fortificações Russas, mas não sabemos como estão as defesas nas cidades nas margens, algumas já são fortificações naturais, já que os próprios Russos sabem que o primeiro encontro será contra Infantaria leve em ambiente urbano e neste caso, as próprias casas e edifícios são fortificações naturais. Se a AFU quiser driblar isso tudo e estabelecer uma cabeça-de-praia em algum vilarejo pequeno ou em uma área aberta, vai ter uma vitória de exatamente 45 minutos.

E andas contando muito que os Ucranianos conseguirão ao fazer um ataque totalmente desavisado, Ka-52 não estarão preparados, MANPADS estarão no paiol enquanto os Mi-8 voam sob as cabeças dos Russos. É simplesmente impossível os Russos estarem tão negligentes assim de não ter, no mínimo, um esquadrão misto de aeronaves, incluso Su-30/25 e Ka-52 de prontidão para atuar na região.
gabriel219 escreveu: Qua Mai 03, 2023 4:28 pm Essa tentativa de desembarque ocorreu justamente durante a ofensiva em Kherson pela a AFU e mesmo com um ataque em larga escala em Kherson, as tropas Russas mostraram presteza para repelir o ataque, impedindo que tropas da AFU se quer conseguissem estabelecer uma cabeça-de-praia.
Sim. Ocorreu no mesmo período, só que a situação mudou mt de lá pra cá. Todo o território que estava em posse da Rússia na margem direita agora é da Ucrânia, desde novembro após a retirada russa.

Imagem
Há uma enorme faixa de margem a ser coberta, os russos não podem realizar todo o reconhecimento dela, seja por fator logístico ou por decisão de comando, já que outras áreas como a margem oposta à Kherson sendo mais visada. Além disso, como eu já afirmei, o efeito surpresa seria notável dentro da perspectiva de sucesso ou fracasso da operação, os russos não podem cobrir toda a faixa e isso é até exemplificado pelo mapeamento das fortificações.
gabriel219 escreveu: Qua Mai 03, 2023 4:28 pm Basicamente foi feito com base nos seus requisitos: apoio da artilharia da AFU para cobrir tropas, uso de Mi-8 em baixa altura e translado de barcos por tropas mais especializadas e fuzileiros navais da AFU.
Suetham escreveu: Qua Mai 03, 2023 10:50 pm Não foi. O elemento surpresa não estava lá. Os russos sabiam antecipamente de um desembarque e por isso teve sucesso na resposta contando com apoio aéreo. Eu estou analisando de uma perspectiva completamente diferente, onde até essas tropas especializadas seriam adestradas a nível OTAN. Ainda assim, teriam que analisar se tiver o apoio da aviação da AFU logo no início, com o efeito surpresa, uma resposta atrasada da aviação de caça da Rússia, deixaria tudo mais equilibrado na perspectiva desse desembarque.
Ou seja, o cenário que estás contando é que tudo dê certo pra AFU e nada funcione no lado Russo. Acho muito difícil que isso ocorra.
Suetham escreveu: Qua Mai 03, 2023 10:50 pmUé, mas aí estamos colocando uma abordagem de falha operacional russa, com eles claramente reconhecendo seu fracasso e buscando melhorar as suas negligências e tudo isso não é verdadeiro para os ucranianos? Não estamos visualizando nenhum avanço ucraniano e só russo? Nem mesmo com esse exército da AFU 3.0 nível OTAN? Então acho melhor os ucranianos pararem de tentar.

Eu tomei como exemplo Kharkiv visando analisar o mesmo cenário de margem para manobras ucranianas no T.O. Os ucranianos fizeram isso em Kharkiv e podem fazer isso em Kherson/Zaporizhzhia. Os russos não criaram as barreiras e fortificações onde eu acho que ocorrerá um desembarque pq talvez eles acreditem que um desembarque ali é inviável, isso já seria uma negligência por parte dos rusoss. Se você visualizar bem o mapeamento das fortificações, o cenário onde eles criaram essas barreiras é todo o caminho logístico ferroviário russo desde Melitopol até Kherson, ou seja, pra eles, um desembarque onde eu estou relatando é improvável. Tudo o que se norteia pelas tropas altamente equipadas na margem onde eu estou analisando não é verídico, se formos analisar pelo mapa descrito.

(...) O problema é que de acordo com o mapeamento há muita lacuna exposta. Além disso, se eles realmente contarem com BM-21 para isso, a faixa de operação seria mt pequeno se comparado ao tamanho dessa lacuna para cobrir, dessa forma, a AFU tem muito mais liberdade para atuar se realmente for essa implicação tática no terreno. Eu concordaria com vc se houvesse realmente uma faixa ampla de unidades russas em toda essa margem, mas não há, as distâncias são grandes para cobrir, o VKS terá que ser acionado obrigatoriamente. Só medir a distância por exemplo de Nova Kakhovka até Velyka Lepetykha, dá mais de 50 km, uma artilharia regimental como BM-21 não cobrirá, precisaria de uma artilharia divisionária como Smerch, não vejo os russos cobrindo toda a faixa com tal sistema de artilharia. O VKS é o único recurso russo capaz de derrotar decisivamente qualquer desembarque ucraniano.

Além disso, essas forças da AFU serão cobertas por SAMs e aviação de caça. Estimo que o VKS terá que estar bastante presente nessa iniciativa para não deixar as tropas defensivas sem apoio aéreo. Seria mt provável que 1-2 caças estivesse realizando surtidas diárias realizando CAP em determinados intervalos de tempo cobrindo efetivamente as linhas de desembarque para impedir o avanço ucraniano. Não sei até que ponto os russos estarão cobertos por SAMs, mas como eu já disse, tem uma unidade próxima de Energodar e nenhuma unidade AAe na faixa ao oeste de Energodar, de acordo com mapas públicos. (...)
Então acha que simplesmente ignorar os pontos fortes Russos, passando por eles e manter focos de resistência no meio das suas linhas de comunicação é uma excelente decisão? Ok.

Vou repetir o que eu disse acima:

DETALHE IMPORTANTE: quando falo do emprego da VKS, não estou falando no bombardeio em apoio as tropas Russas nas cidades que estão sendo atacadas, mas sim na margem Ucraniana do Dniper, para cortar as linhas de suprimento.

Quanto a você dizer que os Russos reforçam pontos por achar que a AFU atacará ali e negligencia outros, isso é uma opinião pessoal sua, não vejo como podes tirar uma conclusão dessa com base em material de inteligência. Não sabemos se tais pontos são propositalmente negligenciadas para serem transformadas em killzone ou mesmo totalmente serem campos minados ou que simplesmente não há necessidade de fortificações de grande porte por simplesmente o enfrentamento possível ser contra Infantaria Leve sem apoio de blindados.

A situação de Kherson era muito pior, os Russos só tinham fortificações em torno da cidade de Kherson, contaram única e exclusivamente com defesa ativa através da mobilidade da VDV.

Só podemos concluir uma única coisa quanto as fortificações dos Russos:

Escolheram fortificar cidades chaves, como entroncamentos rodoviários e as próprias rodovias em si. Isso aqui é um sinal claro de fortificação contra tropas blindadas e artilharia por parte da AFU. Enquanto isso, deixaram lacunas em diversos setores, onde imagino eu que os Russos podem crer que só haverá presença de tropas leves, arriscar passar com tropas pesadas e estabelecer linhas de comunicação no meio de fortificações é suicídio, Rommel quase ferrou o avanço Alemão na França tentando dar uma dessa se não fosse Guderian impedindo a ação de flanco dos Franceses.

Não se ignora pontos fortes em uma ofensiva, você pode até flanquear, mas terá que ataca-las, mais cedo ou mais tarde, senão suas linhas de comunicação estarão ameaçadas ou simplesmente serão cortadas. Sem logística, acaba seu esforço ofensivo.
Suetham escreveu: Qua Mai 03, 2023 10:50 pmFaço o mesmo tipo de reverência quanto aos russos. Os ucranianos podem imobilizar as forças russas atacando todos os nós logísticos inviabilizando qualquer tentativa longa de defesa ampla da área de operações, incluindo a do eixo Tokmak. Todos esses nós estão ao alcance da artilharia Himars da AFU, de Kherson a Zaporizhzhia. Além disso, eu duvido mt de que a AFU concentre munição(não sabemos a real extensão de danos provocados pelos ataques russos) a ponto de um único ataque inviabilizar sua logística por uma, quanto mais por duas semanas, nesse sentido, durante a guerra, os ucranianos foram os primeiros a não dar ênfase logística de acumular suprimentos e equipamentos em grandes HUBs, os russos só vieram a descentralizar e distribuir tais HUBs depois de muitos ataques da AFU em depósitos de munições russos, existem até um estudo dedicado disso, se eu não me engano do US Army.

(...)São situações completamente diferentes, embora eu entendo seu ponto. Só que, os russos precisariam fazer conexões do último entrocamento ferroviário ativo até a distribuição aos pontos logísticos das unidades, o entroncamento ferroviário antes de Melitopol já está sob o alcance da artilharia ucraniana. Ou seja, a Rússia terá que contar com mais caminhões de apoio logístico, porque as linhas ferroviárias ativas estariam mais longe dos centros de distribuições que devem começar em Tokmak, isso causará ainda mais pressão logística aos russos, assim como ocorreu em Kherson, também pode acontecer a mesma coisa aqui, com a Rússia sendo obrigado a recuar. Além disso, o apoio na defesa em Kherson seria fatalmente cortado pela via férrea, os russos teriam que contar apenas com caminhões.(...)

(...)Esse é o ponto. Não estou. kkkk

Estou usando o cenário onde a AFU poderia fazer e como fazer. Não que vai fazer. Esse mesmo ponto seria válido pra vc. Todo o cenário descrito seria ideal para os russos na defesa ao sul, devido ao histórico anterior que não deve ter semelhança com o cenário atual, mesmo aqui a AFU certamente está em vantagem, pois fez exatamente o que eu estou descrevendo, a única diferença é a amplitude das ações entre essa hipotética ação ucraniana com a anterior, devido ao novo ambiente de contestação. Historicamente, a AFU tem exemplos didáticos desse curso de ação. Não há motivo para duvidar agora. Apenas com relação ao cenário estratégico que mudou muito.(...)
Todos eles? Duvido muito, mas tentaram a maioria, porém haverá ainda os pontos fortes a serem batidos. Os Russos acumulam bastante munição nos próprios pontos defensivos, isso vem desde a URSS.

Será atrito de ambos os lados para quem consegue manter as linhas de comunicação e suprir suas tropas no fronte, os Russos claramente tem mais meios para interromper a dos Ucranianos, tanto em baterias antiaéreas quanto em meios ofensivos (foguetes guiados, bombas guiadas, mísseis de cruzeiro e drones) e tem a vantagem de estar na defensiva. Quem está na ofensiva, sempre precisará de um fator mínimo de 3:1 de tropas e gastará muito mais munição e combustível do que quem está defendendo, justamente por estar em posições semi-fixas, quanto quem está atacando estará móvel o tempo inteiro ou será alvo fácil de artilharia.

Quanto ao último trecho, não estou usando modelo ideal para os Russos, estou usando casos reais, estou colocando os vídeos para você ver. Quanto a Kharkiv, eu disse que não é espelho para Zaporizhzhia pois Kharkiv basicamente não tinha defesas, só houve dois pontos de resistência para os Russos, que foi em Balakliya e Kupyansk, por unidades que se quer davam uma Brigada, ambos eram os pontos fortes da Rússia na região e veja que a AFU escolheu não ignora-los, por motivos claros. Zaporizhzhia há mais de 10x o número de pontos fortes, acha mesmo que há como comparar um cenário com outro? Se achas, ok, nem discuto tal ponto.
Suetham escreveu: Qua Mai 03, 2023 10:50 pmNão há como prever isso. Os ucranianos certamente esperariam alguma debilidade das forças russas em função da quebra logística antes de ir pro pau realmente. No cenário onde o entroncamento ferroviário estivesse indisponível(aliás que depende mt do trabalho das tropas ferroviárias russas que é uma outra abordagem), o apoio em Kherson pararia completamente, se apoiando só em caminhões, em Energordar, seria a mesma coisa, já que o entroncamento mais longe da linha de frente sob o alcance da AFU é antes de Melitopol, sendo assim, a distância de apoio via caminhões a essa frente aumentaria o dobro em relação ao eixo Tokmak. Dificilmente os ucranianos atacariam os russos quando estivessem com as suas unidades altamente abastecidas, eles degradariam as forças russas a ponto de realizar o impulso quando reconhecer a debilidade das unidades russas, forçando a travessia, assim como ocorreu em Kherson.
Mas não sou eu dizendo isso, são pessoas como Franz Gadi e Oficiais Americanos. Não há como prever também que os Russos serão cego, surdo e mudos ao não verem barcos atravessando o Dniper.

Mais uma vez, a história prova que ignorar pontos fortes inimigos é um erro militar crasso. Veja que todos os probe attacks da AFU, tanto em Zaporizhzhia quanto em torno do Dniper são próximo aos pontos fortes dos Russos, por motivos Militares claros, não se deve ignorar pontos fortes inimigos.

De toda a forma, em Zaporizhzhia, a AFU precisa dos entroncamentos rodoviários para avançar, se quiser contornar as defesas Russas, terão que usar rotas previsíveis, off-road ou estradas de barro, o que aumenta o consumo de meios, especialmente de combustível. Não é só um problema de logístico, mas um problema estratégico, pois limitará a autonomia de seus meios, deixando mais lenta a ofensiva.

Como disse antes, se achas que ignorar pontos fortes é o melhor meio de se avançar contra um inimigo, toda a discussão aqui é fútil. A AFU não conseguirá repetir o êxito que foi a manobra contra a linha Maginot, até porque era uma linha de defesa totalmente fixa. Os Russos podem simplesmente sair e combater em contra-ataque, algo que os Franceses só conseguiram fazer com Charles de Gaulle por ele ser o único que acreditava em guerra de mobilidade.

A única coisa que você pode fazer é tentar fazer logro no inimigo para que ele retire tropas dos pontos fortes para que possa ser tomado com o menor dano possível das suas próprias tropas. Os aliados tinham locais bem menos fortificados pelos Alemães, o que ocasionaria um risco quanto ao gasto de combustível e tempo para contornar, como Canton de Plouigne, porém preferiram ludibriar que o ataque seria em Calais e se jogar nas defesas na Normandia. Excelente trabalho da inteligência Britânica com 60% da burrice de Hitler de ficar, por três dias, achando que esse era um ataque diversionário e o objetivo era Calais, pois se ele tivesse movido as reservas quando os Oficiais pediram, o Dia D acabaria em desastre.

Diferente da manobra sobre a Maginot, os Russos dedicam suas defesas de forma ativa e reativa. Eu vou tentar discorrer isso em outro post.




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Re: UCRÂNIA

#9606 Mensagem por gabriel219 » Qui Mai 04, 2023 2:39 pm

Caso curioso, no mínimo:



A defesa antiaérea Ucraniana abateu um Bayraktar TB2 deles mesmos:




Alguns chegaram a especular ser um Corsair-2 Russo, mas há claras diferenças, como o posicionamento dos trens de pouso. O interessante é que parece que o drone no primeiro vídeo do post é meio diferente, não consigo notar que a calda é dividida em duas partes, como do Bayraktar, parece ser única, mas pode ser o Bayraktar:



Essa é a "melhor defesa AAe que o mundo já viu", que abate mais de 90% dos alvos, até os seus próprios. Aliás, usaram metralhadoras para tentar abater o drone, depois devem ter apelado pra um MANPADS:



Outra coisa curiosa, Leopard 2A4 em Odessa:



Será que tentarão cruzar o Dniper com os Leopard ou usarão para atacar a Transnistria? Em ambos os casos, pra mim é uma decisão estúpida, seriam bem melhor aproveitados em Zaporizhzhia.

Mais um ataque Russo com Gerans em vários pontos da Ucrânia.




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Re: UCRÂNIA

#9607 Mensagem por gabriel219 » Qui Mai 04, 2023 6:18 pm

Repostado mais a frente, pois tive que fazer alguns ajustes e meu Chrome conseguiu me trollar de novo.




Editado pela última vez por gabriel219 em Qui Mai 04, 2023 6:57 pm, em um total de 3 vezes.
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Re: UCRÂNIA

#9608 Mensagem por Túlio » Qui Mai 04, 2023 6:34 pm

Buenas, desculpem a zoada mas simplesmente não consigo resistir: olha só quem apareceu por lá, num tale de "front inativo" (alguém sabe o que é isso, num País onde os Russos podem enfiar um míssil onde quiserem?):


Imagem


(((Desconfio que seja TOUR DE BLONDE mas vai saber :twisted: :twisted: :twisted: :twisted: )))




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: UCRÂNIA

#9609 Mensagem por gabriel219 » Qui Mai 04, 2023 6:55 pm

A partir do 12:00 fica interessante e reforça meus argumentos com a tentativa de desembarque na Usina Nuclear em Zaporizhzhia, com 600 homens, de surpresa e poucos conseguiram chegar até a margem:



Como eu disse anteriormente, a VKS irá priorizar o bombardeio contra gaps e contra a margem controlada pelos Ucranianos, afim de disruptar as linhas de comunicação, enquanto a Infantaria Leve em posições defensivas irá lutar contra a Força de Desembarque. Não há como a AFU simplesmente ignorar as posições onde há presença Russa no Dnieper e estabelecer uma cabeça-de-ponte, pois será bombardeada, especialmente pela VKS.

A chance da Infantaria, assim como disse o próprio Fuzileiro Naval Ucraniano que participou da operação que eu havia mencionado antes, é desembarcar na Usina Nuclear ou nos pontos fortes Russos para que não sejam bombardeados, algo que lembra bastante a tática Vietnamita, em que se aproximavam o máximo possível dos Americanos para que não pudessem utilizar sua aviação, que era o principal temor dos Vietnamitas (VCR e Vietcong).

Nesse caso acima, a Su-30 e Su-25 - talvez Su-34 - não iriam apoiar as tropas Russas defendendo a margem mais sim os Ka-52. Tais aeronaves seriam focadas em atingir a margem dominada pelos Ucranianos. Esses dois pontos que estou citando não é idealização, mas o que realmente ocorreu durante a tentativa de retomada da Zaporizhzhia NPP. Não há motivos para pensarmos que os Russos farão diferente.

Existe alguns erros na fala dele, como o Bradley ser capaz de transpor curso d'água, o M2A2 é incapaz, mesmo com preparação. Somente a primeira versão do Bradley era capaz de fazer isso, com kits especiais e a própria viatura em si. Existe muita diferença entre o Bradley M2 e o M2A2, primeiro quanto a blindagem, sendo que o M2 utilizava Alumínio 5083, enquanto o M2A2 substituiu essa blindagem por Alumínio 7017 e Aço Balístico. A primeira versão, ou seja a M2, tinha peso de combate de 27.6 toneladas, enquanto o M2A2 tem peso vazio de 32,659 kg e a versão enviada foi a ODS, então é impraticável seu uso para translado de curso d'água.

Talvez fosse o caso da AFU tentar transpor com M113, BMPs, BTRs e BRDM-2, mas é óbvio que o elemento surpresa ai vai pro espaço, não tem como fazer ataque surpresa com vários veículos anfíbios atravessando um Rio cujo mais rápido na água navega a 10 km/h (BRDM-2 e BTR-80).

Ele usa o exemplo Egípcio em Yom Kippur, mas acho totalmente descabido e nem pela falta de vigilância sob o rio, mas pela distância entre as margens. Se os Ucranianos optarem por atravessar 4 km, no mínimo, no braço, as tropas praticamente estarão amputadas. Só daria certo isso nas ilhas fluviais, mas há um problema de causar um afunilamento na cabeça-de-praia, que seria Dachi - Nova Kakhovka está intransponível, a ponte da represa foi destruída - e depois do último ocorrido, os Russos reforçaram a região com tropas, estão eles notarão a presença.

No caso de Yom Kippur, houve um grande erro no Governo Israelense - e um sucesso logro por parte dos Egípcios - de não achar que os Egípcios iriam cruzar o Suez na Operação Badr. O desembarque da Infantaria com ATGM ajudou muito para parar o contra-ataque Israelense e assegurar a cabeça-de-ponte.

Veja que os locais que ele cita em que, na opinião dele, haverá a tentativa de desembarque, será na região de Energodar e na região de Oleshky. Ele erra feio no vídeo ao imaginar que as pontes em Nova Kakhovka e Antonovskiy estão destruídas, nos pontos 46.774170, 33.374071 para a Represa e 46.668202, 32.720330 para a ponte de Antonovskiy.

A AFU até pode desembarcar várias tropas em todos os pontos das ilhas fluviais, mas nada adiantará se não tomarem Dachi e Oleshky. As demais áreas é puramente um pântano, não há como transportar material pesado lá e mais uma vez isso não é idealizado, mas sim algo comprovado. Após a AFU usar o HIMARS para inutilizar Antonovskiy e a ponte em Nova Kakhovka, os Russos usaram Dachi para transportar suprimentos através de Ferry Boats e não construíram vários locais em volta das ilhas fluviais, justamente por não haver estradas o suficiente devido terreno não suportar tais operações.

Ele cita uma operação ofensiva da AFU em Kharkiv mas é simplesmente suicídio, não faz sentido. A última vez que fizeram, foi um massacre e segundo a inteligência Americana, existem mais de 44 mil tropas Russas lá com o que há de mais moderno, além de haver um terreno de dificulta muito para ambos os lados realizar qualquer ofensiva, levaria semanas pra AFU causar algum efeito numa ofensiva ali.

Conclusão: A AFU terá duas opções:

:arrow: Se os Ucranianos quiserem manter o silêncio e o elemento surpresa, terá que abrir mão de grandes barcos de desembarque e veículos blindados, que poderiam atravessar numa segunda onda, mas isso é um problema grave segundo o próprio Fuzileiro Naval Ucraniano que tentou isso antes e teve sorte de voltar vivo. Isso se algum Russo não acabar vendo os barcos atravessando, tem esse detalhe, mas vamos excluir a possibilidade de só notarem tropas da AFU quando estiverem desembarcando;

:arrow: Se os Ucranianos utilizarem viaturas blindadas para apoiar o translado, terá um poder de fogo capaz de sobrepujar a Infantaria prioritariamente leve - até onde saibamos - nos locais pretendidos para cabeça-de-praia, ganhando tempo o suficiente para conseguir transpor possivelmente os Leopard 2A4 e algum outro carro de combate para lhe dar com o contra-ataque Russo, que com certeza será blindado, como manda a doutrina Russa, aperfeiçoada da época da URSS, que aprendeu justamente com os Alemães. Porém, ao fazer isso, vão alertar os Russos aos quatro ventos do desembarque e não talvez não haja tempo o suficiente para a AFU transpor absolutamente tudo que for necessário para segurar um contra-ataque Russo antes que a VKS torne a margem norte do Dnieper uma lua; e

:arrow: Quanto a Dachi-Oleshky, duas das opções que os Ucranianos podem usar, pra não dizer que só tem Dachi-Oleshky, é tomarem Ostriv 1 e conectarem duas Pontoon Bridge sob o rio Konka (46.606922, 32.626634) e o rio Chaika (46.607158, 32.644346). Daria para flanquear Oleshky pelo Sudoeste, enquanto - caso tomem Dachi e a assegurem - atacariam Oleshky também pelo Oeste na rodovia principal E97. Outro ponto é em 46.698472, 32.867887, ao Nordeste de Oleshky, onde não sei se há fortificações Russas naquela região, muito provavelmente há, pois uma das fortificações Russas no Dnieper fica na cidade de Pidstepne. Os dois elementos acima também se aplicam aqui, se usarem tropas leves, vão ficar extremamente vulneráveis mas terão o mínimo de furtividade; se fizerem um assalto mais bem equipado, o elemento surpresa vai pro saco.

Se a AFU usar artilharia como preparação, vai entregar a invasão anfíbia de qualquer jeito.




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Re: UCRÂNIA

#9610 Mensagem por Suetham » Qui Mai 04, 2023 8:49 pm

gabriel219 escreveu: Qui Mai 04, 2023 1:41 pm Não, não, entendeste errado. A primeira leva deverá ser somente Infantaria Leve - provavelmente da 35ª, se existir tropas dessa Brigada disponíveis, pois sofreram perdas catastróficas durante a ofensiva em Kherson, foram utilizadas como ponta de lança - pois assim

Após um estabelecimento de cabeça-de-praia, terão que transportar carros de combate, viaturas anfíbias - podem ir por próprios meios - e peças de artilharia, pois passando 4 km a partir de Energodar, o apoio da artilharia fica impossibilitado. Mesmo que a Ucrânia tenha recebido peças que disparam por volta das 36 km, o tiro de artilharia se dá bem antes. Um exemplo é nosso uso próprio dos Obuses, como por exemplo os M114, onde mesmo que tenha 14,600 m de alcance, seu disparo prático preciso é de 9-10 km, para que se tenha um CEP aceitável para suprimir posições inimigas. Uma prova de que os Ukrs não operam diferente são M777 sendo abatidos muito próximo da cidade de Kherson, bombardeando posições Russas marginais ao Dniper, praticamente na metade do alcance dos M777.
Muito provavelmente será a 37ª, já que ela já está na região e é uma nova formação. Ainda assim estarão sob a cobertura da artilharia divisional além do efetivo apoio aéreo, dependendo do tempo de reação do VKS, o tempo que eu espero que seja longo, considerando o efeito surpresa. Veja bem, a transposição do rio é a continuação do ataque que ocorre antes do desembarque ainda na margem, para não haver a perda do impulso, seria necessário avançar pressionando onde os russos estariam fracos e onde os pontos do rio não seriam um obstáculo aberto, sendo assim, forçando uma travessia rápida de unidades leves não haverá perda de impulsão. Talvez após o desembarque, mas isso já é outra abordagem.

Além disso, você está colocando um valor de GU realizando o assalto aqui, mas tá usando o histórico de assaltos da AFU anterior a nível SU como exemplo, vc realmente acha que essa comparação é válida sabendo-se que um assalto realizado por uma unidade a nível Bda forçaria uma passagem em vários pontos de uma frente ampla constituída?

Uma outra coisa, a Ucrânia não precisaria ter todo o trabalho árduo para atravessar esses pontos do rio onde já existe uma oposição mínima de travessia, tudo o que a Ucrânia precisaria é forçar a passagem eliminando a maior parte do que a Rússia poderia constituir de ameaçar o desembarque, não precisaria eliminar tudo, só as ameaças mais significantes como artilharia e o material pesado da outra margem e as barreiras costeiras, tropas russas com drones não seria ameaça significante a ponto de interromper o desembarque, além disso, o mapeamento das fortificações nesse setor demonstram claramente que há espaço para a Ucrânia realizar o assalto a um custo mínimo, considerando o nível de emprego russo lá.
gabriel219 escreveu: Qui Mai 04, 2023 1:41 pm Então o que quero dizer é a infantaria leve Ucraniana construindo uma cabeça-de-praia segura, infantaria aeromóvel iria nos Mi-8 tomar posições com mísseis anticarro à frente para quebrar reforços - manobra semelhante a Egípcia em Yom Kippur - e após, numa segunda onda, transportar material pesado. O que eu questiono aqui é como conseguirão manter a cabeça-de-praia no primeiro momento, se não mantiverem, acaba a operação e até agora as três maiores tentativas, que no total foi algo próximo a 700 tropas - juntando as três - mal conseguiram se estabelecer nos locais de desembarque muito devido a artilharia e ação da VKS, nem muito da Infantaria.
A sua abordagem está em pensar que a AFU iria tentar forçar uma passagem onde os russos estão fortemente defendidos. Não só isso, provavelmente inferindo que toda margem do Dnieper lá de Herois'ke até Vasylivka está totalmente sob vigilância constante em vários pontos prováveis de desembarque. Isso não seria possível. O motivo de que os ucranianos provavelmente conseguirão manter a cabeça de ponte é porque eles vão tentar forçar a travessia onde os russos tem vulnerabilidade em oposição a outra margem, não só isso, mesmo que tais pontos de desembarque fosse constituídas por tropas russas totalmente equipadas, ainda estarão ilesos diante de uma provável ação ucraniana antes de forçar a travessia do rio, o que ainda é mt improvável. Eu diria que isso é mt improvável e, mesmo que os russos tenham desde Sofiivka até Skel'ky pelo menos uma MRF(Motor Rifle Regiment) em posições defensivas de frente à margem para o rio, tais unidades devem ser partes de novas formações mobilizadas com algumas unidades prováveis sendo fragmentadas para o fortalecimento de outras unidades existentes, isso não seria nada improvável considerando os problemas inerentes à própria mobilização. Isso vai depender do tipo de planejamento ucraniano adequado à travessia, se levarmos em conta de que eles se abastecerão de reconhecimento extensivo em toda a frente ampla dos pontos prováveis de desembarque.
gabriel219 escreveu: Qui Mai 04, 2023 1:41 pm Não material pesado Russo, mas a AFU desembarcar material pesado nessa região. Não há pontos bons para ferry boats desembarcar carros de combate e artilharia, teria que achar locais mais próprios para isso, cheguei a citar três.
Há alguns locais bons para a realização do desembarque de materiais pesados. Em alguns assentamentos há vários possíveis pequenos locais de desembarque, com o mínimo de preparação pós-desembarque, seria relativamente fácil criar essa condição de efetivar a transposição. Ainda assim, os ucranianos não precisariam de grandes balsas para translado de materiais pesados, pequenas balsas já são suficientes para transportar esse tipo de carga, a operação de translado de materiais pesados com pequenas balsas seria facilitado pq tbm haveria mínima necessidade de recuperar a impulsão pós-pouso já que a área de desembarque planejada seria onde as forças russas estariam com maior vulnerabilidade, com a AFU explorando essa lacuna, até mesmo se beneficiando de vários pontos de translados na área, dividindo as forças russas minimizando esse risco. Tudo isso vai derivar do efeito surpresa.
gabriel219 escreveu: Qui Mai 04, 2023 1:41 pm O por que da cidade não ser adequada? É basicamente uma cidade muito pequena e com construções abertas, muito semelhante a Povrovsk na península de Kinburn, onde a VVS destroçou um desembarque feito pela SBU e dizem talvez a 35ª lá. A AFU precisará desembarcar em áreas mais edificadas para utilizar tais edificações como escudo contra a aviação, já que a capacidade antiaérea contra as aeronaves Russas será mínima ou terão que fazer a escolha de sofia: retirar defesa antiaérea de médio/longo alcance da ofensiva em Zaporizhzhia e das posições de comando em Kiev e Odessa (onde está uma das baterias do Iris-T) para defender tal desembarque. Se for de médio alcance, as bombas planadoras dão a VVS capacidade Standoff.

Entendeste errado novamente.

Quanto a construir cais, estava falando exclusivamente quanto ao desembarque da Operação Overlord e na incapacidade da AFU em construir tais cais para transportar melhor as tropas. Terão que desembarcar em cidades que já possuam tal estrutura e que sejam cidades grandes para se proteger da artilharia e da VVS.
Da mesma forma que a AFU utilizaria essas fortificações como escudo contra o VKS, a Rússia utilizaria contra a AFU. A AFU só faria isso a intento de realizar o ataque a tais fortificações liberando a área para o uso da aviação. Aliás, inclusive para o apoio aeromóvel teria que ser visado já que com o alcance até de canhão antiaéreo, a Rússia conseguiria realizar defender a margem contra o assalto aéreo, não só com relação à aviação, seria imprudente eles fazerem isso a menos que tenham certeza que podem atacar visando abrir o caminho para o assalto aeromóvel e efetivar o apoio da aviação, o que eu ainda considero bem improvável nas primeiras horas. Ainda assim, para conseguir isso a AFU teria que despachar DRGs para fornecer essas coordenadas visando tais instalações, uma ação dessa dependeria de mt coisa, embora eu não descarto consideravelmente isso.

Os kits UPMC ainda precisariam ser lançados de média altitude, o que poderia ser rastreado pelo radar de busca aérea do S-300 ou qualquer outro sistema SAM de médio/longo alcance da AFU ou a depender da força aérea da AFU, sob um engajamento cooperativo, o que eu acho inviável considerando a grande diferença de capacidade entre ambas as forças e vetores aéreos. Mesmo que o VKS use as bombas sob o efeito na baixa altitude, o alcance seria reduzido e a precisão seria afetada, além disso, mesmo que o VKS faça isso, seria imprudente realizar o ataque dessa forma, podendo inclusive ser interceptado pelos caças da AFU já que a Ucrânia certamente voaria sob a condição de estar atrelado ao SAM de médio alcance e com o VKS tendo que se aproximar mais para realizar o ataque na baixa altitude. O mais correto seria o uso cooperativo de Iskander e mísseis de cruzeiro de bombardeiros. Os russos ainda não podem efetivamente realizar o ataque com bombas com kit UPMC sob a ameaça de SAMs de médio alcance, tanto é que em Avdiivka quando realizaram esses ataques, só detinha a presença confirmada de DAAe de curto alcance, ainda é considerando improvável que os russos começassem a realizar a missão aéreo de bombardeio com tais kits sob a ameaça de sistema de médio alcance.
gabriel219 escreveu: Qui Mai 04, 2023 1:41 pm É mais uma vez, translado de ferry boat contando com a sorte de que os Russos não farão nada a respeito, pois um Lancet é o suficiente pra fazer a ferry afundar junto com o que tem nela, nem precisa explodir tudo. Acho que estás contando demais com a passividade dos Russos vendo os Ucranianos estabelecerem cabeça-de-praia e desembarque aeromóvel, passíveis e ainda permitir translado de barcas com material pesado. Fogo de artilharia Ucraniano não impedirá bombas planadoras e nem drones como Lancet como contrabateria ou visando as ferry.
Temos algumas possíveis opções nesse sentido. Ou os russos já estarão com o Lancet no ar no momento do desembarque ou os russos irão lançar o Lancet após a tentativa de desembarque, de qualquer forma, dificilmente a AFU realizaria o desembarque sem o efetivo apoio antiaéreo de curto alcance, o Gepard - por exemplo, poderia ser empregado dando alguma cobertura no momento da tentativa do desembarque, mas eu acharia pouco provável, o radar é mt desatualizado, mas poderia ser o Tor-M1, só lembrando que o Gepard danificado da AFU recentemente pelo Lancet, o radar estava desligado, embora a torre estivesse apontando na direção do Lancet, mt provável que o operador estava tentando interceptar manualmente o Lancet, seria no mínimo sensato imaginar que tal situação não seria completamente a mesma nessa operação. O único problema é se a AFU terá os meios necessários para realizar a cobertura de sistemas de curto alcance nos pontos de desembarque, se for muitos, isso seria improvável.

Como eu disse, certamente haveria não apenas um ponto de travessia, haveria mais de um com toda a certeza, os russos não conseguiriam cobrir todos eles através de uma ação ucraniana que não fosse previamente reconhecida, certamente o Lancet seria mt empregado ainda mais se pensando em pequenas balsas, interromperia completamente algumas travessias, não todas e não na frente ampla. Além disso, você está considerando que todas as tropas a margem de todo o rio Dnieper estão com Lancet, isso não seria necessário para ser justo, basta cobrir locais de passagem, porém, a Ucrânia teria que empregar pequenas balsas nessa tentativa de travessia visando locais onde pequenas unidades poderiam derrotar forças russas, talvez até maiores expostas mesmo em um cenário desfavorável, o efeito surpresa seria fundamental para isso.
gabriel219 escreveu: Qui Mai 04, 2023 1:41 pm Sim, estou considerando, cheguei a citar isso no primeiro post. A questão é que estás superestimando a capacidade da artilharia da Ucrânia e deixando o lado Russo simplesmente passível, assim fica fácil criar um cenário ideal para a AFU. Como eu disse antes, já houve uma tentativa de desembarque em Energodar e deu muito, mas muito errado, já conhecemos o modus operandi dos Russos contra um desembarque no Dniper e não estás considerando tal capacidade.
Eu estou avaliando um cenário onde a Rússia está consideravelmente exposta. Você está imputando que Energodar teria o mesmo nível de emprego de tropas com relação à Kherson, o que é não é decentemente verdadeiro, veja o mapa. Você está desconsiderando completamente a análise indicativa das fortificações russas em toda a margem do rio Dnieper e tal mapeamento mostra claramente várias lacunas expostas para um translado com o mínimo de ameaça existencial contra o desembarque, se houver, seria drasticamente reduzida em um emprego combinado de unidades, a AFU saberia explorar isso, temos evidências concretas anteriores onde a AFU empregou as unidades combinadas explorando espaço para manobras, eles conseguiram avançar e consolidar suas posições. Ok, vc pode usar o exemplo de Kherson ou Energodar como exemplos didáticos da AFU dizendo que os russos estarão plenamente capacitados para incapacitar ou eliminar a travessia, mas eu não vejo isso ocorrendo quando a AFU realmente disponibilizasse os meios necessários para isso, como eu disse, visando avançar sob as lacunas expostas e existem uma frente ampla no rio Dnieper.

Para começar. Você usa esses exemplos. Ok. Vamos considerar. Em Kherson, foi feito uma tentativa de um barco tentando desembarcar prováveis DRGs de maneira surpresa na margem esquerda. Não houve ação de artilharia ou emprego aeromóvel. Existe ação de artilharia da AFU na frente como vc exemplificou do M777, mas não no momento do desembarque, até pq isso denunciaria já que se trata de um mesma frente ampla. Além disso, isso são exemplos isolados de desembarque, não são o emprego combinado pq não são ensaios em grande escala, nem mesmo apoio de artilharia divisional ocorreu.

Em Energodar, foi feito uma tentativa de desembarque com apoio aeromóvel(ano passado em setembro), entretanto não houve apoio de artilharia.

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Este ataque foi em outubro. Houve a tentativa de desembarque através de meios terrestes e com apoio de artilharia, mas não houve operação aeromóvel.

Você pode escolher qualquer cenário anterior, setembro/22(meio terrestre/aeromóvel), outubro/22(meio terrestre/artilharia) e abril/2023(meio terrestre), não houveram ações combinadas sincronizando todos os meios disponíveis para o desejo de sucesso da travessia, eu vejo mais como envolvimento indireto de tentativas de desembarque e não como um objetivo real a ser alcançado, pq não ocorreu poder de combate suficiente e decisivo durante a execução. Então, não. Não houveram coordenação e planejamento durante esses momentos de travessia, por exemplo a 35ª - embora deva possuir um controle descentralizado no nível GU(Bda), as unidades a nível SU que constituíram a força de desembarque não obtiveram suporte efetivo da GU ou orgânicos, você sabe que uma travessia fluvial depende inteiramente de suporte da GU, até mesmo a nível divisional, o caso por exemplo de unidades de artilharia que seriam fundamentalmente importantes nesse contexto.
gabriel219 escreveu: Qui Mai 04, 2023 1:41 pm A probabilidade de colocarem Patriot nessa operação é basicamente nula, vão manter em Kiev ou em cidades HUBs.

Sim, do mesmo jeito que o Ka-52 pode estar vulnerável a MANPADS, os Mi-8 para operação aeromóvel também, mas neste caso aparentemente achas que os Mi-8 voarão impune a baixa altura e desembarcar infantaria. Pra estar vulnerável a MANPADS, a Infantaria Leve terá que desembarcar e conseguir derrotar toda a Akhmat antes que os Ka-52 sejam acionados e cheguem até o local de desembarque, algo que não conseguiram fazer da última vez que tentaram. Se o Ka-52 operar somente na margem Russa do Dniper, ficará Stand-off para operar mísseis Hermes e Vikhr contra tropas da AFU que estejam na margem controlada pelos Ucranianos.
O Ka-52 foi acionado rapidamente dando apoio aéreo pq já estava em total prontidão pq a tentativa de desembarque foi previamente reconhecida pelos russos, o efeito surpresa diminuiria acentuadamente as desvantagens diante do cenário desfavorável dos ucranianos. Veja bem, eu não estou falando que os russos serão inteiramente incapazes de fazer o mesmo, estou reconhecendo que os ucranianos farão o possível para mascarar a intenção de desembarcar, contando com o efeito surpresa, o que aumentaria a capacidade de reação dos russos, seja em qual for o cenário envolvido, desde uma Bda inteira até SU fazendo esse assalto ribeirinho, seja qual for, os ucranianos farão de tudo para ocultar o desembarque. O sucesso nessa travessia fluvial depende inteiramente do elemento surpresa e os ucranianos buscarão isso na sua tentativa de desembarcar no rio Dnieper. Caso a Ucrânia realmente for incapaz de atingir isso, eu concordaria totalmente com vc, por isso acho os cenários anteriores não descrevem como seria uma tentativa futura de travessia da Ucrânia no rio Dnieper. Além disso, mesmo se o Ka-52 estiver dando apoio eu duvido mt de que ele cobriria uma frente ampla, além disso, tem que considerar elementos de DAAe ucraniana e a própria aviação de caça, exatamente por isso que eu acho que os russos acionariam os caças, não os Ka-52, pq não tem como Ka-52 cobrir todos os locais possíveis de desembarque, além disso pode haver mt espaçamento entre eles dando os pontos mais vulneráveis localizados pelos ucranianos, o mais correto e sensato seria o VKS ser a resposta, inclusive para se opor a aviação de caça da AFU ou para eliminar os SAMs.
gabriel219 escreveu: Qui Mai 04, 2023 1:41 pm Há grande presença de MANPADS pelos Russos nas margens do Dniper, não é a toa a quantidade de helicópteros e aeronaves que eles abateram, em várias regiões, então acho irrealista achar que Mi-8 vai sobrevoar rente ao chão e desembarcar tropas praticamente ileso:
Não em toda margem. A maioria desses abates ocorreram onde os russos tem fortificações abundantes onde os ucranianos estão tentando realizar um desembarque, certamente esses possíveis pontos de desembarque visíveis estão saturados de MANPADS para as unidades russas, mas não em toda a extensão do rio Dnieper, a grande parte maior estaria acumulada no setor em frente para cidade de Kherson e talvez em Energodar, mt improvável que os russos tenham essa quantidade toda de MANPADS em toda a faixa do rio Dnieper até Energodar. Onde vc acha que tem mais saturação de MANPADS, o setor entre Oleshky e Kakhovka, Kairy e Berezhanka ou Vodiane e Dniprorudne? Quais os locais mais prováveis de desembarque? A resposta correta claramente é Oleshky e Kakhovka e Vodiane e Dniprorudne. Com Oleshky e Kakhovka tendo a maior composição de MANPADS ativos e na reserva, já que é a mais provável frente de um desembarque.
gabriel219 escreveu: Qui Mai 04, 2023 1:41 pm Ka-52 não será responsável por caçar os S-300, os Russos usarão novamente sistemas eletrônicos para detecção de radar e drones kamikaze, como já tem feito ultimamente, vide as baterias destruídas por Lancet em Kherson. Ka-52 será utilizado contra as tropas em operação de desembarque. Se o S-300 ficar muito atrás das posições onde estará feito o ataque, perderão uma grande porção da detecção a baixa altura, se ficarem muito perto, não demorará muito para algum Lancet ou até pior, um Kh-31.
Os russos teriam que coordenar bem esse engajamento com Ka-52, pq efetivamente vão ter que se aproximar da zona de desembarque pq estaria indo a baixa altitude até a zona de ação, aqui temos que considerar também o apoio efetivo de MANPADS pela AFU, até mesmo a ameaça de sistemas SAMs de curto alcance os russos não conseguiriam evitar totalmente, pelo menos não em função dos mísseis mas do radar, mesmo operando a baixa altitude ainda seria localizado pelo radar de busca aérea. Como eu disse, isso dependeria mt da cobertura do Ka-52 for fazer, se realmente for obrigado a permanecer nesse raio de ação só em baixa altitude, isso vai restringir mt seu envelope de voo e a sucessiva operação apoiando as unidades que estão se opondo a travessia, vai precisar receber coordenadas de alvos das unidades avançadas na defesa da margem pra poder lançar o míssil, incluindo para efeito de emprego do Izdeliye 305.
gabriel219 escreveu: Qui Mai 04, 2023 1:41 pm Acho que estás subestimando demais a capacidade de reação Russa, que o relatado aqui não é nem com base teórica, mas no que já chegou a ocorrer.
Talvez eu esteja msm, mas se estiver estarei subestimando de acordo com os dados compartilhados. Mas acredito que vc tbm superestima o quão endurecidos estão os russos em toda a margem do rio Dnieper. O que eu afirmo é com base no que eu vejo no sentido de analisar o mapeamento e defesas constituídas que a Rússia criou durante mais de 6 meses, você está usando exemplos de desembarque onde os russos estão maiores fortificados, equipados e com uma logística superior a onde eu espero um provável desembarque, mt superior pelo que o mapa indica.

Eu já disse que os ucranianos já demonstraram provas mais do que suficientes que podem explorar margens de vulnerabilidade na defesa russa, quando eu vejo o mapa indica claramente que o setor em volta de Energodar e tbm com relação ao eixo Kairy e Babyne são bem mais vulneráveis e permissivos do que os exemplos que vc está usando. Além disso, os ucranianos são bons em dissimular os russos, eu espero algum ataque diversionário em qualquer frente para mascarar essa intenção ucraniana, seria mt imprudente dos ucranianos tentarem realizar o desembarque desorganizado(como os anteriores) onde eles planejam realmente explorar essa deficiência, isso indicaria um provável curso de ação ucraniano para os russos e eles fortaleceriam essa posição, por isso não vimos até hoje a tentativa de desembarque onde eu realmente posso esperar, de Kairy até Babyne, com todo o setor de Vadiane e Dniprorudne também entrando nessa provável área, toda essa frente constituída seria permissiva se os ucranianos tiverem os meios necessários para realizar a travessia.
gabriel219 escreveu: Qui Mai 04, 2023 1:41 pm Eu não disse isso, disse que os Russos devolveriam com artilharia e não falo somente de artilharia de tubo, mas mísseis, drones kamikaze e bombas da aviação também são artilharia. Inclusive, o principal meio de contrabateria dos Russos são os Kub e os Lancet, não os obuseiros e a aviação.
A inteligência ucraniana afirma que a artilharia russa em Energodar reativa seja Grad, contando com unidades de artilharia equipadas com Pion. Muito provável que os russos tenham transportados outros tipos de sistema de artilharia, mas ainda permaneceria em dúvida, mas diante da série de reforços defensivos que os russos começaram a fazer, imaginaria que também que até possivelmente artilharia divisional esteja lá. Talvez. A intento, como eu disse, o maior aliado dos russos é o VKS, por margem ampla, ainda mais aviação de caça e possivelmente bombardeiros se depender do caso, embora considero improvável.
gabriel219 escreveu: Qui Mai 04, 2023 1:41 pm Quanto a "fator surpresa", desculpa, mas há como ter isso em Energodar. Os Russos de vez em quando destroem armazéns de munição em Nikopol e possuem alta vigilância no Rio, isso não é algo teórico, é algo que já vimos diversas vezes. Possuem tropas com ópticos de sensores cobrindo a maior parte do Rio, se não todo. A AFU levará tempo e estará a mostra ao colocar vários e vários barcos para realizar o translado nas margens, assim iniciando a operação, não sairão do nada debaixo de cavernas e surpreenderam os Russos e ainda sim a o ponto em estabelecer a cabeça-de-praia ilesos. Aqui não digo que todo mundo da AFU sairá de Nikopol, mas se eles conseguem detectar armazenamento de munições, muito provavelmente através do trânsito incomum de veículos médios e pesados em locais com área edificada, que prejudica a visão dos drones, qualquer outro vilarejo qualquer com casas baixas eles conseguem ver claramente tropas da AFU se reunindo perto de barcos.
Aqui é um ponto importante. A preparação seria totalmente descentralizada, incluindo o esforço envolvendo o armazenamento logístico. A Ucrânia poderia ter o elemento surpresa pq distribuiria todos os meios necessários em rotas de tráfego à noite, os russos são incapazes de obter imagens SAR detalhadamente disso, eles vão ter que contar com HUMINT e todos esses agentes russos terão que localizar e informar a maioria se não todas essas rotas de tráfego durante a movimentação de noite, esses meios seriam armazenados furtivamente, as chances de reconhecimento e identificação/localização seria altamente inviável para os russos. A menos que eles tenham ajuda efetiva da China para isso, os russos dependeriam de seus satélites de vigilância e reconhecimento que só tem capacidade de obter imagens de dia, além de um clima favorável, sob clima adverso, esquece. Não há essa capacidade. Eles não tem essa capacidade. As próprias balsas também poderiam ser transportadas à noite, eu concluiria que eles usariam pequenas balsas, isso não seria um esforço problemático para os ucranianos, só que a execução disso demoraria semanas se não mais de um mês.
gabriel219 escreveu: Qui Mai 04, 2023 1:41 pm Os Russos operam muitos drones na região, então não há como haver um ataque surpresa e a AFU consiga chegar ilesa na margem Russa do rio e só assim os Russos reagirem, é um cenário irreal. A AFU terá que realizar concentração de forças ou terá que optar pro fragmentar em diversos pontos de desembarque, o que praticamente elimina a capacidade de tomarem as posições com presença Russa, pois o fator mínimo de operações ofensivas é possuir 3:1 e não estabelecer cabeça-de-praia, trocar isso por vitória de propaganda e ainda sim seriam vistos se caso tentaram enviar pequenos destacamentos por várias margens do Rio.
Na região. Em quais? Em toda a margem? Persistentemente? Não. Isso é impossível para os russos. Como eu disse, eu creio que eles façam isso nas prováveis rotas de travessia da AFU, onde o desembarque é claramente intencional devido às tentativas anteriores, mas não há essa possibilidade de eles empregarem drones em toda a margem do rio Dnieper, isso claramente é uma impossibilidade para eles. Mesmo que eu concorde com vc em relação à isso, do emprego em toda a margem, dificilmente eles teriam a capacidade de fazer isso persistentemente, ainda mais em toda a margem do rio Dnieper.

Sobre a capacidade da AFU distribuir os pontos de desembarque onde tenham tropas russas, inviabilizando o assalto fluvial, uma pequena força consegue derrotar uma força maior que estivesse exposta, vc afirma que a Ucrânia fragmentaria as unidades para realizar a travessia em diversos locais visados, eu concordo totalmente com isso, mas vc parece ignorar o efeito que isso teria na incapacidade da Rússia em prever isso, o que é o que eu estou tentando te dizer, ainda assim, mesmo que tais locais tivessem unidades russas, contando com o elemento surpresa - já que para vc mesmo a fragmentação de forças de desembarque a Rússia teria a capacidade de prever todas as unidades e rotas planejadas de travessia - que fará com que essa desvantagem ucraniana diminua, o plano de dissimulação da Ucrânia determinaria o sucesso ou fracasso, por isso acho mt difícil a Ucrânia fazer o mesmo tipo de assalto fluvial das tentativas anteriores, precisaria mascarar a intenção real de desembarcar, isto reforçaria a predisposição dos russos em determinar o curso de ação ucraniano, além disso, a sincronização de ações teria o efeito decisivo aqui.
gabriel219 escreveu: Qui Mai 04, 2023 1:41 pm É uma operação em que levará semanas para a AFU fazer todo arranjo para realizá-la. Achar que deslocamento de barcas, tropas e alta atividade de veículos de transporte, como caminhões, até civis na região não trará nenhuma suspeita por parte dos Russos é bem difícil. No mínimo os Russos vão ver uma atividade anormal no trânsito de veículos do outro lado do Dniper e vão pensar "hum, tem alguma coisa acontecendo, vou preparar as tropas e aviação".

A não ser que haja um enorme erro Russo, de sei lá estarem dormindo ou bêbados, a AFU consiga o elemento surpresa.
Semanas ou talvez até meses. Ainda mais se pensando na operação distribuída e ampla.

Como eu disse anteriormente, a execução logística seria o primeiro passo para a Ucrânia realizar o assalto na outra margem, antes mesmo do deslocamento e concentração de tropas, tal operação teria que ser realizado sempre à noite, onde a escuridão obscurece a visão dos satélites de sensoriamento remoto da Rússia, a Rússia é incapaz de obter imagens SAR, cara, o Wagner de acordo com os EUA teve que recorrer para a China pra obter isso:
https://spacenews.com/u-s-sanctions-chi ... r-group-2/

Tudo isso seria altamente viável para a Ucrânia, realizando o transporte dos meios logísticos sempre à noite, vai poder transitar livremente por causa da incapacidade russa de obter imagens SAR, em tempos nublados, a Ucrânia também poderia se locomover, embora eu afirmaria que isso ainda é bem imprudente, mas à noite é liberado para realizar esse deslocamento. A Ucrânia poderia concentrar de maneira distribuída todos esses meios em vários armazéns localizados a mais de 50 km da margem, no mínimo, isso levaria talvez 1 mês ou mais, dependendo de como a Ucrânia vai seguir o curso de ação, ainda assim, após terminar o armazenamento logístico, talvez até pouco antes as tropas começariam a se deslocar em direção ao T.O, também sempre à noite, mascarando a movimentação, tudo isso seria encoberto de tudo o que a Rússia possui de reconhecimento e vigilância aeroespacial. A menos que a Rússia obtenha imagens SAR da China, não há como a Rússia enxergar isso, além disso, o mais provável dos russos terem recursos para prever isso de maneira independente seria com agentes lá que dão essa informação para eles, inclusive a rota de tráfego, mas esse empreendimento seria absurdo. Os russos poderiam até localizar alguns armazéns, mas não todos se a AFU distribuísse de maneira inteligente.
gabriel219 escreveu: Qui Mai 04, 2023 1:41 pm Digamos que a AFU tenha o barco mais veloz possível, operando a 40 nós. Eles levariam 03:14 minutos pra atravessar o rio no trecho mais curto do Dniper, não é possível que ninguém no lado Russo veja isso e ainda mais vários barcos. Piora se houver uma preparação de artilharia por parte da AFU, pois ai nem precisa ver os barcos, os Russos terão certeza que a AFU tentará algo na região.

A AFU só obteve um elemento surpresa em apenas uma região de todo o Dniper e era justamente onde não havia presença Russa, que também não tem relevância estratégica, pois é uma área pantanosa, mas agora os Russos estão na mesma região. Tropas Spetnaz ainda patrulham vários pontos com botes e drones orgânicos.

Basicamente todo seu plano se baseia num elemento surpresa que eu não consigo enxergar com base no que os Russos fazem no Dniper. Não é possível que tenham piorado a vigilância de 2022 até hoje.
O elemento surpresa seria envolvido em um conjunto de ações de dissimulações em outro lugar ou outros lugares, se houvesse um ataque amplo em Kherson e Energodar e Tokmak, os russos não saberiam se haveriam tentativas de desembarque, e se soubessem não saberiam onde, e mesmo se soubessem, não saberiam se haveria em mais lugares, a menos que eles conseguissem reconhecer a movimentação em direção a margem das tropas envolvidas nos desembarques, mas aí se a AFU realmente realizar o desembarque de maneira distribuída e talvez nem ao mesmo tempo mas de maneira escalonada, a Rússia não teria como responder efetivamente, a iniciativa aqui é tomada pela AFU, os russos estarão na reativa, dessa forma, os russos só poderiam eventualmente responder se reconhecessem, isso não seria possível se houvesse um esforço amplo e coordenado de dissimulação, inclusive se for feito uma tentativa de desembarque, os ucranianos pode dissimular uma tentativa de desembarque em Kherson, inclusive com muitos meios logísticos mascarando a intenção real de desembarcar em Energodar ou na área entre Kairy e Energodar. O real problema que vejo nisso é se eles vão ter todos esses recursos, mas o curso de ação a seguir potencialmente seria esse considerando as lacunas expostas em muitos pontos em torno das margens do rio Dnieper.
gabriel219 escreveu: Qui Mai 04, 2023 1:41 pm Sobre o tempo de resposta da VVS ou da VKS como um todo, bastaria que as tropas Akhmat segurassem por um tempo as tropas da AFU em desembarque. Vai ser Infantaria Leve vs Infantaria Leve e a AFU terá que constantemente fazer várias e várias levas para tentar sobrepujar a infantaria Russa nas cidades e acho muito difícil que façam isso em 10 minutos.
Efetivamente não há só tropas Akhmat, para deixar claro aqui. Isso é com base em fontes abertas, sabemos que provavelmente deve ter mais unidades lá.

Então, você está pensando no cenário de desembarque em Energodar, pq qual motivo a AFU concentraria tudo em um setor onde a Rússia tem fortificações e unidades bem equipadas considerando o apoio antiaéreo ali?

Esse é exatamente o meu ponto de questionamento. Se a AFU realizasse a dissimulação em Energodar e forçasse uma travessia em Hornostaivka? Como responderia o VKS? Ou quem sabe dissimular em Kherson pra desembarcar em Vodiane? Vc sabe mt bem que a dissimulação não seria o emprego real seja de efetivo quanto ao apoio à operação de translado, o real desembarque que teria realmente todo o apoio necessário para forçar a travessia com sucesso. Isso é apenas uma suposição, pq não acredito que eles tentariam desembarcar em Vodiane, talvez em Dniprorudne ou o assalto direto à usina, quem sabe. Não sabemos. O importante é o elemento surpresa devido ao choque de dissimulação que os ucranianos criariam em torno de confundir as tropas russas.
gabriel219 escreveu: Qui Mai 04, 2023 1:41 pm Aeronaves como Ka-52 e Su-30 levarão tempo até chegarem pro combate, porém drones kamikazes já estarão lá atacando o lado Ucraniano do Rio tentando diminuir a frequência de reforços e apoio logístico. A AFU ainda terá que limpar toda a região, criar uma zona bolsão de uns 7 km em torno da cabeça-de-praia, conquistando Velyka Znamyanka, Dniprovka, Novovodyane e Dniprorudne, além de outras ao redor, se entrincheirando, entupindo a região de armas anticarro, pois com toda certeza haveria um ataque blindado Russo a caminho. Vários Mi-8 voando nessas cidades e desembarcando Infantaria, enquanto a outra combate a Russa nas cidades logo atrás. Achas que conseguem realizar isso tudo com base em elemento surpresa e a VKS chegando atrasada?

DETALHE IMPORTANTE: quando falo do emprego da VKS, não estou falando no bombardeio em apoio as tropas Russas nas cidades que estão sendo atacadas, mas sim na margem Ucraniana do Dniper, para cortar as linhas de suprimento.

Helis podem ser levados um dia antes da operação para bases irregulares. Porém, todo o esforço em terra para apoiar a Op Amv nessas instalações teria que ser criado, isso poderia ser feito a mais de 100-200 km adentro, sendo conservador, existe claramente a possibilidade da Rússia não antever essas bases, ainda mais sendo irregulares, o que exigiria um grande esforço de ISR espacial que a Rússia não detém, isso permanece incerto se a Rússia poderia ou não localizar.

Com relação ao deslocamento de meios logísticos e concentração de pessoal, repito o que disse anteriormente:

a execução logística seria o primeiro passo para a Ucrânia realizar o assalto na outra margem, antes mesmo do deslocamento e concentração de tropas, tal operação teria que ser realizado sempre à noite, onde a escuridão obscurece a visão dos satélites de sensoriamento remoto da Rússia, a Rússia é incapaz de obter imagens SAR, cara, o Wagner de acordo com os EUA teve que recorrer para a China pra obter isso:
https://spacenews.com/u-s-sanctions-chi ... r-group-2/

Tudo isso seria altamente viável para a Ucrânia, realizando o transporte dos meios logísticos sempre à noite, vai poder transitar livremente por causa da incapacidade russa de obter imagens SAR, em tempos nublados, a Ucrânia também poderia se locomover, embora eu afirmaria que isso ainda é bem imprudente, mas à noite é liberado para realizar esse deslocamento. A Ucrânia poderia concentrar de maneira distribuída todos esses meios em vários armazéns localizados a mais de 50 km da margem, no mínimo, isso levaria talvez 1 mês ou mais, dependendo de como a Ucrânia vai seguir o curso de ação, ainda assim, após terminar o armazenamento logístico, talvez até pouco antes as tropas começariam a se deslocar em direção ao T.O, também sempre à noite, mascarando a movimentação, tudo isso seria encoberto de tudo o que a Rússia possui de reconhecimento e vigilância aeroespacial. A menos que a Rússia obtenha imagens SAR da China, não há como a Rússia enxergar isso, além disso, o mais provável dos russos terem recursos para prever isso de maneira independente seria com agentes lá que dão essa informação para eles, inclusive a rota de tráfego, mas esse empreendimento seria absurdo. Os russos poderiam até localizar alguns armazéns, mas não todos se a AFU distribuísse de maneira inteligente.

Vai depender mt de como a Rússia usaria seus pequenos recursos de reconhecimento e vigilância. Seria altamente prudente imaginar que a maior parte desse sistema militar seja usado onde estão as áreas mais sensíveis, inclusive com relação ao setor ocidental da Ucrânia. Como eu disse, vai depender de HUMINT e China, se a Rússia não obtiver apoio da China nessa questão, a grande probabilidade disso ser verdadeiro é grande, então, respondendo vc, sim, os russos seriam incapazes de antever isso. Isso ainda seria mais verdadeiro se pensarmos em toda margem que compreende o fluxo fluvial desde Energodar até Kakhovka, onde não corresponde para a Rússia eventuais incursões fluviais pelo que o mapa indica.
gabriel219 escreveu: Qui Mai 04, 2023 1:41 pm Quanto ao uso de JDAM-ER, duvido demais, os Ucranianos não possuem grandes quantidades dessas e devem ser utilizadas em Zaporizhzhia. Não faz sentido o uso de JDAM-ER nas cidades adjacentes a Energodar, até porque não estamos falando especificamente de fortificações e trincheiras, mas de áreas edificadas, ainda correndo um risco enorme de se atingir a Usina e condenando o resto da Ucrânia inteira.
Na verdade há sim fortificações(incluindo Energodar). Não tanto quanto nas demais frentes mas há sim, não sei como são constituídas e nem quais unidades estão lá, mas é mt improvável que seja algo do nível do eixo VMP assim como as unidades baseadas que devem ser SU. A razão disso é muito lógica já que eles estão bastante cientes de que não ocorrerá desembarque ali, toda a área que eu citei só existe realmente uma extensa rede de fortificações na rota logística desde Melitopol. Então realmente eles vão ter que empregar o que efetivamente possuem para aliviar o fardo para as forças de desembarque, se for uma frente ampla, teria que analisar se o esforço de travessia seria altamente viável diante da maneira distribuída que as forças desembarcariam e qual seria o resultado da avaliação de danos após os ataques.
gabriel219 escreveu: Qui Mai 04, 2023 1:41 pm Os Ucranianos não podem simplesmente desviar pontos fortemente fortificados, se não seus flancos estarão fatalmente expostos. Outro ponto é que o mapa revela fortificações Russas, mas não sabemos como estão as defesas nas cidades nas margens, algumas já são fortificações naturais, já que os próprios Russos sabem que o primeiro encontro será contra Infantaria leve em ambiente urbano e neste caso, as próprias casas e edifícios são fortificações naturais. Se a AFU quiser driblar isso tudo e estabelecer uma cabeça-de-praia em algum vilarejo pequeno ou em uma área aberta, vai ter uma vitória de exatamente 45 minutos.
Exatamente por isso eles terão que realizar o assalto em uma frente ampla em pontos expostos. A maneira como isso vai se suceder é bem discutível, mas para isso ser viável, as forças de desembarque terão que constituir uma manobra distribuída, além disso, os flancos não estarão totalmente expostos, pq dificilmente eles contornariam as fortificações se expondo e a maneira como será distribuída esse assalto terá que ser bem planejado, além disso, as unidades constituídas na margem não são totalmente móveis, se são, não são fortificadas.
gabriel219 escreveu: Qui Mai 04, 2023 1:41 pm E andas contando muito que os Ucranianos conseguirão ao fazer um ataque totalmente desavisado, Ka-52 não estarão preparados, MANPADS estarão no paiol enquanto os Mi-8 voam sob as cabeças dos Russos. É simplesmente impossível os Russos estarem tão negligentes assim de não ter, no mínimo, um esquadrão misto de aeronaves, incluso Su-30/25 e Ka-52 de prontidão para atuar na região.

Ou seja, o cenário que estás contando é que tudo dê certo pra AFU e nada funcione no lado Russo. Acho muito difícil que isso ocorra.

Então acha que simplesmente ignorar os pontos fortes Russos, passando por eles e manter focos de resistência no meio das suas linhas de comunicação é uma excelente decisão? Ok.
Mas esse é exatamente o efeito do elemento surpresa. Se a Ucrânia vai conseguir isso ou não é discutível, por isso ainda estamos aqui.
Vc acha que os russos receberão previamente todas as informações da tentativa de desembarque ucraniano, seja amplo ou não, com os meios logísticos prontos na outra margem(ou próximo) só esperando as unidades preencher as balsas pra travessia, os russos localizarão toda esse esforço amplo coordenado além de terem já tudo em prontidão, inclusive apoio aéreo. Já eu acho que isso não seria possível devido ao elemento surpresa, todo o enfoque necessário dessa operação seria imputado pela descrição, isso pode ser ajudado pelo ataque dissimulado ucraniano em outra frente, talvez os russos estejam cientes disso ou não, mas a maneira distribuída da operação seria a diferença entre a capacidade da Rússia reconhecer a tentativa ou não, a maneira como a Rússia depende de HUMINT e recursos ISR limitados, eu vejo bastante possibilidade disso. Tudo isso em um contexto visando o cenário onde a Ucrânia empregaria uma parte grande das unidades mobilizadas na sua contraofensiva adiada de inverno/primavera/verão, contornando a série extensa de fortificações russas no eixo VMP e Kherson.
gabriel219 escreveu: Qui Mai 04, 2023 1:41 pm Quanto a você dizer que os Russos reforçam pontos por achar que a AFU atacará ali e negligencia outros, isso é uma opinião pessoal sua, não vejo como podes tirar uma conclusão dessa com base em material de inteligência. Não sabemos se tais pontos são propositalmente negligenciadas para serem transformadas em killzone ou mesmo totalmente serem campos minados ou que simplesmente não há necessidade de fortificações de grande porte por simplesmente o enfrentamento possível ser contra Infantaria Leve sem apoio de blindados.
Não é opinião pessoal. Eu tomo isso com base no mapeamento descrito compartilhado. Se o que vc diz ser verdadeiro como uma tentativa de enganação dos russos pra jogá-los em uma killzone, não haveria muitas dessas prováveis zonas contínuas, ainda mais entre centenas de km de distância um do outro, haveria sim fortificações em toda a faixa ampla e bem distribuída, incluindo na área da retaguarda de pouso, o que não é verdadeiro se visualizar o mapa, além disso, para isso ser realmente verdadeiro precisaria de tropas móveis, o que não é o caso da maioria das unidades constituídas nessa frente, inclusive o VDV não está lá. Então não, os russos não detém essa genialidade toda não, há sim uma uma série de locais passíveis e permissivos de ocorrer travessias do rio Dnieper.
gabriel219 escreveu: Qui Mai 04, 2023 1:41 pm Só podemos concluir uma única coisa quanto as fortificações dos Russos:

Escolheram fortificar cidades chaves, como entroncamentos rodoviários e as próprias rodovias em si. Isso aqui é um sinal claro de fortificação contra tropas blindadas e artilharia por parte da AFU. Enquanto isso, deixaram lacunas em diversos setores, onde imagino eu que os Russos podem crer que só haverá presença de tropas leves, arriscar passar com tropas pesadas e estabelecer linhas de comunicação no meio de fortificações é suicídio, Rommel quase ferrou o avanço Alemão na França tentando dar uma dessa se não fosse Guderian impedindo a ação de flanco dos Franceses.
Se vc estiver se referindo as fortificações dos russos no eixo VMP e demais locais inclusive Donbas, eu concordo totalmente com vc. O problema é que não há como a AFU se expor nos flancos onde eu estou visando devido não só ao baixo efetivo como também das poucas fortificações e poucos ou nenhum elemento de reserva operacional tangível próximo desses locais visados, incluindo o VDV, além disso, o esforço ucraniano teria que ser amplamente distribuído da maneira a evitar as fortificações do eixo VMP, não dá margens em si, se mesmo assim a AFU quiser evitar, degradaria consideravelmente se realmente estivesse expondo os flancos, eu considero viável a contraofensiva onde eu já falei pq ali quase não há espaço para eles se exporem nos flancos, a menos que a Rússia realmente tenha mt efetivo em toda essa margem do rio Dnieper.
gabriel219 escreveu: Qui Mai 04, 2023 1:41 pm Não se ignora pontos fortes em uma ofensiva, você pode até flanquear, mas terá que ataca-las, mais cedo ou mais tarde, senão suas linhas de comunicação estarão ameaçadas ou simplesmente serão cortadas. Sem logística, acaba seu esforço ofensivo.
Só há dois locais fortificados de acordo com o mapa. Tenho certeza que não seria ignorado. Ou poderia se a contraofensiva fosse longe da zona de pouso.
gabriel219 escreveu: Qui Mai 04, 2023 1:41 pm Todos eles? Duvido muito, mas tentaram a maioria, porém haverá ainda os pontos fortes a serem batidos. Os Russos acumulam bastante munição nos próprios pontos defensivos, isso vem desde a URSS.
Se eles são constituídos a bater de frente só com infantaria leve, duvido mt de que toda a frente fosse essa realidade.
gabriel219 escreveu: Qui Mai 04, 2023 1:41 pm Será atrito de ambos os lados para quem consegue manter as linhas de comunicação e suprir suas tropas no fronte, os Russos claramente tem mais meios para interromper a dos Ucranianos, tanto em baterias antiaéreas quanto em meios ofensivos (foguetes guiados, bombas guiadas, mísseis de cruzeiro e drones) e tem a vantagem de estar na defensiva. Quem está na ofensiva, sempre precisará de um fator mínimo de 3:1 de tropas e gastará muito mais munição e combustível do que quem está defendendo, justamente por estar em posições semi-fixas, quanto quem está atacando estará móvel o tempo inteiro ou será alvo fácil de artilharia.
Não podemos considerar que os russos tem ampla vantagem antiaérea(mesmo incluindo tropas constituídas com MANPADS) e artilharia em toda a margem do rio Dnieper, isso seria inviável. Os russos não tem essa vantagem toda ainda mais considerando o cenário onde há mais chances de uma contraofensiva, os russos devem priorizar seus suprimentos, eles não são infinitos. Eu duvido mt de que isso é uma realidade e não faz sentido, msm melhorando sua logística, os russos ainda detém mt deficiência, precisaria um esforço imenso de caminhões e veículos necessários ao suporte a toda essas tropas. Como eu disse, os ucranianos visarão onde os russos tem maior vulnerabilidade, a maior vulnerabilidade dos russos estão em todo o setor que compreende desde Kairy até Energodar, acreditar que os russos tem vantagem de artilharia e equipamentos antiaéreos em toda essa frente é no mínimo contrassenso. Agora essa é a sua opinião pessoal, pq não há mínima evidência disso.
gabriel219 escreveu: Qui Mai 04, 2023 1:41 pm Quanto ao último trecho, não estou usando modelo ideal para os Russos, estou usando casos reais, estou colocando os vídeos para você ver. Quanto a Kharkiv, eu disse que não é espelho para Zaporizhzhia pois Kharkiv basicamente não tinha defesas, só houve dois pontos de resistência para os Russos, que foi em Balakliya e Kupyansk, por unidades que se quer davam uma Brigada, ambos eram os pontos fortes da Rússia na região e veja que a AFU escolheu não ignora-los, por motivos claros. Zaporizhzhia há mais de 10x o número de pontos fortes, acha mesmo que há como comparar um cenário com outro? Se achas, ok, nem discuto tal ponto.
Eu sei mt bem com relação as tentativas de desembarque anteriores. Como eu já havia dito, os ucranianos não farão uma tentativa de desembarque onde realmente será a travessia, isso alertaria aos russos quanto a essa intenção e os russos fortaleceriam as defesas para defender a margem do desembarque, se a Ucrânia realmente está tentando dissimular os russos nessas tentativas fracassadas faz o maior sentido quando na realidade a operação real será mt maior coordenada e concentrada em outra margem do rio Dnieper. Como eu disse, há 2 redes de fortificações no cenário onde eu abordei, existe um amplo espaço vulnerável para a AFU avançar, dessa forma, há sim bastante semelhança sobre o que a AFU pode fazer nessa brecha. Seria no mínimo ingênuo imaginar que essas tentativas de desembarque em locais fortificados com mt unidades são reais quando eles poderiam estar planejando desembarcar em um local mt mais vulnerável com possibilidade imensa de consolidar a cabeça de ponte. Essa já é inerentemente uma forma própria dissimulação, mas eu esperaria algo mt maior e mais dissimulado antes do desembarque real.
gabriel219 escreveu: Qui Mai 04, 2023 1:41 pm Mas não sou eu dizendo isso, são pessoas como Franz Gadi e Oficiais Americanos. Não há como prever também que os Russos serão cego, surdo e mudos ao não verem barcos atravessando o Dniper.
Mas eu também não estou dizendo isso sozinho. Os próprios especialistas russos também estão convictos de que uma provável ofensiva em Zaporizhia seja a intenção ucraniana:
https://eurasiantimes.com/armed-boat-vs ... et-russia/
According to some reports, Russian intelligence has discovered a base of Armed Forces of Ukraine (AFU) combat boats and attack craft in the Zaporizhzhia region. They patrol the Dnieper and are preparing for a landing operation to take Energodar, some Russian defense experts believe.

O que todos esperam que seja em Energodar. Talvez seja. Talvez não. Existem outros pontos menor fortificado e visado pelos russos(que talvez sejam reconhecidos pelos ucranianos) até Kakhovka.
gabriel219 escreveu: Qui Mai 04, 2023 1:41 pm Mais uma vez, a história prova que ignorar pontos fortes inimigos é um erro militar crasso. Veja que todos os probe attacks da AFU, tanto em Zaporizhzhia quanto em torno do Dniper são próximo aos pontos fortes dos Russos, por motivos Militares claros, não se deve ignorar pontos fortes inimigos.

De toda a forma, em Zaporizhzhia, a AFU precisa dos entroncamentos rodoviários para avançar, se quiser contornar as defesas Russas, terão que usar rotas previsíveis, off-road ou estradas de barro, o que aumenta o consumo de meios, especialmente de combustível. Não é só um problema de logístico, mas um problema estratégico, pois limitará a autonomia de seus meios, deixando mais lenta a ofensiva.
A forma de ignorar o ponto forte dos russos é bastante real assim como a maneira russa de ignorar um provável desembarque efetivo onde estou abordando. O contorno das fortificações seria em relação ao eixo VMP, esse assalto fluvial seria a tentativa ucraniana de contornar toda essa série de fortificações ao sul, tendo espaço para avançar para a rodovia M14 que é a rodovia que teria que ser ultrapassada para avançar para a fronteira da Crimeia, os russos detém fortificações nessa rodovia pq o corredor logístico é aqui, só que eu esperaria algum bloqueio logístico antes disso acontecer, só que enquanto isso, a Ucrânia ainda estaria na ofensiva no eixo VMP, os russos não teriam como evitar isso e provavelmente teriam que recuar ou acionar suas reservas, mas é mt improvável que eles consigam deter a Ucrânia em duas frentes, além disso, o próprio bloqueio logístico forçaria o recuo russo dessa rodovia M14.

Para realmente a Rússia evitar isso, deveria fortificar toda a faixa de extensão do rio Dnieper de Kakhovka até Energodar e deixar uma reserva estratégica no eixo de Vesele e também no eixo de Nyzhni Torhai que darão apoio as reservas operacionais constituídas na defesa da margem do rio, para isso, precisaria colocar os mais de 150.000 mobilizados em treinamento, efetivando essa defesa distribuída e apoiável, por enquanto, apenas no eixo VMP(Melitopol-Tokmak) e em Kherson(Chaplynka-Novotroits'ke) há essa margem de apoio efetivo.
gabriel219 escreveu: Qui Mai 04, 2023 1:41 pm Como disse antes, se achas que ignorar pontos fortes é o melhor meio de se avançar contra um inimigo, toda a discussão aqui é fútil. A AFU não conseguirá repetir o êxito que foi a manobra contra a linha Maginot, até porque era uma linha de defesa totalmente fixa. Os Russos podem simplesmente sair e combater em contra-ataque, algo que os Franceses só conseguiram fazer com Charles de Gaulle por ele ser o único que acreditava em guerra de mobilidade.
Não podem. As unidades nesse eixo são marginalmente constituídas. No momento em que eles saírem na defesa da margem para realizar a defesa em retirada, a Ucrânia consolidaria a cabeça de ponte e como não há reservas nessa linha de frente, os ucranianos terão todo o caminho quase livre até a rodovia M14. Tais unidades dependeriam quase que completamente do VKS. Por isso acho que a Rússia deveria constituir elementos em reserva no eixo Nyzhni Torhai e também no eixo de Vesele, isso seria possível com a implementação das unidades mobilizadas ainda na Rússia, isso seria realmente a virada de jogo aqui e nesse caso, eu concordaria que não haveria opção pra AFU nessa tentativa de forçar um desembarque.
gabriel219 escreveu: Qui Mai 04, 2023 1:41 pm A única coisa que você pode fazer é tentar fazer logro no inimigo para que ele retire tropas dos pontos fortes para que possa ser tomado com o menor dano possível das suas próprias tropas. Os aliados tinham locais bem menos fortificados pelos Alemães, o que ocasionaria um risco quanto ao gasto de combustível e tempo para contornar, como Canton de Plouigne, porém preferiram ludibriar que o ataque seria em Calais e se jogar nas defesas na Normandia. Excelente trabalho da inteligência Britânica com 60% da burrice de Hitler de ficar, por três dias, achando que esse era um ataque diversionário e o objetivo era Calais, pois se ele tivesse movido as reservas quando os Oficiais pediram, o Dia D acabaria em desastre.
Não. A Ucrânia pode degradar essas forças a ponto de fazê-las serem incapazes de realizar a defesa da margem, não precisaria haver a necessidade de retirada de tropas dos pontos fortes, dessa forma, mesmo que a força de desembarque seja menor contra uma força maior, seria nivelado à luta, embora isso seja discutível pq dependeria de muitos elementos, mas se realmente fosse uma intenção, bastaria destruir e eliminar o que torna forte a defesa da margem constituída e isso seria viável devido à tecnologia e emprego de armas combinadas superior. O que vc afirma sobre forçar uma divisão dos pontos fortes é exatamente como seria uma operação distribuída se realmente a Ucrânia atacasse esses pontos fortes, mas eu não saberia te informar se realmente eles teriam essa intenção.

De qualquer forma, se a Ucrânia desejasse realizar a travessia fluvial, dependeria de muita coisa, algumas delas alcançáveis e outras não, a maior parte das incertezas permanecem enquanto os meios operacionais para realizar tal ação, teria que ser mt bem coordenado e empregado para minimizar as baixas e perdas de materiais, ainda assim, o elemento crucial seria a descrição, pré-desembarque, sem isso, os russos teriam todas as condições de efetivar a defesa ampla da margem onde seria realizado o hipotético assalto fluvial.

Aliás, para vc ver como o que eu estou falando não é subestimando os russos, pelo contrário, só dos russos receberem imagens SAR da China, tornaria minha análise completamente inútil já que não haveria nenhum elemento surpresa, os russos saberiam dos grandes deslocamentos à noite de materiais e meios logísticos e ainda saberiam os prováveis pontos de acumulações, nem precisaria de HUMINT pra isso, tenho certeza que os russos com esse acesso de imagens SAR da China, ficariam discretos só observando a movimentação dos meios logísticos e quando começassem a efetivamente deslocar o grosso das unidades à noite e observassem isso através das imagens SAR, começaria a atacar esses armazéns e pontos de acumulação. Ou seja, a Rússia com apenas um único recurso inviabilizaria totalmente esse assalto.

Como eu disse dependeria de mt coisa, mas não com relação a defesa empreendida pelos russos na margem visada, mas uma outra porção de informações e planejamentos.

Namoral, revisando aqui os textos realmente estão extensos. Coitado de quem tá lendo isso td. pqp




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Re: UCRÂNIA

#9611 Mensagem por Suetham » Qui Mai 04, 2023 8:51 pm

gabriel219 escreveu: Qui Mai 04, 2023 6:55 pm A partir do 12:00 fica interessante e reforça meus argumentos com a tentativa de desembarque na Usina Nuclear em Zaporizhzhia, com 600 homens, de surpresa e poucos conseguiram chegar até a margem:



Como eu disse anteriormente, a VKS irá priorizar o bombardeio contra gaps e contra a margem controlada pelos Ucranianos, afim de disruptar as linhas de comunicação, enquanto a Infantaria Leve em posições defensivas irá lutar contra a Força de Desembarque. Não há como a AFU simplesmente ignorar as posições onde há presença Russa no Dnieper e estabelecer uma cabeça-de-ponte, pois será bombardeada, especialmente pela VKS.

A chance da Infantaria, assim como disse o próprio Fuzileiro Naval Ucraniano que participou da operação que eu havia mencionado antes, é desembarcar na Usina Nuclear ou nos pontos fortes Russos para que não sejam bombardeados, algo que lembra bastante a tática Vietnamita, em que se aproximavam o máximo possível dos Americanos para que não pudessem utilizar sua aviação, que era o principal temor dos Vietnamitas (VCR e Vietcong).

Nesse caso acima, a Su-30 e Su-25 - talvez Su-34 - não iriam apoiar as tropas Russas defendendo a margem mais sim os Ka-52. Tais aeronaves seriam focadas em atingir a margem dominada pelos Ucranianos. Esses dois pontos que estou citando não é idealização, mas o que realmente ocorreu durante a tentativa de retomada da Zaporizhzhia NPP. Não há motivos para pensarmos que os Russos farão diferente.

Existe alguns erros na fala dele, como o Bradley ser capaz de transpor curso d'água, o M2A2 é incapaz, mesmo com preparação. Somente a primeira versão do Bradley era capaz de fazer isso, com kits especiais e a própria viatura em si. Existe muita diferença entre o Bradley M2 e o M2A2, primeiro quanto a blindagem, sendo que o M2 utilizava Alumínio 5083, enquanto o M2A2 substituiu essa blindagem por Alumínio 7017 e Aço Balístico. A primeira versão, ou seja a M2, tinha peso de combate de 27.6 toneladas, enquanto o M2A2 tem peso vazio de 32,659 kg e a versão enviada foi a ODS, então é impraticável seu uso para translado de curso d'água.

Talvez fosse o caso da AFU tentar transpor com M113, BMPs, BTRs e BRDM-2, mas é óbvio que o elemento surpresa ai vai pro espaço, não tem como fazer ataque surpresa com vários veículos anfíbios atravessando um Rio cujo mais rápido na água navega a 10 km/h (BRDM-2 e BTR-80).

Ele usa o exemplo Egípcio em Yom Kippur, mas acho totalmente descabido e nem pela falta de vigilância sob o rio, mas pela distância entre as margens. Se os Ucranianos optarem por atravessar 4 km, no mínimo, no braço, as tropas praticamente estarão amputadas. Só daria certo isso nas ilhas fluviais, mas há um problema de causar um afunilamento na cabeça-de-praia, que seria Dachi - Nova Kakhovka está intransponível, a ponte da represa foi destruída - e depois do último ocorrido, os Russos reforçaram a região com tropas, estão eles notarão a presença.

No caso de Yom Kippur, houve um grande erro no Governo Israelense - e um sucesso logro por parte dos Egípcios - de não achar que os Egípcios iriam cruzar o Suez na Operação Badr. O desembarque da Infantaria com ATGM ajudou muito para parar o contra-ataque Israelense e assegurar a cabeça-de-ponte.

Veja que os locais que ele cita em que, na opinião dele, haverá a tentativa de desembarque, será na região de Energodar e na região de Oleshky. Ele erra feio no vídeo ao imaginar que as pontes em Nova Kakhovka e Antonovskiy estão destruídas, nos pontos 46.774170, 33.374071 para a Represa e 46.668202, 32.720330 para a ponte de Antonovskiy.

A AFU até pode desembarcar várias tropas em todos os pontos das ilhas fluviais, mas nada adiantará se não tomarem Dachi e Oleshky. As demais áreas é puramente um pântano, não há como transportar material pesado lá e mais uma vez isso não é idealizado, mas sim algo comprovado. Após a AFU usar o HIMARS para inutilizar Antonovskiy e a ponte em Nova Kakhovka, os Russos usaram Dachi para transportar suprimentos através de Ferry Boats e não construíram vários locais em volta das ilhas fluviais, justamente por não haver estradas o suficiente devido terreno não suportar tais operações.

Ele cita uma operação ofensiva da AFU em Kharkiv mas é simplesmente suicídio, não faz sentido. A última vez que fizeram, foi um massacre e segundo a inteligência Americana, existem mais de 44 mil tropas Russas lá com o que há de mais moderno, além de haver um terreno de dificulta muito para ambos os lados realizar qualquer ofensiva, levaria semanas pra AFU causar algum efeito numa ofensiva ali.

Conclusão: A AFU terá duas opções:

:arrow: Se os Ucranianos quiserem manter o silêncio e o elemento surpresa, terá que abrir mão de grandes barcos de desembarque e veículos blindados, que poderiam atravessar numa segunda onda, mas isso é um problema grave segundo o próprio Fuzileiro Naval Ucraniano que tentou isso antes e teve sorte de voltar vivo. Isso se algum Russo não acabar vendo os barcos atravessando, tem esse detalhe, mas vamos excluir a possibilidade de só notarem tropas da AFU quando estiverem desembarcando;

:arrow: Se os Ucranianos utilizarem viaturas blindadas para apoiar o translado, terá um poder de fogo capaz de sobrepujar a Infantaria prioritariamente leve - até onde saibamos - nos locais pretendidos para cabeça-de-praia, ganhando tempo o suficiente para conseguir transpor possivelmente os Leopard 2A4 e algum outro carro de combate para lhe dar com o contra-ataque Russo, que com certeza será blindado, como manda a doutrina Russa, aperfeiçoada da época da URSS, que aprendeu justamente com os Alemães. Porém, ao fazer isso, vão alertar os Russos aos quatro ventos do desembarque e não talvez não haja tempo o suficiente para a AFU transpor absolutamente tudo que for necessário para segurar um contra-ataque Russo antes que a VKS torne a margem norte do Dnieper uma lua; e

:arrow: Quanto a Dachi-Oleshky, duas das opções que os Ucranianos podem usar, pra não dizer que só tem Dachi-Oleshky, é tomarem Ostriv 1 e conectarem duas Pontoon Bridge sob o rio Konka (46.606922, 32.626634) e o rio Chaika (46.607158, 32.644346). Daria para flanquear Oleshky pelo Sudoeste, enquanto - caso tomem Dachi e a assegurem - atacariam Oleshky também pelo Oeste na rodovia principal E97. Outro ponto é em 46.698472, 32.867887, ao Nordeste de Oleshky, onde não sei se há fortificações Russas naquela região, muito provavelmente há, pois uma das fortificações Russas no Dnieper fica na cidade de Pidstepne. Os dois elementos acima também se aplicam aqui, se usarem tropas leves, vão ficar extremamente vulneráveis mas terão o mínimo de furtividade; se fizerem um assalto mais bem equipado, o elemento surpresa vai pro saco.

Se a AFU usar artilharia como preparação, vai entregar a invasão anfíbia de qualquer jeito.
Depois eu dou uma olhada, vou sair agora. Mas como eu disse, Energodar não seria possivelmente o único ponto visado. Eu disse que toda a área em torno de Energodar(Kairy-Dniprorudne *** o irônico que se eu falar Kherson, vai pensar que é a cidade de Kherson) é potencialmente passível e permissivo de um desembarque.




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Re: UCRÂNIA

#9612 Mensagem por Suetham » Qui Mai 04, 2023 8:52 pm

Suetham escreveu: Qui Mai 04, 2023 12:58 pm
Não foi ataque. Foi um acidente em uma fazenda em Tashla perto de stavropol.






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Re: UCRÂNIA

#9613 Mensagem por Suetham » Qui Mai 04, 2023 8:54 pm

gabriel219 escreveu: Qui Mai 04, 2023 2:39 pm A defesa antiaérea Ucraniana abateu um Bayraktar TB2 deles mesmos:



Agora tivemos a confirmação mesmo. Abate tudo até os próprios meios.




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Re: UCRÂNIA

#9614 Mensagem por Suetham » Qui Mai 04, 2023 11:36 pm

gabriel219 escreveu: Qui Mai 04, 2023 6:55 pm A partir do 12:00 fica interessante e reforça meus argumentos com a tentativa de desembarque na Usina Nuclear em Zaporizhzhia, com 600 homens, de surpresa e poucos conseguiram chegar até a margem:
Não foi surpresa. Olhe o relato da matéria que ele cita. No momento da travessia(calada da noite) já haviam unidades blindadas pré-posicionadas e canhão de artilharia preparado na margem da costa só esperando eles chegarem mais próximos. Dificilmente eles teriam esse nível de preparo sem informações de que um possível desembarque ocorreria, além disso, a artilharia só começou a ser empregada durante a travessia, incluindo Himars, dificilmente isso daria tempo dos russos prepararem toda essa defesa escalonada para realizar a oposição à travessia das unidades de desembarque.


Essa tentativa de desembarque que ele cita foi em setembro. Os russos conseguiram previamente reconhecer a tentativa de assalto pq os ucranianos conseguiram se expor antes da travessia, isso deu tempo suficiente para a Rússia preparar a defesa de Energodar.
gabriel219 escreveu: Qui Mai 04, 2023 6:55 pm
A partir do 18:00 seria justamente o que eu estou tentando explicar há 3 dias(https://defesabrasil.com/forum/viewtopi ... 2#p5632722). Ele usa o mesmo tipo de análise que eu estou fazendo. Qualquer um que pegar o mapa de fortificações vai concluir que há considerável exposição e vulnerabilidade da Rússia:
Imagem

Ele mesmo usa um mapa de unidades constituídas na defesa da margem do rio Dnieper, provavelmente se trata de apenas um MRR ali em Velyka Lepetykha que deve ser distribuída em todo aquele setor, não creio que seja BARS, enquanto em Kherson existem 3 das mesmas unidades compreendendo uma faixa bem mais estreita para vigilância e apoio na defesa da margem.
Imagem
Imagem

Inclusive o vídeo dele é de 2 dias atrás. Eu tenho esse mesmo pensamento desde o dia em que o mapa das fortificações foi compartilhado. O vídeo dele fala bastante por mim, embora tenha deixado todo o ponto entre Kairy e Berezhanka de lado, na qual acredito que constituiria a maior manobra de ação e emprego coordenado para atravessar com sucesso o rio, manter a posição e consolidar as cabeças de pontes, realizando a operação de junção, incluindo com a de Energodar.

Não faz o menor sentido para os ucranianos visarem o eixo VMP. Seria inviável. Todos sabem disso. Fazendo o que ele propôs e que eu menciono a mesma coisa seria o único jeito da AFU contornar a extensa série de fortificações no eixo VMP, flanqueando as unidades russas que estarão bastante ocupadas na defesa posicional no eixo VMP.

Vamos seguir.




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Re: UCRÂNIA

#9615 Mensagem por P44 » Sex Mai 05, 2023 5:41 am

Líder do grupo Wagner anuncia retirada de Bakhmut a 10 de maio

Yevgeny Prigozhin, o líder do grupo Wagner, que já esta sexta-feira divulgou nas redes sociais um vídeo com cadáveres para acusar o Kremlin de falhar na entrega de munições, anunciou a retirada das suas forças de Bakhmut.

Segundo a Reuters, que cita um comunicado de Prigozhin, o grupo Wagner sairá da cidade ucraniana na região de Donetsk a 10 de maio.

By CNN









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